Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
sábado, 28 de dezembro de 2019
Inversão Letal
“Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; do amargo doce, do doce amargo!” Is 5;20
A “autonomia” proposta por Satanás! “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. O fato de que minha percepção ou valoração sobre algo foi mudada, não muda em absoluto, aquilo que percebo. As paixões infames seguem assim, ainda que eu as repute de boa fama.
Narrativas não criam os fatos; esses se impõem para validar ou não, a leitura de quem os reporta.
Se, posso chamar ao bem de mal, e vice-versa, então já existe uma definição prévia antes de meu “chamado” que faz a coisa ser o que é, independente de meu apreço particular. O que me está reservado é agir com sensatez ou estupidez, não, mudar a essência das coisas.
Todo ensino que circula tem uma origem espiritual por trás, e “o mundo jaz no maligno”; ensinos desse sistema não são meros desvios, antes, fazem oposição ao Eterno. Tiago foi categórico: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4
A inversão de valores não pretende ser uma escolha fortuita de um ou outro “invertido” por aí; antes, tenciona ser uma doutrina global, onde, escudadas por “cabeçalhos” como, “tolerância, inclusão, diversidade, coexistência...” novas leis se estabelecerão em detrimento da “Aliança Eterna”; quem ousar se opor terá tudo para sofrer prisão, martírio, assim que o reino global sonhado pelo Papa Francisco, comunistas vários e, o Capeta, se estabelecer.
Seguido deparo com postagens de cristãos até, falando com o mesmo sotaque dos ímpios; frases arrogantes, ofensivas, egocêntricas enchendo de ossos quem se atrever a pensar diverso deles.
Ainda: “Seja a melhor versão de si mesmo”. Si mesmo? Desde quando alguém vai a algum lugar na dimensão espiritual escudado em si mesmo? Bem disse certo gaiato: “Não me siga que também estou perdido.” Quando for possível alguém puxar os próprios cabelos e com isso levitar, tirar os pés do chão, será possível também algum ganho veraz, espiritual, escudado em si mesmo.
O Salvador disse: “Sem mim nada podeis fazer.” Ele não se acha nos que preferem estar mortos em delitos e pecados, mas nos que mudam de vida deixando ao “si mesmo” sem noção mortificado na cruz. “Por que buscais o vivente entre os mortos?”
A inclinação natural é perversa; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7 o chamado do Evangelho é de reconciliação; “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse... reconcilieis com Deus.” II Cor 5;18 a 20
Quem, nesse sistema ímpio de valores invertidos for convencido pelo chamado de Cristo e decidir mudar, não são poucas as coisas que deve sacrificar na cruz, para, finalmente ter meu viver alinhado à Divina Vontade.
Paulo chamou de “Sacrifício Vivo”; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2
Diferente da pecha que a fé é cega, vemos que o culto é racional, demanda entendimentos renovados segundo Deus; os valores que esse sistema inverte e perverte, então, nos termos Divinos outra vez.
A Vontade de Deus é boa perfeita e agradável, abençoa; sua perversão resulta em maldição; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6
Desgraçadamente, apregoando mais direitos, liberdades, Satanás vai tangendo um vasto rebanho de incautos, rumo ao totalitarismo opressor, onde o único “direito” reservado será de obedecer cegamente ao “Big Brother” que a tudo vigiará mediante tecnologia.
A imagem da besta já fala; dá-se-lhe uma ordem e ela “obedece” porém, no seu tempo ela dará as ordens. “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15
Quem não se importa agora com valores invertidos, no fim do túnel será forçado a adorar Satã como Deus; de certa forma já o faz.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
Chamado aos Mortos
Sermos “cadáveres adiados” como disse o poeta Fernando Pessoa, ou, estarmos “mortos em delitos e pecados” como afirma A Palavra de Deus, normalmente fere ao orgulho humano. Entretanto, a própria existência desse veneno nocivo demonstra por si só essa morte.
O orgulho é um derivado da autonomia suicida proposta por Satanás. Quem nasce de novo, necessariamente há de aprender as veredas da humildade, invés do assassino orgulho. “Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim.” Ele disse: “Aprendei de mim que Sou manso e humilde de coração...”
