quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Palavras sem sal


“Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida.” Jo 34;3

Provamos o alimento para saber e está cozido, bem temperado, quando o estamos preparando; testando a temperatura dele; para saber se gostaremos do sabor quando o desconhecemos; nalguns casos, até para ver se não está estragado; se, ficou determinado tempo em temperatura ambiente...

No caso do ouvido, provamos falas para saber se as mesmas têm lógica, coerência; se, são vazias ou portadoras de conteúdo, se as tais se adequam à realidade ou erram “fora da casinha;” se trazem marcas de temperos paralelos como sarcasmo, ironia; se apelam para gírias, conotações...

A linguagem dúbia é desaconselhada pela Palavra; “Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar. Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, nenhuma delas é sem significação. Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala, para mim.” I Cor 14;18 a 11 Bárbaros, então, eram os povos “não civilizados”, periféricos ao Império Romano.

O contexto aborda o dom de línguas estranhas sem a devida interpretação; mas, atrevo-me a dizer que além dele, as sentenças seguem válidas.

Infelizmente, no “cristianismo atual” grassa a falta de sabor de verdade; assoma a sensação de estarmos diante de palavras vazias quase sempre que ouvimos mensagens; a certeza de estar perante astúcias de pilantras, ouvindo os “profetas” de redes sociais; eles lançam suas “profecias” tipo arremesso de buquê, quem pegar pegou; nos plagiadores de mensagens, presto notamos alguém acenando com mãos alugadas. Enfim, é tanta coisa insossa que nosso paladar recusará tendo mínimo apuro.

O Salvador denunciou palavras vazias: “Este povo se aproxima de Mim com sua boca e me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Sentenciou parladores e até operadores de sinais no Nome Dele, dos que eram ainda, reféns da iniquidade; “Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes Direi abertamente: Nunca vos Conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;22 e 23

Quem observou acontecimentos e pessoas durante vida, não se impressiona com falas, por palatáveis que pareçam; “O que pleiteia por algo, a princípio parece justo; porém, vem seu próximo e o examina.” Prov 18;17

Noutra sentença compara-se o ingênuo ao prudente; “O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para seus passos.” Prov 14;15

Luz habitando no entendimento é algo valioso; porém, se não for além disso, de nada servirá. Um entendimento privilegiado que não se converte num modo de agir é estúpido como arremessar diamantes com fundas.

A excelência da luz de Cristo em nós será que, além de estar clareando nosso entendimento, possa brilhar também mediante nossas atitudes. “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem Ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;15 e 16

Notemos que a luz, nesse caso, “fulge” por obras não por falas.

Os últimos dias foram previstos como sendo assim, de falastrões religiosos sem compromisso com Deus; 
“Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te". II Tim 3;5

Vergonhosos exemplos de falastrões vãos surgem todo dia, nas denúncias que pipocam, dos que muito ensinaram sobre a excelência do Tesouro nos Céus; pois, cometeram injustiças, malversação de bens sagrados, para fazer seu conforto na Terra. Quanto será que possuem no banco celeste?

Dinheiro é bom; mas, não mais que justiça, honestidade, santidade, verdade, misericórdia, honra, amor, probidade...

A Palavra ensina: “Os que querem ser ricos caem em tentação, em laço e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10

Quando alguém, malgrado, fosse hábil com as palavras, vivia de uma forma indigna, nos dias dos puritanos, recebia a seguinte objeção: “O que és fala tão alto, que não consigo ouvir o que dizes.”

A maioria dos políticos, jornalistas, e muitos pregadores desfilam assim, aos meus olhos; o que sei que eles são, furta-me o interesse pelo que eles dizem. Certas substâncias não precisamos provar para saber que não prestam.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O sopro da vida


“... Vem dos quatro ventos, ó Espírito, assopra sobre estes mortos para que vivam.” Ez 37;9

Um clamor ao Espírito, para que viesse, e vindo trouxesse vida aos que estavam mortos. “... assopra sobre esses mortos para que vivam.”

