domingo, 3 de agosto de 2025

O oásis


“O que torna belo o deserto é que ele esconde um poço em algum lugar.” Saint-Exupéry

Essa mistura de certeza com incerteza é uma figura majestosa da fé. Sabe-se que há uma fonte; todavia, ignora-se onde. Em algum lugar.

Quando Deus chamou ao “Pai da Fé”, Abraão, disse: “Sai-te da tua terra e dentre tua parentela para uma terra que te mostrarei.” Gn 12;1 Certeza que Deus lhe falara; incerteza quanto ao lugar para onde ir; a terra ainda lhe seria mostrada. Então, bastava crer. A fé sadia tem a Palavra de Deus como fundamento, não, o anseio humano.

Quando, desertos existenciais nos testam, junto às dificuldades temos oportunidades. A privação da vista enseja uma pista de decolagem para a asa delta da fé. “Quando estiver em trevas, não vir luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Camões disse: “A verdadeira afeição, na longa ausência se comprova”. Quando Deus “se afasta”, que melhor oportunidade de evidenciar nosso amor? Assim como as plantas demandam certo tempo do plantio à ceifa, a fé também, entre sua profissão a demonstração; “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo seus molhos.” Sal 126;5 e 6

O crente ruma ao devir confiado numa promessa; o descrente, em sua covardia fugaz, mira aos idos, como se fossem melhores. “Quem dera ter ficado no Egito, invés de morrer no deserto.” Seus olhos adoecidos pela incredulidade, enxergam a morte, invés da bênção.

A peregrinação confiante é o contraponto da fé, à Integridade Divina. “Aos que Me honram honrarei...” I Sam 2;30 “Porque sem fé é impossível agradar a Deus...” Heb 11;6

Alguns, infelizmente, confundem desejo com fé. Ora, arder em demanda de algo que pensamos necessitar pode ensejar miragens, como nalguns peregrinos sedentos. A fé sadia é, antes, uma confiança em algo prometido, mais que um anelo por um bem, desejado. Os falsos profetas são hábeis em excitar anseios carnais; colocar o cumprimento na conta da fé, como se, O Médico dos Médicos fosse responsável pelas enfermidades, das quais, esses não desejam ser curados.

A fé sadia, invés de um leque infinito de possibilidades, foi dada como uma “fonte” pela qual caminhar; digo, uma promessa precisa na qual confiar. “Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Quem espera coisas diferentes do prometido, escolhe de antemão, o caminho da decepção; porque, anda patrocinado pelas próprias vontades, invés da direção Divina. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha, dirigir seus passos.” Jr 10;23

Salomão expõe a razão: “Há caminhos que ao homem parecem direitos; mas no fim, são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Pois, se a fé tem um quê de incerteza, quanto ao quando, e ao onde, traz contornos precisos relativos ao, “o quê?” Nossa espera deve se firmar naquilo que nos foi prometido; “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, (a promessa e o juramento Divinos) tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;” Heb 6;18

Ou, esperar pelo que nos foi prometido. Invés de aceitação, aplausos, renome, esses ouros de tolos, que satisfazem garimpeiros insensatos, devemos estar de sobreaviso quanto a aflições, perseguições, dado que, somos cidadãos dos Céus, e o mundo “jaz no maligno.” Por estarmos em terra estranha, como estranhos seremos tratados.

“Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo, disserem todo o mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;11 e 12

Paulo, a duras penas aprendeu isso; adaptado ao deserto necessário, asseverou: “Por isso sinto prazer nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12;10

Aquele que, nas suas fraquezas continua firmado na Divina Integridade, no devido tempo será livre delas, quando os frutos da sua fé forem achados maduros. A muitos custa a vida; mas, faz parte da fé iluminada, saber onde esperam as recompensas; afinal, “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Para outros inda nessa vida seus desertos são transformados de modo miraculoso; “A terra seca se tornará em lagos, a terra sedenta em mananciais de águas...” Is 35;7 Pouco importa onde a fonte está; quem caminha com O Senhor, chegará lá.