Diferente da abordagem psicológica ateia, que, esforça-se em fazer com o que os mortos sintam-se bem com suas mortes; digo, negam o pecado como feitor dos males, e a gravidade do que está em jogo, reduzindo um pleito que atina a vida ou morte, à mera questão de aceitação das coisas, glamourização dos pecados; a abordagem Divina não se preocupa com aceitação, nem se ocupa de meias verdades. Antes, coloca o dedo na ferida chamando as coisas pelos nomes.
Aos pecadores que veio salvar, Cristo chamou de mortos, não apenas de errados; ainda que fossem ambas as coisas; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25
O medo da morte que assombra todos os pecadores é mascarado com as vestes do “curtir a vida” nos lábios dos que têm medo até da verdade; Contudo, A Palavra apresenta tais medrosos “curtidores” como servos do pecado. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15
Os pecadores que morrem de medo da morte, veem apenas a morte física como ameaça; enquanto, a espiritual que os destinaria à perdição eterna procuram fazer-se de desentendidos no que respeita a ela.
Ora, a aceitação do socorro do Salvador só é possível depois de identificarmos nossa necessidade Dele; ninguém apreciará e se abrigará à sombra da Salvação antes de ser convencido que ruma à perdição. Esse convencimento, ensinou O Salvador, é trabalho do Espírito Santo; “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai e não me vereis mais; do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Jo 16;8 a 11
A psicologia trata às pessoas como basicamente boas, vítimas da sociedade, de uma infância ruim, famílias desestruturadas, etc. O Senhor deixa evidente a maldade humana para que percebamos que carecemos urgentemente recebermos os cuidados da Bondade Divina. “... Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.” Luc 18;19
Normalmente estamos receptivos, prontos aos encômios, aplausos, lisonjas, “curtidas”; trabalha mediante A Palavra, O Bendito Espírito Santo, para nos deixar receptivos à verdade, por dolorosa que nos pareça.
Essa história que “Deus é amor” e não mandaria ninguém para o inferno merece ser melhor escrutinada. Quem se ocupar do Amor Divino, que não se esqueça de considerar também o ódio. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7
O Santo não manda ninguém para o inferno, mas, ama de tal modo à justiça, que permite que quem escolhe ir para lá vá, mesmo contrariando ao Seu Amor. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8
Amor é via de mão dupla; só faz sentido quando correspondido; quando não, apenas causa sofrimento. Portanto, quem pretende refrigerar-se à sombra do Divino Amor, ame-o também, e deixe isso patente nas escolhas que vier a fazer.
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
O "Espírito do Natal"
“... Descerá sobre ti o Espírito Santo; a virtude do Altíssimo te cobrirá com Sua Sombra; por isso também O Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” Luc 1;35
Muito se fala nessa época no tal de Espírito do Natal que estaria solto por aí fazendo até corações endurecidos pousarem de amorosos. Que espírito seria esse?
A Bíblia não menciona a data do nascimento de Jesus, portanto, qualquer que tenha sido o dia, 25 de Dezembro é uma escolha humana, arbitrária; desprovida de fundamento.
Se, por Natal entendemos o Nascimento físico de Cristo, como vimos acima, o Espírito coautor do Feito foi O Espírito Santo que atuou para que Maria concebesse sem auxílio humano. Mas, será que esses todos que enviam seus votos, decoram habitats com árvores e luzes, o fazem movidos pelo Espírito Santo?
Primeiro que a luz espiritual é uma figura de linguagem que fala de discernimento, entendimento correto das coisas espirituais. Essas luzes “made in China” estão para a Luz, como um ídolo qualquer para O Todo Poderoso.
Há duas coisas nesse Bendito “Espírito do Natal” que o separam de muito do que se vê por aí; um substantivo: Espírito; que o distancia de tudo o que é origem carnal; e um adjetivo; Santo, que o faz separado de tudo o que é profano.
