domingo, 18 de dezembro de 2022

Culpa do mordomo


Nossas vidas particulares trazem em si uma morte, da qual, o principal suspeito sempre é o mordomo. Esse administrador incauto, que prioriza o seu comodismo, prazer, conforto, invés do saudável, o justo, o belo. 

Mas, sem cadáver não há crime; quem investigaria se, só quem sabe disso é quem tem culpa, e nem quer saber? Não mexa com quem tá quieto! Mega escudo sobreposto aos telhados de vidro.

Deus Sabe. Ele Segue tentando criar anjos desses caídos, reciclar aos culpados; porém, Sua “Matéria Prima” não é aceita no mercado. Seus protótipos O ignoram e continuam usando diamantes em fundas. A Água da vida corre borbulhante, mas, toda uma geração segue após fontes rotas. Como disse o Pessoa: “Que importa o falsificado, se é verdadeiro o prazer?” Combustível dos sentimentos queima, onde a verdade deveria arder.

O vírus do egoísmo estraga as câmeras dos olhares, que, filmam uma muriçoca no átrio do vizinho, entretanto, ignoram os mamutes pisando nos seus. Reconhecemos todos os loucos que vemos, menos um. O reflexo do espelho atrapalha. Cá estou a escutar o meu; ele sabe de cada coisa...

A erva que curaria às almas, continua viçando a esmo; amarga qual alosna; tanta coisa para se afirmar, “eu sou mais eu, vai por mim!” que chance teria a inglória proposta de negar a si mesmo? O Estado é laico, dizem os furtivos loucos. Quem precisa de padre, pastor, que só entendem de pasto e nada sabem da boia dos predadores? “A moral do lobo é comer ovelha, como a moral da ovelha é comer grama.” Anatole France. Assim, precisamos receber na carne suas duras lições de moral.

A “latinha” que amplia as vozes se abre franca, à fala da noção entorpecida, sempre pronta para o pódio; qual o sentido de se nos trazer uma cruz? Chega nazistas, fascistas! Abaixo os discursos do ódio!

Somos peritos em tatear nas reentrâncias das nossas cavernas; que fique longe a invasão indesejada; que só adentrem os trajados a rigor, sem menor nuances de luz. Basta a la vista! Pois, eu quero ser visto assim como me vejo, presumo, desejo...

Afinal, há brilho em certo verniz que faz a pedra se vestir de ouro. Dizem que Xande se apoderou do Toque de Midas, e sob sua capa, vidas tortas se escondem na bainha da retidão; só que não. Há melhores temas no script, que o reles transformar falácias em pão, poder, números, apuração...

As teias das falas seguem caçando ainda insetos incautos; os cérebros baldios, ocos, dos idiotas úteis são adaptados como caixas de ressonância; os fatos sempre ocultos, enquanto se empurra na avenida o portentoso carro alegórico das narrativas, pelo qual doam vasto suor; trabalho braçal gratuito, desfile pomposo da pós-verdade, voluntários disseminantes das próprias ilusões.

A máquina de entortar homens funciona muito bem para outras torturas... começa pelos mordomos, cresce nas instituições, rouba-as, vilipendia, enverga a nação; e prossegue até fazer um “galo” na cabeça global. O fogo “sapiens” gera calor sem luz, e esse calor basta ao acéfalo animal. No escuro da ignorância pro aconchego do covil.

A conveniência, essa velha caduca, separa de seu baralho todas as “fakes news”. A mesma moral do mordomo insano, que camufla à culpa, apaga digitais, lava o sangue, e joga sua arma no rio. A justiça caolha segue acumulando troféus; dando posição a filhos da puta, como se fossem filhos de Deus; raios, foi a puta que os pariu!!

O crime organizado organiza meios de tolher ao cidadão; com o mal que adormece cada um, tenta fazer o sono encantado de toda uma nação; como tal urso que é gigantesco poderia hibernar, nessa estação? Se a própria areia já não suporta mais o que o gato enterrou. Então, o que eles fizeram no verão passado será revelado inda nesse verão.

A justiça por cega abdicou de sua venda, e emprestou-a para a suja mordaça das manchetes; daí, a transparência obscura, foi dada como favas contadas, mas, “O Gigante acordou” e cioso pede as contas. A ciência “exata” capitulou ante às humanas... humanas vontades.

