domingo, 11 de outubro de 2020

Para quem será?

“Disse Mefibosete ao rei: Tome ele também tudo; pois já veio o rei meu senhor em paz à sua casa.” II Sam 19;30

O contexto era o da restauração de Davi ao trono após a sedição derrotada de Absalão.

Mefibosete e Ziba tinham uma questão sobre propriedades herdadas na qual Davi não quis se envolver; sugeriu que repartissem os bens entre eles.

O aleijado filho de Saul abriu mão de tudo, pois considerava honra suficiente ser recebido na mesa do Rei. “Porque toda a casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte diante do rei meu senhor; contudo, puseste teu servo entre os que comem à tua mesa; que mais direito tenho de clamar ao rei?” v 28

Se, tinha problemas nas pernas, não no cérebro.

Temos facilidade de julgar do quê, somos “dignos” quando se trata de honrarias; não quando se trata de justiça e somos réus.

Achara-se, junto com toda família de Saul, dignos de morte. Pois, Saul perseguira Davi à morte mais de uma vez.

O problema do apego material é sua inutilidade quando a vida está mais frágil; às portas da morte, como ensinou O Salvador sobre o “próspero” que se alienava de Deus. “Louco! Esta noite pedirão tua alma; o que tens preparado, para quem será?” Lc 12;20

As filosofias de botecos tipo, “Da vida nada se leva;” “Caixão não tem gavetas;”, “vão-se os anéis ficam os dedos;” etc. parecem priorizar a vida sobre os bens.

Contudo, os frequentadores de botecos bebem e não se deve levar tão a sério o que falam. Digo, uma coisa é esposar a rota certa numa ginástica mental repetitiva, como o que estica os braços espreguiçando-se ao acordar; outra é pautar o modo de viver pelo que sabemos ser a escolha certa.

Não é errado possuir bens; todos laboramos por isso. Mas, o apego excessivo, o amor ao dinheiro, o culto a Mamon é suicídio.

O Globalismo acelera seu projeto; o Brasil já cadastra para adotar o PIX, sistema de pagamento digital full time; funcionará 24 horas, domingos feriados.

Daí para a moeda digital, um passo; para a moeda global única, dois; para a marca aquela, sem a qual ninguém poderá comprar nem vender, três. Diferente da canção em que o sujeito estava a “dois passos do Paraíso”, estamos há três passos do Reino do Anticristo.

Quando isso acontecer, não importará quanto temos de bens; quem conhece a verdade e se recusar a ser marcado como gado do Capeta, não terá mais patrimônio nenhum. Não podendo comprar nem vender servirá para quê? Nossos bens serão confiscados pelo sistema e dados aos “fiéis”.

Então, o desapego não é só porque depois da morte a coisa não servirá; ainda em vida, nesse contexto a riqueza de quem a possui, sendo salvo, será pó. Faça bom uso dela, pois, enquanto ainda tem domínio sobre a mesma.

“Isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” Rom 13;11

“Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que folgam, como se não folgassem; os que compram, como se não possuíssem; os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa.” I Cor 7;29 a 31

Mas, diria o Simplício mero, por quê ser tão dramático, apocalíptico, invés de abraçar a união de todos, construir juntos um mundo sem fronteiras, sem divisão, em paz?

Quando O Criador colocou o primeiro casal a administrar a criação vetou certa árvore sob pena de morte; bem dramático; o Capeta apareceu com uma proposta “muito melhor”; autoconhecimento, autonomia, auto divinização, auto escolha, autoestima, levou uma montadora de autos e o ingênuo casal comprou.

A questão não era o quê soava melhor, ou, o que tinha um viés mais dramático. Mas, que um dito era verdade, e o outro mentira. A coisa se repete.

Esse globinho mágico, multicolorido, de diversidades, tolerância, inclusão, prosperidade e liberdades sem limites é só o marketing do totalitarismo opressor, de um sistema que tolherá todas as liberdades; até os pensamentos “inconvenientes”. Então, pena de morte a quem desobedecer ao Big Brother.

Aprendamos com Mefibosete que, estarmos, seres indignos, pecadores, à Mesa do Rei dos Reis, é muito superior à possiblidade de nos esbaldarmos por um pouco, sobre vastidões condenadas, falidas.

“Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

sábado, 10 de outubro de 2020

O Globo da Morte

“A falta do saber e a falta de informações, são os princípios da manipulação." Diogo Pantoja

Cultura inútil a todo vapor. Me contam de grátis a saga de Will Smith, a “Verdadeira história do Titanic”, a resiliência do Satollone até a fama; a suspeita morte do filho do Bruce Lee;

destacam grandes surras do cinema; espalham “lições de moral” forjadas; mendigos comprando mansões, (se um maltrapilho vier comprar minha casa que não é nenhuma mansão, acharei ridículo também, não se trata de preconceito; mas, de ter ainda dois neurônios funcionando) ainda, piriguetes rejeitando magnatas de bicicleta, tendo um “possante” ao lado; ( a ‘moral’ seria encostar a bunda na grana)

e se eu quiser, até montam um bonequinho que seria “minha cara” um tal de Avatar, coisa que algumas crenças orientais atribuíam a espíritos que possuem humanos; como já vive em mim o Espírito Santo, não tem vaga. Prefiro evitar.

Mas é só uma brincadeira, o que tem demais? Eu sei. Cheia está a internet de gente que brinca com najas e cascavéis; o pai das cobras assegura: “Certamente não morrereis!”

Halloween também é inocente, carnaval infantil idem; eu e minha mania de levar tudo em ponta de faca.

Acontece que flores e hortaliças que planto sempre brotam de acordo com as sementes.

Essas “brincadeiras” lançam fundo sementes também, de modo a entranhar nas almas infantis e moldar ações futuras como disse certo profeta: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Vergonhosamente, “príncipes e princesas” que ainda não aprenderam o alfabeto já são versados em caras e bocas para fotos de pais orgulhosos e sem noção do perigo da sexualidade precoce.

Por quê será que o sistema ímpio tenta “treinar” as crianças no caminho do homossexualismo desde cedo, a famigerada ideologia de gênero?

O mundo se seu príncipe, o Capeta pintam tudo forjando seu mosaico de papel picado; tentam fazer belo um arranjo cujo teor, são cinquenta tons de bosta. Multicolorida, mas bosta.

Cortina de futilidades para esconder a única coisa que, no final da corrida terá relevância; ainda que, agora repouse sóbria, preto no brando; O Bendito Feito de Cristo por nós, e seu registro, A Palavra de Deus.

Daniel traz a sina de um rei versado em cultos inúteis e inútil no que É vital, o Deus Vivo. Isso o levou a práticas profanas o que lhe custaram o reino e a vida. “Te levantaste contra o Senhor do Céu, pois foram trazidos à tua presença os vasos da casa dele, tu, teus senhores, tuas mulheres e concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de Quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Eu sei que, um pouco de humor e de leveza é necessário; já escrevi muitos textos de humor outrora; estão no “Recanto das Letras”; mas, minha unção é de outra estirpe, e o momento urgente e sério demais para que eu também me ocupe de papeis coloridos, quando vidas estão se perdendo aos montes.

Vivemos a era da velocidade, das tiradas breves e dos “memes”; textos com algum teor demandam espaço e são pouco apreciados; não raro se dá pitacos em quem escreve “textões”; não ligo. Não escrevo para ser “curtido”, tampouco, aplaudido. Se for entendido por uma minoria seleta que ainda lê, está de bom tamanho.

Achei nobre a cena do cinema; o Titanic afundando e a orquestra tocando. Naquele caso as opções seriam morrer com, ou sem dignidade; mas, inevitável morrer;

porém, agora que existe escolha entre salvação e perdição eternas, optar pelo riso sem nexo das hienas invés de basear a escolha na vida, não tem nada de nobre; é estúpido, suicida.

O cerco se fecha. O Falso Profeta que atende pela alcunha de Francisco escreveu sua “encíclica” globalista pela “fraternidade entre os povos” de todos os credos; O imbecil e os que lhe dão crédito devem pensar que a Arca de Noé continha um rebanho.

Ainda, condenou o liberalismo, o patriotismo e fez silêncio ensurdecedor sobre o comunismo assassino e opressor.