Vem à memória a criação do homem; “Formou O Senhor Deus o homem do pó da terra; Soprou em suas narinas o fôlego da vida e o homem foi feito alma vivente.” Gn 2;7 Apenas após o sopro do Espírito, o homem viveu.

“Assopra sobre esses mortos para que vivam...” a morte como consequência do pecado não fez cessar imediatamente e existência; o que cessou após a morte espiritual foi a comunhão. O homem que tinha prazer na presença Divina, passou a ter medo, se esconder.

A mensagem de salvação não acena com um upgrade, uma melhoria apenas; trata de mudança radical; “Na verdade, na verdade vos Digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Como o sopro espiritual fora perdido pelo pecado, restando apenas a existência da alma morta em seus delitos, ao regenerar, Jesus Fez o caminho inverso; “Havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei O Espírito Santo.” Jo 20;22 A manifestação só aconteceu no Pentecostes; a habitação nos salvos já era real, então.

Notemos ainda que, em Adão foi soprado O Espírito de Vida; aos discípulos foi dado O Espírito Santo, por quê? Porque antes da queda tudo era sem máculas, perfeito. A necessidade era “apenas” de vida, não de separação de nada; a santidade requer separação do que é profano. Então, ao serem regenerados em um mundo caído, precisavam ter noção que O Espírito que os animava era Santo. Isto é: Separado do mundo. O Espírito era O Mesmo em ambas as ocasiões; mas separado, na segunda.

A conversão é figurada como novo nascimento; na verdade, é mais que mera figura, isso acontece deveras. “Jesus Respondeu: Na verdade, na verdade te Digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

O sopro regenerador não é uma coisa vulgar que aconteça ao bel-prazer da vontade humana. Se dá uma vez apenas para cada um, que se arrepende e crê; “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a Palavra da Verdade, o Evangelho da vossa salvação; tendo nele também crido, fostes selados com O Espírito Santo da promessa.” Ef 1;13

A direção, ou tentativa de direção nas vidas dos regenerados é um trabalho contínuo do Espírito. “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Ele nos ilumina sem forçar que andemos segundo vemos; João sentencia: “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7 Por isso a exortação para que não entristeçamos ao Espírito.

Se, depois de sermos iluminados, chamados e capacitados a andar na luz, preferirmos, como loucos suicidas, a rebelião, não contemos com um novo “sopro de vida” em nosso favor; com Deus não se brinca. “Porque é impossível que, os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

A obediência é chamada de “andar em Espírito”; Ele nos ensina de Cristo, e nos desafia a andar; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo O Espírito. Porque a lei do Espírito de Vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Se alguém imagina que a “Graça” seja licença para pecar, melhor repensar. “Se pecarmos voluntariamente, após recebermos conhecimento da verdade, não resta mais sacrifício pelos pecados, mas certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo será julgado merecedor aquele que pisar O Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;26 a 29

Que O Santo Espírito siga guiando os regenerados, para que não morram.

sábado, 3 de setembro de 2022

Povo de Deus?


“O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento;” Os 4;6

O povo de Deus sendo destruído? O Eterno É Cioso dos Seus, diz: “... porque aquele que tocar em vós toca na menina do Seu Olho.” Zac 2;8

Se, O Santo É Zeloso assim do Seu povo, como permite que esse seja destruído?

O risco de nos atermos a uma interpretação superficial é não chegarmos ao fundo da questão. Os defensores da salvação incondicional, “uma vez salvo, sempre salvo”, se apegam ferrenhamente a determinados textos; “Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer; ninguém as arrebatará da Minha Mão. Meu Pai, que as deu, É Maior que todos; ninguém pode arrebatá-las da Mão de Meu Pai.” Jo 10;28 e 29

A salvação não poderia ser perdida; pois, eventuais agentes que tentariam isso não têm poder suficiente. A proteção incondicional de Deus para com Seu povo, refere-se à ingerência externa. Porém, cada um de nós traz em si, uma “cabeça-de-ponte” nessa guerra, chamada carne; se essa não for diuturnamente mortificada na cruz, daremos acesso ao tentador.