Os filhos da dita senhora aquela, veem satisfeitos o boom de sua nova clientela; mas tantas fardas circulam adjacentes, que, clientes entram disfarçados no lupanar; as mesmas mãos dedilham antiga Lyra, agora, no modo acústico; onde, os representantes do povo quedam inúteis, vendo esse prescindir de seus préstimos(?) indo após a própria representação. Basta de flores de plástico!

Brasas de culpas dormidas nas cinzas de histórias pretéritas ainda arderão no presente; as favas rebuscadas passarão pela peneira de Pitágoras novamente. Será vista a falsidade das águas pintadas do Mar Vermelho, e quem ganhou muita queda de braço dobrando à justiça terá que dobrar os joelhos...

Migração dos mortos


“Senhor, fizeste subir minha alma da sepultura; conservaste-me a vida para que não descesse ao abismo.” Sal 30;3

“... fizeste subir minha alma da sepultura;”
não que a alma do pecador esteja na sepultura, estritamente. Frui uma existência breve, cujo destino, sem remissão, será a morte eterna.

Infelizmente, nem todos têm consciência disso e passam os dias de suas mortes alienados, presumindo vender saúde espiritual. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Embora o canhoto tenha sugerido a autonomia em relação ao Criador, o caminho da vida é impossível, alienado Dele: “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do que caminha dirigir seus passos.” Jr 10;23

Invés de meros caminhantes autônomos, O Salvador Deixou claro que chamava mortos à vida; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para vida.” Jo 5;24

Quando Davi disse que fora guindado da sepultura, sua intenção pode ter sido, apenas, figurar um livramento de morte; mas, estava sendo usado pelo Espírito Santo, para “antever” o que O Eterno Faria Mediante Cristo.

“... conservaste-me a vida...” De nada valeria livrar por um momento, depois, deixar se perder; O Senhor Faz “manutenção” do que Restaura. O Santo nos regenera por Amor; esse não é uma coisa efêmera que dá e passa; uma germinação circunstancial como semente sobre pedras. “O amor jamais acaba.” A cada dia O Criador cuida nossas necessidades. “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque Suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é Tua fidelidade.” Lam 3;22 e 23

Como produtos biodegradáveis que, sem determinados conservantes se deteriorariam, assim a vida natural. Ouvir A Palavra de Cristo faculta migração da morte para a vida; perseverar nela mantém a saúde, liberta-a das garras da morte. “Jesus dizia aos judeus que criam Nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Embora a salvação seja totalmente pelos Méritos de Cristo, somos capacitados Nele, a agir como filhos de Deus, não mais, errantes autônomos; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Malgrado, a ideia de salvação inexorável dos “eleitos” esposada pelo calvinismo, A Palavra de Deus sempre exorta à perseverança; adverte do risco de perdição, aos que, iluminados e capacitados, retrocederam. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam O Filho de Deus e o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Se, provaram das virtudes do porvir e recaíram, estiveram salvos por um tempo, depois, deixaram de estar. Afinal, “... quem perseverar até ao fim será salvo.” Mc 13;13

A Palavra da Vida sempre acena com a possibilidade de recuar; “Mas o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para conservação da alma.” Heb 10;38 e 39

“... para que não descesse ao abismo.”
Embora o dito popular que “morro abaixo todo santo ajuda.” Isso não depende de “santos”; é uma tendência natural da carne, “crescer” para baixo em sua disposição suicida, adversa à Lei de Deus. “... a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;6 e 7

Primeiro diz: “Livraste minha alma da sepultura...” como se, lá já estivesse; agora, “para que não descesse ao abismo”, deixando claro que, o abismo é mais profundo que a sepultura; a perdição eterna. o livramento fora a remoção de uma inclinação, não o mover da vida, de um endereço a outro.

Os méritos pela nossa salvação são todos do Senhor, que investiu Sua Vida pelo nosso resgate. Os que preferem seguir suas derrocadas rumo ao abismo, o fazem por preferirem negar Deus, invés de negarem a si mesmos.

