segunda-feira, 4 de julho de 2022

O fogo necessário


“Mas vós não credes porque não sois das Minhas ovelhas, como já vos tenho dito.” Jo 10;26

Não significa que existam “pré-ovelhas”; digo, gente predestinada à salvação, para as quais a graça seria irresistível. Ser ou não de Cristo, tem a ver com nossa resposta à Mensagem do Salvador. “As Minhas ovelhas ouvem Minha voz; Eu conheço-as e elas Me seguem;” v 27

Uma definição relativamente simples: Quem ouve, crê e recebe a mensagem de salvação, passa a ser ovelha do Senhor; quem resiste, se opõe, simplesmente não é. Não existe um “determinismo espiritual” que imponha escolhas; antes, plena liberdade e concomitante responsabilidade de cada um. “Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te Tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência” Deut 30;19

A reação à mensagem é arbitrária; a consequência, necessária. “Veio para o que era Seu, os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam Deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;11 e 12 Salvação derivada de uma resposta humana, não, uma pré-escolha, Divina.

Seria menos traumático para os fiéis, se aqueles que resistem a Cristo ficassem fora da igreja; mas, infelizmente não é assim. Há muitos frequentadores que o fazem por razões periféricas, não pela essencial, Cristo. Gente que gosta do ambiente, das músicas, de ouvir à Palavra, até; mas, não é ousada e decidida o bastante para praticar o que aprende.

O Salvador mencionou-os: “Aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia; desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e caiu; foi grande sua queda.” Mat 7;26 e 27

A parte Divina foi feita plenamente; A Palavra da Vida foi ensinada. Se a pessoa ouviu e não quis praticar não foi por estar predestinada a isso; antes, por não ter sido prudente o bastante, para considerar a seriedade do que estava em jogo.

Tendemos a valorizar o apoio horizontal, humano, mais que o Divino. Abraçar a fé, dada a condição do mundo, de jazer no maligno, é fazer uma escolha que trará muitas adversidades; gente de nosso próprio sangue, até, eventualmente nos desprezará e perseguirá.

Ora, seguir a Cristo, não é “Passá pa crente, ou mudar de religião” como se diz alhures. Antes, negar a si mesmo, às próprias inclinações pecaminosas, dispor-se à rejeição, escárnios e perseguições; pois, além do poder espiritual adverso que anima esse mundo ímpio, as pessoas se sentem “acusadas”, a medida que, nosso bom porte acaba contrastando com o modo de vida irresponsável delas.

Pedro explica: “Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; agora, acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.” I Ped 4;3 e 4

Quando andávamos com, e agíamos como eles, éramos apenas mais um na multidão. Mas, resgatados por Cristo, Nele regenerados, nos tornamos algo que os deixa em “maus lençóis” Pois, “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

O Salvador figurou as rupturas que Sua Palavra enseja, entre crentes e incrédulos, com, acender um fogo; “Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso?” Luc 12;49

Então, as propostas “inclusivas” “tolerantes”, nessa aclimatação insossa e amoral do ecumenismo, esse balaio de gatos de todas as raças, onde o único traço em comum seria que todos concordariam em não discordar, passa longe da ruptura necessária, com o mundo, por parte daqueles que decidem abraçar a salvação; “Dei-lhes Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não Sou do mundo.” Jo 17;14

Não ser do mundo mesmo estando nele não é ser um allien; antes, um “antiquado” que segue pautando suas escolhas pelas diretrizes Divinas, que são atemporais; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas;” Jr 6;16

Em suma, qualquer um pode “vestir um pelego” e se pretender ovelha, testando o discernimento onde se infiltra; essa hipervalorização da pele já qualifica seu ser.

As ovelhas de Cristo, são identificáveis pelos ouvidos, não pela lã; “quando tira para fora Suas ovelhas, vai adiante delas e as ovelhas o seguem, porque conhecem Sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;4 e 5

domingo, 3 de julho de 2022

Perigo democrático


“Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da Palavra do Senhor, a qual não havia guardado; também porque buscou a adivinhadora para consultar.” I Cr 10;13

A Palavra ensina que um abismo chama outro; pois, vemos essa sequência decadente na desastrosa sina de Saul.