Entretanto, o tal do espírito agora atuante é muito vulgar e “inclusivo” de modo a não fazer distinção nenhuma de cunho moral ou espiritual; até em zonas de meretrício as “profissionais” seminuas estarão ostentando uma toquinha vermelha que simbolizaria ao dito; pessoas que passam o ano de costas, quando não, em oposição a Deus e Sua Palavra, agora sobem em carros abertos vestidos de palhaços e espalham migalhas às crianças pobres abrindo caminho ao som de buzinas. Hipócritas!!
Alguém adúltero, corrupto, ladrão, assassino até, facilmente comprará um cartão com belas falas que não lhe dizem respeito em nada no seu modo de agir e enviará a outrem para “entrar no espírito”.
Por essas e outras que, qualquer que tenha olhos pode ver, e que não seja hipócrita há de admitir, eu passo dessa febre toda e ouso sem temor afirmar que isso não advém do Espírito Santo. É o velho e traiçoeiro espírito do mundo, onde, as pessoas são massificadas e induzidas a fazer o mesmo, sob o peso das datas que o mundo estabelece.
É Dia do pais? Todos dirão: “Feliz dia dos pais”; de igual modo no das mães, namorados, crianças, páscoa, etc. como agora, todos dizem o insosso “Feliz Natal”. O que todo mundo está fazendo é o que se programa para que todos façam.
Se, A Palavra de Deus ocultou a data e prescreveu que se comemorasse a morte de Jesus, não o nascimento é porque é isso o relevante diante de Deus. Essa falsa intimidade com “O Menino Jesus” é só uma máscara onde muitos tentam ocultar sua aversão aos Ensinos do Senhor Jesus, que servem para todos os dias do ano, não para um período específico apenas.
O “Aniversariante” é convenientemente escondido; um fantoche usurpador é posto em Seu Lugar; se fosse mesmo Ele a ser celebrado, Ele deveria receber presentes, não nós darmos os mesmos uns aos outros.
Quando nasceu recebeu ouro incenso e mirra dos sábios do oriente que O visitaram.
A felicidade, tanto quanto possível, aqui na terra, não é um “produto” manufaturado que se compra acabado; ela permite-se ser encontrada em algumas nuances nas sementes santas que são semeadas, e devidamente germinadas trarão promessas de ventura eterna nos que, os corações podem ser figurados como a “boa terra”. Nos demais a Semente perde-se.
Todo ministro que se faz semeador em submissão ao Divino Agricultor, do seu modo, espalha convites para as pessoas serem felizes um dia; o faz isso “full time”, não em uma data específica que todos encenam fazer.
Portanto, assim como recuso cobrir minha fachada de luzes e um arbusto qualquer de artifícios, também, embora respeitando boas intenções dos que enviam seus votos, recuso-me a retribuir, por uma questão de honestidade intelectual e moral; uma demanda da consciência no Espírito que me conduz, tanto quanto obedeço, pelos caminhos da Bendita Palavra de Deus.
Quem é habitado pelo Espírito Santo, por certo se identificará, ao menos em parte, com essas palavras; contudo, quem leu desconfortável, contrariado, tem em si mesmo o testemunho que é só o espírito do mundo que o anima.
Deprimente ver tantos evangélicos que deveriam ser “A Luz do Mundo” misturados sem nenhum pudor às falsas e enganosas luzes do mundo. Dá vergonha alheia.
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom 8;14
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domingo, 22 de dezembro de 2019
Idades Espirituais
Isso não é mera alegoria, se dá, de fato e é indispensável à salvação; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 Primeiro ensina que sem o nascimento espiritual ninguém pode ver o Reino; isso explica a “visão” dos ateus; depois, que sem os mesmos predicados não se pode entrar. Isso deixa patente a inutilidade de tanta religiosidade sem Cristo.
Pedro aconselha aos que passaram por isso: “Desejai ardentemente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.” (I Ped 2; 2)
Paulo por sua vez, observa uma mudança de estágio: “Quando eu era menino falava como menino, pensava e discorria como menino; mas, quando me tornei adulto deixei as coisas de menino.” (I Cor 13; 11)
Já em Hebreus, encontramos a maturidade espiritual como alvo, com o “efeito colateral” do discernimento: “O alimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto o mal.” (Heb 5; 14)
Vemos então, nos textos supra, o recém-nascido, o menino e o varão perfeito. Isso posto resulta uma questão: Como é possível identificar a idade espiritual de alguém? Não deriva, como a vida natural, do tempo decorrido; contudo, fica evidente pelo crescimento alcançado.