“... A obra de Deus é esta: Que creiais Naquele que Ele Enviou.” Jo 6;29 “Porque o erro dos simples os matará; o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que me der ouvidos habitará seguro, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

sábado, 17 de dezembro de 2022

Ao romper do selo


“Cantavam um novo cântico, dizendo: Digno És de tomar o livro, e abrir seus selos; porque Foste morto, e com Teu Sangue Compraste para Deus homens de toda a tribo, língua, povo e nação;” Apoc 5;9

Estranho Livro esse, que à “impossibilidade” de ser aberto, causou tristeza; “Eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de ler, ou, de olhar para ele.” v 4 mas, surgindo O Vencedor Digno, Esse, foi recebido com um cântico. Todo um componente emocional anexo.

A Dignidade do Campeão de Deus tinha a ver com Seus Feitos, não com algum título portentoso; “... porque Foste morto, com Teu Sangue Compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação;”

Uma compra é um direito de posse; não, usufruto imediato da mesma, necessariamente.
A Jeremias foi ordenado comprar uma herdade, quando seu povo estava caindo cativo dos caldeus.

Ele obedeceu, mas buscou entender o sentido daquilo. “Eis aqui os valados; já vieram contra a cidade para tomá-la; a cidade está entregue na mão dos caldeus, que pelejam contra ela, pela espada, pela fome e pela pestilência; o que Disseste se cumpriu; eis aqui o estás presenciando. Contudo, tu me Disseste, ó Senhor Deus: Compra para ti o campo por dinheiro, e faze que o confirmem testemunhas, embora a cidade já esteja entregue na mão dos caldeus.” Jr 32;24 e 25

Estou esbanjando prata; isso não faz sentido, ponderou o profeta.

O Eterno relembrou os motivos do juízo, coisas que o mesmo Jeremias avisara e garantiu que, após o cativeiro punitivo, o povo voltaria àquela terra; “Comprar-se-ão campos nesta terra, da qual vós dizeis: Está desolada, sem homens, nem animais; está entregue na mão dos caldeus.” v 43

Jeremias ficou com um direito legal sobre certa propriedade, sem o usufruto. Em certo sentido, era dos caldeus. Duas cópias da escritura atestavam: Uma pública, (aberta) outra, arquivada (selada). “Toma estas escrituras, este auto de compra, tanto a selada, quanto a aberta e coloca-as num vaso de barro, para que se possam conservar muitos dias.” v 14

Os remidos também são uma propriedade do Salvador, da qual Ele não dispôs plenamente, uma vez que tiveram que peregrinar no “estrangeiro”. “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na Terra.” Heb 11;13

Mesmo os que não Lhe obedecem, a Ele pertencem. Quando Pagou o necessário resgate Recebeu a Escritura do Planeta com tudo o que nele há. “... É-me dado todo poder no Céu e na Terra.” Mat 28;18

Deus Dera o domínio ao homem; esse perdera pra oposição, pela desobediência. “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis ...” Rom 6;16

Aos Olhos Divinos, só um descendente humano poderia resolver a coisa com justiça; “O Verbo Se Fez carne e Habitou entre nós...” Jo 1;14 E Deus, “Deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque É o Filho do homem.” Jo 5;27

Sacrifícios de animais fora um arranjo circunstancial para acalmar as consciências arrependidas; mas, ante a Justiça Divina, era necessário “algo” Superior; havia uma sentença de morte a ser redimida. “Porque é impossível que o sangue dos touros e bodes tire pecados... Então disse: Eis aqui Venho, para fazer, ó Deus, a Tua Vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual Vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.” Heb 10;4, 9 e 10

“Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores e feito mais Sublime que os Céus;” Heb 7;26

Em nós também, partículas da Sua propriedade, há uma “escritura”, “Temos, porém, este Tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, não nossa.” II Cor 4;7

Duas versões, como aquelas de Jeremias. Uma aberta, pública; outra selada. Nossa profissão de fé e testemunho de vida são coisas abertas, que todos podem ver; tenham a estatura que tiverem. Mas, há algo “selado” onde só O Senhor Pode Ver. “Eu, O Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; isto para dar a cada um segundo seus caminhos, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17;10

A Escritura aquela, do Senhorio sobre o planeta causou choro, à impressão de que não se poderia abrir, qual emoção aflorará, quando o teor dos nossos vasos for exposto?
Afinal, “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com Quem temos de tratar.” Heb 4;13

Se necessário, choro de arrependimento agora, nos fará partícipes do cântico, quando todas as coisas forem abertas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Médicos Doentes


“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam, e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi A Palavra do Senhor;” Ez 13;2

“... profetiza contra os profetas...”
aqueles que se pretendiam, meios, se tornaram fins, do Divino falar; os reputados por médicos eram meros pacientes carecendo cuidados, invés de aptos a medicar.

