domingo, 20 de dezembro de 2020

De hábitos e loucos


“O homem que, muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

Uma síntese do que Deus dissera no início dos provérbios já; “Atentai para minha repreensão; pois, derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras. Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção... Então clamarão a Mim, mas não responderei; de madrugada Me buscarão, porém, não acharão.” Cap 1;23, 24 e 28

Por essas e outras que a mensagem de salvação sempre é apresentada em “regime de urgência”; “... Se ouvirdes hoje Sua Voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3;7 e 8 “Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora, o tempo aceitável, eis aqui agora, o dia da salvação.” II Cor 6;12

Ou seja: Reajam a ela na hora, pois, poderá chegar o tempo em que isso será impossível, como bem disse certo poeta: “Conheço muitos que não puderam quando queriam, porque não quiseram, quando podiam.”

Nem sempre confluem vontade e oportunidade; se esses rios se encontrarem no momento oportuno, dali em diante formarão um só curso para a salvação.

Quando O Salvador ofereceu libertação aos que permanecessem nas Suas Palavras, alguns objetaram: “Nunca servimos a ninguém.” Então, eram servos do pecado, do inimigo de Deus e dos romanos; mas, nem percebiam as coisas como eram.

"As cadeias do hábito são, em geral, pouco sólidas para serem sentidas, até que se tornem fortes demais para serem partidas."
Samuel Johnson

A rejeição ao Salvador não se pautou em lapsos intelectuais, como se Seus Ensinos fossem obscuros, imprecisos, difíceis de entender; antes, porque eram luz, e desafiavam a uma mudança de hábitos que eles se recusavam, preferiram seguir com suas algemas; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Oferecer salvação mediante renúncias a quem deseja aprovação no erro sempre causará atrito, rejeição. Foi assim e ainda é.

Então, estar habituado ao pecado e à servidão, pode fazer parecer, eventual libertador, um enxerido que se mete em sua vida. O Salvador não se metia em vidas, antes, sabia que falava com mortos, aos quais desejava ressuscitar; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Hábitos, sejam virtuosos, sejam viciosos, não são coisas simples de se mudar. Demandam todo um processo lento de desabituação; não podem ser cambiados de chofre, como disse Mark Twain: “Você não se liberta de um hábito jogando-o pela janela; precisas tomá-lo pela mão, abrir a porta e descer com ele a escada, degrau por degrau.”

Que nojo quando vemos certos ministros propondo mudar tudo com uma “oração forte”. Forte é a paciência de Deus que não fulmina esses salafrários.

Se, salvação é dádiva imediata ao que se arrepende e confessa a Jesus Cristo, santificação é um processo lento; demanda desaprender paulatinamente os maus hábitos e aprender de Cristo; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

Hábito deriva de habitar; é um modo de ser que nos habita, de tal forma que para mudar isso precisamos fazê-lo “sair da casinha”. Não é um labor impossível, como fugir da sombra, que vai onde formos por estar “grudada”; mas parece-se um pouco. Daí a necessidade de se tomar a cruz todos os dias.

Pois, todo aquele que ousar andar rumo à conversão, necessariamente se fará um “fora da casinha” uma vez que, os hábitos maus recusando-se a sair, sairá ele; “Negue a si mesmo”.

Todo o verdadeiramente convertido padece certo grau de loucura; “Porque a Palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus... Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;18 e 21

Se, nos pareceu ousada a afirmação de Isaías que nem os loucos errariam o caminho, Is 35;8, Paulo foi além, dizendo que só os loucos acertariam. “Ninguém se engane. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.” I Cor 3;18

Portanto, às favas os maus hábitos, o “sempre foi assim”; Deus chama ao novo; Evangelho é a aglutinação aportuguesada de palavras gregas que significam, boas novas.

"Males" que vieram para o bem


“Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que... guardes os mandamentos do Senhor, seus estatutos, que hoje ordeno, para teu bem?” Deut 10;12 e 13

Seria um erro grosseiro pensar que os mandamentos Divinos com suas restrições todas tivessem como alvo algum sadismo, ou capricho do Todo Poderoso.