A invasão da luz


“Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos; o véu com que todas as nações se cobrem.” Is 25;7

Basta lermos o contexto imediato, para entender que isso alude à vinda do Messias, O Salvador. Salta aos olhos Seu aspecto universal; malgrado, viesse como “Filho de Davi”, alcançaria “todos os povos... todas as nações”.

O Salvador desnudaria todos, rasgaria o véu; tornaria inúteis seus pretensos esconderijos; quais?

São inúmeros os “esconderijos” do homem sem Deus. Tende o ser humano a absolutizar o próprio umbigo. Valorar às coisas segundo suas predileções, e as considerar valores universais. Os gregos tinham seus múltiplos deuses; os romanos, idem; povos mais remotos também, todos oriundos de humanas superstições.

Considerar todas essas crendices como vãs, inócuas, quase que soaria uma ofensa para os que nelas confiavam. Paulo considerou os cultos dos gregos antes de Cristo, como “tempos da ignorância.” Atos 17;30 Pois, O Salvador não se impressionara com possíveis melindres; antes, fora cirúrgico acerca do Seu exclusivismo: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Uma declaração assim, é como rasgar todos os véus, lançando-os na vala comum da inutilidade.

Isaías pontuou, quanto aos deuses de humana feitura: “Eis que sois menos do que nada, a vossa obra é menos que nada; abominação é quem vos escolhe... todos são vaidade; suas obras não são coisa alguma; suas imagens de fundição são vento e confusão.” Is 41;24 e 29

No capítulo seguinte, contrapondo-o aos ídolos mortos, retomou o assunto do Messias; “Eis aqui o Meu Servo, a quem sustenho, Meu Eleito, em quem se apraz Minha Alma; pus Meu Espírito sobre Ele; Ele trará justiça aos gentios.” Cap 42;1

Apesar de Majestoso, seria humilde; “Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir Sua voz na praça. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com verdade trará justiça. Não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra a justiça; e as ilhas aguardarão Sua Lei.” Vs 2 a 4 De novo, Sua universalidade. Nosso país, no contexto de então, era uma gigantesca “ilha” desconhecida.

Adiante, nas minúcias do Seu agir encontramos um detalhe que ajuda a entender a natureza do “véu” global que Ele rasgaria; “Para abrir os olhos dos cegos, tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas.” V 7

Véu era uma metáfora usada pelo profeta; cegueira espiritual, o vero problema que aprisionava aos povos todos. Assim, quando nosso entendimento das coisas espirituais, finalmente floresce, é como se uma cobertura que detinha a luz fosse removida.

Todavia, essa remoção nem sempre é pacífica. Os que estão “confortáveis” no escuro, reagirão quais vampiros ao nascer do sol. Presto fugirão, rumo aos seus nichos favoritos ainda não “invadidos.”

Correrão da salvação ao encontro da condenação, por preferirem o confortável ao salutar; “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19 Quando o mal é o “bem” de alguém, como poderá ser salvo?

Quem supõe que seja possível uma conversão sem dor, sem aflições pela renúncia de coisas que pareciam caras, devaneia com a possibilidade de fogo sem calor, água sem umidade. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” Luc 9;23

Por isso essa geração melindrosa, que valora quase tudo pelos sentimentos, sem a ousadia necessária para o vero aprofundamento espiritual, é tão refratária à Palavra da Vida. À medida que o tempo passa, o percentual de pessoas que se rendem a Cristo diminui; concorre ainda, a nefasta falsificação do Evangelho, numa deletéria “esperteza” dos que se importam mais com movimento que, com renascimento.

Os coachs motivacionais, têm auditórios lotados onde exibem seus talentos de encantadores de serpentes. Os veros mensageiros da verdade, em muitos lugares são rejeitados, pelo desconforto que ensejam, e os pífios resultados numéricos que alcançam.

Falsificando a mensagem da vida, acendem seus fogos fátuos, sob a cobertura dos amantes de prazeres insanos, invés de rasgar o véu do engano, com incisões precisas da Espada do Espírito.