O papel dum representante de Deus não é sacrificar a mensagem para agrupar diferentes; antes, ensinar a sã doutrina, para que, quem crer e obedecer seja regenerado à Imagem de Deus. O mundo não pode ser salvo; já está condenado, aliás.

Uma advertência do Salvador para esses dias foi: “Cuidado, que ninguém vos engane”. Mas essa geração auto enganada foge da liberdade ao encontro das algemas...

A Ordem Sobrenatural das Coisas

“... Arão fez expiação por eles, para purificá-los. Depois vieram os levitas, para exercerem seu ministério...” Nm 8;21 e 22

Tratando-se das coisas espirituais, purificar-se antes de servir é a ordem “natural”, como lavar-se antes das refeições.

No fundo tratava-se de coisas sobrenaturais, de Divina esfera; embora, a “purificação”, fosse bem natural mesmo.

Mera capacitação formal, de participar de uma Assembleia humana; A maioria das prescrições sobre “pureza” tinha a ver com aspectos de higiene; prevenção de doenças contagiosas ainda desconhecidas dos homens, não do Criador; malgrado, a coisa fosse reputada como purificação espiritual, não passava de um tipo, um símbolo tênue de vera purificação que O Senhor buscaria.

A epístola aos Hebreus que ensina a transição do velho para o Novo Sacerdócio chama aqueles ritos de purificação horizontal, nas coisas atinentes à carne; “... o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne...” Heb 9;13

Lavar-se com água limpa era a purificação prática; o ritual, um tipo profético em sinal de reverência a Quem a prescrevera.

Só quando veio Cristo, a regeneração desejada se fez possível; “... nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que sangue de touros e bodes tire pecados.” Heb 10;1 a 4

Sendo impossível por aqueles meios, Deus os quis apenas como figuras transitórias, até O Sacrifício perfeito; “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;24 a 26

O Feito de Cristo é muito mais que mero arranjo externo para que eventual inepto se torne apto ao rito sagrado. A Água da Vida lava consciências. “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo...” Heb 9;14

A premissa aquela, seja primeiro purificado, depois sirva, no nosso caso demanda comparecermos ao Serviço do Santo, com as consciências em silêncio, como testemunho do bom porte em Cristo.

Não significa que todos que O servem sejam assim; mas, que se, recusarem a ouvir esse atalaia que, oportunamente adverte das impurezas ainda não tratadas, uma hora não apenas o ministério mas até fé irá a pique. "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Eventualmente ouço uns dizendo que “se busque poder”; de minha parte diria que busquemos purificação. Da santificação Deus se agrada, e “A alegria do Senhor é nossa força”. 

O poder necessário ao serviço vem como bônus a quem cumpre o dever, igualmente necessário. A isso Paulo chamou: “Fortalecei-vos no Senhor; na força do Seu Poder”. Ef 6;10

Por causa da “matéria prima” ruim, O Eterno usa de longanimidade, dada nossa dureza; pesa também Seu amor para com outros que pode tocar mediante nós; porém, nossos erros adormecidos, “escondidos” se, não tratados, ouvida a consciência poderão resultar em escândalo um dia; pois o silêncio de Deus são significa aprovação, apenas misericórdia eventual; “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50;21

Muitos buscam “silenciar” a consciência com serviço; quanto mais ela lhes acusa do erro não tratado, mais querem “Fazer a obra” quando, a obra que está sendo requerida segue intocada.

Esdras dá um exemplo bem didático da ordem correta das coisas; “Porque Esdras tinha preparado seu coração para buscar a Lei do Senhor, para cumpri-la e para ensinar em Israel os Seus estatutos e Seus juízos.” Ed 7;10

Buscar a Lei; aprender. Cumprir, obedecer. Só então, ensinar.

Nossas escolhas morais e espirituais patrocinam nosso agir; esse molda nosso caminho. Por isso a figura que nossos caminhos estão nos corações; (consciências) “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Assim, a fé “remove montanhas” principalmente de culpas, para que em nós, como João Batista, se prepare o “Caminho do Senhor”; “... todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

Se você tem fé na Palavra quando ela promete algo, creia-a também quando te corrige; “seja purificado, depois sirva”.

domingo, 4 de outubro de 2020

Nossos inimigos íntimos


“Foi o número dos dias, que Davi habitou na terra dos filisteus, um ano e quatro meses.” I Sam 27;7

Inusitados dezesseis meses de Davi. Ele fora ungido por Samuel para ser rei, vencera ao gigante Golias, fora amado e reconhecido pelo príncipe Jônatas como sucessor de Saul; aclamado pelo povo como grande guerreiro, agora refugiava-se com um “exército” de seiscentos proscritos, entre os inimigos de Israel.