Ele não precisa que andemos bem; apenas deseja, porque nos ama. Esse sentimento santo em relação a nós é que patrocina os mandamentos que são para nosso bem.

Se, no prisma relacional podemos viver de modos diversos, um a agradá-lo, outro a aborrecê-lo, sob o ponto de vista objetivo nossos atos não excedem à relação com nossos semelhantes.

Deus se interessa, como Pai Amoroso; mas, não precisa deles. “Se pecares, que efetuarás contra Ele? Se, tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele da tua mão? Tua impiedade faria mal a outro como tu; e tua justiça aproveitaria a outro homem.” Jó 35;6 a 8

Por isso a desafio de mostrarmos nosso amor por Ele, nas relações horizontais; “Se alguém diz: Eu amo Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, que não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

Como um pai que veta ao filho más companhias, drogas e vícios vários, ele não coloca essas “cercas” para impedir seu amado de “curtir a vida”; antes, por saber de antemão onde essas estradas largas levam, visa protegê-lo, afastando-o daquilo que, no final, será letal. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Como O Eterno não sofre o engano das aparências sabe onde cada caminho conduz, chama-nos desde o início da caminhada, à vereda da vida. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Além de nos amar, O Santo ama algumas coisas mais; como justiça, equidade, verdade.

Diferente de um pai humano sentimentalóide que, equaciona frouxidão moral com amor, a afeição Divina não passa a mão por cima de erros não tratados; antes, dá tempo esperando pelo nosso arrependimento; mas, não acontecendo esse, expõe nossas culpas.

Sua Longanimidade e paciência não significam conivência; “Estas coisas tens feito, (pecados) e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50;21

Dada a condição de peregrinos dos salvos, a impressão inicial é que os ímpios vivem melhor que eles; se chamarmos “viver” o esbaldar-se em prazeres sujos e mortais pode ser até.

Mas, aqui não é um lugar para viver, no sentido pleno do termo; antes, é local de “triagem” mediante O Salvador, para ver quem, enfim, entrará no Repouso do Senhor, a vida eterna. “Levantai-vos, e andai; porque este não é lugar de descanso; por causa da imundícia que traz destruição, sim, destruição enorme.” Miq 2;10

O imediatismo de querer o Céu na Terra é uma doença antiga; os que padecem dela acham desperdício a santificação; “Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar seus preceitos, e andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam.” Mal 3;14 e 15

Entretanto, O Senhor olha mais adiante, para o dia do juízo; “Eles serão meus, (os fiéis) diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Vs 17 e 18

Quando falo dos mandamentos para nosso bem, não me refiro à Lei de Moisés; mas, à Lei de Cristo que resumiu tudo a dois; amar a Deus e ao próximo, cultuar ao Senhor em Espírito e verdade.

Diferente dos Dez Mandamentos escritos em Pedra, o “Ministério da Condenação”, agora o Espírito, escreve em consciências o que Ele aprova, e o que desaprova.

“Mas agora alcançou Ele (Cristo) ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor Aliança que está confirmada em melhores promessas.” Heb 8;6 “... Porei Minhas Leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus, eles Me serão por povo;” v 10

sábado, 19 de dezembro de 2020

Parem de cuidar de mim!


“Nunca antes na história deste país” cuidaram de mim como agora. 

São tão ciosos da “Verdade” que criaram umas três ou quatro agências de checagem para carimbar como “Fake”, qualquer postagem que tenha a mínima chance de me fazer crer numa mentira, ufa!! Estou salvo!

Quem checa às agências de checagem? Dá medo de que possam criar o direito oficial de mentir, apenas pra quem tem o carimbo... desde a abertura da Caixa de Pandora a mentira sempre teve asas; agora ela achou com quem tratar.

