Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
sábado, 1 de fevereiro de 2020
Nossa Falta de Juízo
“... Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir?” Atos 23;3
Paulo estava julgando o julgamento a que estava submetido; pois, se seu fito era salvaguardar à Lei, o próprio tribunal a estava transgredindo; portanto, desmoralizando-se pela parcialidade, invés de estar preservando à justiça como convinha.
Usou para isso uma figura semelhante à usada pelo Senhor, que chamara de “sepulcros caiados” aos hipócritas que colocavam pesados fardos nos alheios ombros, os mesmos que se recusavam a carregar. Parede branqueada, sepulcro caiado evocam a mesma ideia; uma capa de virtude disfarçado o vício.
Se esse incidente lembra nosso garboso STF, não é coincidência; apenas o mesmo modo ímpio de sempre, hospedado em novos viciados. A lei pune aos outros, a mim ignora, quando não, absolve. “Todos iguais perante a lei”, menos eu; eu sou a lei.
“... alguns, se entregaram a vãs contendas; querendo ser mestres da lei, não entendendo o que dizem nem o que afirmam. Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente;” I Tim 1;6 a 8
Nessa linha de parcialidade inconsequente tendemos a achar que as Promessas Divinas nos dizem respeito, mesmo quando, não; e Suas advertências não são contra nós; mesmo quando são.
O sofista mor, especialista desde o Éden em perversão da Palavra tentou a Jesus precisamente nisso; a parcialidade de apresentar o que “está escrito” para forçar O Salvador a pecar; Ele revidou com, “também está escrito”, em contraponto à superficialidade de se atentar apenas ao que convém à vontade natural; erro filho da pretensão de um Deus serviçal, à mercê dos nossos desejos sem condições prévias.
Se, é verdade que O Eterno “Trabalha por quem Nele espera”, Is 64;4 Também é que, estar “Nele” demanda submissão aos Seus preceitos e ao Seu tempo, até porque, esperar é já uma atitude de submissão àquele que tem poder de fazer acontecer as coisas quando lhe aprouver.
Se, nos âmbitos humanos a isonomia é uma coisa falsa que ocupa discursos e some na hora dos fatos, perante O Santo, Sua Justiça requer. É uma palavra grega composta de duas; -Iso- que quer dizer equidade, igualdade, e -Nomia-, de Nomos, Lei. A boa e velha igualdade perante à lei.
Paulo ao escrever aos romanos pontuou novamente sobre o juízo atirado contra terceiros que incidiria sobre os “juízes”: “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3
“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.” Saint Exupérry (O Pequeno Príncipe)
Exatamente por nossas noções de justiça seremos julgados para que não reste nenhuma “instância” de apelação como se, nossa insipiência fosse atenuante de pecados; “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” Mat 7;2
Não significa, contudo, que se eu for omisso concedendo a terceiros o direito de pecar tal “direto” me será facultado; antes, que quando censuro atos alheios em nome da justiça, estou escrevendo a “jurisprudência” do meu próprio julgamento.
Nossas falas, quer em juízo, quer não, estão todas registradas; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele...” Ml 3;16
Não sem razão, quando menciona a cena do julgamento a Bíblia fala que foram “abertos os livros”. A lei que cada um “escreveu” será parâmetro do seu juízo.
Não se entenda com isso, porém, um endosso ao fugaz “não julgueis” dos que, quando apresentamos o juízo Divino, Sua Palavra, por falta de vontade de se submeter fazem parecer que trata-se um erro nosso, um juízo precipitado ao evidenciarmos o que Deus Falou.
O risco do juízo temerário é precisamente ser julgado pelo juízo esposado; quando apresentamos o Divino julgamento, claro que seremos também julgados pelo mesmo. Não precisam nos advertir do óbvio.