Deus nos Guarda em relação aos que estão de fora; porém, nos Chama a sermos partícipes de nossa própria salvação.

Embora a justificação seja imediata, no momento da conversão, a libertação cabal demanda um processo de aprendizado e obediência, a santificação. Depois de passarmos a pertencer ao “Seu povo”, devemos aprender agir como tais. “Jesus Dizia aos judeus que criam Nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Para se permanecer na Palavra é preciso conhecer à Mesma; quem corre sôfrego após jeitos modernistas, apressa-se a encaixar seu modo de culto às tendências mundanas, infelizmente está mais atento a essas coisas, que Às Palavras do Mestre.

Embora A Palavra nos desafie a “levarmos o opróbrio de Cristo”, muitos estremecem à ideia de parecerem antiquados, desajustados.

Nosso ajuste deve ser à Palavra da Vida, não a efemeridades que duram alguns meses, depois desaparecem. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6;16

O Conselho Divino inclui um aspecto cognitivo; “perguntai... qual é o bom caminho”; outro de obediência; “andai por ele”. Isso envolve desejo de saber e inclinação a obedecer.

Quando O Eterno diz: “Meu Povo”, refere-se a um relacionamento macro com determinado grupo, não uma aprovação cabal de tudo o que acontece lá.

Quando alguém admite pertencer a Deus, passa a chamar-se como povo Dele; no entanto, estar sob determinado rótulo não define o produto. Depois de tomarmos O Santo Nome, devemos abraçar também os Santos preceitos; “Se o Meu povo, que se chama pelo Meu Nome, se humilhar, orar, buscar Minha Face e se converter dos seus maus caminhos, então Ouvirei dos Céus, Perdoarei seus pecados e Sararei sua terra.” II Cr 7;14

Num sentido amplo Deus os chamava de “Meu povo”; mas, nas letras miúdas do contrato requeria mudança de atitudes, arrependimento, conversão.

Todos os que se aproximam da Doutrina de Cristo, nominalmente são tidos por cristãos. No entanto, Cristo mesmo diferenciou o fiel do mero ouvinte; “Aquele que ouve estas Minhas Palavras e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato que edificou sua casa sobre a areia; desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e caiu; foi grande sua queda.” Mat 7;26 e 27

Mencionara antes, alguns afeitos a um ativismo religioso desprovido de obediência, santificação; “Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? e em Teu Nome não expulsamos demônios? e em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;22 e 23


“Ninguém é obrigado a se declarar cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta.” Spurgeon. Mais ou menos uma paráfrase de II Tim 2;19 “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.”

Se declarar de Deus é algo fácil. Mas, não funciona como cotas raciais onde são as pessoas que definem a cor da própria pele; embora venha buscar Seu povo, O Senhor fará o “DNA” primeiro para ver quem é quem;

“Os Meus Olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6 “Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;18

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

O ovo da serpente



“Noventa por cento dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação.” Henry Kissinger

Talvez tenha exagerado ao estimar que dez por cento dos políticos seriam honestos. Quiçá, com uma margem de erro de uns cinco por cento...

Na verdade, “um elefante incomoda muita gente.” Bastou surgir um honesto, Bolsonaro, para ter contra si a extrema imprensa, o STF, os governadores e grande parte do Congresso Nacional.

As “milícias digitais” do PT; mentirosos profissionais sem vergonha nem escrúpulos, assalariados para isso com dinheiro roubado, especialistas em proliferação de falsos perfis, não se cansam de produzir mentiras grotescas, patéticas contra a honradez do Presidente.

