Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
domingo, 26 de janeiro de 2020
O Prazer de Deus
“Mas o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38
Como numa relação conjugal, o ideal é que cada um não se ocupe apenas do próprio prazer, mas também do cônjuge, nosso relacionamento com Deus requer fidelidade e perseverança irrestritas, para que Ele sinta prazer conosco.
Em certa ocasião reclamou das escolhas alternativas de culto pelo seu povo, invés de se alegraram naquilo que O apraz. “Também Eu escolherei suas calamidades, farei vir sobre eles seus temores; porquanto clamei e ninguém respondeu, falei e não escutaram; mas fizeram o que era mau aos Meus Olhos; escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;4
Diferente do que ensinam mercadores da praça, a fé não é um meio para conquistarmos anseios egoístas; antes de tudo é uma atitude que apraz, agrada a Deus. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6 A fé sadia não busca os galardões consequentes; antes, busca Deus.
Assim como, no âmbito humano é possível se fruir prazeres ilícitos na prática do pecado, no escopo espiritual também, muitos se alegram em erros e descansam à mercê de enganos, drogados pelas ilusões do inimigo, quiçá, do próprio coração. “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9
Portanto, esses que acham o máximo fazer as coisas com todo o coração, encomendam sua segurança a um traidor, invés da proposta por Deus; “Com que purificará o jovem seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9
Humanas sensações nunca são aferidoras confiáveis; podemos nos alegrar com o que Deus detesta; como no Êxodo o povo fabricou um bezerro de ouro para “representar” a Deus e fez um carnaval ao redor do mesmo; Quando O Eterno reagiu foi em ira e furor, pela vergonhosa e rebelde profanação.
Para os incautos de então, bastava oferecer seu culto de qualquer forma, seus sacrifícios e Deus se alegraria porque eles estavam alegres; Neemias recolocou as coisas na devida ordem: “... a alegria do Senhor é nossa força.” Ne 8;10 Não a nossa, selo da aprovação Dele.
Inevitável evocar um dito ulterior de Samuel a Saul: “Porventura tem O Senhor tanto prazer em sacrifícios, quanto, em que se obedeça Sua Palavra?”
Não nos precipitemos, pois; antes dos dons, do culto O Senhor cuida das coisas básicas. Primeiro, por não ser Deus de mortos, a vida.
Qualquer culto, ritual, religião que não derive do Novo Nascimento em Cristo, não importa quão fervoroso, intenso, sincero até, o mesmo seja, não passa de obra morta. “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo...” Heb 9;14
Chama da morte para a vida mediante Sua Palavra dada “Pelo Meu Filho Amado no qual Eu Tenho prazer”. Recebida a mesma, capacita aos neo-nascidos a agir coerentes com a nova cidadania; “a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12
Esse “passaporte” traz junto implicações no modo de vida segundo as Leis da Cidadania Celeste; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
Geralmente esse novo andar apartado do que desagrada ao Santo, “credencia” os andantes aos dons escolhidos pela Vontade Divina; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade” Prov 2;7 “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6
Com esses fiéis e retos O Senhor se apraz, se alegra; capacita-os a mais, legando dons da Sua Graça.
Entretanto, aos que fazem ouvidos moucos aos Seus ensinos, veta até que façam menção da Sua Palavra; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as Minhas Palavras para detrás de ti.” Sal 50;16 e 17
O império satânico global em gestação será cheio de “sinais e prodígios da mentira” para quem vai após sensações e não a Palavra de Deus; seu implemento será parte do juízo Divino para os que tiveram prazeres adversos aos celestes. “... Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;11 e 12
sábado, 25 de janeiro de 2020
Aurora Espiritual
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Pv 4; 18
Algumas coisas são fragmentárias, outras integrais. Essas, ou se tem por inteiro, ou não se tem nada, como o caráter; aquelas são progressivas, inicialmente se tem um pouco, e vai-se adquirindo mais e mais, ao longo do tempo e aprendizado.
O entendimento espiritual foi ensinado pelo Senhor como sendo nossa luz. E figurada com a luz do dia, a qual, na aurora é imperfeita, mas vai completando seu esplendor à medida que se aproxima o dia.