No entanto, como anseia salvar, mais que julgar, a misericórdia Divina fez nosso juízo recair sobre O Salvador; portanto a quem se Lhe submete, não resta julgamento; o registro de pecados está apagado; “... Tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.” Miq 7;19
Enfim: Tão válidas quanto as promessas Divinas são Suas advertências; somos alvos de ambas. Aquele “crente” que espera de Deus apenas o que lhe agrada crê na mentira de Satã que seria nossa a escolha sobre bem e mal.
Então, quem quer ser abençoado por Deus, acredite Nele, não no inimigo.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
Sinais dos Tempos?
“Gosto de ver um homem orgulhar-se do lugar onde vive; gosto de ver um homem viver de modo a que seu lugar se orgulhe dele”. G. Bernard Shaw
São raros, infelizmente, os exemplos edificantes de vida; normalmente temos os medíocres por bons, na ausência desses; “Fulano é gente boa; não se mete na vida dos outros, não faz mal a ninguém.” Tal apreço é comum; como se isso fosse o melhor que podemos. Não fazer o mal é algo de valor; mas, a excelência seria, além disso, fazer o bem, não viver exclusivamente para si, ser uma referência.
Nos que estão mais distantes não vemos como vivem, mas como parece que vivem. Mesmo nos próximos muito ainda nos escapa. Todavia, que deprimente quando, gente que parecia valer alguma coisa se revela fútil, réproba, sem caráter, sem nenhum valor. Quanta gente famosa que já aplaudi, que hoje não receberia em minha casa.
Tantos cantores, jornalistas, escritores, apresentadores, atores, sem falar de centenas de políticos, etc. Se, um dia gostei dos tais e agora reprovo, eles não ficaram piores; antes, ficaram nus. A vida se encarregou de lhes rasgar as vestes suntuosas e mostrou como são.
Nossa sede no deserto de valores ensejou miragens de bons caracteres onde só havia areia. Valores, tais quais a água, quando faltam deixam patente a real importância. Quando existem quase nem percebemos. O mal chama atenção por ser espúrio; o bem é o esperável pelo nosso “programa” original.
Costumamos definir a decadência moral que grassa como sinal dos tempos, como se, o tempo tivesse alguma coisa a ver com as humanas escolhas.
Claro que, sendo nossas opções continuamente más, à medida que o tempo avança os estragos se potencializam. Com um atirador mirando o alvo; se mexer um milímetro após ter ajustado a mira, em dez metros dará alguns centímetros de erro, em cem metros o desvio será maior e assim sucessivamente; quanto mais avançar o projétil, mais distante do alvo estará.
Acontece que, invés de adequarmos nossas ações ao tempo disponível mexemos nos ponteiros do relógio tentando adaptá-lo a nós. Digo, nosso viver se revela desajustado dos valores consagrados pelo tempo; como reagimos? Redefinimos valores; invés de mudar posturas mudamos conceitos, o que um dia dava vergonha agora dá “orgulho”. O tempo não tem nada com isso; apenas erramos feio o alvo e o impacto mostra, quanto.
Duas correntes filosóficas disputaram ao longo dos anos; o racionalismo e o empirismo; aquele postula que nascemos já com “saberes impressos” na alma que afloram no devido tempo e circunstâncias; o empirismo postula que nascemos como um CD virgem; ensinos, exemplos e experiências vão pouco a pouco “gravando” nosso conteúdo moral, intelectual, espiritual.
Ao meu ver, ambos os conceitos têm parte de verdade; o que escapou à filosofia foi considerar que somos tripartidos; isto é: não somos apenas corpo e alma; somos corpo alma e espírito.
O conhecimento inato, que aprova ou reprova coisas ainda não apreendidas, a consciência é uma faculdade do espírito; viva nos convertidos e mortificada nos que vivem às suas maneiras. Por isso é necessário nascer de novo, como disse O Salvador, para o Espírito ser regenerado.