Humildemente pedira para não ficar na cidade real, Gate e recebera de Aquis, o rei filisteu, a cidade de Ziclague.

Tornara-se mero salteador dos povos circunstantes; malgrado o rei soubesse que fora ele que derrotara Golias, no passado, ignorava isso; considerava as vantagens de tê-lo por perto. “Aquis confiava em Davi, dizendo: Fez-se ele por certo aborrecível para com o seu povo em Israel; por isso me será por servo para sempre.” I Sam 27;12 Essa “moral” atual, tipo, se me traz vantagens danem-se as demais coisas vem de larga data.

A sina de que “Os inimigos do homem são os da sua própria casa”, era coisa antiga também, quando O Salvador mencionou-a.

Entre os filisteus Davi era respeitado, bem quisto; no palácio de Saul, odiado; de modo que, o rei tentara matá-lo mais de uma vez. Com “amigos” assim, desnecessários os inimigos.

Oportuna uma citação de Voltaire: “Deus me livre dos meus amigos, que dos inimigos eu me cuido.”

Se, é vera a máxima que “um profeta não é bem-vindo, na sua terra”, naquele caso era um guerreiro valente que não era bem vindo; as qualidades proféticas e unção de rei só afloraram ulteriormente. Davi não era o inspirado salmista, tampouco rei; apenas o guerreiro precoce e ousado que matara ao gigante.

A inveja foi avaliada em dia futuros pelo filho seu que nasceria, Salomão; Sua essência violenta; “O furor é cruel, a ira impetuosa, mas quem poderá enfrentar a inveja?” Prov 27;4 Por fim, sua causa; “Também vi que todo o trabalho, toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo.” Ecl 4;4 A destreza em obras, popular talento, atrai a inveja alheia.

Portanto, quem recebe um talento do Senhor, seja para o que for, recebe um peso para carregar; ou, usa-o e será alvo da inveja, ou, enterra-o e será réu, no Tribunal do Senhor.

Um fragmento de uma antiga canção diz: “Na verdade o homem se sente mais realizado, se invés da dizer parabéns! Ele fala, coitado!” Quem invejaria um coitado? Possivelmente sua triste sina fará a minha parecer melhor do que é; quiçá, dar vez ao orgulho de me presumir também, melhor do que sou.

Tipo antigos palhaços de circo, que faziam brejeirices sobre pernas-de-pau, assim é o orgulho. Leva um palhaço bobo a ostentar uma estatura muito maior que possui, e seu valor é pueril, para um riso momentâneo e mais nada.

Então, quando virmos alguém com unção na vida, potencial ministério, em situação, eventualmente desvantajosa, não significa, necessariamente, que o tal “enterrou o talento”; pode que, como Davi esteja sendo exercitado em circunstâncias desvantajosas até o tempo oportuno, aprazado por Deus, para que saia à luz, enfim, o Divino propósito.

Não esqueçamos que a Onisciência do Eterno Lhe permite “Chamar às coisas que ainda não são, como se, já fossem.”

Somos imediatistas; veríamos em José, mero prisioneiro; em Davi, um fugitivo fora-da-lei, como viu o finado Nabal; em Jesus, um amigo da ralé social, como fizeram os religiosos da época.

Em José Deus via o primeiro ministro de Faraó; em Davi o rei de Israel; em Jesus Deus É, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Se, vulgarmente se diz, atribuindo a Maquiavel, que os fins justificam os meios, numa espécie de vale-tudo pelo fim almejado, em se tratando das coisas espirituais, o fim, (objetivo) qualifica os meios, ou o caminho.