Do mesmo modo se passa conosco, quando a larga noite de nossa morte espiritual se dissipa à luz da obra de Jesus Cristo, ainda vemos de modo parcial, imperfeito.
Na verdade há diferença entre inteligência e sabedoria. A primeira é amoral, podendo servir até mesmo para planejar um crime, enquanto a segunda é patrimônio de quem se atreve a praticar a justiça em Deus. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Pv 2; 7
A Palavra faz distinção entre a verdadeira e falsa sabedoria, sendo a última, posse desse mundo que é inimigo de Deus.
Falando da vera sapiência Paulo disse: “À qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2; 8 Como vemos, a sabedoria se desnuda em ações, não em exercícios intelectuais.
Por mais que pareça irônico, a Palavra preceitua que se instrua ao sábio, não ao tolo. Lembra um paralelo com a Parábola dos Talentos, onde, O Salvador ensinou que ao que tem, mais se lhe dará; ao que não, até o pouco que tem se lhe privará.
A primeira coisa que um “sábio” identifica é que sabe pouco, carece aprender, e aprender do Senhor. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Pv 1; 7 Interessante que Salomão coloca a loucura em oposição à sabedoria, não a ignorância como seria de se esperar.
Acomodar-se à mediocridade espiritual e mental, como diria certo apresentador é “coisa de louco”.
Diferente da visão distorcida de uns e outros que, por não ter aptidão ou vocação ao estudo da Palavra desprezam aos que o fazem, o crescimento espiritual desejável não nos faz “poderosos” (como chamam a muitos que fazem barulho oco) antes, sábios. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;12
Somos conduzidos a mudanças de pensamentos e atitudes, à força do conhecimento de Deus na Face de Jesus Cristo, sina inevitável, se, de fato, nos convertemos.
Mesmo depois de caminhar com Cristo alguns anos, buscando entender seus preceitos, nosso saber ainda é fragmentário, parcial, de modo que deve sempre ser enriquecido.
Me espantam algumas pessoas sectárias que “descobriram” que o cristianismo está errado, construíram sua trincheira atrás de um dogma, uma acusação qualquer e à partir dali, rechaçam tudo que pareça distinto, como sendo uma ameaça à sua segurança. “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Pv 14; 16
Tentei encetar debates com alguns, visando o crescimento mútuo, mas é impossível. Fazem uma acusação de que em determinado ponto estamos errados; apresentamos sete versos bíblicos que mostram que não, eles desconsideram nossa defesa, mudam o foco da acusação e segue o seu processo sem nexo onde nada muda nossa condição de réus. Espantoso o dano mental do fanatismo! Nem Salomão em pessoa os venceria num debate.
Ora, quando acharmos que somos um projeto acabado, talvez seja porque tenha acabado o projeto, por sermos obtusos resilientes e não sejamos nada.
Os santos do Senhor estão na escola do Espírito Santo e da vida, onde, doutrina sadia e experiência laboram por suas edificações. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1; 6
A noite medieval levou muitos a matarem “em nome de Deus”; a escuridão pós-moderna, põe não poucos laborando contra Cristo, por amor à “verdade”.
Se nossa percepção espiritual se divorciar da obediência à Palavra do Senhor, não importa se cruzamos o mundo cooptando pessoas, estaremos apenas difundindo mais escuridão. “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6; 23
Não podendo usar a violência como arma e ser convincente nas suas pretensões, o Capeta usa de engano para impor seu império mundial. Quem não conhecer a fundo o verdadeiro, facilmente será presa do falso...
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Pode o crente jogar loterias?
“Quem quer enriquecer depressa é homem de olho maligno, porém não sabe que a pobreza há de vir sobre ele.” Prov 28;22
Muitas vezes me deparei com a pergunta: “Pode o crente jogar na loteria”? Na verdade conheci quem fazia e ainda faz uma “fezinha;” no “bicho” até, que é uma “loteria” mais singela. Mesmo eu, em dias de imaturidade espiritual fiz muitas vezes; seria hipócrita se negasse.