Quem, tendo ouvido acerca da Luz, ainda oferece à oposição alguma “cabeça-de-ponte”, de incredulidade, presto o canhoto ancorará em tais almas, trazendo novo véu, para que não sofram com a “ameaça” da luz. “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Salvação é para corajosos que têm ousadia de ser santos diante de todos, como marketing de Cristo; e onde ninguém vê, como amigos Dele.

sábado, 2 de agosto de 2025

Brasil colônia


Há um ditado que versa: “Quem muito vai ao mercado de peixes, acaba acostumando-se ao mau cheiro.”

Dá um misto de tristeza com vergonha alheia, contemplar o Saara moral do nosso país nas mãos dos esquerdopatas. Tanta gente inda jovem com crânios desabitados.

Como cavalgaduras, cujo único som que podem produzir além da cadência dos cascos é alguns zurros e relinchos, esses lobotomizados se mostram incapazes dum pensamento crítico, avessos à honestidade intelectual, dóceis à reverberação das falácias ditadas pelos seus donos. Sim, têm donos, não, representantes.

Só por isso, pelo sequestro das almas duma geração, lançando-as no caldeirão ideológico imbecilizante, e castrando-as do senso crítico, já deveriam ser rigorosamente punidos.

Pouco importa a esses mentecaptos que quase tudo que usamos, GPS, Internet, telefonia, venha dos States;

que os filhos dos canhotos ricos que roubam fortunas escudados nos rebanhos de idiotas úteis, estudem por lá; que os próceres da canalhice tenham grandes propriedades lá; se, interessa aos instintos de preservação da sua colônia de consciências, fartamente irrigada pelos caudalosos rios da corrupção, então, como aos islâmicos radicais, o Tio Sam é o “Grande Satã”.

Mesmo que as sanções pleiteiem pelo restabelecimento da liberdade, fim das perseguições políticas, presto os arautos da mentira, fazem parecer que é mera questão comercial; “Tarifaço.” Patifes!!

Também não ligam para o fato que, Eduardo Bolsonaro fugiu, justamente para não ser preso sem crimes, como fizeram com seu pai. Trata-se de um “Fugitivo, traidor do Brasil”. Bestas da base relincham em coro com as bestas mores.

Não contentes com essa mentira, conclamam suas vítimas a defendê-los. Até patifes que estavam contentes bebendo na zona, saem à luz, como José Dirceu, pedindo a união dos Brasileiros, em defesa da “Soberania Nacional”. Mais um pilantra que deveria estar preso.

“O Brasil é dos brasileiros”, ensinam o que seus papagaios devem gritar. Pois, manhã, milhões de brasileiros irão às ruas dizendo o que querem. “Fora Moraes, fora Lula!” serão os motes. Então veremos se eles concordam mesmo, que o Brasil é dos brasileiros. Sabemos da falácia.

Há um dossiê com mais de 400 vezes que Alexandre de Morais cometeu irregularidades, inconstitucionalidades, crimes, basta pesquisar na NET. “Dossiê Moraes”. Alguém se incomoda com isso? Não! Vivemos “plena democracia”.

“Saímos do mapa da fome” inclusive; dito por um comunista chinês, amigo do Lula que preside a FAO. Não importa que tenhamos dívidas quase impagáveis, corrupção a não mais poder. Se, amigos do ladrão garantem que melhoramos, deve ser verdade. Que vergonha!! Gente que respeitei um dia, hoje me causa asco.

Não venham com essa balela de bolsonarismo versus lulismo! Trata-se de mentira versus verdade; de democracia versus ditadura. Quem recusa a admitir isso, nem perca tempo comigo e continue pastando.

Não nos cabe essa redução fanática como pretendem os defensores de corruptolândia. Estão em jogo, valores como liberdade, de escolha, expressão, família, Pátria. Se Bolsonaro representa a esses valores mais que outrem, é mérito dele, não, fanatismo dos que o apoiam.