Diferente da vida física que é mensurada pelos ciclos naturais, o viver espiritual se pode aferir pela liberdade de consciência e entendimento que, cada um atinge em Deus.
O recém-nascido vive a anomia, ausência de lei; seu agir se dá de maneira meramente instintiva; daí carece ser conduzido. Como o cego que O Senhor levou pela mão para fora da aldeia e o curou, os iniciantes precisam ser também conduzidos de igual modo.
O adolescente espiritual atinge o que pode chamar de heteronomia; (hetero do grego, outro) onde as suas ações são pautadas pelas aparências; daí, o que outros vão pensar conta mais do que o que Deus quer.
O jovem atinge o que se pode denominar socionomia; uma lei social. Uma espécie de ética de grupo; consciente que as implicações dos seus atos se refletem sobre todo o âmbito no qual se insere, vive um estágio de maior responsabilidade que o menino e o adolescente.
O homem maduro, o dito “varão perfeito”, chega à autonomia. Não em relação a Deus, mas em relação aos humanos apreços; não vive a sua maneira, tampouco, sem lei; não age para agradar os outros ou por mera conveniência coletiva; antes, sua consciência em Deus, a escala de valores morais do Espírito expressas na Palavra pautam o seu viver, mesmo que, eventualmente, contrarie opiniões circunstantes.
Aí reside a meta de Deus, no novo pacto; Ele estabeleceu funções várias, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes levados ao redor por ventos de doutrinas...” Ef 4;12 a 14
E o Novo Testamento, diferente de um conjunto de leis a se observar tem como alvo a intimidade espiritual e o conhecimento de Deus. “Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Nas suas mentes imprimirei minhas leis, também sobre os corações as inscreverei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. E não ensinará jamais, cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão…” (Heb 8; 10 e 11)
Contrário, pois, a um mero exercício ritual, um teatro de aparências, ou rigor legalista, o anelo de Deus é a purificação de nossas consciências no Espírito, porque, “O Sangue de Cristo que pelo Espírito Eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo.” (Heb 9; 14)
Tal purificação é vital; sem ela corremos o risco de nos perdermos como adverte Paulo escrevendo a Timóteo; “Conservando a fé e a boa consciência, a qual, alguns rejeitando fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19
Afinal, o que parecemos ante os outros, pode formar uma imagem, nem sempre verdadeira; o que somos perante Deus, porém, identifica um caráter e direciona a uma eternidade.
“Preocupe-se mais com sua consciência que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é; sua reputação, o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.” (Bob Marley)
domingo, 15 de dezembro de 2019
Fracos Professores
Isso dá o que pensar; ser a igreja, tão frágil e imperfeita, um instrumento para ensinar potestades celestes sobre a Sabedoria de Deus??
O Reino dos Céus é hierarquizado, como deve ser toda organização que preza pela autoridade e bom funcionamento. Assim, principados e potestades são dignidades de grande vulto em termos de autoridade, embora, o texto não deixe claro se, as ditas autoridades que aprenderiam observando a igreja são anjos fiéis, ou, caídos.
Sim, mesmo entre os demônios as hierarquias originais permanecem como ensina o apóstolo mais adiante falando de nossa peleja; “Porque não temos que lutar contra carne e sangue; mas, contra os principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Cap 6;12
Embora, nos anjos fiéis possa ter ficado resquícios de dúvidas, quando a oposição fez seu “comício libertário” prometendo-lhes mais vantagens sob novo governo; (Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários... Ez 28;18) não obstante isso, digo, como o temor do Senhor é o princípio da sabedoria e eles se mantiveram nele é mais lógico concluir que quem aprende sobre a Sabedoria Divina observando a igreja sejam as potestades caídas.