Tenho plena liberdade de expressão, posso postar os vídeos que eu quiser no you tube; afinal é minha casa; claro que devo evitar algumas palavras ácidas como vacina, vírus chinês, aborto... palavrões assim fariam mal; o povo que cuida de mim quer o meu bem...

Posso compartilhar vídeos do brilhante Guilherme Fiúza denunciando certas mazelas do sistema; embora, não raro, esse lembre-me que está com dificuldade em reproduzir meu vídeo; essas coisas acontecem com vídeos tóxicos; cuidadores zelosos que são, não quereriam que eu consumisse tóxico.

Sabem que o monstro do Lago Ness está lá fora; gastam muito tempo e dinheiro avisando-me: “Fique em casa!” Conhecem os riscos mortais de se abraçar; ensinam o novo normal; o “Natal Virtual”, onde poderei brindar à distância com meus familiares; assim, sim! Parece que o velho aquele do saco vermelho é do grupo de risco...

Em São Paulo estão cuidando melhor ainda da população; ameaçam prender ao que comemorar o Natal em família, e pretendem soltar aos presos para que possam fazer isso... nada como dar a cada um o que ele necessita; quem está na cadeia precisa de família, - parece - quem está em família carece de cadeia. Vá saber!! Se nossos cuidadores acham...

Sabedores da minha estupidez, que me faria recusar uma vacina de origem nebulosa e eficácia discutível, os homens de preto de “Notável saber e reputação ilibada” dizem que me farão tomá-la à força; quem eu penso ser, para correr risco de morrer assim, tendo eles por perto para cuidar de mim?

Onde terá ido aquela pujante galera do “Ele Não!” pois, significava ameaça às liberdades individuais??

Mas, ouvi o Simplício; não se trata só de não pegar o vírus, também de não transmiti-lo; bem, se o outro não quer correr esse risco e acredita na eficácia da tal vacina, ele a terá tomado já; de modo que minha burrice não lhe faria mal nenhum; é uma carga só minha.

Um brilhante homem de preto, barro preto, o Barroso, disse que “É dever do estado proteger às pessoas, contra a desinformação e escolha equivocada;” (será que pretende banir o Jornal Nacional?)

disse mais: Que defende a “Vacinação compulsória, mas, não forçada” (???) Como assim, cara pálida? Não pegar à unha, como capar um leitão, mas fechar portas de empregos, viagens, concursos etc. a quem não for vacinado não é o mesmo que forçar? Parece que a única forma de forçar é física... se ele, homem de “notável saber” diz, deve ser...

Sempre foi dever do Estado zelar pela saúde, educação, segurança; nunquinha o mesmo cumpriu esse dever de modo satisfatório; dizem que dada a epidemia a ocupação de leitos hospitalares passa dos 95%; é? Quantas vezes, antes disso, vimos dezenas de enfermos amontoados em corredores a espera de leitos? Logo, parece que a coisa melhorou, nesse sentido.

Exigem máscaras em ambientes públicos, nalguns casos dentro dos carros até, embora, nenhuma comprovação haja da eficácia dessa porcaria.

Me sinto ridículo de calcinha na cara quando, em determinados ambientes sou “cuidado à força”; bons tempos os de outrora, onde a gente podia ser louco e ninguém se importava.

Então, para esse texto não parecer que estou a dar golpes no ar, quero meu direito à loucura de volta!! Basta desses “homens sensatos” a cuidar de mim!

Sei de muitos casos, em família até, em que um pegou a joça, os demais, não obstante largo convívio, nada sofreram; ninguém sabe de fonte segura como a coisa se dissemina; pelos indícios tem mais a ver com fatores biológicos que sociológicos; digo, com particularidades orgânicas de cada um, que com eventuais variáveis de convívio.

Mas, nossos cuidadores querem nos manter afastados... menos em ônibus, metrôs, comícios, festas das vitórias deles...

