sábado, 24 de outubro de 2020

Luz pra vida; pra morte...


“Responderam a Jesus: Não sabemos. Jesus lhes replicou: Também não vos Direi com que autoridade Faço estas coisas.” Mc 11;33

A questão era a Autoridade de Jesus; de onde vinha. Pois, acabara de fazer um estrago na “feira livre” dos que comerciavam no templo, além de operar muitos sinais milagrosos.

Questionado sobre a origem da mesma O Senhor redarguiu com outra pergunta: “O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me.” V 30

João era tido como grande profeta, respeitado entre o povo; apresentara Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Aquilo não causou nenhuma objeção no momento; mas, começando O Salvador a atuar, e trazendo Sua atuação, coisas inesperadas pelo establishment, agora incomodava.

As raposas pensando em “agradar a gregos e troianos” forma poética que alguém criou para vestir bem à falsidade, preferiram fingir ignorância à responder abertamente o que pensavam.

A desonestidade intelectual não merece o contraponto da honestidade; antes, desprezo. Se eles lidavam mal com o quê sabiam, porque desejariam saber ainda o ponto de vista de Jesus? “...Também não vos Direi com que autoridade Faço estas coisas.” V 33

Vulgarmente se diz: “Quem pergunta quer saber.” Contudo, nem sempre é assim. Há perguntas que são apenas escárnio, como a de Faraó: “Quem é O Senhor para que eu ouça?”

Outras, remendos frágeis de fugitivos como Caim: “Acaso sou guardador do meu irmão?” Na verdade era o assassino; bancava o desentendido.

Há ainda perguntas retóricas, que visam reforçar um argumento evocando o senso lógico dos ouvintes, como a de Amós: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”

Enfim, nem toda a pergunta é um ignaro mendigando saber, tampouco, é honesta; aquela feita ao Senhor era uma armadilha, como a outra sobre o tributo, onde Ele mandou dar a César o que era de César, e a Deus o que Dele era. A questão era pegar ao Senhor nalguma cilada, não saber algo que pensavam nem precisar.

Por quê, em campanhas políticas, como agora, todo mundo, candidatos dos partidos mais corruptos que sejam, todos parecem saber o que é certo, justo; quais a mais legítimas aspirações do povo?

Porque, no fundo eles sabem mesmo. Como caçadores noturnos que usam um foco de luz para cegar às lebres e matá-las, assim usam suas luzes para enganar àqueles dos quais pretendem roubar a confiança, o voto.

Todo o homem, convertido ou não, traz em si uma centelha deixada pelo Criador, uma “pedra de toque”, chamada consciência; reavivada nos convertidos, mas inda palpitante nos que precisam de luz.

Os gregos eram afeitos à filosofia, mas sabedores que lhes faltava algo; Paulo definiu aquilo como procurar a Deus no escuro; ensinou aos filósofos Estoicos e Epicureus que lhe ouviam que Deus era O Criador de tudo, e que dera aos homens um limite de tempo e espaço, “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;27

Acaso alguém precisa ser versado em Bíblia para saber que roubo, mentira, adultério, violência... são coisas erradas? Não, todos sabem.

De novo Paulo, mencionou a “Lei” latente nos que ainda ignoravam à Lei de Deus; “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;” Rom 2;14

Não se entenda disso que eu esteja, como o Papa, validado a todos os credos para salvação; pois, salvar, nem mesmo A Lei de Deus consegue; seu fim era manifestar nossa necessidade do Salvador; “Aio para nos conduzir a Cristo”; assim, as duas Leis, a escrita e a consciência nos levam ao Tribunal do Eterno; “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados.” Rom 2;12

A consciência é educada demais para impor uma vontade; é apenas luz que mostra as coisas como são. Vontade é derivada da alma, que, depois da queda usurpou o lugar do Espírito na mordomia da vida; seu fogo anseia por calor, não luz.

Essa imposição perversa cauteriza a consciência; adultera sua pureza.
Nesse “Santo dos Santos” só O Santíssimo Sacrifício pode limpar; “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo.” Heb 9;14

Podemos bancar desentendidos iguais aos do Sinédrio, ou, como um deles, Nicodemos, deixar que a luz, não as conveniências ímpias dirijam nossos entendimentos.