Talvez a pergunta devesse ser feita de outro modo; não em termos de, pode, ou, não pode; mas de, por quê, o faria?
Quando O Senhor disse a Adão, “Do suor do teu rosto comerás o teu pão”, não estava amaldiçoando-o, como se, o trabalho fosse uma maldição; antes, estava conscientizando ao degredado de sua nova situação. Antes, em submissão a Mim, Eu era responsável pela tua manutenção; como destes ouvido à serpente escolhendo a independência, a autonomia, então peito n’água! Faça por ti doravante!
Durante o êxodo, em pleno deserto onde a força do trabalho não serviria O Senhor enviou o Maná; mas, introduzido o povo na Terra de Canaã, o mesmo cessou e eles foram desafiados a cultivar a terra para produzir pão.
Aliás, a provisão de meios para que o trabalho frutifique foi equacionado por Paulo com um testemunho dos cuidados Divinos para com a humanidade. “Contudo, não deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e alegria os vossos corações.” Atos 14;17
Assim, quando O Salvador ensinou: “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça; e essas coisas vos serão acrescentadas.” Não estava nos eximindo da necessidade de trabalhar; antes, estabelecendo prioridades; o que buscar primeiro. Deus nos acrescenta as “demais coisas” dando saúde e oportunidade; nossa parte temos que fazer.
Então, quem fixa o olhar nas promessas fáceis das loterias e afins, admitindo ou não, busca um atalho para burlar o plano de Deus para si. Sei, “Se eu ganhar ajudarei os pobres, meus parentes, só farei o bem etc.” Já ouvimos tantos mentirosos assim.
Quando uma pessoa precisa justificar-se antes de fazer algo é porque dentro dela a consciência já a cientifica que, tal, não deve ser feito. Uma consciência em paz não requer justificativas. “A paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine vossos corações e sede agradecidos.” Col 3;15
Contudo, um vício ainda pior que um cristão jogando moedas certas na incerteza das loterias, são os mercenários mercadores da Palavra que, profanam fazendo parecer que O Eterno troca bênçãos por moedas.
Não se engane! Se você foi atraído a frequentar uma igreja porque nele acenaram com atalho e facilidades para ganhar dinheiro, invés de ensinar o caminho da salvação, saia e vá jogar loteria; é mais honesto; pois, é apenas um hábito ímpio sem ser profano, uma vez que não envolve o Nome do Santo.
O dinheiro não passa de ferramenta, cujos predicados permitem avaliar, transformar e conservar bens e serviços. Algo útil e necessário, mas, não um deus a ser cultuado. “Há um grave mal que vi debaixo do sol e atrai enfermidades: as riquezas que seus donos guardam para seu próprio dano;” Ecl 5;13
Paulo acrescenta: “Os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10
Desgraçadamente há muitos “cristãos” que não apenas jogam, como ainda oram para “acertar” o que deixaria patente que erraram o caminho. Desses A Palavra fala também: “O Senhor está longe dos ímpios; a oração dos justos escutará.” Prov 15;29
O Salmo 73 apresenta os “ricos” de dar inveja nos justos até; entretanto, na hora do “vamos ver” a imensa miséria deles viria à tona. “Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios... Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.” Vs 3;17 e 18
Querer melhorar de vida por meios lícitos é normal, todos querem; isso faz a roda girar. Porém, há uma sombra mais excelente que dinheiro, onde, o descanso não é apenas eventual, mas eterno. “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;13
Como nossa vida foi comprada por sangue, não por dinheiro, não rebaixemos o Feito Majestoso do Salvador ao nível de ordinárias moedas, como fez Judas.
domingo, 19 de janeiro de 2020
Nossos Caminhos de Deus
“Nas tuas mãos encomendo meu espírito; tu me redimiste, Senhor Deus da verdade.” Sal 31;5
Palavras semelhantes às últimas falas do Senhor na cruz: “Pai em tuas mãos entrego Meu Espírito.”
Nas meditações de Salomão o coração do filhos é solicitado; “Dá-me, filho meu, o teu coração; os teus olhos observem meus caminhos.” Prov 23;26
Uma breve meditação em porções assim pode nos ajudar a ver melhor, o quê, “está em nossas mãos” e o que não; de quê somos mordomos, afinal?