Transgrediu atrevendo-se ao sacerdócio, função que não lhe cabia, na demora de Samuel; não guardou A Palavra do Senhor quando Ele interditou o despojo dos amalequitas; por fim, tendo Deus se afastado dele, partiu para um plano B; uma feiticeira. Se, Deus não mais fala comigo - pensou - buscarei uma adivinhadora.

Encontramos uma exortação para crescermos progressivamente no conhecimento de Deus, (... conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; Os 6;3) O insensato rei fez o contrário. Desconheceu, ignorou e prossegui desconhecendo ao Senhor; a ponto de considerar A Palavra Dele, semelhante à de uma pitonisa qualquer.

Infelizmente, nem sua entrada tampouco, saída do reino foram abençoadas. Quando o ministério de Samuel fora rejeitado por desejaram os israelitas, um rei, Deus sentiu-se preterido; pois, O Eterno governava através do juiz que escolhera; disse: “... Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não têm rejeitado a ti, antes a Mim, para Eu não reinar sobre eles.” I Sam 8;7

A coroação de Saul derivou de uma rejeição a Deus, por parte do povo; um pleito democrático, portanto; a destituição e depois morte ocorreu por ter ele próprio, rejeitado ao Senhor. Mais tarde O Eterno resumiu ambos os eventos e suas consequências numa sentença: “Dei-te um rei na Minha ira, e tirei-o no Meu furor.” Os 13;11

Aqueles que concentram seus ensinos em como ter as orações respondidas poderiam meditar sobre nisso. Deus deu o que o povo pedira, um rei de grande estatura; porém, não como bênção, mas, sentindo ira. Uma espécie de juízo.

Ele advertiu das consequências da “democracia”; “Este será o costume do rei que reinará sobre vós; ele tomará vossos filhos e os empregará nos seus carros, como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. Os porá por chefes de mil, de cinquenta; e para que lavrem sua lavoura, façam sua sega, fabriquem suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. Tomará vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. Tomará o melhor das vossas terras, das vossas vinhas e olivais...” I Sam 8;11 a 14 Pesados impostos.

Diante disso, alguns se arrependeriam e se voltariam a Deus; “Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá.” v 18 As escolhas trazem consequências; liberdade deve ser exercida com a tutela da responsabilidade.

Então, mais que obtermos respostas de Deus, deveríamos temer; viver de modo que, nossa obediência e fidelidade cheguem a Ele como respostas correspondentes, ao Seu Amor manifestado em Cristo.

Fé não é uma chave para obter coisas, uma “senha” que nos abre portas; antes, uma possibilidade de agradarmos a Quem nos ama, e preside sobre todas as coisas, honrando-o com confiança irrestrita, não obstantes, eventuais circunstâncias adversas. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

Se eu soubesse que, mediante reiterada insistência receberia algo do Eterno, embora causando-lhe ira, deixaria de querer aquilo; pois, relacionamento sadio é mais importante que eventual suprimento de anseios duvidosos.

Não significa que um servo de Deus viva de brisa, como se diz; antes, que a fé prioriza o que é mais importante na relação com O Pai; certa da Sabedoria e fiada na Integridade Dele; “... De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;32 e 33

Quem acha que pode ser suplementada A Santa Palavra, seja via caminhos “inclusivos”, seja via ecumenismo, de certa forma também vai a “En-dor” em busca da feiticeira; deixa de lado A Santidade de Deus, e ancorado em pretextos doentios usa doutrinas espúrias como se fosse tudo igual.

Saul viu a própria derrota antes de morrer; foi vencido pelos filisteus, e suicidou-se para não cair prisioneiro deles e ser escarnecido.

Toda rebeldia contra O Eterno, de certa forma é um suicídio; enquanto a vida inda pulsa sempre existe possibilidade de arrependimento, mudança.