O Bolsonaro exposto indevidamente numa reunião disse que era pelo armamento, sob pena de uma hora vir “um filho da puta e implantar uma ditadura”; ninguém atentou para o conteúdo, só realçaram os palavrões...

Afinal, onze já estavam a postos; armados para cuidar de nós, com o mesmo zelo que um fazendeiro cuidaria seu gado... 

Abaixo à ditadura de toga! Dane-se a malcheirosa e tirana Nova Ordem Mundial; não preciso dos seus “cuidados”! Explodam!!

Traidores de si mesmos


“O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;3

Se, a Teoria da Evolução existisse nos dias de Isaías, estaria sendo refutada aqui; perderia sentido lógico ver dois “estágios” bem primitivos de “evoluintes”, bois e jumentos, com “intelectos” superiores ao “Homo Sapiens”.

O conhecimento não é inato, fortuito, como o instinto nos bichos; demanda uma busca criteriosa, esforçada de quem o deseja pelos frutos excelentes que produz.

Daí o preceito para a sabedoria: “Se como prata a buscares, como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é que vem o conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;4 a 8

Algumas coisas assomam meditando nisso; Deus usa um critério moral para investir Seus dons; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos;” o fim dessa dádiva não é alimentar a vaidade, ou engrandecer alguém; antes, a manutenção da vida; “...preservará o caminho dos seus santos.” Essa Divina preservação, entretanto, se dá em consórcio com nossa obediência; “... guardem as veredas do juízo.” Um conhecimento que não molda o agir é só desperdício de algo precioso; o clássico diamante na funda.

Quando pontua que O Eterno dá a “Verdadeira Sabedoria” implica a existência de outra, falsa; um simulacro.

Paulo em seus escritos fez distinção entre as duas; “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 26 a 8

Tanto o vero saber demanda aplicação prática, que o que fazemos evidencia o que sabemos.

Tende a inclinação natural à busca do que traz conforto ou prazer, de preferência, de modo fácil.

Quanto mais vemos dentro de nós mesmos, ao foco da Luz Divina, mais mudanças são necessárias, de modo que, ver nos responsabiliza; desafia às renúncias pessoais, o “Jugo de Cristo”; então, o “Homo Velhacus” foge da luz e cria alternativas fajutas, numa hipocrisia doentia, como se precisasse enganar a si mesmo; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Assim, com fito de drogar à própria consciência, negam ao Eterno, indiretamente; propõem caminhos alternativos oriundos de areias movediças das doentias paixões como se fossem opções válidas à Rocha Eterna.

Temos o evolucionismo que descartaria a Deus e deixaria tudo nas mãos do acaso; numa bruma de bilhões de anos; o espiritismo que mesmo apropriando-se de passagens bíblicas escolhidas a dedo, precisa negar a outras, pois, dadas as “muitas vidas pregressas” não temos pecados, apenas “Karmas” a pagar; embora adocicada, aparentemente culta é blasfema por fazer de Deus, mentiroso; e mais recentemente, sob a batuta de Francisco, o ecumenismo, onde, Deus não é tão Ímpar assim; de modo a precisar ser ouvido e seguido. Todos os credos são válidos; no fim, todos serão salvos.

Parece que Deus como se revelou não serve; já que certo “profeta” disse que seríamos como Deus, na desobediência e poderíamos derivar de nossos umbigos as escolhas, os valores, isso é o que tem sido praticado pela humanidade, salvas poucas exceções, infelizmente.

Recusar ver o que está patente serve para drogar-se e fugir; mas a evasiva de Caim de “não saber” o que fizera não cola perante O Eterno; embora possam se fazer de desentendidos são “... homens que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou.” Rom 1;18 e 19

Enfim, se, evolucionismo não resiste ao escrutínio da Palavra; nem espiritismo, ou, ecumenismo, por quê essas coisas ainda são ensinadas como verazes e dignas de crédito? Porque a obra prima do canhoto é cegar; preservar as “vistas” dos que domina, em condições inferiores às dois bois e jumentos.
“... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Submissão ao “Deus” errado fatalmente trará junto, trevas; “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da Sua Glória, na face de Jesus Cristo.” V;6

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

A Visita do Médico


“Vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador.” Luc 19;7

Como Jesus atreveu-se a se assentar à mesa de um pecador como o publicano Zaqueu? A censura da oposição sempre ciosa da “santidade” não demorou, vendo O Mestre fazer aquilo. Para seus conceitos rasos de pureza e santidade, havia dois tipos de pecadores; prostitutas e publicanos.