Deparamos com textos/falas tipo: “Pai, entrego essa semana, mês, ano, minha família, esse projeto, esse culto, etc. em tuas mãos”. Palavras válidas no sentido de patentear nossa confiança no Eterno; entretanto, ingênuas, pois “entregamos” a Ele o que já está em Suas Mãos.
O Ser Divino É extraordinário demais, para que, algo escape ao Seu Domínio, ou Sapiência. “Porventura sou Deus de perto, diz o Senhor, não também de longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho Eu os Céus e a Terra?” Jr 23;23 e 24
Uma olhadela no salmo 139 também ajuda, caso reste alguma dúvida sobre a Divina Grandeza.
Nossas vidas, posto que “nossas”, estão em Suas mãos como fez saber Daniel, ao profano Belsazar; “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23
Meu espírito e coração são “meus” por soberana e livre iniciativa Divina, que escolheu nos fazer arbitrários, consequentes; portanto, mordomos dos tais; Ele dá-nos um tempo em determinado espaço e nos chama à reconciliação mediante os Méritos do Único Mediador, Jesus Cristo; “De um só sangue fez toda geração dos homens, para habitar sobre toda face da terra, determinando tempos já dantes ordenados, e limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;26 e 27
Além disso, Ele a parte ofendida deu o primeiro passo; nos buscou: “Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados; Eu vos aliviarei...”
Entretanto, quem optar pela loucura da autonomia suicida será surpreendido a despeito da sua vontade; “Louco, essa noite pedirão tua alma...” Pois, “Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter; tampouco, tem poder sobre o dia da morte; como também não há licença nesta peleja; nem, a impiedade livrará aos ímpios.” Ecl 8;8
Então, quando “Entrego meu espírito”, também “chovo no molhado” para deixar, num último vagido, patentes a minha confiança e esperança num porvir junto ao Pai.
Por isso O Senhor e Salvador colocou como prioridade o Temor a Deus, que Domina Espíritos, mais que temer a própria morte física; “Digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5
Quando o salmista propõe: “Entrega teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele o Fará” Sal 37;5 o desafio não consiste em O Senhor passar a possuir algo que era meu, estritamente; antes, somos instados a uma simbiose de vontades, onde, a de quem sabe e pode mais prevalece, como dissera Jeremias; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23
A Divina intenção é dirigir-nos usando nossos entendimentos, não cabrestos como se, animais; “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com Meus Olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio...” Sal 32;8 e 9
Isaías acrescentou detalhes sobre a Direção Divina aos que lhe ouvem: “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21
Acaso um bebê que está aprendendo caminhar altercaria com seus pais sobre o rumo do caminho? Ridículo assim seria um de nós pretender discutir com a Sabedoria Eterna.
Em suma, meu caminho é meu no sentido que não é do meu semelhante; mas, não é tão meu assim que possa fazer as coisas do meu jeito.
Como tantos caminhos ele tem sinalização horizontal e vertical; quem não andar conforme, sujeita-se à multa da eterna perdição.
“Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, quem me der ouvidos habitará em segurança e estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33
sábado, 18 de janeiro de 2020
O Justo Juízo
“Ao vil nunca mais se chamará liberal; do avarento nunca mais se dirá que é generoso.” Is 32;5
O contexto imediato alude à vinda de Cristo, “O Rei que reinará com justiça”, v 1; as consequências do império da justiça, entre outras, seriam que as coisas deveriam ocupar seus próprios lugares. O vil estava ocupando o do liberal, enquanto, o avarento ostentava-se no assento de generoso.
Spurgeon dizia que, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”; agora, pensando no outro lado da moeda podemos dizer que, uma coisa má no devido lugar, ou mesmo usando o lugar de uma boa, ainda assim é má.
No devido nicho a própria essência a qualifica; no alheio, além da maldade própria temos a falsidade, engano, pretensão, hipocrisia como acréscimo ao ser, da coisa em si.