Criaram um monstrengo contra a lisura do patrimônio da família, que, se fosse investigado não daria em nada; a “denúncia” não é para ser investigada; é a técnica surrada do assassinato de reputações; lixo para ser usado assim.

Tratada como fato pelos “produtores de conteúdo”; ampliada sofregamente pelos idiotas úteis que, compartilham montagens mentirosas, sentindo-se politizados. Vendem seus apoios por pares de ferraduras. Se lograssem seus intentos, breve estariam comendo lixo como na Venezuela e não abririam os olhos. O Fanatismo cega e faz dar tiros nos próprios cascos.

Felizmente Alexandre de Moraes garantiu que seria “implacável com as fakes news”. Parece que “implacável” para com os vermelhinhos significa que vai emoldurar as mentiras numa placa. Talvez a palavra certa seja emplacável, Ministro. Dos conservadores basta uma conversa violada num grupo privado, contra os direitos constitucionais, portanto, para que se atropele tudo em “defesa da democracia”.

Outrora, campanhas discutiam propostas de governo; quem pretendia entrar reconhecia feitos do adversário, mas prometia fazer melhor. Agora, se ataca pessoas sem nenhum fato que permita isso. Muitos discursos esquerdistas prometem prender esse ou aquele, se eleitos. Eis sua plataforma de governo! Tudo porque os adversários são “fascistas”, claro! Se olharem no espelho do fascismo cairão de costas, ante suas caras feias estampadas.

Do Lula basta falar a verdade e estará em maus lençóis. Roubou, malversou, defende aborto, apoia ditaduras, promete tolher liberdade de expressão, religiosa, ataca o Agro, defende o MST, etc. Não há necessidade, se houvesse índole, nos conservadores para mentir. A verdade basta.

O Bolsonaro, antes seria racista, machista, homofóbico, golpista, elitista, fascista... quatro anos e nada. Então, “Genocida!” O único que defendeu o tratamento precoce contra o COVID, advertiu das consequências econômicas do “fique em casa”; enviou polpudas verbas aos estados mesmo de mãos amarradas pelo STF; disponibilizou as vacinas assim que liberadas.

“A saúde primeiro; a economia a gente vê depois”, zurravam em peles de jumentos os patifes do quanto pior melhor. Agora fazem campanha apontando o fator econômico, que, ainda assim, é melhor do que o do resto do mundo. 

Não votamos no Jair porque nos deu comida; não obstante o Auxílio Emergencial tenha dado a muitos; votamos porque nos representa, pela probidade, dignidade, simplicidade e pelos valores que defende. Deus, pátria, família.

O STF majoritariamente colocado pelo PT rasgou a Constituição, os ritos processuais e atropela tudo, sempre contra O Governo e apoiadores. Como o Senado é constituído por bananas ou canalhas de rabo preso, não há freios para a ditadura judiciária que grassa.

O TSE, um puxadinho do STF fez o diabo para não permitir o voto impresso nem a contagem pública, tudo porque o sistema “é transparente”; basta confiar cegamente no resultado que eles nos apresentarem.

Alguém definiu o PT com uma frase muito feliz: “Os incapazes, capazes de tudo.” Incapazes de governar com competência e honestidade; capazes de toda sorte de alianças espúrias e fraudes em nome do poder.

As manifestações populares mostram Bolsonaro imbatível. Mas, as “Pesquisas” dão ao larápio uma robustez que as ruas desmentem; nem pode sair nelas. Indício mais do que preocupante de que, os “capazes de tudo” poderão incendiar o país, em nome das chaves dos cofres que desesperadamente anseiam.

As boas notícias insistem em estragar o sono de nossa “imprensa”; inflação em queda, PIB em alta, redução do tráfico de drogas, da violência...

A dificuldade do “jornalisme” em lidar com boas notícias assim, os fez criarem um neologismo; disseram que a economia “despiorou” onde deveriam ter admitido que melhorou.