Disse: “... Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” Jo 3;2

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Interagir com Deus


“Porque, quem esteve no conselho do Senhor, viu, e ouviu Sua Palavra? Quem esteve atento à Sua Palavra, e ouviu?” Jr 23; 18

Os profetas outrora eram chamados videntes, pois, além de ouvir, ainda viam coisas na dimensão espiritual, conforme Deus lhes queria revelar.

Interatividade é uma das palavras da moda. Graças aos meios disponíveis, coisas inimagináveis há pouco tempo, são triviais agora. De certa forma, aqueles tinham já “Tecnologia” para interação nos domínios espirituais.

O profeta Jeremias, como vimos acima, perguntou quem teria participado de um concílio celeste, de uma reunião com o staff Divino, para que pudesse entender Seus planos.


Pois, de certa forma, é isso que se requer de alguém que presume falar em nome de Deus; que conheça os planos Dele, não, que simplesmente saiba manipular Sua Palavra.

Micaías, outro profeta/vidente que enfrentou Acabe e a turba de profetas de Baal, “participou” de uma reunião dessas, e oportunamente declarou: “Ouvi, pois, a Palavra do Senhor: Vi ao Senhor assentado no Seu Trono, todo o exército celestial em pé à sua mão direita, e à sua esquerda. Disse o Senhor: Quem persuadirá a Acabe rei de Israel, para que suba, e caia em Ramote de Gileade? Um dizia desta maneira, outro de outra.” II Cron 18; 18-19

A sentença do ímpio rei estava decidida já; morte. A maneira de executá-la Deus deixara que uma assembleia de anjos participasse e sugerisse.

A ele foi mostrado o propósito e o plano de Deus. Como não gozava de muito crédito entre ímpios, não foi ouvido. A ideia era essa, Deus cansara do pusilânime e idólatra, Acabe. Estava prestes a julgá-lo. Permitiu que anjos desses sugestões que um humano vidente pudesse saber o que acontecia nos Céus.

Porém, uma interação ainda mais acentuada foi legada a Zacarias, o jovem profeta não apenas teve uma visão da purificação pós-exílica do sacerdócio, personificada por Josué, como participou disso, deu uma sugestão coerente com o querer de Deus, e foi ouvido. "Disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; o anjo do Senhor estava em pé.” Zac 3; 5

Assim, ele participou de uma cena profética por “Videoconferência” e sua sugestão foi aceita pelo Eterno.

O fato é que temos tanta gente “interagindo” escolhendo o final, no “você decide” gospel, que é preocupante. É um tal de ordenar anjos, determinar bênçãos, que não parece uma interação com o Divino mas, estar no controle sujeitando-O. Isso além de sem noção é blasfemo.

Não de depreenda daqui, que estou postulando que precisamos de visões e arrebatamento para vermos, enfim, o que Deus quer mostrar; antes, “ver” mediante o Espírito Santo, a vontade Divina expressa na Sua Palavra, submeter-se a ela; então, poderemos até “dar dicas” como Zacarías e será feito, por termos nossos ministérios alinhados ao Senhor.

Todos parecem ter algo a ensinar, poucos ensinam vivendo. “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor e para cumpri-la e para ensinar em Israel os Seus estatutos e os Seus juízos.” Esdras 7; 10 Dos três verbos citados conjugam apenas o último. Buscar e cumprir não lhes parece necessário; entretanto, se presumem aptos a ensinar.

De meros diáconos que, então não se inseriam entre os que ministram a palavra, Paulo demandou que, “estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.” I Tim 3;10

Para a escolha de uns aliás, na igreja embrionária se buscaram qualidades que faltam em muitos “apóstolos” atuais; “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” Atos 6;3

Muitos vivem tão mau testemunho, que até mesmo quando dizem a coisa certa, não transmitem nada. Desmentem o adágio que ouro nas mãos do bandido, ainda é ouro. Matam o sabor da Palavra; poluem com suas vidas nefastas.

São desse calibre muitos “profetas” de Facebook que em troca de curtidas coraçõezinhos e partilhas saem “revelando” coisas a torto e a direito como se suas doenças sem respeito e sem noção fossem extensões da Vontade de Deus. 

Por quê não pregam simplesmente A Palavra, esses embusteiros se, de fato a conhecem?
Sei que a genuína mensagem não rende joinhas, nem coraçõezinhos, tampouco, compartilhamentos. 