A alma, se expressa pela mente, emoções e vontades; é a parte que precisa aprender; como o intelecto é amoral, tanto pode aprender a virtude, quanto o vício; esse aprendizado, necessariamente terá reflexos futuros como ensina A Palavra de Deus. “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6 “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23
Assim, nossa gama de aprendizado necessariamente pautará nosso agir; e a consciência será uma espécie de VAR, árbitro de vídeo como no futebol que analisa os “lances” para definir se foram ou não, lícitos.
Quem decide viver à revelia, por sua própria conta, está sujeito aos mais diversos “erros de arbitragem”.
“A paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, seja árbitro em vossos corações; e sede agradecidos.” Col 3;15
Se, como vimos no princípio, um homem pode viver de modo a que seus conterrâneos se orgulhem dele, em Cristo podemos de uma maneira que seja aceitável diante de Deus.
Pra isso a alma precisa ser salva; o espírito, morto, carece ser regenerado, como um tutor que a conduzirá daí em diante.
Como nosso CD traz gravada uma série de coisas indevidas, é preciso apagar para que a Lei do Senhor ocupe devido espaço. “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências...” Heb 9;14
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A Força Desejável
“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5
Notemos que esse venturoso, “forte no Senhor,” não é um brutamontes; antes, um de caráter reto, ou de caminhos íntimos, aplanados. Necessário entender que O Senhor nos fortalece para que sejamos santos, não fortes, segundo os conceitos vulgares de força.
O poder legado ao salvo não é para que vença outros, mas a si mesmo, em suas tendências à corrupção latentes na natureza caída; “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12 “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;20 e 21 Notemos que essa libertação guinda da condição de criaturas, para a de filhos de Deus.
Quando citamos, “posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”, o contexto imediato ensina que o “poderoso” em questão pode permanecer, tanto em momentos propícios, quanto, adversos, não mais; “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto a ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13
Manter-se fiel nos dois lados da moeda: “No dia da prosperidade goza do bem, mas no da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14
“Todas as coisas” não deve ser levado ao pé da letra como se, o que alguém desejar, por insano ou imoral que seja, estará ao seu alcance se ele estiver “em Cristo”.
Acontece que esse “estar” demanda um câmbio radical no “ser”, o que reduz drasticamente “todas as coisas” ao escopo das que são lícitas e probas; pois, “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17 Portanto, “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
A “força” dos regenerados nem é força, estritamente; na verdade, algo superior; “... melhor é a sabedoria do que a força...” Ecl 9;16
Se temermos ao Senhor abraçaremos Nele uma vida de retidão, e seremos fortalecidos inda mais; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo.” Prov 2;7
Quando Paulo nos desafia a nos fortalecermos no Senhor, na força do Seu Poder, coloca em relevo verdade, justiça, fé, preparação do Evangelho e a “Espada do Espírito”, A Palavra de Deus. Essas armaduras não são para derrotar pessoas, antes, pecados.
Os pecados que estão no outro, num primeiro momento não me dizem respeito; preciso lutar contra os que estão em mim. Ainda que deva anunciar a salvação em Cristo a quem estiver ao alcance, a opção por tomar a cruz ou não, sempre será escolha arbitrária de cada um.
Para o enfrentamento às nossas próprias misérias latentes na natureza carnal carecemos da cruz; para o combate aos ardis do inimigo em disseminar enganos, ai sim, a Espada aludida. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5
Resulta que os “fortes” no Senhor, são cativos em seus entendimentos; invés do profano, “vós mesmos sabereis o bem e o mal”, somos fortalecidos para dizer não à ímpia sugestão e nos amoldarmos em espírito à obediência do Senhor.
Então, quando se diz que a fé remove montanhas, também aí cabe uma hermenêutica pontual; pois, se os fortalecidos no Senhor têm corações aplanados, parece que foi aí que, a fé, ensejando obediência removeu montes de obstáculos que separavam de Deus. “Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará; o que é áspero se aplainará.” Is 40;4
O Eterno nunca nos desafiou: “Sejais fortes porque Eu Sou Forte;” Antes, “sede santos porque Eu Sou Santo.” Em suma, se o Reino é tomado com esforço, esse sempre será no sentido de sermos santos, pois é essa “força” que o Todo Poderoso deseja.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
O Mercenário e o Motim
“O mercenário foge porque é mercenário, não tem cuidado das ovelhas.” Jo 10;13
O “Bom Pastor” que dá a vida pelas ovelhas, ou o mercenário que dá as costas em momentos de perigo.