No reino das falácias, o bêbado mor acostumou a bravatear sobre tudo; pois, como um ancião adoecido e marcado pelo tempo, ele tem quem lhes troque as fraldas, equilibre o andador e finja que governa. Porém, as questões internacionais que não estão geridas pelos “companheiros” como Venezuela, Cuba, Irã, Rússia e Coréia do Norte, apenas, bravatas, jabuticabas e truco, não resolvem.

Para lidar com isso com probidade seria necessária uma estatura cívica, um preparo intelectual, e uma idoneidade moral que os pigmeus que lideram a quadrilha desconhecem. Assim, a escalada do conflito acaba inevitável.

Continuarão tentando colocar suas culpas inumeráveis, na conta de Bolsonaro, Eduardo, Allan dos Santos, Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e outros que se atrevam a pensar por si, sem medo do martelo e da foice.

Se não tivesse essa “Pedra” no caminho, como diria Drummond, só o “Maduro” ou quem ele indicasse venceria eleições em Brazuela.

Seríamos todos “livres” para engolir o choro, ou dizer, sim senhor! Essa gente desconhece limites, nunca soube o que é vergonha e tem raiva de quem defende honestidade.

A verdade e os canhotos são com água e óleo. Podem ser postos no mesmo recipiente; todavia, se misturar é impossível.

Pela primeira vez, o STF se mostrou dividido, o que é um alentador indício que a Moraescracia começa a ruir.

Imagens estão vindo a público e testemunhos também. Quando ficar bem claro aos olhos de todos quem fez a nojeira do 8 de janeiro, seja punido com as sentenças com as quais eles ameaçam aos “golpistas”. Sejam julgados segundo as suas palavras. 

Por enquanto, inda temos um ladrão condenado fingindo governar, e um homem honesto portando uma tornozeleira como se fosse perigoso bandido. Mas, os pingos reencontrarão seus is.

Íntimo vigia


“O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me. Eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, Ele nos dirá: Então por que não crestes? Se, porém, dissermos: Dos homens, tememos o povo. Porque todos sustentavam que João verdadeiramente era profeta.” Mc 11;30 a 32

Os religiosos queriam saber sobre a fonte da Autoridade de Jesus. Ele condicionou Sua resposta a que eles respondessem algo antes. Qual a origem do batismo de João?

Eles sequer se preocupavam em ter opinião sobre isso. Apenas, sabiam bem as implicações de ambas as respostas possíveis. Como em nenhuma delas eles ficariam “bem na foto”, preferiram bancar os desentendidos.

“... não sabemos.” V 33
dada a desonestidade intelectual manifesta, O Salvador julgou que não lhes devia resposta nenhuma. “Também Eu vos não direi com que autoridade faço estas coisas.” Quem não jogar limpo diante de Deus, não espere Dele respostas, quando orar.

Esse incidente pinta um retrato fiel da velhacaria humana, patrocinadora da astúcia. Invés do amor pela verdade, o consórcio rasteiro com interesses. Invés de perguntas com desejo de saber, questões capciosas com nuances de armadilha visando dobrar o oponente, apenas. Muitos que pintam seus óbices alhures fugindo da fé, a rigor, usam as mesmas máscaras até hoje. Se escondem atrás de palavras calculadas para esse fim.

O Criador colocou um vigilante interno em cada ser humano, chamado, consciência. A morte espiritual que puniu ao primeiro casal e passou a toda a descendência, ensejou que as vontades da alma, sobrepujassem as do espírito; essas, falam nas consciências, não nos sentidos, como as daquela.

Assim, o homem caído deixou de ser espiritual, e passou a ser instintivo, semelhante aos animais. Invés de luz e verdade, meros instintos o norteiam. Salomão ensina: “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como animais.” Ecl 3;18

A parceria dos instintos com o pecado, forjou uma aversão às coisas espirituais, pela alienação ao Criador desde a queda; a “morte” do espírito. Quedou impotente porque separado do Eterno; a consciência acabou cauterizada pela falta de uso e a carne assumiu o comando.