Mas essa em sua pureza e virtude pode, eventualmente conduzir corações arrependidos a Deus, para a salvação. Ministros que têm a relevância pessoal como alvo, não a Glória de Deus e expansão do Seu Reino não representam ao Santo.

A Palavra não revela “Curas” “conquistas” e facilidades várias que esses mentirosos acenam; revela a perdição atual dos ímpios e o “Vinde a mim do Salvador.”

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Sem Papas na Língua

“...Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir a vós, antes que, a Deus;” Atos 4;19

O “primeiro Papa” ensinou a não termos “papas”. Tendo que escolher entre uma ordem Divina e outra humana, nossa escolha deve ser fácil.

Pedro deixou patente que, a obediência a Deus era mais importante que a líderes terrenos; mesmo que, esses fossem autoridades religiosas.

Todavia, sempre fomos, os protestantes, considerados hereges por isto. Segundo o mesmo Pedro, indispensável à interpretação sadia não é a submissão a uma hierarquia humana; mas, à Luz do Espírito Santo. “...nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” II Ped 1;20 e 21

Enquanto a Palavra ensina que não existe salvação sem Cristo, que propicia o “Novo nascimento” da Água e do Espírito, eles sempre reduziram a salvação a uma adesão institucional, dizendo que “Fora da Igreja (Católica) não há salvação”.

Ora, a Igreja Católica como conhecemos, com um chefe mundial começou por volta do ano 500; antes, cada igreja cuidava da própria administração de modo local; nas setes cartas às sete Igrejas do Apocalipse, no ano 96, não há nenhuma menção à hierarquias humanas; Cada uma tem seu “anjo”, Pastor, e lida com problemas locais.

Quando Lutero, colocou suas 95 teses em Witenberg, denunciando desvios da igreja; eram desvios tais, ao ponto de se vender perdão em moedas.

O que a igreja fez? Emendou-se? Não. Perseguiu Lutero que teve que viver escondido; considerou heréticos seus ensinos sem demonstrar à luz da Bíblia em quê consistiam as “Heresias”; de quebra criou-se a “Contra-reforma”; a “Companhia de Jesus”, os Jesuítas; seu alvo; perseguir aos “Hereges” empresa que ensejou o “Santo ofício” a inquisição que de ofício tinha muito, mas de santo, nada. Eram assassinatos frios e cruéis em “Nome” Daquele que mandou amar aos inimigos.

Interessante que, noutro contexto em que combatia a infiltração do comunismo na igreja o Padre Paulo Ricardo disse; “Quer conhecer a vida espiritual de alguém, observe contra o quê, ele está combatendo”. Pois, pergunto, quem sai por aí semeando, até mesmo a morte a quem ousar crer na Palavra de Deus serve a quem?

Não significa que abraçar a dita fé protestante seja selo de qualidade; há muitos patifes, mercenários, travestidos de ministros entre os tais.

A própria Bíblia se encarrega de deixar expresso qual “Selo” identifica os salvos, independente de coisas humanas, como hierarquia ou denominação; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

A Bíblia, sempre a Bíblia! Eis o nosso problema! Se lerem esse texto, ou, de qualquer outro “herege” com eu, sempre verão argumentos derivados da Palavra de Deus.

Muitos católicos que discordam da encíclica globalista a “Fratelli Tutti”, invés de demonstrarem os erros dela cotejando-a com Bíblia, o fazem lendo o texto do Monsenhor Carlo Maria Viganó.

Não questiono o mérito do que escreveu, só demostro a falta de hábito de recorrer a Deus, de um povo que está acostumado às hierarquias humanas, não um relacionamento com O Senhor, mediante Sua Palavra.

Posso mencionar uma frase de fulano ou cicrano, mas se sou deveras, ministro do Senhor, tenho dever de conhecer o que Ele ensinou e retransmitir a quem necessitar. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a lei porque é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

Muitos deles, que sempre defenderam que fora da igreja católica não há salvação, vendo agora a “Nave mãe” navegando impulsionada pelas caldeiras da maçonaria socialismo e Globalismo, defendem que se cultue de fora, alternativamente, por discordarem das diretrizes de “Pedro”.

Mas, não era exatamente esse o nosso erro?

Recusarmos ser servos do homem preferindo ser servos de Deus? Nada como um dia após o outro.

O Papa chega às masmorras morais ao defender o “casamento” Gay. Se tivesse coragem de simplesmente por em relevo o que A Palavra diz sobre o assunto, seria antipático ao mundo e útil a Deus.