Existem mil maneiras de fugir; a mais cretina é a do que foge fingindo ficar, entrega as ovelhas ao devorador encenando protegê-las.
Qualquer concessão a ensinos espúrios, por religiosa, piedosa, inclusiva, que pareça, é só uma forma de fuga caramelizada com o açúcar da religiosidade, desprovida do princípio ativo amargo, que cura as mazelas do pecado, a cruz.
Paulo denunciou aos que usavam religião como pretexto, o ventre como Deus; da cruz era opositores. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; cuja glória é para confusão deles que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19
As ameaças iniciais nem chegam a ser à integridade física dos mercenários. Apenas, psicológicas, sociais; de privação de convívios ímpios, e ser alvo de pechas como, radical, fundamentalista, fanático, etc. Ora, se aos fiéis está o desafio de resistirem até ao sangue combatendo contra o pecado, (Heb 12;4) onde encaixariam os que profanam ao Santo Nome por não resistir a mera privação de aplausos?
Esses dias foram antevistos não apenas como de apostasia dos ensinadores; mas, dos ensináveis que, optariam espontâneos pelos falsos, por parecer-lhes a morte em embalagens bonitas mais desejável que a vida no seu escuro embrulho de renúncias necessárias. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tm 4;3 e 4
O apóstata mor, vulgarmente conhecido como Papa Francisco chegou a um estado de indiferença para com Deus, tal, que abertamente fala em unificação das religiões com fim de promover um “novo humanismo”. Sai mundo afora beijando pés de islâmicos, que cortam cabeças de cristãos em nome de Alá; reconhecendo demoníacas pajelanças tribais como cultos válidos.
Desde quando O Sangue Bendito de Cristo, bem como Sua Santa Palavra foram dados para a promoção do humanismo?
O ser humano no centro, alienado do Criador foi sugestão de Satã. Então, o nome correto é satanismo. Não há três alternativas; a coisa é dual, estrita, radical. “Quem não é comigo é contra mim; quem comigo não ajunta, espalha.” Simples e sério assim.
A ação do traíra difamador ocasionou a ruptura da amizade do homem com Deus; “O ... perverso instiga a contenda; o difamador separa os maiores amigos.” Prov 16;28
Daí a boa nova do Evangelho é que, mediante Cristo a reconciliação é possível; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20
Entretanto, invés da reconciliação de cada um em particular, mediante Cristo, o ensino que Seus servos foram comissionados a pregar, sutilmente temos uma reconciliação global, entre religiões, coisa que jamais fez parte do Divino Propósito.
Essa união planetária contra os Ensinos e o Governo de Cristo foi profetizada, com o devido nome; invés do insosso ecumenismo, Motim. “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2;1 a 4
A coisa pode soar à favor de um monte de palavras da moda; inclusão, diversidade, união, tolerância etc. Acontece que é “Contra O Senhor e Seu Ungido;” isso basta para fazer da mesma uma luta inglória, como dizia o pré-socrático Estobeu: “Termina com má fama que se atreve a duelar contra o mais forte.”
Aliás, Deus mesmo disse algo assim, e invés do duelo aconselhou a reconciliação; “Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;4 e 5
Vemos, como a Bíblia ensina, sinais no sol e na lua; as “Luas de sangue” o Sol superaquecendo; na Terra o falso profeta trabalhando veloz pelo império de Satã.