O ministério profético sempre foi eivado de falsidade. Duas razões me ocorrem: a vaidade humana desejando reputação de representante Divino; e interesses rasos, de vida fácil; invés do trabalho duro como a maioria; a tentadora arte de transformar falácias em pão.

Nos dias de Acabe e Jezabel havia profetas estatais, sustentados pelos impostos dos trabalhadores; “Agora, pois, manda reunir-se a mim todo Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, e os quatrocentos de Aserá, que ‘comem da mesa de Jezabel’.” I Rs 18;19

850 inúteis sustentados pelo povo, ao qual enganavam sistematicamente para manter a pose.

Quando um falsário mais criativo “revelava” algo, os menos talentosos seguiam às pisadas desse: “... quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada; dize aos que a cobrem com argamassa não temperada que ela cairá. Haverá uma grande pancada de chuva; vós, ó pedras grandes de saraiva, caireis, um vento tempestuoso a fenderá.” vs 10 e 11 Figuras de linguagem significando que um criava engano, os outros confirmavam.

Um profeta idôneo tem como necessidade ouvir a Deus; um imitador carece falar ao povo, não importa o quê. O veraz pode ficar largo tempo sem dar as caras, como Elias, que sumiu três anos e meio. Seu compromisso é com O Senhor que o comissiona, quando quer, não com um ativismo “espiritual” para servir drogas psíquicas aos incautos.

Quem “profetiza” em troca de pão precisa “mostrar serviço”, para “fazer jus” ao salário que recebe pelo seu teatro. A primeira credencial de um profeta verdadeiro é ter valor, não interesses. Por essas e outras, Ezequiel, invés de falar ao povo, deveria falar contra os “profetas”.

É possível que um profeta sofra rejeição; Ezequiel, Jeremias, e Elias sofreram; mas, enquanto estiver no centro da Vontade Divina, O Eterno sempre terá um corvo “garçom”, ou, outro meio de manter àquele que O agrada.

“... só profetizam de seus corações...” para alguns desavisados o coração seria uma espécie de aferidor. “Só faça se sentir no coração” costuma dizer o R. R. Soares. Quando alguém pretende enfatizar quanto deseja algo, a outrem, costuma anexar essa testemunha; “te desejo de todo coração”, diria nosso “cardiocrata” hipotético.

A Palavra de Deus não reserva tanta estima ao nosso doentio órgão; “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9 Jesus Cristo ampliou: “Porque do coração procedem maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” Mat 15;19

Por isso, mediante o mesmo Ezequiel O Senhor Vaticinou o transplante que faria nos Seus; “Dar-vos-ei um coração novo, Porei dentro de vós um espírito novo; Trarei da vossa carne o coração de pedra e vos Darei um coração de carne.” Ez 36;26

Esse “novo coração” não é novo órgão estritamente; antes, novo modo de pensar, doravante, segundo Deus; “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se Compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, Diz O Senhor.” Is 55;7 e 8

Embora nosso coração até possa ser um aferidor de sinceridade, está longe de sê-lo, da verdade. Para isso carecemos estar perto de Um Coração que Ama-a sem os nossos imediatismos doentios; “... Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme Meu Coração, que executará toda Minha Vontade.” Atos 13;22

Notemos que, para nosso coração se alinhar Ao Divino, temos que ter como nossa, a Vontade Dele. Nosso coração regenerado em Cristo, não é mais, fonte d’onde procedem todas aquelas coisas más; “... porque a Água que Eu lhe Der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

“Ouvi À Palavra do Senhor!
” Um profeta ouvia/via a Vontade do Senhor diretamente; os falsários aqueles estavam sendo convidados a ouvirem mediante Ezequiel.