Ora, se eles vivendo num paraíso perfeito, em plenitude de felicidade e bonança não resistiram ao “canto da sereia” do “Querubim Cobridor” deve-lhes ser humilhante assistir a tantos mártires que preferem deixar suas cabeças ser cortadas a negarem sua fé; isso, vivendo num mundo mau, de privações, restrições.
A cada bravo desses que diz um sonoro não! A Satã e um digno Sim! ao Eterno, além de um ato de justiça, concomitante há uma aula de fidelidade, honra, lealdade, valor que, as ditas potestades, tardiamente aprendem.
Quando o mesmo Paulo ensina que “Deus escolheu as coisas fracas para confundir às fortes” seu escopo inicial é puramente humano; O Santo não escolheu homens doutos, sábios, nem ricos; mas, pegou aos “que não são”; isso, porém, guindado ao nível das tais potestades faz ainda mais diáfana a lição sobre quão obtusos foram ante à sedução, e quão precioso é O Eterno que de coisas fracas faz joias, como o tempo faz diamantes de carvão.
Quando falo de igreja como embaixada do Reino dos Céus, contudo, refiro-me à genuína que será aprovada na vinda do Senhor; os fiéis entre todas as denominações.
Porque, infelizmente, muito do que se diz igreja por aí, olhando para sua atuação as potestades das trevas aprendem a ser piores do que são, pois os homens profanos conseguem a proeza de superar os demônios em maldade.
Judas alertou; “... estes, semelhantemente adormecidos, contaminam sua carne, e rejeitam a dominação; vituperam as dignidades. Mas, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, dizem mal do que não sabem; naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.” Vs 8 a 10 A peleja de dois grandes com certo respeito, malgrado, os lados diametralmente opostos.
Outros superam-nos, engajadamente negando a existência de Deus. Gastam tempo e esforços para escrever tratados ateus para a negação do óbvio; os demônios não são ateus; “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios creem, e estremecem.” Tg 2;19
Mas, diria alguém: Eles viram a Deus. Nós também, tanto quanto possível; o suficiente para crermos; “Porque Suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles (os ateus) fiquem inescusáveis;” Rom 1;20
Spurgeon disse que, se, após contemplar os céus, os astros em suas órbitas precisas, suas grandezas e as demais riquezas da criação, ainda assim, alguém se declara ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso. O salmista fez apreço semelhante, aliás: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1
Contudo, lutar contra potestades não é exorcismo; disseminam cegueira onde dominam; nosso labor, dos que creem é desfazer os conselhos da mentira pela verdade; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5
Se, conhecimento de Deus, agora, até eles aprendem observando os fiéis, uma coisa podemos que eles não podem; alinhar nosso entendimento à obediência de Cristo. Nele; só Nele pisaremos serpentes e escorpiões...
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sábado, 14 de dezembro de 2019
O tamanho da humildade
A ordem fora para testemunhar aos seus, dos feitos de Deus em seu favor; contudo, ele saiu por toda a cidade apregoando os feitos de Jesus.
O “motor” que o impulsionou a fazer mais do que o que lhe fora mandado foi a gratidão, o amor pelo que, de tão dura sina o livrara. Não havia vantagens temporais a buscar; apenas, uma excelente notícia a espalhar; isto é o Evangelho!
Uma vez que deveria testificar de Deus, e saíra fazendo-o de Jesus, teria o que fora possesso, pois, a compreensão exata da pessoa de Jesus? De que Ele É Deus? Não creio que seja assim.
Tendemos a testificar do que vemos, mais que, entender o poder que atua. Mesmo em nossos dias, se alguém recebe um milagre após a oração de um ministro qualquer, costuma sair realçando mais ao ministro, que à misericórdia Divina. No caso de O Ministro ser Jesus, como então, dava no mesmo; hoje não.
Aliás, por se arvorarem em milagreiros, que muitos patifes da praça abarrotam suntuosos templos, de incautos, como se, a Atuação Divina” dependesse da cooperação de tais “ungidos”. O Eterno não depende de nada fora de Si para fazer o que deseja.
Quando engrandeceu reis e profetas foi porque o quis, não porque tais “grandezas” trariam alguma vantagem ao Altíssimo.