Para quem enxerga um palmo não há como confundir O Sumo Pastor com o mercenário; quem não, avie-se; “... que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Apoc 3;18
domingo, 26 de janeiro de 2020
O Prazer de Deus
“Mas o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38
Como numa relação conjugal, o ideal é que cada um não se ocupe apenas do próprio prazer, mas também do cônjuge, nosso relacionamento com Deus requer fidelidade e perseverança irrestritas, para que Ele sinta prazer conosco.
Em certa ocasião reclamou das escolhas alternativas de culto pelo seu povo, invés de se alegraram naquilo que O apraz. “Também Eu escolherei suas calamidades, farei vir sobre eles seus temores; porquanto clamei e ninguém respondeu, falei e não escutaram; mas fizeram o que era mau aos Meus Olhos; escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;4
Diferente do que ensinam mercadores da praça, a fé não é um meio para conquistarmos anseios egoístas; antes de tudo é uma atitude que apraz, agrada a Deus. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6 A fé sadia não busca os galardões consequentes; antes, busca Deus.
Assim como, no âmbito humano é possível se fruir prazeres ilícitos na prática do pecado, no escopo espiritual também, muitos se alegram em erros e descansam à mercê de enganos, drogados pelas ilusões do inimigo, quiçá, do próprio coração. “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9
Portanto, esses que acham o máximo fazer as coisas com todo o coração, encomendam sua segurança a um traidor, invés da proposta por Deus; “Com que purificará o jovem seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9
Humanas sensações nunca são aferidoras confiáveis; podemos nos alegrar com o que Deus detesta; como no Êxodo o povo fabricou um bezerro de ouro para “representar” a Deus e fez um carnaval ao redor do mesmo; Quando O Eterno reagiu foi em ira e furor, pela vergonhosa e rebelde profanação.
Para os incautos de então, bastava oferecer seu culto de qualquer forma, seus sacrifícios e Deus se alegraria porque eles estavam alegres; Neemias recolocou as coisas na devida ordem: “... a alegria do Senhor é nossa força.” Ne 8;10 Não a nossa, selo da aprovação Dele.
Inevitável evocar um dito ulterior de Samuel a Saul: “Porventura tem O Senhor tanto prazer em sacrifícios, quanto, em que se obedeça Sua Palavra?”
Não nos precipitemos, pois; antes dos dons, do culto O Senhor cuida das coisas básicas. Primeiro, por não ser Deus de mortos, a vida.
Qualquer culto, ritual, religião que não derive do Novo Nascimento em Cristo, não importa quão fervoroso, intenso, sincero até, o mesmo seja, não passa de obra morta. “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo...” Heb 9;14
Chama da morte para a vida mediante Sua Palavra dada “Pelo Meu Filho Amado no qual Eu Tenho prazer”. Recebida a mesma, capacita aos neo-nascidos a agir coerentes com a nova cidadania; “a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12
Esse “passaporte” traz junto implicações no modo de vida segundo as Leis da Cidadania Celeste; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
Geralmente esse novo andar apartado do que desagrada ao Santo, “credencia” os andantes aos dons escolhidos pela Vontade Divina; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade” Prov 2;7 “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6
Com esses fiéis e retos O Senhor se apraz, se alegra; capacita-os a mais, legando dons da Sua Graça.
Entretanto, aos que fazem ouvidos moucos aos Seus ensinos, veta até que façam menção da Sua Palavra; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as Minhas Palavras para detrás de ti.” Sal 50;16 e 17
O império satânico global em gestação será cheio de “sinais e prodígios da mentira” para quem vai após sensações e não a Palavra de Deus; seu implemento será parte do juízo Divino para os que tiveram prazeres adversos aos celestes. “... Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;11 e 12
sábado, 25 de janeiro de 2020
Aurora Espiritual
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Pv 4; 18
Algumas coisas são fragmentárias, outras integrais. Essas, ou se tem por inteiro, ou não se tem nada, como o caráter; aquelas são progressivas, inicialmente se tem um pouco, e vai-se adquirindo mais e mais, ao longo do tempo e aprendizado.