O Eterno nunca ordenou que se sacrificasse Sua Doutrina para amontoar todos os credos. Deixou patente que se trata de uma mensagem de vida ou morte, não mera opinião rasa negociável, adaptável aos ímpios paladares. “Quem crer e for batizado será salvo; quem não crer será condenado.” Mc 16;16

Façamos o bom depósito enquanto ainda é permitido ler A Palavra Santa, ou textos que a interpretam; breve isso custará vidas aos que insistirem.

O tipinho com chifres de cordeiro que fala como o dragão tem pressa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Beleza Roubada


“Uma coisa bela persuade por si mesma, sem necessidade de um orador.” Shakespeare

Que a beleza possui um “discurso” eloquente parece pacífico; quem não se admira diante dela?

Contudo, é algo relativo, (que pode mudar mudando a relação sujeito/objeto) noutras palavras, o que é belo para um, não é, necessariamente, para outro. Ademais, alguns folgam na satisfação mera; a sensação agradável é seu “conceito de belo” a despeito do quê, a produza.

Lembro Fernando Pessoa: “Tens um anel imitado, e vais contente de o ter; que importa o falsificado, se é verdadeiro o prazer?” Nem aí para o fato de ser reles bijuteria, simulacro; a pessoa estava contente assim.

Um fato inusitado me levou a pensar nisso; deixei o portão do pátio sem chave e chegando do trabalho fui regar as flores; o calor está intenso e faz tempo que não chove então as mudas que plantei no sábado último carecem ser regadas todos os dias até enraizarem bem.

Em princípio não notei nada de anormal; depois olhando melhor vi que meus canteiros estavam “banguelas,” pois, de modo esparso alguém arrancou doze mudas. Como fez sem muito cuidado de levar o torrão da raiz junto, pouco provável que as mudas peguem; mas, tomara que peguem e se façam mui belas. Quiçá um dia “o galo cante” e desperte Pedro.

Não é o tipo da coisa que, furtada se poderia converter em dinheiro logo ali. Então, presumo que quem as levou o fez para plantar; deve ser um (a) amante do belo.

Se alguém amar à beleza deve amá-la por inteiro e não fracioná-la conforme interesses pontuais.

Outro dia usei numa poesia a expressão, lobos em pele de lobos; isto é; gente que faz o mal abertamente, dissoluta que já não se envergonha dos caminhos que leva.

Para uma alma sadia psicologicamente a beleza não pode ser assim fragmentária, seletiva, parcial. Olhar uma flor e achar bela, tranquilo, normal; mas, não ver o furto como algo feio, desprezível evidencia um conceito de beleza saci; saudável a perna do apreço estético e amputada outra, da moral.

Como um cônjuge pérfido que capricha no visual para encontrar a amante com a qual cometerá adultério, assim, a beleza desprovida de sentido perde-se; é como inteligência que é uma coisa boa, colocada em uso, a serviço do mal, que se reduz a simples astúcia.

Meu jardim é mais dos outros que meu; exceto nos fins de semana, passo os dias fora e transeuntes podem “namorar” minhas flores mais que eu.

Não estou escrevendo isso porque esteja impactado com a coisa; próximo sábado replanto, e vida que segue; o que inquieta é o deserto de valores em que vivemos.

Pode até que quem fez isso, o fez apenas para dar seu recado que não vai com minha cara... nem poderia; onde vou sempre levo ela comigo; por ter apenas uma careço dela todo o tempo. Caso tenha sido esse o motivo, quem fez é mais digno de pena que outrem que as tivesse levado para plantar.

Não sou do tipo falastrão, “amigo de todo mundo”; geralmente fico em meu canto, na minha; mas, não creio que faça mal às pessoas, se o faço, juro que ignoro. Quem tem “amigos” demais, no fundo, não tem nenhum; sou seletivo.

Mudas de flor custam uma bagatela; uma caixa com 15 mudas, 18 reais; o que faz cada uma valer 1,20. O problema é que, O Salvador ensinou que devemos ser fiéis no pouco, para um dia sermos constituídos sobre o muito.

Grande é o estio de referenciais morais; outro dia tivemos um Senador flagrado escondendo 30.000 reais no traseiro; homens de idade avançada, pouco tempo para usufruir riquezas, e geralmente possuem grandes patrimônios, além do salário parlamentar, que, somadas as vantagens todas excede aos 100.000 por mês. Mas como “Quem ama dinheiro nunca se farta de dinheiro” o dito tinha que encher a bunda de grana.