Pois, ficou patente que a imensa maioria da imprensa desinforma; o implemento do desroubo, dela, casado com os desgovernos pretéritos, a impede que descreva os fatos.

Enfim, poderemos passar pela eleição sem sobressaltos, mas tudo indica que não. Houve muita resistência à transparência; do ovo da serpente não nasce cordeiro.

Passaram três décadas acusando a Intervenção Constitucional Militar de Golpe; agora não se cansam de golpear à Constituição em “Nome da Democracia”.

O esquerdismo tem ojeriza aos fatos, à verdade. Um cristão canhoto é alguém que “acredita em Deus” enquanto trabalha pro Diabo.

A leveza do pecado


“O que no seu coração comete deslize, se enfada dos seus caminhos, mas o homem bom fica satisfeito com seu proceder.” Prov 14;14

Duas esferas distintas; uma, no coração; outra, visível da área dos fenômenos, o proceder.

Os religiosos dos dias de Jesus se contentavam com a restrição ao mau procedimento; sua vigilância era meramente exterior; das ações.

O Salvador ensinou que o mal nasce antes delas. “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos Digo: Qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo...” Mat 5;21 e 22 “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos Digo: Qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” vs 27 e 28 Nuances dos que “no coração cometem deslizes...”

Mesmo não praticada a ação, uma vez abrigada no coração é já a semente do mal prestes a germinar. “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tg 1;14 e 15

Assemelha-se a uma gravidez; a vontade “transa” com o pecador que engravida do desejo; dando à luz o pecado, não é só ele que nasce; também, sua consequência. “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23

O pecado é “dado à luz” antes de ser cometido; “havendo a concupiscência concebido dá à luz o pecado...” isto é: Quando decido fazer determinada coisa errada, ainda antes de fazê-la sou informado na consciência de que não devo. Se ignorar esse aviso e for em frente, então consumarei o pecado; “... o pecado sendo consumado gera a morte.”

Invés de expulsar o mal aqui ou acolá, como ensinam os falastrões espirituais alienados da verdade devemos purificar nossos corações; origens de todas as atitudes. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23 “Com que purificará o jovem (o homem) o seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Uma consciência culpada produz inquietações; mesmo não praticado ainda, o pecado já faz estragos no estado de ânimo do seu hospedeiro; “O que no seu coração comete deslizes se enfada dos seus caminhos...”

Quem nasce de novo herda a vida espiritual que aviva a consciência, antes amortecida; mas, é comum a incidência de certa ambiguidade; o homem espiritual se alegra nas coisas de Deus; “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus;” Rom 7;22

Entretanto, ainda está vivo o homem exterior, a carne com seus desejos suicidas. Tiago adverte que a duplicidade acaba tolhendo a paz que devem desfrutar os regenerados; “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus... Chegai-vos a Deus, Ele Se Chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo purificai os corações.” Tg 4;4 e 8

“... o homem bom fica satisfeito com o seu proceder.”
Embora só Deus seja essencialmente Bom, o homem fiel é reputado bom, pela identificação com Ele mediante a obediência.

Quando a samaritana do poço de Jacó apresentou objeções exteriores, preconceitos entre judeus e samaritanos, local correto para adorar, nesse ou naquele monte, O Salvador apontou para dentro de cada um, como o “local de culto;” “Mas a hora vem, agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai Procura tais que assim o adorem. Deus é Espírito; importa que os que O adoram O adorem em espírito e verdade.” Jo 4;23 e 24

Não se derive disso, contudo, a legitimação ao egoísmo dos “desigrejados” que se dizem templos eles mesmos, como justificativa pro seu afã separatista; em Cristo aprendemos a amar e perdoar; “sirvo a Deus à minha maneira” é só papel bonito embalando atitude feia; quem disse que as coisas poderiam ser feitas à humana maneira foi o canhoto; ninguém pode servir a Deus obedecendo ao Diabo.