O entendimento espiritual foi ensinado pelo Senhor como sendo nossa luz. E figurada com a luz do dia, a qual, na aurora é imperfeita, mas vai completando seu esplendor à medida que se aproxima o dia.
Do mesmo modo se passa conosco, quando a larga noite de nossa morte espiritual se dissipa à luz da obra de Jesus Cristo, ainda vemos de modo parcial, imperfeito.
Na verdade há diferença entre inteligência e sabedoria. A primeira é amoral, podendo servir até mesmo para planejar um crime, enquanto a segunda é patrimônio de quem se atreve a praticar a justiça em Deus. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Pv 2; 7
A Palavra faz distinção entre a verdadeira e falsa sabedoria, sendo a última, posse desse mundo que é inimigo de Deus.
Falando da vera sapiência Paulo disse: “À qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2; 8 Como vemos, a sabedoria se desnuda em ações, não em exercícios intelectuais.
Por mais que pareça irônico, a Palavra preceitua que se instrua ao sábio, não ao tolo. Lembra um paralelo com a Parábola dos Talentos, onde, O Salvador ensinou que ao que tem, mais se lhe dará; ao que não, até o pouco que tem se lhe privará.
A primeira coisa que um “sábio” identifica é que sabe pouco, carece aprender, e aprender do Senhor. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Pv 1; 7 Interessante que Salomão coloca a loucura em oposição à sabedoria, não a ignorância como seria de se esperar.
Acomodar-se à mediocridade espiritual e mental, como diria certo apresentador é “coisa de louco”.
Diferente da visão distorcida de uns e outros que, por não ter aptidão ou vocação ao estudo da Palavra desprezam aos que o fazem, o crescimento espiritual desejável não nos faz “poderosos” (como chamam a muitos que fazem barulho oco) antes, sábios. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;12
Somos conduzidos a mudanças de pensamentos e atitudes, à força do conhecimento de Deus na Face de Jesus Cristo, sina inevitável, se, de fato, nos convertemos.
Mesmo depois de caminhar com Cristo alguns anos, buscando entender seus preceitos, nosso saber ainda é fragmentário, parcial, de modo que deve sempre ser enriquecido.
Me espantam algumas pessoas sectárias que “descobriram” que o cristianismo está errado, construíram sua trincheira atrás de um dogma, uma acusação qualquer e à partir dali, rechaçam tudo que pareça distinto, como sendo uma ameaça à sua segurança. “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Pv 14; 16
Tentei encetar debates com alguns, visando o crescimento mútuo, mas é impossível. Fazem uma acusação de que em determinado ponto estamos errados; apresentamos sete versos bíblicos que mostram que não, eles desconsideram nossa defesa, mudam o foco da acusação e segue o seu processo sem nexo onde nada muda nossa condição de réus. Espantoso o dano mental do fanatismo! Nem Salomão em pessoa os venceria num debate.
Ora, quando acharmos que somos um projeto acabado, talvez seja porque tenha acabado o projeto, por sermos obtusos resilientes e não sejamos nada.
Os santos do Senhor estão na escola do Espírito Santo e da vida, onde, doutrina sadia e experiência laboram por suas edificações. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1; 6
A noite medieval levou muitos a matarem “em nome de Deus”; a escuridão pós-moderna, põe não poucos laborando contra Cristo, por amor à “verdade”.
Se nossa percepção espiritual se divorciar da obediência à Palavra do Senhor, não importa se cruzamos o mundo cooptando pessoas, estaremos apenas difundindo mais escuridão. “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6; 23
Não podendo usar a violência como arma e ser convincente nas suas pretensões, o Capeta usa de engano para impor seu império mundial. Quem não conhecer a fundo o verdadeiro, facilmente será presa do falso...
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Pode o crente jogar loterias?