Não importam circunstâncias adversas que enfrentemos; se, no fim redundar em salvação, vida eterna, será esse um caminho bendito, e vice-versa. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Não estranhemos pois, se, malgrado andando retamente tivermos que, eventualmente “comer do ruim” como se diz, estando mais seguros distante dos “chegados” que perto deles.

A presença deles por perto não é essencial. A que É já está; “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti. Porque Eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel ...” Is 43;2 e 3

A grandeza das rejeições e perseguições que sofremos é proporcional à chamada ministerial do Senhor. Ele não faria um lutador peso-pesado par segurar a toalha de fora do ringue.

sábado, 3 de outubro de 2020

A unidade e o conjunto vazio

“Há um só corpo, um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus; Pai de todos...” Ef 4;4 a 6

Esse texto, ora é distorcido para que signifique união, ora, para que valide credos espúrios. Se, Deus é o mesmo, dirá o Simplício, todas as religiões são boas e todos serão salvos. Se, no aspecto espiritual tudo é ímpar assim, então só resta nos unir, dirá o sofista com viés ecumênico.

Há diferença entre exegese e eisegese; a primeira é a ciência que se ocupa em extrair o real significado de um texto, a despeito de como repercuta. 

A segunda ocupa-se de um simulacro, um sofisma tencionando forçar um escrito no rumo que deseja, invés de deixar que ele fale por si.

De outra forma: A Exegese busca entender o que Deus disse; a outra “força” para que o escrito “diga” o que o “intérprete” deseja.

Deus denunciou alguns assim; “Porventura Minha palavra não é como fogo, diz o Senhor; como martelo que esmiúça a pedra? Portanto, eis que Sou contra os profetas, diz o Senhor, que furtam Minhas Palavras, cada um ao seu próximo.” Jr 23;29 e 30

Se, “Há um só Senhor” subentende-se, verdadeiro; pois, as Escrituras apresentam vastíssimos exemplos de deuses falsos.

O mesmo se aplica ao batismo e à fé. Um só batismo de arrependimento, uma só fé salvífica. Mas, espere, volverá o Simplício; “... um só Deus e Pai de todos” diz também. É.
Acontece que esse “todos” não é tão “inclusivo” como pode parecer superficialmente.

João ensinou: “Veio para o que era Seu, os seus não O receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;11 a 13

Notemos que, pessoas adultas com arbítrio para receber ou não ao Salvador, fazendo isso, nasceram.

Interpretação teológica de João; porém, adiante temos o registro das Palavras do Salvador sobre os que entram no Reino; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

Quanto à visão ecumênica de todos os credos serem válidos, uma vez que Deus é um só, a interpretação sadia mostra o oposto. Ao restringir o ingresso a Cristo, automaticamente elimina todos os demais que trilham caminhos alternativos. “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo 14;6

A unidade dos salvos é conhecida como “Corpo de Cristo”, a despeito das diferenças denominacionais, ou mesmo, rituais; há uma comunhão com os que são habitados pelo mesmo Espírito, que testifica e os une. “Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” Ef 4;3

Eventualmente, irmãos se desentendem, não por diferenças de espírito, mas, de crescimento, entendimento; uns têm determinada estatura, outros ainda não. Mas, isso não leva a rupturas nem inimizades.

Por isso a importância do aprendizado, preceituado adiante, como fator de profilaxia espiritual, “vacina contra heresias.” Pois o crescimento derivado do ensino de obreiros idôneos nos capacita, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” V 14

Se, Deus é Pai de Todos, indistintamente, por quê, a imensa maioria está de costas para Ele, vivendo cada um à sua maneira, ostentando nas redes sociais seu egoísmo e independência? Uns capricham na sensualidade, nas caras e bocas e legendam: “Dono (a) de mim!

Os que são de Deus não autônomos assim; pertencem a Ele, e por Ele são ensinados, disciplinados mediante A Palavra; “Porque O Senhor corrige o que ama, açoita qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;6 a 8

Se, a paz é vínculo entre os que têm o mesmo Espírito, isso nos coloca em guerra espiritual contra esse sistema ímpio que se opõe ao Criador. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais, que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Enfim, todos os salvos pertencem a Um só Espírito; mas, tão Um, que não se mistura com a oposição.

domingo, 27 de setembro de 2020

Família sob ataque


“Acautelai-vos, que ninguém vos engane...” Mat 24;4

A manipulação é uma violência indolor. Se, coopto alguém e o levo a agir como quero, de certa forma sequestro sua vida ao meu serviço. Estarei anulando um indivíduo e levando-o a ser mera coisa, extensão de meus vícios; pois, é em prol desses que se costuma manipular.