Como nossa vida é mui efêmera, (... que é vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece.” Tg 4;14) é temerário brincarmos com decisões suicidas achando que, as poderemos reverter. “... hoje, se ouvirdes Sua Voz, não endureçais vossos corações.” Heb 3;15

sábado, 2 de julho de 2022

Conselhos dos ímpios


“... Pede-me o que quiseres, e te darei. Jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, até metade do meu reino. Saindo ela, perguntou a sua mãe: Que pedirei? Ela disse: A cabeça de João Batista.” Mc 6;22 a 24

A filha de Herodias dançara no aniversário de Herodes que, excitado pelo vinho e pela arte fez a temerária promessa acima. Pede o que quiseres, até metade do meu reino.

A língua, essa imprudente senhora fazendo estragos. Quantos já advertiram contra seu veneno!

“A palavra que tens dentro de ti é tua escrava; a que deixas escapar, é tua senhora”. Chinês; “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio.” Hindu; “Falar é prata, silêncio é ouro.” domínio público.

“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Prov 25;11 “Portanto, meus amados irmãos, todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Tg 1;19 etc.

O insensato rei falou dando à jovem direito a pedir o que quisesse, dentro do limite estabelecido, que era mui amplo. Seria preciso conhecer melhor a cultura de então, para saber quais seriam os sonhos de consumo das jovens. Roupas finas de seda, especiarias, perfumes caros eram coisas comuns, para princesas como ela; quiçá, um refinado carro com cavalos brancos, um “motorista” exclusivo; uma casa só para si com as devidas criadas, junto ao mar; não sei.

O que todos sabemos é que poderia dar vazão aos sonhos mais extravagantes e os teria atendidos; para nossa reflexão, isso basta. O que ela pediu?

Uma coisa que A Palavra de Deus desencoraja. “Bem-aventurado o homem/mulher, que não anda segundo o conselho dos ímpios...” Sal 1;1 Pediu conselhos à sua mãe, a adúltera que odiava a João Batista por ter esse, reprovado seu adultério.

Como cada um só pode dar o que tem; a megera deu uma dose cavalar de ódio à filha, fazendo essa pedir o que era seu “sonho de consumo”; a morte de João.

Herodes estava com o pé no laço pela palavra empenhada. Herodias sabia disso e aproveitou a ocasião para das asas ao seu ódio contra a verdade. “O rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não quis negar.” V 26

O rei celebrava o complemento de mais um ano de vida. Mas, o passar do tempo por si só não basta para fomentar sabedoria; se pode envelhecer sem essa aquisição; por isso, a ressalva: “Coroa de honra são as cãs, quando estão no caminho da justiça.” Prov 16;31 Ruy Barbosa disse com outras palavras: “Não te impressiones com os cabelos brancos, porque os canalhas também envelhecem.”

O acúmulo de dias frutificará se fizermos como Moisés, rogarmos ao Único que pode dar sapiência, O Eterno; “Ensina-nos a contar nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” Sal 90;12

De certa forma, quem ouve o Chamado de Cristo está na mesma posição da filha de Herodias; pode pedir o que quiser, dentro de certos limites estabelecidos pela Vontade do Rei; Ele encorajou: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; ao que bate, se abrirá.” Mat 7;7 e 8

Mas, muitas vezes o conselho dos ímpios já está em nós; não precisamos assessoria externa para segui-lo. O negue a si mesmo inda claudica numa entrega parcial; nos apegamos às coisas rasteiras, carnais, com O Céu ao dispor; “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo Está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da Terra;” Col 3;1 e 2

Não basta pedir em oração; se essa for com espírito ímpio, será apenas mais um pecado em nossa imensa lista; “O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável.” Prov 28;9

Paulo ensina uma série de renúncias ao “modus vivendi” mundano que nos rodeia para, enfim, conhecermos à Vontade Divina: “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Não apenas metade do Reino mas, como o pai do Pródigo, O Rei diz: “... todas as minhas coisas são tuas;” Luc 15;31

Tanta sabedoria, entendimento, perdão, dons, salvações para pedir; gastaríamos a Santa Paciência e nosso parco latim para pedir vingança? Bens perecíveis? “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites.” Tg 4;3

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Boas obras; limpas e sujas


“Todos nós somos como o imundo; todas nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Pessimista essa terra arrasada contra todos, nivelando nossas pretensas “boas obras” à imundícia, reduzindo nossa brevidade à duração d’uma folha e nossa sina à de reféns da iniquidade.