O que o profeta entendia por vil? “Porque o vil fala obscenidade; seu coração pratica iniquidade, para usar hipocrisia e proferir mentiras contra o Senhor, para deixar vazia a alma do faminto; fazer com que o sedento tenha falta de bebida.” V 6 Um hipócrita sem temor ao Senhor, indiferente para com as carências do próximo. Cheio de palavras piedosas e obras iníquas. O fraco dos fracos, incapaz de enfrentar a si mesmo.
Embora, nossas ações não incidam diretamente contra O Senhor, exceto, profanações e blasfêmias, geralmente referem-se ao nosso semelhante; todo o pecado praticado é “contra O Senhor” uma vez que contraria Sua Vontade; como as mentiras do vil em apreço, que, fazendo mal ao semelhante ofendiam O Eterno.
“Também todas as armas do avarento são más; maquina invenções malignas, para destruir os mansos com palavras falsas, mesmo quando o pobre chega a falar retamente.” V 7 Até diante da retidão esse inventor de males não deixa de ser o que é; “Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas invenções.” Ecl 7;29
No fundo, vileza e avareza são predicados do mesmo sujeito. Trazidos os adjetivos para nossos dias, como os usamos, o vil é um fraco de caráter; o avarento um idólatra; fraco de confiança que apega-se nas coisas materiais, por incapaz de transcendê-las, de confiar em Deus. Paulo equaciona a avareza à idolatria, e amor ao dinheiro como patrocinador de toda a sorte de males.
A fé sadia deve ancorar-se em Pessoas, não em coisas, nem circunstâncias; “... Crede em Deus, crede também em Mim...” Mesmo que não haja nenhum indício da Santa Presença; Que Sua Palavra e Integridade nos bastem, até na escuridão; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10
Como disse Jó em sua angústia: “Ainda que me mate, Nele esperarei.”
A hipocrisia religiosa dos que se ostentavam santos e viviam indiferentes aos semelhantes foi o carro chefe do combate do Salvador. Quando ensinou que as duas moedas ofertadas pela viúva pobre valiam mais que os sobejos ostensivos dos ricos, denunciou a vileza de carecer do aplausos humano, pela íntima certeza da rejeição Divina.
Quem sabe-se aceito pelo Eterno não gasta suas tintas tentando pintar o que agrada ao efêmero.
A oferta da viúva foi aceita por fazê-la em amor a Deus, mesmo com sacrifício; aqueles que se exibiam em egoísta pretensão e sem custo real eram réprobos; O Senhor estava em Sua Justiça colocando as coisas nos lugares.
Noutra parte quando nos desafiou a sermos fiéis no pouco, colocou o valor da integridade e da fé, acima do volume das coisas perecíveis. A Confiança no “Justo Juiz” não, nas coisas, a doença dos avarentos.
O assento de cada pingo sobre seu i, cada coisa em seu lugar, ainda não é o cenário que vemos; vemos a prosperidade dos ímpios, a folga dos maus como diz no salmo 73;
todavia, por enquanto o Rei de Justiça interferiu apenas mediante Seu Resgate e Seu Ensino; presto vem o dia em que interferirá em juízo, então, cada coisa será assentada em seu justo lugar; “Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; ( os que O temem) naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e que não serve.” Mal 3;17 e 18
Nesse mundo mau, que jaz no maligno, natural que, servos de Deus se sintam deslocados, fora do lugar. Mas, o governo da injustiça terá termo; “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Nudismo
“Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto.” Augusto Branco
O mundo segue óbvio e obviamente seguimos doentes. Cheios de sapiências a compartir e tão pobres de experiências ao viver.
As pessoas são o que são, dão do que têm. “Dos ímpios procede a impiedade;” da Bíblia; “de onde nada se espera é que nada vem mesmo”, Barão de Itararé.
Contudo, muitas vezes esperamos que urubus sejam pavões, que reles tico-ticos tenham a exuberância dos colibris. Nos machucamos sempre em nossa ingenuidade e persistimos em nos machucar. As pessoas são piores do que parecem em ampla maioria; daí que, surpreender é a exceção, enquanto decepcionar é a regra.