Todos os nascidos de novo podem, pelo Espírito Santo ouvir à Palavra do Senhor diretamente; em seus entendimentos, consciências... “... Porei Minhas Leis em seus corações; as Escreverei em seus entendimentos...” Heb 10;16

Não precisamos de profetas; mas, de honestidade intelectual para admitir que sabemos o Querer de Deus; nem sempre ousamos praticar. “Mas o que Me der ouvidos habitará seguro, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

domingo, 11 de dezembro de 2022

Andando em círculos


“Os gentios enterraram-se na cova que fizeram; na rede que ocultaram ficou preso seu pé. O Senhor é conhecido pelo juízo que Fez; enlaçado foi o ímpio nas obras das suas mãos.” Sal 9;15 e 16

Deus Fez o homem arbitrário; apto a fazer escolhas e consequente, responsável pelas mesmas. “Os céus e a terra Tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te Tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência. Deut 30;19

O Salvador Ensinou: “Portanto, tudo que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a Lei e os profetas.” Mat 7;12 O sentido da Lei e dos escritos dos profetas era ensinar isonomia; igualdade entre os povos de raças diversas, coisa que, a humanidade “descobriu” nas últimas décadas.

Quando, alguém arma redes aos inimigos e acaba preso nas mesmas que armou, é a Perfeição do Juízo Divino atuando.

Termos desafetos é inevitável nesse mundo dual, de luz e trevas, amor e ódio, verdade e mentira. Entretanto, O Eterno reservou para Si o direito de julgar; “Não vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; Eu Recompensarei, diz O Senhor.” Rom 12;19

O ensino requer que oremos pelos inimigos, façamos-lhes o bem, até; “Portanto, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12;20 e 21

Não precisam, necessariamente, todos caírem nas redes que armaram. A Palavra de Deus insta com quem erra para convencê-lo do seu descaminho, de modo que, invés de odiar ao próximo, repense seus motivos; descobrindo imperfeições em si, arrependa-se; é uma forma sábia, julgar a si mesmo. “Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31

“Se consegues fazer um bom julgamento de ti és um verdadeiro sábio.” Antoine de Saint-Exupéry

Os Céus não fariam festa por motivos bobos; o arrependimento de um, que julgou bem a si mesmo e não precisará passar pelo Juízo do Eterno gera júbilo por lá; “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Luc 15;10

Esse “juízo” que reconhece a justiça de Deus, e aceita O Resgate oferecido agrada Ao Senhor; julgar e condenar, Lhe é uma triste necessidade, não um deleite. “Vivo Eu, diz O Senhor Deus, que não Tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ex 33;11

O “progresso” da humanidade, infelizmente é um eterno andar em círculos, como as ovelhas aquelas. Novas conquistas tecnológicas, mais alcance, velocidade, e os mesmos vícios; novos meios de burlar, tirar vantagem via espertezas, roubar a vida, invés de ganhá-la.

Aparatos cada vez mais hightechs, e motivações doentias, ímpias, sempre as mesmas.

Esse andar em círculos foi observado em dias idos. “O vento vai para o sul, faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando, e volta fazendo seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, contudo, o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que foi, isso é o que há de ser; o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” Ecl 1;6 a 9

Partilhar nas redes sociais que, fazendo as coisas da mesma forma, nunca chegaremos a resultados diferentes é mais uma nuance dos que andam em círculo, sem perceber que sofrem da doença que pretendem medicar. Jogam ao vento sementes que não cultivam.

Enquanto nossa capacidade de ver erros for apenas externa, não ousarmos olhar dentro de nós, a ciranda de doidos seguirá, até que nossa “senha” seja chamada, e, colhamos sem nenhum júbilo, os juízos temerários que lançamos alhures quando dávamos nosso espetáculo no “Globo da Morte”.

O mundo assemelha-se ao logotipo da Toyota; uns círculos dentro dos outros. O Santo nos chama ao caminho reto, mesmo que isso nos afaste das tendências dos que preferem seguir os berrantes enfeitiçados dos modismos.

“No caminho da sabedoria te ensinei, por veredas de retidão te fiz andar. Por elas andando, não se embaraçarão teus passos; se correres não tropeçarás... Os teus olhos olhem para a frente, as tuas pálpebras olhem direto diante de ti.” Prov 11;12 e 25

sábado, 10 de dezembro de 2022

A Voz do Sangue


“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo; dando Deus testemunho dos seus dons; por ela, depois de morto, ainda fala.” Heb 11;4

“... maior sacrifício que Caim...”
Antes de concluirmos que foram os sacrifícios dos irmãos, que fizeram um aceitável, e outro não, perante O Criador, atentemos bem ao texto: “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício...” 