Assim toda sorte de desobediências, perversões são esperáveis, dada a índole do homem alienado da luz espiritual. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Não pode. Por isso, quando O Evangelho da Graça é pregado, concomitante, O Espírito Santo atua para iluminar aos que ouvem, e convencer de que o precisam. Caso se deixem persuadir, ao ponto do arrependimento e conversão, receberão o novo nascimento, sem o qual ninguém entrará no Reino de Deus. “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

A primeira coisa que herdam os convertidos é poder espiritual suficiente, para se comportarem conforme a nova posição. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

A consciência, agora, vivificada recebe o vigor original de volta; o vigilante interior reassume seu posto. O homem natural só se preocupa com os “vigilantes” externos; se nenhum deles estiver vendo, faz qualquer coisa ansiada pelos seus animalescos motivos.

Os hipócritas são os que, fingem se reportar ao vigia interno em seus discursos com camuflagens espirituais, embora, apenas encenem aos olhos de quem os rodeia.

Paulo advertiu do risco de negligenciarmos à voz da consciência: “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, naufragaram na fé.” I Tim 1;19

Não significa que os que tiveram a consciência vivificada atuem plenamente segundo os ditames dela. É necessário conservá-la; ou, andar em espírito.

Aumenta com a conversão nossa luz interior. Aquilo que fazíamos naturalmente antes de Cristo, relutamos e ouvimos uma voz íntima que desaconselha.

Como os que altercavam com O Salvador, preferiram a desonestidade intelectual a ceder ante a verdade, corremos risco semelhante.

Mesmo alguém convertido, ainda imaturo pode dar mais valor aos “vigilantes” externos, que ao homem interior. A maturidade espiritual enseja que atuemos segundo nossas consciências, a despeito do que pensam aqueles que, eventualmente, nos rodeiam.

São os valores do Reino, mais preciosos que apreços humanos; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto, o mal.” Heb 5;14

Embora, horizontalmente o aplauso terreno signifique algo, aos olhos dos Céus, enseja vaias; “... Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

No barco de Pedro


“... saindo dali, chorou amargamente.” Mat 26;75

Pedro prometera jamais negar ao Senhor, mesmo que fosse necessário morrer com Ele; após negá-lo pela terceira vez, como O Salvador prevenira que aconteceria até o cantar do galo, enfim, o infeliz discípulo teve que lidar com uma realidade que desconhecia; a intensidade da miséria humana.

Não há razão para duvidar que a disposição de ser fiel, acontecesse o que acontecesse, era sincera. Sinceridade pode refletir corretamente uma intenção, mas é inócua para levar essa a se tornar uma ação. “De boas intenções o inferno está cheio.”

Facilmente o adjetivamos como falastrão, presunçoso, sem noção. Mas, quem de nós, jamais se comprometeu a alguma coisa num momento de euforia, passado esse, o compromisso se revelou difícil, e negligenciamos em cumpri-lo? Estamos no barco de Pedro.

Por ser mui falaz, extrovertido, ficou mais visível sua falha; todavia, se observarmos atentamente o texto, os demais também prometeram fidelidade. “Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.” Mat 26;35

O que diferenciou Pedro foi que ele se apressou a prometer algo que, desconhecia que era incapaz de cumprir. Sua bravata foi mais notória que os demais, e seu fracasso também; pois, foi cercado de testemunhas, dado que, ficou nas imediações de onde O Senhor estava preso. Os demais, exceto João, foram para mais distante.

Assim, parecia que ele estava desqualificado, banido do colégio de discípulos; como se, tivesse se tornado mais pecador que os demais. Sabendo disso, Anjo do Senhor disse às mulheres junto ao sepulcro: “Mas ide, dizei aos Seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galileia; ali O vereis, como Ele vos disse.” Mc 16;6

“E a Pedro”. O discípulo foi citado nominalmente, não porque fosse “Papa” como ensina o catolicismo; antes, para que, sua vergonha por ter fracassado de modo tão evidente, não fosse um motivo de exclusão. Como se, O Salvador dissesse: “Apesar de tudo, Pedro ainda está nos Meus planos, levem-no convosco para a Galileia.”