“Quem quer enriquecer depressa é homem de olho maligno, porém não sabe que a pobreza há de vir sobre ele.” Prov 28;22
Muitas vezes me deparei com a pergunta: “Pode o crente jogar na loteria”? Na verdade conheci quem fazia e ainda faz uma “fezinha;” no “bicho” até, que é uma “loteria” mais singela. Mesmo eu, em dias de imaturidade espiritual fiz muitas vezes; seria hipócrita se negasse.
Talvez a pergunta devesse ser feita de outro modo; não em termos de, pode, ou, não pode; mas de, por quê, o faria?
Quando O Senhor disse a Adão, “Do suor do teu rosto comerás o teu pão”, não estava amaldiçoando-o, como se, o trabalho fosse uma maldição; antes, estava conscientizando ao degredado de sua nova situação. Antes, em submissão a Mim, Eu era responsável pela tua manutenção; como destes ouvido à serpente escolhendo a independência, a autonomia, então peito n’água! Faça por ti doravante!
Durante o êxodo, em pleno deserto onde a força do trabalho não serviria O Senhor enviou o Maná; mas, introduzido o povo na Terra de Canaã, o mesmo cessou e eles foram desafiados a cultivar a terra para produzir pão.
Aliás, a provisão de meios para que o trabalho frutifique foi equacionado por Paulo com um testemunho dos cuidados Divinos para com a humanidade. “Contudo, não deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e alegria os vossos corações.” Atos 14;17
Assim, quando O Salvador ensinou: “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça; e essas coisas vos serão acrescentadas.” Não estava nos eximindo da necessidade de trabalhar; antes, estabelecendo prioridades; o que buscar primeiro. Deus nos acrescenta as “demais coisas” dando saúde e oportunidade; nossa parte temos que fazer.
Então, quem fixa o olhar nas promessas fáceis das loterias e afins, admitindo ou não, busca um atalho para burlar o plano de Deus para si. Sei, “Se eu ganhar ajudarei os pobres, meus parentes, só farei o bem etc.” Já ouvimos tantos mentirosos assim.
Quando uma pessoa precisa justificar-se antes de fazer algo é porque dentro dela a consciência já a cientifica que, tal, não deve ser feito. Uma consciência em paz não requer justificativas. “A paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine vossos corações e sede agradecidos.” Col 3;15
Contudo, um vício ainda pior que um cristão jogando moedas certas na incerteza das loterias, são os mercenários mercadores da Palavra que, profanam fazendo parecer que O Eterno troca bênçãos por moedas.
Não se engane! Se você foi atraído a frequentar uma igreja porque nele acenaram com atalho e facilidades para ganhar dinheiro, invés de ensinar o caminho da salvação, saia e vá jogar loteria; é mais honesto; pois, é apenas um hábito ímpio sem ser profano, uma vez que não envolve o Nome do Santo.
O dinheiro não passa de ferramenta, cujos predicados permitem avaliar, transformar e conservar bens e serviços. Algo útil e necessário, mas, não um deus a ser cultuado. “Há um grave mal que vi debaixo do sol e atrai enfermidades: as riquezas que seus donos guardam para seu próprio dano;” Ecl 5;13
Paulo acrescenta: “Os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10
Desgraçadamente há muitos “cristãos” que não apenas jogam, como ainda oram para “acertar” o que deixaria patente que erraram o caminho. Desses A Palavra fala também: “O Senhor está longe dos ímpios; a oração dos justos escutará.” Prov 15;29
O Salmo 73 apresenta os “ricos” de dar inveja nos justos até; entretanto, na hora do “vamos ver” a imensa miséria deles viria à tona. “Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios... Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.” Vs 3;17 e 18
Querer melhorar de vida por meios lícitos é normal, todos querem; isso faz a roda girar. Porém, há uma sombra mais excelente que dinheiro, onde, o descanso não é apenas eventual, mas eterno. “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;13
Como nossa vida foi comprada por sangue, não por dinheiro, não rebaixemos o Feito Majestoso do Salvador ao nível de ordinárias moedas, como fez Judas.
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