Literalmente manipular é a arte de usar títeres, ou fantoches; para tais produzirem determinados movimentos usa-se um conjunto de cordões presos estrategicamente. No sentido figurado trata-se de induzir alguém, produzir nele, mediante “cordas” minhas, as ações ou reações que servem ao meu propósito.

Filósofos gregos chamavam às multidões de “Bestas acéfalas”. Monstros sem cérebros. Basta um “animador” entrar no meio e sair gritando determinada palavra de ordem, (mesmo que seja, crucifica-o) e logo teremos um coro reproduzindo ao grito primeiro.

O Filósofo Soren Kierkergaard disse: “Para dominar às multidões, basta conhecer as paixões humanas, certo talento, e uma boa dose de mentira.” Isso explica o sucesso do Edir Macedo, R. R. Soares, Valdemiro Santiago, Lula e outros patifes do mesmo calibre.

Para manipular, três coisas são necessárias. O objetivo, os objetos, e os meios; “cordas” que produzirão os movimentos buscados.

O objetivo mais pujante é o Globalismo a serviço do maligno. Os bonecos encontram-se todos prontos e são inúmeros; por preferirem o agradável ao verdadeiro, de certa forma pedem para ser manipulados. As “cordas” são o poder econômico.

Quem conhece a doutrina esquerdista está ciente da sua tática de “dividir para conquistar”; seu método; lançar discórdia; objetivo; totalitarismo, domínio absoluto.

Onde atuam, invés de uma sociedade relativamente coesa, temos um arranjo todo fracionado como um boi no balcão do açougue.

Negros contra brancos, gays contra héteros, ateus contra deístas, feministas contra fêmeas, sulistas contra nordestinos, veganos contra carnívoros, etc.

Poder econômico e político costumam estar amalgamados. Usando a política se institucionalizou o racismo, com o absurdo “sistema de cotas”; mediante a economia, O Magazine Luiza acaba de fazer algo semelhante.

A Natura, apresentou a Thammy Miranda como “modelo de Pai”; 

agora, a cereja da torta: Um comercial de margarina onde um amontoado de pessoas, com um comportamento que parece uma mistura de lupanar com presídio, e manicômio seria uma “família tradicional”; “Para uma família tradicional, uma margarina tradicional”.

Até meu cavalo, tão pouco letrado identifica de longe o ataque à família, com pretexto de propaganda bem humorada. A mesma filhadaputice da Natura, com meios diferentes.

Idiotas úteis aplaudem. “Parece a minha casa”! Os intérpretes dizem ser estratégia de marketing para vender mais. Um cacete! Natura e Qualy nunca mais!

Dinheiro essa gente tem de sobra, são donos do mundo. Lutam por coisas maiores. Poder e almas.

Isaías anteviu esses dias da “pós-verdade”, onde, punição é para justos, não injustos, como seria numa sociedade minimamente sadia. “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

Grande parte da mídia a quem competiria informar, também atua por manipulação, sonegando a verdade e produzindo enganos a quem não consegue discernir. A Bíblia traz: “Maldito aquele que faz um cego errar o caminho!”

Às vezes deparo com alfinetadas dos que são contra textos agressivos com palavras mais duras. Esses devaneiam que o campo de batalha seja lugar para poesias. Gosto delas, escrevo-as eventualmente. Mas, na hora do machado não uso canivete.

Sempre oportuno lembrar Gideão; ao vê-lo lutando bravamente numa luta desigual, invés de criticar seu atrevimento, o Anjo do Senhor elogiou sua coragem chamando-o, “Varão Valoroso”. Jz 6;12

Adiante, quando se preparava a batalha, O Senhor mandou que os covardes voltassem para casa. Então, quem prefere ser politicamente correto, evitar polêmicas acaba limitando ao Agir de Deus mediante sua vida.