Quando apareceu O Senhor, aos discípulos junto ao mar, em plena pescaria, deu a Pedro a oportunidade de entender como se expressa o vero amor. “Pedro, tu Me amas?” Três vezes essa pergunta se repetiu, e à resposta afirmativa, o Senhor acrescentou: “Apascenta minhas ovelhas”.

Quando o chamara, O Salvador prometera que o faria “pescador de almas”, mas ele voltara aos peixes de sempre. Quem pretende amar ao Senhor, carece demonstrar isso, mediante atitudes, não através de bravatas. 

Quantas vezes nos ocupamos estritamente das nossas coisas sabendo que Jesus nos chama a fazermos as Suas? Eis-nos, de novo, pescando com Pedro!

Enquanto nossa “ficha” não cair, de modo a produzir um amargo choro de arrependimento, cada um de nós tenderá a presumir ser, muito melhor do que é. Sempre que fazemos as coisas à nossa errônea maneira, mesmo conhecendo a vontade do Senhor, “mutatis mutandis” estamos negando a Ele.

Na verdade, há amargos medicinais preciosos, sobretudo, em relação a certos males estomacais. O vero arrependimento é um remédio assim, que apesar do amargor que enseja, logra infundir em nossas almas a prudência e a gravidade necessárias, para vivermos diante do Santo de modo probo.

O “arrependimento” que apenas nos desconforta, tipo, “foi mal”, depois, seguimos de mãos dadas com o mesmo mal, é uma postura infantil, como a de crianças que se recusam beber infusões amargas.

A postura que me limita apenas para fazer boa figura ante os demais, e não me transforma segundo os valores do Eterno, é teatro, hipocrisia. O vero arrependimento requer uma mudança de atitudes consoante com ele. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Nossa visão desfocada enxerga mui longe; Judas, o que trai; Tomé, o que duvida; Pedro, o que nega. Contudo, cada um de nós faz essas coisas. “Reconhecemos um louco sempre que o vemos; nunca, quando o somos.”

Alguns fazem das suas “lunetas” um ministério. Passam todo o tempo combatendo ao “sistema”, aos “religiosos”, a certas doutrinas que discordam... não raro, essa “argúcia” que pretende ver os males alhures, deriva de uma fuga dos males com os quais dormem.

Muita preocupação em denunciar erros alheios faz tanto barulho, que alguns nem escutam quando o “galo canta.” A maioria carece se arrepender de seus “arrependimentos”, e finalmente levar o Santo a sério.

Pedro não podia fazer o que queria; depois do Espírito Santo passou a poder e honrou ao Senhor com bravura. Fomos capacitados a isso também. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

quarta-feira, 30 de julho de 2025

A tempestade necessária


“Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados.” Sal 12;8

Quando patifes estão no poder, sem se sentir ameaçados, a choldra se esbalda; a algazarra dos corruptos em sua plenitude, abafa sobejamente aos gemidos dos injustiçados. Quem discorda do modo patife de ser, é desterrado das plagas dos seus direitos.

Rasgam a constituição, ignoram às leis mais cristalinas, fazem pó das cláusulas pétreas, e tudo bem; ai de quem discordar. As leis têm força de titãs contra desafetos, e músculos de faquires, para defesa dos injustiçados.

No arroubo destemido dessa tsunami corrupta e ideológica, nenhum valor pátrio se sustenta diante dos “defensores da democracia.” Deputados acabam presos por “crime de opinião”, jornalistas banidos, censurados, por opinar contra o crime.

Tudo normal; a imprensa, velha prostituta, jura que “ainda dá um cardo”, vende-se na sua impudicícia à luz do dia. Quem deveria frear-se aos limites das leis, possui uma caneta aríete que derruba os portões inconvenientes. Nada os poderia deter; exceto, talvez, a força.

Inocentes são jugados e culpados pelos crimes que eles cometem; não são tão inocentes assim; afinal, deveriam ter reverenciado aos ladrões e fraudadores, e abaixado as cristas.