A fé patrocinando a oferenda é que a qualifica, quanto à sua aceitação. Deus olhou para os ofertantes antes das ofertas; “... Atentou O Senhor para Abel e sua oferta. Mas para Caim a sua oferta não Atentou...” Gn 4;4 e 5

“Sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele Existe, e É galardoador dos que O buscam.” v;6
Como alguém sacrificaria sem fé? Por quê? Inveja, emulação, competição; vícios que envilecem à mais opulenta oferenda.

Sem fé, até as mais eloquentes pregações perdem a eficácia: “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.” Cap 4;2

“... pelo qual, alcançou testemunho de que era justo...”
Pelo sacrifício oferecido com fé. Na terra dos homens se alcança testemunhos de todo tipo. Gente baixa consegue, via preço, ou, identidade na baixaria, testemunhos de toda ordem, forjando o verossímil onde deveria reinar o verdadeiro. Porém, o testemunho em favor de Abel Era de Origem Sublime, “... dando Deus, testemunho dos seus dons...”

Receber o testemunho de Deus, acerca da integridade, não é um “selo de qualidade” ordinário, que se possa conseguir no reino imperfeito dos homens; tampouco, na forja fajuta das aparências.

Deus sonda corações. Ninguém pode ver profundo como Ele. “Eu, O Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; para dar a cada um segundo seus caminhos, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17;10

“... por ela,
(pela fé) depois de morto, ainda fala.” Quando o sol se põe, restam ainda umas duas horas de claridade, antes que a noite cubra tudo. Fica uma luz residual após sua “morte” testemunhando da sua passagem.

Do mesmo modo, no reino espiritual, quando um homem justo passa pela vida. Após sua morte, a luz dos exemplos deixados ainda “fala” por muito tempo. Tanto, quanto puder ser lembrado. Como o exemplo de Abel foi registrado no Livro Sagrado, fala claramente até hoje.

Embora nem todos tenham ciência disso, há mais livros sendo escritos do que supõe nosso parco entendimento. Nossos atos, mesmo nossas falas, estão sendo registrados nos Céus; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; O Senhor Atentou e Ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram O Senhor; os que se lembraram do Seu Nome. Eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos...” Mal 3;16 e 17

O teatro humano é refém das aparências; nele podemos encenar o que quisermos; Deus lida com essências, motivações; e na balança dessas pesa nossos feitos e os valora.

Jó, outro que recebera testemunho Divino disse: “Pese-me em balanças fiéis e saberá Deus, a minha sinceridade.” Jó 31;6 Pois, O Eterno não tem outro tipo de balanças. Nós balançamos em nossa integridade; Ele não. “Se formos infiéis, Ele Permanece Fiel; não pode negar a Si mesmo.” II Tim 2;13

Contudo, se o exemplo de Abel estimula a termos a mesma postura, para também recebermos Testemunho dos Céus, temos uma “Fala” infinitamente mais excelente, à qual bem faremos em estar atentos: “Mas chegastes ao monte Sião... a Jesus, O Mediador de uma Nova Aliança, e ao Sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.” Heb 12;22 e 24

Dentre as muitas coisas que O Bendito Sacrifício nos fala, deixa patente que “O salário do pecado é a morte” Rom 6;23, não há jeitinho que possa remediar isso; O Amor Divino Ousou descer até aí, para que pudéssemos ser regenerados, embora, indignos. “Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos Daquele que É dos Céus;” v 25

A superioridade do culto de Abel derivou de ser a fé a motriz do mesmo; o desafio agora, em Cristo, “Autor da fé”, é levarmos a mesma às últimas consequências, à perda da vida temporal até, sem desonrarmos Àquele que Fez isso por nós. “Considerai, pois, Aquele que Suportou tais contradições dos pecadores contra Si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;3 e 4

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Fora da Copa


“Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Maldição não é uma força casual que sai percorrendo a terra e fazendo vítimas ao seu bel prazer. Antes, é um juízo temporal que, uma vez aplicado, possibilita que cogitemos das causas, e quiçá, aprendamos algo com ela. Os Juízos temporais do Eterno são nuances do Seu Amor; nova oportunidade, antes do juízo final.