Agora podemos jogar pedras virtuais em todo o planeta; partilhar nossas ofensas e malcriações “Urbi et Orbe” (à cidade e ao mundo) e não perdemos a chance, óbvio, de tão largas pedradas.
Certo; há quem partilhe também coisas boas, uma vez que o “bem” virtual não tem custo, quase. Coisas que têm seu valor se, devidamente absorvidas.
Entretanto o dia a dia com pessoas de carne e osso ainda mostra os que furam filas, no mercado e no trânsito; os que mentem pela comodidade ignorando os efeitos colaterais; os que brincam com sentimentos coisificando e usando pessoas; os que negam o que devem e exibem seus tours e suas festas como se a bunda de fora moral ficasse bem vestida com a ostentação virtual. Gente dissoluta e sem vergonha!
Não fosse o deserto moral em nos movemos e muitas coisas que colhem aplausos seriam banidas por obscenas. Mas, no campo de nudismo de valores que grassa, errado é quem está vestido; o que ele pensa que é? “Abaixo Sérgio Moro! Fora Lava Jato! Lula Livre”!
Não se limitam a expor a nudez no âmbito interpessoal; precisam mais; a pimenta das blasfêmias para ofender Às Dignidades Santas.
Daí, um ano “Jesus” sai numa “Comissão de frente” no carnaval apanhando do Diabo; noutro num festival LGBT é chamado de travesti; não satisfeita a sanha blasfema, um grupelho de maconheiros disfarçados de artistas encena uma peça colocando uma vez mais O Senhor como se, vivendo no nível da ralé apodrecida dos próprios “atores”.
Sempre tem vozes de gente famosa e “esclarecida” em defesa da “arte” e da “liberdade de expressão”, até no STF. Alguns espirituosos indignados estão produzindo memes que expõem Vossas Excelências ao ridículo, vão protestar contra a arte e a liberdade de expressão agora? Com a medida que medires...
Ainda, um “documentário” sobre “O Golpe” sofrido por Dilma é cotado ao Oscar! “Democracia em Vertigem” o pomposo nome dado pelos facínoras corruptos que, apoiam toda sorte de ditaduras pelo planeta, desde que, os ditadores sejam vermelhos; o poder noutras mão é “golpe”; canalhice ao cubo concorrendo a prêmios mundiais; logo a Dilma concorrerá ao Nobel de Literatura.
Levaremos mais de duas décadas para descobrir e purgar toda a roubalheira do PT no governo, e mesmo assim, Lula é “Inocente” apesar dos filhos vagabundos milionários; a Dilma “Injustiçada” não obstantes as maquiagens fiscais fora-da-lei, e toda sorte de corrupção que patrocinou, mormente, na Petrobrás e nos fundos de pensão.
E pensar que tive que excluir gente vermelha do meu Face por, na falta de argumentos para defender seus heróis, partirem para ofensas pessoais. Que vergonha alheia!
A “moral” esquerdista é sem vergonha, seletiva, diabólica; Trump, numa atitude preventiva, mandou matar ao chefe do terrorismo iraniano e milhares de vozes canhotas protestaram pelo mundo; os iranianos derrubaram um avião ucraniano com mais de 170 inocentes e estrondoso silêncio. Vida a ser defendida é só se for de canhotos militantes, senão é apenas uma coisa descartável; que gente que não vale um prego! Que ofensa a espécie humana! Que patifes!!
Não podemos fechar os olhos para a verdade; a globalização buscada pelo Capeta, implementada mediante os idiotas úteis da esquerda será alcançada; a igreja ecumênica mundial com um milhão de religiões no mesmo barco e sem Deus, pela qual trabalha o Papa Francisco também estenderá suas asas sobre o planeta; quem não dançar conforme a música, então, será perseguido e morto até.
Entretanto, os que possuem a mensagem salvífica para estar ensinando, edificando pessoas, a dar-lhes “munição” para a peleja em tempo oportuno, ou, que deveriam ter, uma vez que mencionam à Palavra do Senhor, estão de costas para O Santo mercadejando valores eternos em troca de pífios metais.