Tudo ia tão bem em patifópolis, até que começou a ir mal. Do nada, de terras estranhas, apenas porque o patife mor embriagado com seu poder ilimitado, resolveu cagar além-fronteiras, o soberano de lá magoou e decidiu acabar com a putaria de cá. Pesadas sanções foram aplicadas e outras maiores espreitam, esperando que eles voltem atrás.

Num passe, os que interferem em toda a América Latina, a quadrilha que pretende furtar e vermelhar tudo, redescobriu o patriotismo. Veementes gritos por soberania eclodiram. Ora, numa democracia, não é o povo soberano, e as leis o limite comum? Sim. Mas, patifópolis deixou de ser democracia, graças aos “defensores” dela.

De repente, os que se esbaldavam na penumbra alheios aos holofotes começaram a sair das tocas. O vampiro Temer abriu seu caixão e passou a defender seu estoque de sangue camuflando seu intento, de conciliação; José Dirceu deixou do sarcófago, e infectado por um vírus oportunista de nacionalismo conclamou à união; suas orgias pagas pelo Erário precisam continuar; porém, o defende de outro modo.

Senadores americanos alinhados ao sistema globalista e corruto que domina por lá, passaram a acusar Trump de “Abuso de poder econômico”. Canalhas!

Até a ONU que atuou tão eficaz na pandemia, deu pitacos. Apesar de estarmos devendo tanto que, nem em duas décadas de gestão hábil e proba, se poderá fechar o rombo dos gafanhotos que tomaram o país; apesar dos ladrões estarem furtando até aos aposentados e aos que recebem assistencialismo mínimo assegura que, o país vive seu melhor momento. Saímos do mapa da fome.

Que importa que os armários estão vazios; que os nordestinos foram privados dos benefícios da transposição do São Francisco? A ONU diz que estamos bem, então, estamos.

As amebas da base presto se esforçam em ampliar às narrativas fajutas dos seus donos como se, esse conto de vampiros fosse a realidade. Os que nada podem ver, deveriam calar as bocas. Seus donos os chamam de idiotas úteis; os poucos que podem, deveriam ser presos, porque são cúmplices.

Todos os “abusos” que o Trump cometer, do poder econômico, bélico, político, ainda serão medicinais ante essa corja que abusou sistematicamente do seu povo, fraudando, censurando roubando a não mais poder. Dá-lhe Trump!! Quebra tudo! Aqui dentro não há mais nenhuma instituição funcionando. Dentro da lei, da ordem não se restaura mais nada.

Claro que o preço será alto. Mas ainda barato, ante a alternativa de nos tornar uma China, sem liberdade, propriedade dum partido, a rigor, uma quadrilha.

Houve três golpes em sequência. Roubaram a eleição não permitindo a contagem dos votos; fizeram uma quebradeira em prédios públicos com patifezinhos infiltrados disfarçados de patriotas; por último, esconderam as imagens que mostram que deveras fez a patifaria e jogaram tudo na conta do Bolsonaro.

Tio Sam está sabendo de tudo. Claro que tem interesses comerciais por aqui. É nosso maior parceiro há décadas. Embora a gritaria dos que sentem seu império de corrupção ruir, tudo o que o Trump fizer contra eles será pequeno, à luz do que fizeram contra seus concidadãos.

O simples fato dos patifes que se esbaldavam no escuro terem voltado à luz, evidencia de modo bem didático em defesa do quê, estão crocitando.

Trump não é Deus, nem Bolsonaro um Messias; mas são anos-luz mais decentes que aqueles que falam contra eles.

O Eterno fará ouvidos moucos às orações dos que semearam ventos e clamam por brisas. “... o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos...” Sal 125;3

terça-feira, 29 de julho de 2025

Destruíram minha fé


“Em um universo com bilhões de galáxias, e incontáveis planetas, o único lugar onde deuses existem é dentro do cérebro humano.”

Legenda de uma postagem com uma foto espacial, repleta de tudo o que foi captável numa imagem, duma página chamada, “Destruindo a Matrix Religiosa.”