Usou um anônimo para advertir Acabe sobre sua imprudência; outro para ungir Jeú como rei que deveria exterminar à casa do mesmo Acabe; uma jumenta até, para desviar ao avarento Balaão da morte...
Contudo, os grandes, Saul, Davi, Salomão, Uzias... trouxeram problemas.
Enfim, quanto menor formos em nosso nome, status, pretensão, maiores as chances de uma real utilidade pra Deus, dado que, se Ele operar por nosso intermédio fica mais fácil se notar quem operou;
Não que, O Eterno padeça caprichos humanos; dar-lhe o que é devido é justiça; “Eu sou o Senhor; este É O Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8
Às imagens, tampouco aos ministros de carne e osso que, nada podendo se ostentariam como poderosos. Geazi o avarento assistente de Eliseu tem vasta descendência entre nós.
Então, “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele. Mas vós sois Dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.” I Cor 1;27 a 31
Escrito; onde? Jeremias dissera: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender, me conhecer, que Eu Sou o Senhor; que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” Jr 9;23 e 24
Nossa glória, pois, será atuar de uma forma que agrade a Deus, pois, “A alegria do Senhor é nossa força”.
A excelência do nosso testemunho é sermos cooperadores de Deus, não como agentes de milagres, mas com um modo de vida cujo caráter transformado ilumine e deixe visível o milagre em nós operado; e o façamos de modo a deixar patente a origem da transformação; “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;15 e 16
Humildade não é sermos grandes, nem pequenos, mas sermos o melhor, onde O Senhor nos colocar; lugares altos, ou, baixos.
Muitos morrem de amores por certo prefeito capixaba que mistura-se aos operários e faz trabalhos braçais. Não duvido da sinceridade e boas intenções dele; mas, foi eleito para ser prefeito; perde-se atuando como ajudante de serviços gerais.
Humildade não se mede pelo degrau ocupado, mas, pelo estado de espírito em que servimos. “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; quem exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; quem preside, com cuidado; quem exercita misericórdia, com alegria.” Rom 12;6 a 8
domingo, 8 de dezembro de 2019
Sarados espirituais
“Senhor meu Deus, clamei a ti e Tu me saraste.” Sal 30;2
“Senhor meu Deus...” requer um relacionamento. Houve reis até, que chegaram aos profetas e pediram: “Clama ao ‘teu’ Deus.” Como disse Dario a Daniel ao lançá-lo na cova dos leões: “O teu Deus a quem continuamente serves, Ele te livrará.”
Quando alguém fala “Senhor Meu Deus” não está se dizendo proprietário de Deus, antes, servo; pretende ter com Deus um relacionamento fiel. Como O chamaria Senhor sem obediência?
Dois vícios são muito encontráveis no nosso meio. O clericalismo onde, apenas uma casta de “especializados” sabe como se procede e nas mãos desses, deve o povo comum buscar diretrizes; e a banalização irresponsável, na qual, até quem não dá a mínima para O Altíssimo e Sua Palavra se diz Dele.
“Deus é Pai não é Padrasto;” “Também sou filho de Deus”. Isso de gente, cujos passos, em nada testificam de uma filiação tão nobre.
Certos traços filiais são necessários para que a coisa se mostre veraz; “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;7 e 8
Há um meio termo saudável. Não é só para “especialistas”, nem para todos de qualquer maneira; É acessível a todos, mediante o mesmo padrão: “A todos quantos o receberam, (a Cristo) deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12
Se, o convite é abrangente; “vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos...” a condição é precisa para os que ousarem tal passo: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de mim...”
“... clamei a ti...” Muitos falam alhures sobre o “poder da fé” de uma forma diluída, como se, a mesma tivesse alguma virtude em si, invés de ser apenas um lastro para o relacionamento com quem, deveras, tudo pode.
Ora, para quem devaneia com um poder intrínseco à fé, qualquer fé serve. Em Buda, Alá, Krishna, Osíris, ETs, Gnomos, Bruxas...