Se, a Palavra de Deus viesse para nos agradar traria aqui um imenso lapso. Todavia, seu alvo é iluminar e salvar quem desejar andar na luz; embora, preserve nosso direito de escolha. “se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

A humanidade costuma estratificar a sociedade em classes; indigentes, pobres, medianos, ricos, elite; cada “classe” deriva sempre das posses ou, ausência. A sociedade atenta para o que cada um possui; em relação a isso, categoriza suas “espécies.”

Para efeito de filosofia de botecos se usa frases feitas que parecem esposar a superioridade do ser, ao ter; (vão-se os anéis ficam os dedos; mais vale qualidade que quantidade; quem não vive para servir não serve para viver; etc.) apesar disso, perseguimos o ter com todo empenho; quase sempre ignoramos o ser.

Um amor doentio “patrocina” a insana corrida após a sombra, cujo saldo sempre é inglório. “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará...” Ecl 5;10 “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;10

Posses nunca foi problema pra Deus; “... Meu é o mundo e toda sua plenitude.” Sal 50;12 Os valores buscados são outros; “Meus Olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Quanto mais dinheiro, fama, cultura, alguém tiver, mais responsabilidades em prestar contas terá. “... a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá; ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.” Luc 12;48

Como as posses não contam, fica fácil compreender porque estamos todos no mesmo barco; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7 Desse prisma, não do das posses, O Santo olhou para a Terra e viu tudo no mesmo nível. “Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;3

Quem construiu seu túmulo em lugares altos, no cemitério dos mortos-vivos da Terra, está acostumado às lisonjas, conforto, poder, no âmbito de influência do seu dinheiro. Todavia, na propensão ao pecado em nada difere de um indigente qualquer; quiçá, esse, por falta de meios peque menos que o nababo, até.

A justiça que salva é a de Cristo; boas obras de um morto são apenas obras mortas. Por isso, a primeira “obra” requerida foi a fé; “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais Naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Com dinheiro ou sem; o primeiro desafio é a migração da morte para a vida; “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Por não contarem posses, a mensagem de salvação veio nivelando, terraplanando tudo, para que todos fiquem iguais em oportunidade; “Todo vale será exaltado, todo monte e todo outeiro será abatido...” Is 40;4

Eventuais boas obras com pretensões salvíficas não passam de derivados do orgulho que se recusa a admitir a condição de morto espiritual. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Sim, a tendência da nossa natureza perversa é tomar para si, o que pertence a Deus; no caso, a glória. Ele adverte: “Eu sou O Senhor; este É O Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não Darei...” Is 42;8

Boas obras são requeridas dos salvos; não como meio de salvação, mas como testemunho dessa; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

A diferença não é pequena entre aquelas obras de antanho, imundas e essas, em Cristo. Aquelas exaltavam um morto; essas honram ao Deu Vivo. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;16

segunda-feira, 27 de junho de 2022

De onde Veio Jesus?


“... De onde És Tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.” Jo 19;9

Os judeus o acusaram de ter dito que era Filho de Deus. Isso fizera o governador estremecer; mas, medo não enseja justiça nem conversão. É um abalo momentâneo que some, sumindo a circunstância que o gerou.

Quisera saber da procedência do Senhor. “De onde és tu?” O silêncio também é uma resposta.

Em se tratando do “Filho do Homem”, Seu Currículo diria que era belemita, com infância no Egito, crescido em Nazaré. Mas, não era isso que Pilatos queria saber. Esperava uma posição sobre a acusação de pretender Ser Filho de Deus.

Quem, apesar de tudo o que Fizera e Ensinara em Jerusalém e outras partes, ainda tinha dúvidas, não precisava nem merecia maiores explicações.