Quando, ciente das murmurações O Salvador objetou que não necessitam de médico os sãos, antes, os doentes, usou refinada ironia. Já que se presumiam sãos, invés de discutir com os loucos, por quê não, fingir que concorda com suas loucuras?

Dos males que Ele Medica, todos nós padecemos em larga escala; pecados. “... Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.” Rom 3;10 e 11

Sendo eles “Nação sacerdotal, povo santo” era seu trabalho buscar aos desvalidos; mas, como aquele personagem cômico, parece que eles não se misturavam com aquela gentalha.

Se, eu busco só aos descolados, de bom papo, agradável companhia, os que são plateia para minhas ginásticas mentais, gostam mais ou menos das mesmas coisas que eu, indo ao seu encontro não busco-os; dada certa satisfação que esse convívio me traz, buscando-os, no fundo, busco a mim mesmo. Foi essa prática dos “pastores” que culminou com sua rejeição.

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Não chegavam nem perto das desgarradas; às que assistiam em seus apriscos hipócritas exploravam, na eterna arte de apascentarem a si mesmos; “Comeis a gordura, vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. As fracas não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer, a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.” Vs 3 e 4

Ao buscar pecadores periféricos ao establishment religioso, O Salvador estava cumprindo o que prometera; “Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que Eu, Eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei Minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão.” Vs 11 e 12

Como certos políticos que, estiveram no poder por quase duas décadas e nada fizeram, em termos de enxugamento administrativo, obras estruturais, combate à corrupção; agora atacam diuturnamente um Governo que está fazendo essas coisas; assim são os famosos que, não fazem nem deixam fazer. No exercício de uma função delegada qualquer são omissos; na oposição, invejosos, críticos gratuitos. Sempre foi mais fácil atirar pedras que erradicar ervas daninhas.

Quando O Senhor disse: “Me aborreceram sem causa”, devemos entender sem causa legítima nas ações Dele; pois, a servidão ao pai da mentira, o ego doentio entronizado são causas bastantes para aborrecer à Luz, que revelaria o que eles prefeririam ficasse no escuro. “... os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Cada alma extraviada que O Senhor buscava, indiretamente revelava a faceta relapsa dos pastores; e normalmente os pecadores lidam mal com a vicissitude de verem a si mesmos, exceto, em pódios.

O mundo regido pelo capeta “et caterva” é um lixo que enoja pelas contradições e hipocrisia; forçam pessoas a usar máscaras, celebrar “Natais virtuais” “em defesa da vida”; entretanto, defendem com chifres e cascos a prática covarde e hedionda do aborto; assassinato de indefesos que resinificam com o nome de “direito de escolha”; mas, se a escolha for entre ser vacinado ou não, aí não temos direito, eles escolhem, eles “cuidam” de nós. Vão se catar seus micro-diabos e seu chefão também.

O Senhor, em “cujos lábios não se achou engano” continua em “más companhias” tentando convencer a quem Lhe ouvir, que temos escolha sim, entre o pecado para a morte e obediência para vida.

Sua Santa Presença, bastou ao avarento Zaqueu para que, se arrependesse e mudasse de vida rumo à salvação.