A fé saudável nunca foi apresentada como tendo poder; antes, como sendo uma atitude que agrada Àquele que o tem. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6
Quando O Salvador disse: “A tua fé te salvou” não estava aludindo a suposto poder da fé; antes, referia-se à qualidade da mesma; Ele dissera: “Crede em Deus, crede também em Mim.” Desse modo, “Tua fé te salvou” porque crestes em quem te poderia salvar.
“... e Tu me saraste.” A ideia geral de sanidade atina às coisas do corpo estritamente; embora, seja bem mais ampla que isso. No livro de II Reis temos Eliseu, o profeta, derramando uma porção de sal numa fonte corrupta de Jericó e “sarando” às águas. Moisés fizera semelhante em Mara. Em resposta à oração de dedicação do templo feita por Salomão, O Eterno prometeu mediante certas condições de fé e arrependimento, ouvir desde os Céus e “sarar” à sua terra.
Alguns adeptos da errônea ideia que servos de Deus são dedetizados e jamais ficam doentes por causa da fé, torcem o sentido de Isaías, onde diz que, “Pelas Suas pisaduras fomos sarados.”
Em cima disso afirmam, como faz R. R. Soares, por exemplo, que todas as doenças são do inimigo; devemos “tomar posse da bênção” que já é nossa.
Nesse caso, o que precisa de saúde é a compreensão dele que está enferma. No contexto imediato se pode ver o tipo de enfermidade em foco; “... Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele...” Cap 53;5
Se, a “doença” era de transgressões, iniquidades e a consequência da cura foi o restabelecimento da paz com Deus, necessária se faz a interpretação que, a saúde em realce seja espiritual, não, física.
Não significa que O Senhor não cure moléstias físicas também; apenas, não é essa a prioridade. Nem sempre quer. “Minha graça te basta, pois, Meu poder aperfeiçoa-se na fraqueza.”
As enfermidades pesam; somos ditosos quando O Senhor nos socorre no tocante a elas; contudo, essas não vão além da sepultura;
Há males maiores de consequências eternas que devem ser alvo de nosso zelo, vigilância e orações; “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5
A fé saudável nunca foi apresentada como tendo poder; antes, como sendo uma atitude que agrada Àquele que o tem. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6
Quando O Salvador disse: “A tua fé te salvou” não estava aludindo a suposto poder da fé; antes, referia-se à qualidade da mesma; Ele dissera: “Crede em Deus, crede também em Mim.” Desse modo, “Tua fé te salvou” porque crestes em quem te poderia salvar.
“... e Tu me saraste.” A ideia geral de sanidade atina às coisas do corpo estritamente; embora, seja bem mais ampla que isso. No livro de II Reis temos Eliseu, o profeta, derramando uma porção de sal numa fonte corrupta de Jericó e “sarando” às águas. Moisés fizera semelhante em Mara. Em resposta à oração de dedicação do templo feita por Salomão, O Eterno prometeu mediante certas condições de fé e arrependimento, ouvir desde os Céus e “sarar” à sua terra.
Alguns adeptos da errônea ideia que servos de Deus são dedetizados e jamais ficam doentes por causa da fé, torcem o sentido de Isaías, onde diz que, “Pelas Suas pisaduras fomos sarados.”
Em cima disso afirmam, como faz R. R. Soares, por exemplo, que todas as doenças são do inimigo; devemos “tomar posse da bênção” que já é nossa.
Nesse caso, o que precisa de saúde é a compreensão dele que está enferma. No contexto imediato se pode ver o tipo de enfermidade em foco; “... Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele...” Cap 53;5
Se, a “doença” era de transgressões, iniquidades e a consequência da cura foi o restabelecimento da paz com Deus, necessária se faz a interpretação que, a saúde em realce seja espiritual, não, física.
Não significa que O Senhor não cure moléstias físicas também; apenas, não é essa a prioridade. Nem sempre quer. “Minha graça te basta, pois, Meu poder aperfeiçoa-se na fraqueza.”
As enfermidades pesam; somos ditosos quando O Senhor nos socorre no tocante a elas; contudo, essas não vão além da sepultura;
Há males maiores de consequências eternas que devem ser alvo de nosso zelo, vigilância e orações; “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5
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