No entanto, quando a conversa migrou para a origem do poder, Jesus, indiretamente disse de onde viera: “... Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra Mim, se ‘de cima’ não te fosse dado...” vs 10 e 11

Dissera: “... Vós sois de baixo, Eu Sou de cima; vós sois deste mundo, Eu não Sou deste mundo.” Jo 8;23 Ou, “Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?” Jo 6;62

Quem pretendesse realmente saber, de onde Ele dizia ser, dispunha de elementos bastantes.
Como Filho do Homem Jesus esteve por espaços rastreáveis, entre Israel e Egito; como Deus, Eterno, Seu Espaço era um pouco mais amplo. “... Porventura não Encho Eu os Céus e a Terra?” Jr 23;24

Se dissesse isso, teria inflamado inda mais aos que O acusavam de endemoninhado. Ele Não apenas ensinou de onde viera, mas fez menção a um “quando” que também assustaria aos mais atentos: “... antes que Abraão existisse, Eu Sou.” Jo 8;58 Se disse bem “antigo” e desejado também; “Pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não viram; ouvir o que ouvis e não ouviram.” Luc 10;24

Nunca se cercou de mistérios, meias verdades, misticismos; Seus Ensinos sempre emanaram o que Ele É; Luz. “... Falei abertamente ao mundo; sempre Ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus se ajuntam, nada disse em oculto.” Jo 18;20 

Perguntas dessa estirpe não derivavam de desejo honesto de saber; antes, eram subprodutos esfarrapados para disfarce do não crer.

Ele disse que fora enviado do Alto, e É Eterno; o “fato novo” de então, era Sua condição humana eventual, para ser Nosso Remidor; por isso se dizia sempre, “Filho do Homem”; pois, o domínio fora dado ao Homem; só outro homem que derrotasse ao usurpador o recuperaria; “O Pai a ninguém julga, mas deu Ao Filho todo o juízo... deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque É o Filho do homem.” Jo 5;22 e 27

Por ser a fé, peixe de águas mais profundas que o intelecto, a quem estiver desprovido dela, todas as informações, procedência, idade, estatura, feitos, poder, resultarão inúteis.

Quando, da oração de Jesus junto ao túmulo de Lázaro, O Pai Respondeu de forma audível dos Céus; alguns disseram que fora apenas um trovão. O intelecto ímpio se apressa em forjar máscaras pra descrença; não por acaso, a maioria dos ateus são pessoas cultas. A “luz que há neles são trevas”.

A fé não precisa de muito brilho intelectual; aliás, nenhum; “Porque, vede, irmãos, vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, ou nobres que são chamados. Mas Deus Escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1;26 a 28

Quem enche a boca de “argumentos” sobre as “incoerências” da fé, dificuldade de crer, talvez tente usar isso no juízo. Deus poderia responder: “Tenho aqui milhares, salvos pós uma pregação apenas; não tiveram dificuldade nenhuma."

As máscaras da incredulidade podem forjar “fisionomias” verossímeis; mas, serão rasgadas.

Aqui podem os “sábios” aquilatar a fé como coisa de “loucos”; Deus veste essa carapuça; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu a pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;19 a 21

Quem presume que pode inquirir Deus, responda a uma questão Dele apenas: “Onde estavas tu, quando Eu Fundava a Terra?” Jó 38;4

domingo, 26 de junho de 2022

Testamentos

A versão é que, o finado Prudêncio antes de falecer, o que ocorreu dois anos após o segundo casamento com Ceres, onde não teve filhos; (tivera três no primeiro, no qual, viuvara) escrevera um bilhete que pretendia registrar como testamento; porém, antes de efetuar o registro, morrera de COVID.

Como tinha lá suas limitações com a língua portuguesa, não sabia usar pontuação ao escrever; daí, deixou um texto assim: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado nada para meu advogado fica a incumbência dos trâmites a antiga família cuidará de tudo”.

As partes reunidas resolveram validar o desejo do falecido como se fosse um testamento; porém, restava definir de modo inequívoco, o que ele tentara dizer. 

Ceres a viúva disse que a pretendida mensagem, com a devida pontuação seria: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio. Vetado, nada. Para meu advogado fica a incumbência dos trâmites, a família antiga; cuidará de tudo.”

Porém, os filhos do primeiro casamento altercaram dizendo não ser assim; segundo eles, o sentido tencionado era: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado, nada. Para meu advogado fica a incumbência dos trâmites; a família antiga cuidará de tudo.”