A beleza tem vários aspectos; estético, moral, espiritual, psicológico, e intelectual. O estético salta aos olhos e não carece maiores definições; o moral deriva dos bons valores que alguém abraça e pelos quais peleja; o espiritual o faz imitar ao Senhor na “Beleza da Sua Santidade” como disse Davi; a beleza psicológica patrocina a dita inteligência emocional, que mesmo tendo motivos para se descontrolar e agir precipitadamente, a alma bela consegue atuar com equilíbrio, domínio próprio; e a beleza intelectual tem seu consórcio com a perspicácia, o entendimento sempre a serviço de bens probos, sabendo que, fora disso não seria bela.

Então, cortar um naco de beleza com a faca da feiura mostra, acima de tudo, falta de noção; como dizia o humorista Batoré: “Pensa que é bonito sê feio?”

domingo, 18 de outubro de 2020

Com qual árvore irei?


“Assim farei cessar em ti tua perversidade e prostituição trazida da terra do Egito; não levantarás teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais do Egito.” Ez 23;27

Outrora libertos do cativeiro egípcio rumando a novo cativeiro, em Babilônia. A Causa? “... porque te prostituíste após os gentios, te contaminaste com seus ídolos.” V 30

Foram tirados de modo milagroso, alimentados no deserto por quarenta anos; tinham dever de conhecer a Deus, de modo a não reduzir O Altíssimo a meros bibelôs humanos.

Normalmente deparo com um texto vendido como promessas grandiosas; “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Sou teu Deus; Eu te fortaleço, te ajudo, te sustento com a destra da Minha Justiça.” No contexto, não é uma promessa; mas, um puxão de orelhas pelo mesmo motivo descrito em Ezequiel, idolatria.

Dos gentios O Eterno apenas descreve o processo; “O artífice animou ao ourives; o que alisa com martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos firma, (a imagem) para que não venha a mover-se.” V 7

Daí em diante começa a correção; pois, se era normal aos gentios agiram na ignorância, com Israel Deus tinha um relacionamento pessoal; “Porém tu, ó Israel, servo Meu, tu Jacó, a quem Elegi descendência de Abraão, Meu amigo; tu a quem Tomei desde os fins da terra, Te chamei dentre os seus mais excelentes, e disse: Tu és meu servo, a ti escolhi e nunca Te rejeitei. Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Sou teu Deus; Te Fortaleço, Te ajudo, Te Sustento com a destra da Minha Justiça?” Is;41 8 a 10

O Santo não está fazendo promessas a quem pegar primeiro; antes, recapitulando a fidelidade amorosa com a qual tratara seu povo, então ingrato, idólatra.

Sabemos que, quem não aprende com erros tende a repeti-los. A diferença entre O Todo Poderoso e os ídolos do Egito fora demonstrada de modo cabal durante as dez pragas e consequente libertação do povo; a aversão do Santo às imagens, deixada patente no infeliz episódio do bezerro de ouro; agora estavam presos novamente no mesmo erro.

Quem precisa imagem para firmar sua fé não possui fé nenhuma; engana-se. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem... Pela fé (Moisés) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;1 e 27

Então, se dizer liberto por Cristo, pertencente a Ele, e se curvar diante de imagens é apenas deixar patente o cativeiro da ignorância, o lapso do conhecimento do Salvador. “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

Outro dia, católicos “tradicionais” estavam zelosos contra a “idolatria”, porque Francisco recebera com honras nos jardins do Vaticano uma imagem andina, a Pacha Mama. Eles conseguem a proeza de tem “imagens canônicas” e outras pagãs.

O texto que as veta é categórico; “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso...” Ex 20;4 e 5

O Criador fez o homem à Sua Imagem e Semelhança, a única imagem que lhe interessa é a regeneração disso que foi perdido.

Por isso, quando Filipe pediu a Cristo que lhes mostrasse o Pai, Jesus perguntou se ele não O conhecia; pois, veio “sendo o resplendor da Sua Glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

A “imagem” de Cristo em nós é Sua Palavra que forja; pois, devem os salvos estar plenos Dele que como disse Paulo; ter a “mente de Cristo”; essa molda caracteres, invés de esculpir matéria. 