Ainda busca ovelhas Suas, pessoalmente; basta evadir-se à ilusão que, Sua Palavra, por usar um ser humano como canal deixa de ser um convite Dele, porque não deixa; “Eis que Estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha Voz e abrir a porta, Entrarei em sua casa, com ele Cearei e ele Comigo.” Apoc 3;20

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O Dia da Angústia


“Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que tua força é pequena.” Prov 24;10

O dia da angústia é diferente de um para outro; tanto no tempo que a mesma incide sobre cada um, quanto, no conteúdo que pode causá-la; aquilo que é angustiante para um, pode ser celebrado como bênção por outro.

Quantas vezes vemos, por exemplo, pessoas partilhando vídeos de mercenários safados, falsos profetas sem noção; se o fazem é porque acham bom. Mas, quem pode ver um pouco adiante se angustia com o engano disseminado. Invés de partilhar novamente sente vontade de partir em pedaços aquelas heresias todas.

O que os olhos não vêm o coração não sente;” adágio verdadeiro. Muitos estão, como o Pródigo no desterro comendo com porcos e pensado que aquilo é o cardápio da casa do Pai. Ver isso, para quem pode, causa angústia; para os incautos, a coisa parece ser comida boa.

Por isso Salomão advertiu contra os “males” da luz; “Porque na sabedoria há enfado; o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.” Ecl 1;18

Às vezes nos assalta a dolorosa e desanimadora sensação de estar denunciando obscenidades em campos de nudismo; a única coisa fora de lugar, nesses casos, é a nossa roupa; quem pensamos que somos?

Paulo mencionou, de passagem, suas angústias por motivos alheios; “Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?” II Cor 11;28 e 29

Pedro citou Ló no vale de Sodoma; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8

Se, as causas das angústias podem ser diversas, o sentimento é mais ou menos o mesmo; um misto de estreitamento, impotência, ansiedade, dor psíquica, aflição...

Contudo, chega um momento na história, (há indícios que chegou) em que O Próprio Senhor parece duvidar que haja mudanças de vidas; nem as preceitua mais; antes, encoraja cada um para que se aprofunde em suas escolhas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda. Eis que cedo venho; Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;11 e 12

Tentar despertar quem quer dormir, necessariamente nos fará indesejáveis; Entretanto, “pendurar as chuteiras” com tentou Jeremias não é opção; aquele pensou que sua chamada profética frutificaria segundo seus desejos, e nada.

Invés de conversões gerava perseguições; desse modo, concluiu que Deus o enganara; chegou a pensar em desistir; “Persuadiste-me, ó Senhor, persuadido fiquei; mais forte foste que eu e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim. Porque desde que falo, grito, clamo: Violência e destruição; porque se tornou A Palavra do Senhor um opróbrio e ludíbrio todo o dia. Então disse eu: Não me lembrarei dele, não falarei mais no Seu Nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; estou fatigado de sofrer, não posso mais.” Jr 19;7 a 9

No início do seu fracassado ministério chegou a pensar que estava mirando baixo demais; pregando ao populacho, invés dos líderes; aí, tentou pregar ao público mais seleto; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus; irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo...” Cap 5;4 e 5

A questão não era o nicho social no qual a mensagem fora entregue; antes, uma apostasia coletiva onde o domínio espiritual dos maus satisfazia o povo, como hoje; “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e meu povo assim deseja; mas que fareis ao fim disto?” Cap 5;30 e 31

Se, nas filosofias de botecos correntes se diz que qualidade vale mais que quantidade, para Deus é assim. Desse modo, o sucesso ministerial nada tem a ver com agregar multidões em torno de um ministro; antes, com a manutenção da integridade de vida como testemunho; honestidade intelectual e espiritual como exercício.

Quando Deus enviou Ezequiel preveniu-o: “... a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não quer dar ouvidos a Mim.” Ez 3;7

Há dias em que nossas angústias são mesmo nossas; outros, mais honrosos e dolorosos, onde, a comunhão no Espírito Santo nos faz sofrer a Impotência Divina.

No entanto, Ele socorre: “Invoca-me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás.” Sal 50;15

domingo, 13 de dezembro de 2020

Esses Frágeis Corajosos


“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

É próprio das conjunções adversativas, como ‘mas’, que encabecem orações adversas às anteriores.