Então, o advogado disse que ambas as pontuações seriam incorretas. Ele conhecia bem o Prudêncio; além de advogado dele era amigo, e a vontade derradeira dele seria expressa assim: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado, nada. Para meu advogado fica. A incumbência dos trâmites? A família antiga cuidará de tudo.

Como vemos, as razões dos três postulantes tinham lógica. Como decidir?

Essa pequena e engenhosa fábula ilustra os becos sem saída, onde agoniza uma sociedade movida por interesses, desprovida de apreço pela verdade e pela justiça, como a nossa.

Invés de primar pela verdade, fatos, respeito à inteligência alheia, grassa a gritaria fanática, a colagem de rótulos e a canonização de ladrões e porcarias do tipo.

A suspeita de desvio de dezenas de milhares de reais, algo a ser comprovado, é nivelada ao roubo comprovado de centenas de bilhões. Ora, se houve malversação no MEC, sejam punidos os responsáveis e siga o andor. Corrupção não é inevitável, mas pode e deve ser punida.

Agora, pegar meras suspeitas e tentar igualar isso aos zilhões roubados em pretérito recente é algo que dá asco.

Outra coisa: Quem rotula Bolsonaro de homofóbico poderia dar um exemplo só que ele tenha perseguido algum homossexual? Nazista, idem? Racista? Nada? Ah, é só tentar grudar o rótulo, se colar colou? Gentalha sem caráter!!

Diziam que a eleição do Bolsonaro fora fraudulenta; que seu “apoio” era de “robôs”; disparos massivos via Wattsapp etc. Fizeram uma CPI para investigar isso; quando o empresário acusado de tal, em prol de Bolsonaro, disse que o fizera de fato, mas para Haddad, a investigação esfriou, perdeu o interesse; por quê?

Jair sai às ruas em qualquer lugar, até no exterior e milhares o seguem, porque admiram e respeitam, se identificam. Mas, o “Líder em todas as pesquisas” não pode sair; até em ambientes fechados com plateias selecionadas acontecem distúrbios; alguém da imprensa tão ciosa contra O Presidente, suspeita que os números mirabolantes atribuídos a ele sejam “robóticos”?

Talvez como combate ao lema de campanha do Bolsonaro, “A verdade vos libertará”, Barroso, um expoente do sistema pró-corrupção foi à Inglaterra mentir; foi desmascarado em público, chamado de mentiroso.

Mais; na reunião de campanha do PT e bandidos asseclas, “Paulinho da Força” admitiu que Gilmar Mendes está aconselhando à equipe, sobre o que dizer e o que não, na campanha do Lula. Dois atos de Ministros do STF que mereceriam impeachment, caso fôssemos a República que deveríamos ser. Sem Falar no Moraes, no Toffoli...

A Bíblia ensina que seremos julgados na exata medida pela qual julgamos. Os indignados e zelosos seletivos ouvirão suas sentenças com as próprias vozes; punições severas que pedem gratuitamente aos oponentes serão aplicadas contra eles, dada a fartura de provas existentes.

Se, por um lado a inversão de valores mostra as índoles, inclinações das pessoas de determinado tempo, por outro, deixa patente que os valores possuem seus nichos próprios, lugares devidos. Quando do juízo, voltarão para casa, para prejuízo de quem os deturpa. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Seu “Prudêncio” escreveu dois Testamentos; o Antigo e o Novo. Em ambos pontuou de modo inequívoco Sua Vontade. Nossos interesses rasos podem “pontuar” do modo que quiserem.

O Testador Vive e Fará, finalmente, chegar a cada um, a devida herança. “Eis que cedo venho, o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;12

Os ladrões do Arco Íris


“Meu Arco Tenho Posto nas nuvens; este será por sinal da Aliança entre Mim e a Terra. Quando Eu trouxer nuvens sobre a Terra, aparecerá o Arco nas nuvens. Então Lembrarei da Minha Aliança, que está entre Mim e vós, entre toda a alma vivente de toda carne; as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda carne.” Gn 9;13 a 15

Embora, vulgarmente conheçamos como Arco Íris, o nome original é “Arco de Deus”. Íris é uma “deusa” egípcia, que não teve culpa nenhuma pelo surgimento do mesmo.