Quando, nos dias de Malaquias, Ele convertia bênçãos em maldições, expôs o motivo; “Se não ouvirdes e não propuserdes no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, Diz o Senhor dos Exércitos, enviarei maldição contra vós, amaldiçoarei vossas bênçãos; já as Tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Ml 2;2

A permissão para o advento “milagroso” do Anticristo, também será um juízo, contra quem não se apegou à verdade. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12

A ameaça iminente de sermos governados pelo crime organizado, também é uma permissão do Eterno, por termos visto a honestidade ser atacada diuturnamente, durante quatro anos, sem a necessária indignação e brio para defendê-la.

Agora a “favorita” seleção brasileira, foi despachada precocemente pela Croácia; terá que ver o resto da Copa do Mundo pela televisão. Mais uma “maldição” cujas causas, convém a gente buscar.

Apesar dos sonoros e humilhantes 7 x 1 da copa em casa, o arrogante povo brasileiro não aprendeu nada. O técnico Tite disse que, caso vencesse a Copa não iria saudar ao Presidente da república, como sempre se fez. Invés de jogo limpo, neutralidade desportiva, ele fez o “L”.

Os jogadores, embora sabendo que, grande parte da população está nas ruas, protestando, desde a vergonhosa fraude que se impôs, e essa parte representa a imensa maioria, nunca se preocuparam em mandar uma mensagem de solidariedade, apoio aos manifestantes. Neymar ousou abrir seu voto no Bolsonaro, o que bastou para que muitos o demonizassem, querendo até que se machucasse.

Eu sei que eventuais atos de cunho político poderiam render punições, advertências; o treinador, zeloso, que não suporta aos “fascistas” os poderia barrar; então, muitos deles preferiram ostentar sua opulência comendo carne folheada a ouro, invés de se preocupar com os legítimos anseios dos inconformados daqui. Na bolha dos privilégios a vida transcorre sem os problemas que assolam aos reles mortais. Importante é ostentação; liberdade a gente vê depois.

Usariam de bom grado uma faixa de capitão, “inclusiva”, se a justiça catari permitisse; mas, uma simples tarja preta em solidariedade aos brasileiros que estão sofrendo, nenhum ousou. Quem se atreveria a arriscar seu lugar no time por uma ninharia dessas, de defender a justiça e liberdade?

Aquele amontoado de jogadores de vidas privilegiadas representava a si mesmo; seus anseios de glória e faturamentos cada vez mais altos; o povo, que siga sua “teimosia” em busca de liberdade e justiça.

O feitiço acabou, de forma humilhante como convinha. Cada um deles voltará para seu “reino encantado” de fama e riquezas, sem se preocupar muito com as coisas que acontecem por aqui.

O futebol sempre foi uma droga, que, como o carnaval e as novelas “domesticava” nosso povo, de modo a não se levantar, mesmo ante às grandes aberrações que sempre se fez, no meio político. “A pátria em chuteiras” descobriu-se agora envolta em bandeiras.

Pois, anulada à eficácia da droga, temos que lidar com nossa dura realidade, que parece orbitar a duas possibilidades apenas. Ou, a Lei e a ordem serão garantidas à força, pelos militares, ou, teremos que trabalhar para o crime organizado, que, mesmo antes de assumir já causou estrondosas perdas, e acena com a ruptura de todos os limites, para saciar o apetite voraz dos predadores soltos.

Passou a hora de muitas “Excelências” aprenderem, enfim, o respeito que devem ao Povo brasileiro, origem de todo poder, e quem paga os salários onerosos de vossas displicências. “Perdeu mané!” um cacete! As eleições foram extremamente duvidosas; o povo não está disposto a reconhecer nada, sem um confere do “VAR”, também chamado de código-fonte.

Estamos fora do circo, e daí? O importante é que não engoliremos essa fraude, nem mesmo folheada a ouro.

Se o outro lado tivesse logrado uma vitória justa, a vida seguiria; mas, do jeito que foi, gol de mão e impedido, nem que a vaca tussa.