Só é visível no teatro das ações, resulta em Glória a Deus; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Como não há neutralidade possível, os que preferem as imagens espúrias terão seu ápice; uma que “fala” para ser adorada; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Cabal e sério assim: Ou seremos regenerados à Imagem de Deus mediante Sua Palavra, ou acabaremos nos curvando à imagem do Capeta mediante tecnologia. Termina onde começou; as duas árvores, a da Ciência e a da Vida. “Escolhe, pois, a vida.”

sábado, 17 de outubro de 2020

Fratelli Tutti?


“Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome.” Jo 1;12

Filiação espiritual, mediante “Novo nascimento”, sempre foi algo óbvio, entre os minimamente conhecedores da Doutrina de Cristo.Entretanto, chegamos a um momento crítico, onde, sequer o óbvio é tão óbvio assim; precisa ser defendido.

Numa encíclica de mais de oitenta páginas chamada “Fratelli tutti” (somos todos irmãos) o Papa Francisco esposa a ideia rasa, ecumênica de que todos, de qualquer credo, mesmo aqueles que degolam aos “infiéis” são irmãos. Todos, cada um a sua maneira estão certos, pois “buscam a Deus” que certamente os não rejeitará.

Dada nossa dupla natureza, duas irmandades são possíveis. Uma da carne; nesse caso, “Fratelli tutti”; outra espiritual, da água e do Espírito. Aí, já não é tão simples assim, pois esses, “... não nasceram do sangue, nem da carne, nem do homem, mas de Deus.” V 13

Pretendendo ser ele, um líder espiritual, não um antropólogo, usar como base o natural para acondicionar em cima, ao sobrenatural, blasfema por afrontar diretamente ao Mandado Divino; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Ainda, por adicionar caminhos espúrios; O Salvador foi categórico: “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Daí, invés de uma “equalização” com os “irmãos” dos demais credos, a fé em Cristo, requer exatamente o contrário; uma diferenciação dos salvos. Nas questões éticas, valores, a “mente de Cristo”, que patrocinam as comportamentais; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;2

Também, na relação com a disciplina; a correção da Palavra, coisa que filhos recebem, enquanto estranhos desprezam; “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;7 e 8

Para muitos, a Bíblia carece “atualizações” para “santificar” perversões que eles gostam; com esse fito criaram “versões inclusivas” para sua própria exclusão.

Se O Eterno fosse biodegradável, (sofresse ação do tempo) não seria Eterno; não teríamos segurança nenhuma; “porque Eu não mudo vós não sois consumidos... se formos infiéis Deus permanece fiel; não pode negar a Si mesmo;” Graças a Deus!

Então, não escreveu um rascunho para ir evoluindo; antes Sua Palavra Eterna é “lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos.” Sal 119;105

Circula nas redes um texto inteligente sobre esse vício blasfemo de imputar ao Santo as faltas que palpitam em nós, diz; “Lendo a Bíblia encontrei muitos erros... todos eles em mim”.

Mas, surgiria a questão: Se, o reino temporal do Anticristo bem como, a igreja global se farão, a Bíblia os prevê, que adianta a gente lutar contra? A tarefa de um ministro do Senhor não é evitar o inevitável; mas, difundir Sua Luz, (do Senhor) para que as escolhas particulares não sejam no escuro.

Quem quiser, enfim, fazer parte desse balaio de todos os gatos, validação de todos os credos, fim de toda disciplina segundo a Palavra de Deus, que o faça; mas, saiba de antemão como O Céu vê; “... grande Babilônia... morada de demônios, covil de todo espírito imundo, esconderijo de toda ave imunda e odiável. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição...” Apoc 18;2 e 3

Infelizmente as pessoas tendem a descansar numa hierarquia viciosa como se o erro de terceiros não incidisse sobre elas, dado tratar-se de um líder. “Se um cego guiar a outro, ambos cairão na cova”; o que deveria cessar nossos pleitos é se um mandado é verdadeiro, não se foi ordenado por um “grande” da Terra. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Os salvos têm o coração no alto, nas as bundas assentadas em locais altos; “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi os servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

Ademais, “... Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Um simplório incapaz de enxergar um palmo verá aqui um João ninguém como eu atrevendo-se contra o “Santo Padre”; quem tem olhos espirituais verá O Espírito Santo lutando contra as mentiras do Capeta.