Se meu pequeno cérebro habitado por “deuses” não me engana, a existência de planetas, asteroides meteoros, galáxias... seria uma “prova” da inexistência do Criador. Afinal, nenhum argumento foi exposto; apenas a imagem e uma “fé” que nega Deus, sem uma evidência sequer.

Heráclito dizia: “Quando dois sistemas filosóficos disputarem, a nenhum se reserva o direito de dizer, minha visão é certa, portanto, a sua está errada; pois, o oponente poderia fazer o mesmo arrastando a peleja ao infinito. O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo.” Tanto ateus poderiam dizer: “Não há Deus”; quanto os crentes: “Deus existe.” Cada um deve ancorar seu postulado em evidências, não, em fé. Segundo o sábio conselho do pensador de Éfeso.

Uma evidência positiva é milhares de vezes mais fácil de encontrar, que a negativa. Por exemplo: Duas marcas de pés molhados sobre uma rocha na praia bastam para provar que uma ave esteve ali pousada há poucos instantes; porém, para alguém afirmar que jamais, uma ave pousou sobre tal pedra, esse alguém careceria, como avalista, ter estado de olho nela em todo o tempo, por toda a eternidade, para fazer com segurança, uma afirmação assim. Desse modo, um homem precisaria ser Deus, para “provar” que Deus não existe.

As obras criadas são evidências eloquentes da existência, Sabedoria e Poder, do Criador; o que inclui a vastidão dos céus. “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos.” Sal 19;1 “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

A palavra do Criador, de certa forma corrobora com a frase em apreço. Digo, se o lugar onde Deus existe é no cérebro humano, onde o cérebro inexiste, dada a atrofia pela falta de uso, Deus não existe também. Versa A Escritura: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.” Sal 14;1 Um néscio não tem cérebro; pelo menos, funcional. Aos irracionais bastam três coisas; comer, beber e procriar.

Olhar a imensidão dos Céus com tudo o que nela há e “concluir” que isso é uma prova da inexistência do Eterno, é provar a inexistência de honestidade intelectual e neurônios ao mesmo tempo. 

Spurgeon afirmou: “Deus está na vastidão acima de nós; sua bandeira estelar mostra que o Rei encontra-se em casa e levanta Seu escudo para que os ateus vejam como Ele menospreza suas acusações. Aquele que após olhar para o firmamento se apresenta como um ateu, está ao mesmo tempo se declarando um idiota e mentiroso.”

Imagino que a melhor “evidência” dos ateus seja o fato de Deus ser invisível. Bem, alguém já viu amor, nostalgia, saudade, otimismo, alma... ou, por serem invisíveis, coisas assim não existem?

A mais eloquente evidência de deserto neuronal nesses, todavia, é a pretensão de “Destruir À Matrix” com essas armas.

Infelizmente está na moda, chamar ditadura de democracia; tirania de Estado de Direito; narrativas fajutas de fatos, etc. As falas desconexas com a realidade mostram apenas isso; a desconexão dos intelectualmente castrados, a abjeção dos moralmente desprovidos, e a cegueira dos espiritualmente mortos.

O Todo Poderoso não depende de nossa aceitação para existir, tampouco, de nosso aplauso, para encontrar sentido na Sua Santa e Eterna Existência. Ele É.

Porém, se os criticados desse ensaio querem “destruir à Matrix”, segundo dizem, e essa está nos nossos cérebros, ao menos têm um quê de coerência. Sabem bem o que a privação de massa cinzenta pode ensejar.

Deus, embora seja inteligível e satisfaça nosso desejo de conhecimento e compreensão lógica, não se revela ao cérebro, estritamente. Antes, recria o espírito humano morto desde a queda; nele sela a luz da Sua Revelação.

Afinal, “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21 “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte que eles.” I Cor 1;21 e 25

Os mentecaptos acreditam poder colocar O Altíssimo fora de combate com dois ou três zurros desconexos. Um ancestral bem remoto deles, nos dias de Balaão, ouviu a Deus e falou... mas os tempos são outros, até os jumentos pioraram.