Em tempos de juízo, O Eterno escolheu o capitão Jeú que “Cavalgava furiosamente” não um poeta como Davi, ou um filósofo como Salomão. Como precursor do Messias, João Batista com seu machado de cortar hipocrisia.

Muitos cristãos foram manipulados já como se, paz fosse nosso alvo. Cristo fez distinção entre Sua Paz e a que o mundo dá. A Dele nos reconcilia com Deus e se faz espada contra esse sistema corrupto. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que amizade do mundo é inimizade contra Deus?” Tg 4;4

Os ataques contra o conhecimento de Deus e Seus Valores vão se intensificar ainda; eis nossa brecha! Nossa inserção no bom combate! “... as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5

Vida no Deserto

“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de mim.” Os 13;5 e 6

Quando Deus afirma que conheceu a Israel no deserto, não é apenas uma figura de linguagem; era desértico o cenário, no prisma da liberdade, vida espiritual, e literalmente, quando da jornada do Êxodo; O Eterno os sustentou por 40 anos, de modo milagroso.

É fácil ser “fiel” quando dependo que o Maná caia durante a noite, para que eu o coma no dia seguinte.

Porém, a jornada no deserto, ainda que tenha durado 40 anos, muito mais que o necessário à travessia que seria de meses, como juízo pela incredulidade, ainda que tenha durado tanto, digo, era transitória; ao determinado tempo, O Eterno os introduziu sob a liderança de Josué, na Terra da Promessa, plena de fartura.

“No outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. Cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.” Js 5;11 e 12

Um mais desavisado talvez dissesse: “Canaã, finalmente! Os problemas acabaram!” Bem, depende do quê, se considera problema. Pois, no quesito relacionamento com Deus, parece que a fartura atrapalhou; “... estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de mim.”

É doentia essa ética utilitarista de muitos “cristãos” onde, O Todo Poderoso, invés de temido, adorado e cultuado como convém é tido como um pneu reserva, esquecido e só lembrado quando fura um dos que estão rodando.

Assim, Deus é buscado quando lapsos emocionais, relacionais, materiais assomam; mas, dirimido isso “não é mais necessário”. Uma blasfema inversão, que faria do pecador o Senhor, e do Eterno, O Servo.

Claro que Deus é “Socorro bem presente na angústia...” e Ele mesmo desafiou: “Invoca-me no dia da angústia...” ou seja: Continua conhecendo os desvalidos, no deserto. A questão é como será nossa postura após o livramento.

A fé sadia é base de um relacionamento que vai muito além das circunstâncias, como ensinaram Habacuque e Paulo, por exemplo: Aquele disse: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, nos currais não haja gado; todavia, me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3;17 e 18

O Apóstolo ampliou: “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto a ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

As circunstâncias devem ser, como a palavra sugere, aquilo que nos circunda; está ao redor, não dentro de nós, onde deveria ser habitat de fé, que opera por amor; de tal modo que enseja obediência a despeito do que nos rodeia a atrai a Divina habitação ao nosso frágil “templo”. “... Se alguém Me ama, guardará Minha palavra; Meu Pai o amará; Viremos para ele e Faremos nele morada.” Jo 14;23

Deus É plenitude, vida; não um oásis circunstancial, que após um socorro pontual na jornada já não serve mais.

Essa perversão de “transformar pedras em pães”; digo, uso da fé para “alquimias materialistas”, isso foi sugestão do Capeta, lembremos.

Se a fé, pela sua natureza tem “olhos” peculiares que podem nos deixar, como Moisés, “firmes como que vendo o invisível”, nossos desertos eventuais não deveriam fomentar dúvidas que Canaã nos espera. Deus é Fiel.

Assim como, na aridez que nada poderia gerar Deus enviava o alimento dos Céus, na “noite escura da alma,” a fé sadia saberá onde comer; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Estamos no limiar do pior de todos os desertos, o espiritual; breve, instaurado o império do Anticristo, a mensagem da Graça será reputada “discurso do ódio” falar a verdade, “fundamentalismo”; não se alinhar à igreja ecumênica, balaio de gatos, será sedição; firmeza na fé vai custar muitas vidas.

Aí, a importância vital de ter olhos que vão além do circunstante e veem o devir, mais que a situação momentânea. “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Rom 8;18