A Bondade Divina faz O Senhor usar empatia antropomórfica; (na forma humana) Ele fala como se fosse possível esquecer de alguma coisa; “Eu velo sobre Minha Palavra para cumpri-la", disse. Então, o “Me lembrarei da Minha Aliança...” significa: Vós lembrareis da Minha Aliança; não precisareis temer novo dilúvio.

O Eterno não pode ser visto aos olhos humanos; Suas Obras podem, e devem; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entende e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Contudo, a desobediência humana legou o domínio para o usurpador; esse se ocupa, em consórcio com os ímpios que lhe obedecem, em deturpar a tudo que O Eterno estabeleceu.
O símbolo do pacto protetor, Dele com a humanidade, de repente tornou-se símbolo da perversão sexual, chamada de diversidade. Suas sete cores significariam isso.

A Palavra de Deus aponta um rumo diferente. Sete aspectos do Espírito Santo, na Unidade Divina; “... Espírito do Senhor o Espírito de sabedoria, de entendimento, Espírito de conselho, de fortaleza, Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” Is 11;2

Noutras partes figura como Sete Olhos; “... um Cordeiro, como havendo sido morto; tinha sete chifres e Sete Olhos, que são os Sete Espíritos de Deus enviados a toda Terra.” Apoc 5;6 “Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão Sete Olhos...” Zac 3;9 “... esses são os Sete Olhos do Senhor, que percorrem toda a Terra.” Zac 4;10

O formato arqueado lembra Sua Proteção; as setes cores em Um, Sua Plenitude Envolvida.

Nada tem contra a diversidade; Ele a criou. Está presente no aspecto biológico, climático, geográfico, sideral, mineral, linguístico, etc.

Houve um tempo em que os cérebros ainda não padeciam a febre da impiedade nas temperaturas atuais; então, o cisne no bando errado era um “patinho feio”. Hoje, se uma lontra do mesmo lago decidir que é pato, ela “será” e ponto. Ai de quem disser que o bicho é feio!

Não apenas a noção da moral se perdeu; mas, da própria realidade. Outrora, ofensas tinham parentesco com alguma agressão; atualmente, basta mera informação; ousar chamar algo pelo que é já ofende quem não quer admiti-lo.

A pluralidade de “deuses” gerada na queda, deu azo à pluralidade de “leis”; cada um, a sua. No altar do pan-endeusamento, a verdade precisa ser sacrificada todos os dias, para que a vontade “divina” receba o devido “culto.”

Diatribes furiosas se ouviu contra a cantora Bruna Karla, por ter dito que não cantaria num casamento gay. Grave pecado contra os “deuses do Arco Íris”.

Cada um tem direito de escolher o que aprouver, isso é pacífico; mas, a ela se negaria direito de crer na Palavra de Deus, que veta a “diversidade”?

Afinal, não há diversidade nenhuma nisso. Todos nascem machos ou fêmeas. O que cada um faz com seus “instrumentos” deriva de escolhas; tais, impõem no grito o respeito às suas, enquanto ridicularizam às alheias. Chamam de “orientação sexual”, mas quem os orienta? Deus faz diferente. “... deixará o homem seu pai e sua mãe, e unir-se-á à sua mulher; serão os dois uma só carne...” Mc 10;7 e 8

Também eu recusaria congregar numa “Igreja Inclusiva”, com banheiros “trans”; é direito meu, ninguém toca nisso. Não me impressionam vultosas passeatas, opiniões de gente famosa, tampouco, tira meu sono a gritaria que fazem.

Sou radical? Sim. Trata-se da minha vida, que, segundo creio, perde-se se eu abraçar à desobediência. Legítima defesa. Não é porque vasta multidão está saltando no abismo, que eu, emulado saltarei também. Lamento pelas escolhas suicidas dos tais, e a melhor maneira de mostrar isso é fazendo escolhas melhores.

“Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

O Eterno formou Seu Arco garantindo que não haverá outro Dilúvio; mas, deixou Sua Palavra, categoricamente assegurando que haverá um juízo. “Como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação...” Heb 2;3