“Se alguém diz: Eu amo Deus, e odeia seu irmão é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar Deus, a Quem não viu?” I Jo 4;20

Eventualmente, sermos relapsos na purificação dos nossos próprios corações nos faz intolerantes com imperfeições alheias.

Enfadados dos próprios caminhos, transferimos a culpa para os descaminhos de outrem. Não significa que, eventualmente os outros não estejam errados; mas, que não devemos deixar erros de terceiros pautarem nossa caminhada. Apenas agindo segundo A Luz Divina em nós, poderemos nos achar satisfeitos com nosso proceder.
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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

O longe é perto


“Porventura Sou Deus de perto, diz o Senhor, não também de longe?” Jr 23;23

Sendo O Eterno, Onipresente, quando fala, perto ou longe, refere-se à humana percepção, não à Sua. O verso seguinte ajuda a esclarecer: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não Encho os Céus e a Terra? diz o Senhor.” v 24

Os falsos profetas se sentiam seguros de “longe” do Senhor; “escondidos” Dele. Nesse contexto, a pergunta aquela que desnuda à insensatez dos farsantes.

Davi tinha uma ideia mais apurada da “distância” que O Eterno estava dele; “Se subir ao Céu, lá Tu Estás; se fizer no inferno minha cama, eis que Tu ali Estás também. Se tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali Tua Mão me Guiará e Tua Destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para Ti a mesma coisa;” Sal 139;8 a 12

Trevas e luz são a mesma coisa no sentido de não se poder fugir das Sua Vistas; não, da valoração desses, estritamente.
Como Davi sabia que o Eterno Estaria naqueles lugares todos, Céu, inferno, mar, trevas, se ele nunca fora lá? Porque sabia que O Espírito de Deus estava nele; então onde fosse, O Santo iria; tentar fugir seria como correr da sombra.

Esse privilégio de ser habitado pelo Senhor foi dado a todos os salvos da Nova Aliança. “Jesus Respondeu, e disse-lhe: Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra e Meu Pai o amará; Viremos para ele e Faremos nele morada.” Jo 14;23

Os que evitam o chamado ao arrependimento, para receber perdão e novo nascimento, estão “longe” de Deus no sentido de alienados da Sua Santa Presença; privados da Sua Bendita Habitação; não, longe o bastante para poderem se esconder; afinal, “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com Quem temos de tratar.” Heb 4;13

Todos prestarão contas; não é mera possibilidade; antes, uma necessidade; crendo ou não, como Ele “temos de tratar”.

Certa vez, um ateu, a propósito da “hipotética” Onipresença Divina objetou: “Se Deus está em todos os lugares, deve estar no inferno também.” Ao que o pregador respondeu: Sim. Lá está Sua Ira. O castigo dos rebeldes é chamado também de Ira Divina, não apenas de inferno; “Segundo tua dureza teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5
Jeremias também mencionou: “Eis que saiu com indignação a tempestade do Senhor; uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a Ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do Seu Coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23;19 e 20

Os que “se escondem” de Deus fazem como o avestruz que, uma vez enterrada sua cabeça na areia sente-se protegido; lê sua cegueira como se fosse o escape das vistas alheias. Assim os ímpios, mentem para si mesmos e acreditam; “Diz em seu coração: Deus esqueceu-se, cobriu Seu Rosto; nunca isto verá.” Sal 10;11

Dizer tais coisas nos domínios do próprio coração é como encomendar sua segurança a um assassino; “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9

Mesmo nós que cremos temos um coração assim; daí, o conselho: “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Agora os corações enganados e enganosos criaram nova rota de fuga; agradecem ao “Universo” pelas coisas que recebem de Deus; vida, saúde, alento, paz... poderá acontecer que na hora do aperto lembrem Dele e não sejam atendidos. Nesse caso, Deus poderia se aproximar nas emergências; porém, na hora da calmaria deveria ficar em “Seu Canto”.