É o caso, em apreço. Paulo denunciara a apostasia dos que, tendo comichões nos ouvidos escolheriam mestres segundo suas predileções, “mas tu sê sóbrio...” advertiu a Timóteo.

Se, o oposto àquilo é sobriedade, necessária a conclusão que certa embriaguez sensorial toma, os que preferem facilidades mentirosas, à verdade.

A “Vantagem” do bêbado é certa anestesia prazerosa; “Como o espinho que entra na mão do bêbado, assim é o provérbio na boca dos tolos.” Prov 26;9 Perde-se a fala excelente ante um “anestesiado” desses. Ele não sente, não muda.

No pacote temos, “sofre as aflições” o que implica que, para fugir delas, os covardes espirituais preferem sofrer as penas eternas, às privações pontuais. O anelo por conforto imediato embriaga-os ao ponto de traírem a si mesmos. Se, ensinos de determinado mestre deixa-os em “saias justas”, por que não, optarem por outros mais “positivos”, raciocinam os fugitivos.

Fácil “filosofar” que cada um colherá o que plantar; sobretudo, quando nosso autoengano nos leva a presumir que somos semeadores excelentes. Entretanto, há uma variável que escapa às reflexões mais sonolentas. O concurso das ervas daninhas que tentam tolher a eficácia das sementes.

Se a colheita fossem aflições, simplesmente, faríamos bem evitá-las, quando possível. Mas não. Essas são as ervas ditas que assediam aos que plantam fidelidade, visando colher salvação; ou, “semeiam no Espírito”; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A “semeadura” que apraz ao Senhor demanda uma morte para que possa brotar a vida que interessa; “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dá muito fruto.” Jo 12;24

Erram os que presumem que o Evangelho seja para deleite agora; cada coisa no devido tempo; “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e de morrer; tempo de plantar e de arrancar o que se plantou;” Ecl 3;1 e 2

Das vicissitudes inerentes a cada tempo específico derivam estados emocionais diversos; “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo seus molhos.” Sal 126;5 e 6

Na parábola do semeador, lança-se a semente indiscriminadamente, caia sobre o tipo de solo que cair; junto ao caminho, sobre pedras, entre espinhos, ou, na boa terra; (figurando a pregação do Evangelho a toda a criatura) no que tange às nossas escolhas pessoais, a coisa não pode ser tão abrangente assim; demanda preparo do solo e cuidado para que haja a devida colheita; “Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém: Preparai para vós o campo de lavoura, não semeeis entre espinhos.” Jr 4;3

Na parábola, espinhos são comparados aos cuidados do mundo e amor pelas riquezas; essa “junta de boi com jumento” não deve cruzar nossa seara; “Ninguém pode servir a dois senhores; porque, há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir Deus e Mamom.” Mat 6;24

Enfim, mestres para todos os gostos pipocam; todo mundo ensina, não obstante, a advertência que isso tem um custo; “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1

O silêncio seria uma casamata mais segura; sob a qual não podem se esconder os que, deveras, foram capacitados com o dom do ensino.

O risco de sermos considerados mais um, dos tantos salafrários que grassam por aí, bem como, oposições dos que servem “dois senhores”, além das nossas naturais fraquezas que, não raro, nos fazem alvos das próprias mensagens que escrevemos, são algumas das aflições que nos cumpre sofrer, pela causa Daquele que sofreu infinitamente mais por nós.

Muito já ouvi a pecha de que nós, os crentes, “nos escondemos atrás da Bíblia”; Ora, ela ensina que é mais forte o que vence a si próprio, que outro que toma uma cidade; Prov 16;32

Então, entre os defeitos que temos, e são muitos, não está a covardia; “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, de amor e moderação.” II Tim 1;7

Negar a si mesmo é dura empresa; possível apenas em Cristo. Isso, ou seguir tocando, enquanto o Titanic afunda, como a orquestra aquela.