Quem ousa separar-se um pouco das aves de bando para ver melhor sofre a impotência de ver tantos se perdendo apenas por confundir vidros com diamantes...
“Tão cegos são os homens, que chegam a gloriar-se da própria cegueira!” Santo Agostinho
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Os salvos; fora de si
“Rodearam-no os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, diga-o abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vos tenho dito, e não credes. As obras que faço, em nome de Meu Pai, essas testificam de mim.” Jo 10;24 e 25
O velho vício da transferência de culpa para se justificar. Não estavam crendo, não porque fossem incrédulos; antes, era O Senhor que fazia suspense.
Ele realçou a incredulidade deles e ainda evocou o testemunho das obras. Portanto, tinham o aval da Palavra do Senhor e dos feitos miraculosos Dele; se ainda assim não conseguiam crer, a causa deveria ser outra.
O Salvador pontuara a má vontade para com a Sua Mensagem como a razão; daí o consequente endurecimento do coração, e o fechamento às demais bênçãos. “Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram de mau grado; fecharam seus olhos para que não vejam nem ouçam e compreendam com o coração, se convertam e Eu os cure.” Mat 13;15
A Ação do Espírito Santo de convencer e persuadir pecadores ao arrependimento foi figurada como um transplante de órgãos, dada a dureza resultante de uma vida em pecado. “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas vossas imundícias e dos vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo; porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito; farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36;25 a 27
O processo de regeneração começa com tratamento “externo”; espalharei Água Pura “sobre” vós; sendo a água uma figura da Palavra; espalhar sobre relembra a parábola do Semeador que lançava a semente indiscriminadamente sobre todo tipo de solo; assim A Palavra é pregada “sobre” qualquer tipo de ouvintes; os que creem e frutificam, os ambíguos que mesclam com as coisas do mundo, e os incrédulos. Concomitante temos um tratamento “dentro” dos que serão purificados; espírito novo, coração novo, bênção exclusiva aos que dão crédito e se deixam moldar pela Palavra.
Como O Espírito Santo pode ser resistido, aqueles que, convencidos se fazem de desentendidos e desconversam justificando-se patenteiam sua escolha, que, prioriza ao “si mesmo” o qual deveria ser negado, invés do Salvador, do qual devemos aprender a ser mansos e humildes de coração.
Não se trata de não entender a mensagem, antes de entendê-la muito bem e compreender sua demanda estando afeitos demais às obras do escuro para aceitar as implicações da luz; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19
Culpar a Deus por minhas escolhas lembra uma pergunta Dele a Jó: “Porventura também tornarás tu vão o meu juízo, ou tu me condenarás, para te justificares?” Cap 40;8
No meio do direito humano existe uma máxima latina que reza: “In dúbio pró reo”; (Em caso de dúvida decida-se à favor do réu) no espiritual a coisa é mais complexa. A dúvida não é filha da sabedoria, antes, da ignorância; então se em nossas vicissitudes espirituais alguma dúvida honesta resultar, de interpretação, entendimento de algo, Paulo criou o “in dúbio, pró Dio”; “De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.” Rom 3;4
Diferente da pecha gratuita que a fé é cega, Deus não requer que creiamos sem entender; antes, explica minúcias do contrato, com seu custo em perseguições, rejeição, calúnias, aflições, para que ninguém tome sua cruz enganado.
Nisto, em compreender e praticar a necessária mortificação dos apetites insanos é que reside, precisamente, a racionalidade da fé; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1
Se, a mensagem de Cristo acena com privações aqui em troca de venturas eternas, e os que ouvem querem venturas aqui invés de privações, por religiosos que se suponham, seguem à “Bíblia” do Capeta com um versículo só que promete: “Vós sereis como Deus sabendo o bem e o mal”. Natural que tais “seguidores” aproximem-se de Jesus para culpá-lo invés de aprender.
A Parábola do Semeador apresenta sementes que são comidas por aves assim que caem; há corações endurecidos demais para que elas germinem. Com esses aconselha-se a nem perder muito tempo; “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” Tt 3;10 e 11
Por isso Cristo requer a negação do “si mesmo”; porque nele estão os condenados; Ele veio salvar.
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