Compare-se essa página, com as oitenta e poucas aquelas, e veja qual traz mais citações da Palavra de Deus. Meu Líder É O Senhor.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A quem imitar?

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados...” Ef 5;1

Dada a abissal diferença entre criatura e Criador, a imitação tencionada por Paulo nesse verso deve ser algo estrito, pontual; possível a seres finitos e falhos como nós.

A conjunção conclusiva, “pois” por sua natureza aponta para trás; para o contexto imediatamente anterior, uma vez que está concluindo um argumento, uma ideia.

Se, olharmos o verso anterior, veremos em quê, somos desafiados a imitar Deus; “sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Cap 4;32 Imitarmos na prática do bem, no exercício da misericórdia, e sobretudo, perdoarmos ao semelhante como, por Ele fomos perdoados. Eis a imitação requerida ali!

O Salvador, quando desafiou ouvintes a darem a outra face (uma nova chance a quem falhou) ou, andar duas milhas quando a demanda fosse uma; ainda, solicitada a capa, dar também a túnica; enfim, amar inimigos, chamou essa postura de imitação da perfeição Divina; “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;48

Paulo disse expressamente isso; que imitássemos ele, na “arte” de imitar a Cristo; “Admoesto-vos, portanto, que sejais meus imitadores.” I Cor 4;16

Quando se diz vulgarmente que um exemplo vale por mil palavras, de modo oblíquo se diz também que tendemos muito mais a imitarmos o que vemos, que assimilarmos ao que ouvimos.

Nas relações interpessoais é assim; agora em se tratando da relação com Deus, carecemos certa acuidade auditiva, “Ouvir da Palavra de Deus” para sabermos como agiu e ensinou, deixando-nos um parâmetro para seguir.

De qualquer forma, a imitação requerida ainda que O Imitado seja O Senhor, se refere ao trato com o semelhante, pois, “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão é mentiroso. Quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

Entretanto, parece que, em nosso entorno o vício é um oceano, e a virtude raras ilhotas difíceis de se encontrar. Desgraçadamente as pessoas preferem nadar nas águas fáceis dos vícios, a palmilhar a terra firme das ações ponderadas, virtuosas e consequentes.

Não pouca vezes ouço, com sentimento de vergonha alheia, pessoas defendendo políticos corruptos com “argumentos” tipo: “Todo mundo tira uma lasquinha; tem mais é que levar vantagem mesmo;” Ou, nos domínios da promiscuidade, “ninguém é de ninguém, não existe mais fidelidade; então vou passar o rodo, o que vier eu traço.”

Ouvi isso ainda hoje de um colega de trabalho e respondi: “Se um cachorro te morder vais mordê-lo também? Eu sei que tem muito disso; maus exemplos existem à exaustão; mas, não altero o que sou pelo que os outros são; seja homem! Nade contra a corrente!”

Na verdade quem se corrompe, se prostitui, não o faz porque há muitos que fazem também; antes, faz porque é disso que gosta, porque se identifica com as aves das mesmas penas. A “justificativa" é só uma fuga hipócrita para acrescentar aos pecados praticados a covardia de lambuja.

Infelizmente, exemplos bons são raros; onde encontramos os que adotam as boas e virtuosas práticas, apenas por imitação de outrem que admiram?

Somos uma geração sem noção ao cubo; a ponto de, algumas pessoas postarem trechos de “músicas” pornográficas, cheias de expressões chulas, e versos bíblicos no mesmo dia, na mesma página!

Em outro contexto, no Desafio de Elias, a coisa foi posta assim: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” I Rs 18;21

Posso parafrasear assim: “Até quando estareis divididos em vossos corações? Se o lixo imoral é bacana, espojai-vos no lixo. Agora se fizerdes menção da Palavra de Deus não O profanem.” Ele mesmo adverte: “Ao ímpio diz Deus: Que fazes tu que recitar os meus estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” Sal 50;16 e 17

O Senhor encerrando da Revelação desafiou a cada um que deixasse patentes suas escolhas; virtuosas, ou viciosas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda. Eis que cedo venho, Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;11 e 12

Para Confúcio imitação é o método mais fácil de aprendizado.

Imitar a Deus cercado de impiedade como vivemos não chega a ser fácil; mas, como citou Dave Hunt, “o que espera pelos salvos é glorioso demais para ser fácil”.