“O telhado a gente concerta em dias de tempo bom.” Benjamim Franklin

Enfim, quem, se dizendo crente, seguidor do Mestre, faz uma encenação piedosa quando cultua, se nas coisas cotidianas ainda age de modo ímpio, diverso do que aprende na Casa do Senhor é mais um traidor de si mesmo que atua pensando que Deus Seja apenas “de perto”; não, também de longe.

Templos são quartéis; os cultos o treino, a ordem unida; as tentações do mundo que nos rodeia é o campo de batalha onde devemos vencer como Ele Venceu.

Quem vive como se tudo fosse um teatro, o que terá quando se fecharem as cortinas?

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Falsos doutores


“Houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição; negarão O Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” II Ped 2;1

Os produtos de um falso profeta são profecias falsas; mas, temos os falsos doutores. Então, um doutor era um pouco distinto dos atuais. A formação superior em diversas áreas legitima o uso de tal título, ao formado. Médico, advogado, psicólogo, etc... naquela época, doutor tinha a ver com ensinador de uma doutrina; no caso da igreja, da Doutrina de Cristo.

“Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores; querendo o aperfeiçoamento dos santos...” Ef 4;11 e 12

Seu método: Introdução dissimulada. “Introduzirão encobertamente, heresias de perdição...” A Obra de Deus não combina com coisas ambíguas, ocultas; por atuar mediante à Luz, condena essas coisas. “Jesus lhe Respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; sempre Ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus se ajuntam; nada Disse em oculto.” Jo 18;20

Paulo foi enfático quanto às coisas ocultas; “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas; antes, condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta.” Ef 5;11 a 13 Não há espaço para coisas encobertas na Obra de Deus.

Quem prefere seguir na prática do mal, mantém “distância segura” da Luz. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Um suicídio particular.

No entanto, quem se infiltra para perverter à Sã Doutrina é mais que uma pessoa que prefere a prática do mal; antes, é um ministro de Satanás disfarçado em ministro de justiça. “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que seus ministros se transfigurem em ministros da justiça...” II Cor 11;13 a 15

A um falso profeta basta o não cumprimento de sua profecia para desmascarar; quanto ao falso doutor, demanda que tenhamos conhecimento da Sã Doutrina para cotejarmos essa com os ensinos do tal.

Sua profecia ou “sinal” até poderá se cumprir; mas a doutrina subsequente se mostrará falsa. “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, te der um sinal ou prodígio, e suceder tal coisa, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste e sirvamo-los; não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador...” Deut 13;1 a 3

Os do nosso texto em apreço, segundo Pedro, “Negarão O Senhor que os resgatou trazendo sobre si mesmos, repentina perdição.” Existem mil maneiras de negar a Cristo. Não é preciso uma posição ostensiva nesse sentido, como fez Pedro em suas fraquezas.

Basta perverter a Graça Divina como fizeram alguns na Galácia e pronto. Paulo pegou pesado: “Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8 Uma interpretação, diversa da sadia, criara “outro evangelho”.

Quaisquer credos, que proponham caminhos alternativos como válidos, (vide ecumenismo) derivam de falsos doutores; Cristo não abre mão da Exclusividade: “... Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6 Os de Cristo formam um rebanho de ovelhas, não um balaio de gatos.

Mero desvio de foco; tendo O Mestre Ensinado a buscarmos Tesouros no Céu; se, invés disso um aponte para conquistas efêmeras na Terra, também é produto de falso doutor. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” I Jo 2;15 e 16

O problema é que, as almas adoecidas, acostumadas à falsidade buscam por falsários que ensinem segundo suas inclinações perversas. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Quando existe simbiose entre farsantes e consumidores de falsidade, pouco se pode fazer. “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e Meu povo assim o deseja; o que fareis no fim disto?” Jr 5;30 e 31

A pessoa falsa geralmente parecerá mais simpática, carismática que a média; sabe que seu produto é ruim; daí capricha na embalagem e no rótulo. Assim, os falsos doutores.