terça-feira, 27 de julho de 2021

Condenados a escolher


“Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que quiser ir contigo a Jerusalém, vá.” Ed 7;13

O rei persa decretava liberdade de escolha aos filhos de Israel; “... todo aquele... que quiser ir contigo ... vá.” Maravilhosa providência Divina!

O Eterno não deseja obediência forçada. Então, inspirou ao rei persa para que fizesse assim.
Só voltaria para casa quem desejasse.

Já ouvi queixas, meio que culpando ao Senhor, por ter posto certa árvore que possibilitava a desobediência no jardim. Se aquela não existisse não haveria queda, concluem. 

Cabe-nos, então, a pergunta que Ele fez: “Porventura tornarás tu vão o Meu Juízo; ou, tu Me condenarás, para te justificares?” Jó 40;8 Muitos parecem fazer exatamente isso.

Nesse raciocínio, bastaria “eliminarmos” Deus e nada seria proibido; nós O Condenaríamos a desaparecer, para que tudo fosse lícito, permitido.

Isso tentaram em impérios comunistas pretéritos, e ainda tentam na China e satélites, pervertendo o teor ou extinguindo a possibilidade de crença.

Como as rédeas soltas culminariam na lei do mais forte, na barbárie, algo precisaria ser colocado como figura de autoridade no lugar “vago” de Deus.

Outro dia o embaixador da China por aqui ridicularizou a fé do nosso presidente dizendo que Deus é o povo. Parece um discurso libertário; mas lá, o Estado pensa ser Deus, o comunismo a única doutrina “certa”; o povo não passa de gado, ao qual, “Deus” diz o que pode ou não, fazer.

Quantos filhos podem ter, se podem estudar, viajar, ou coisas assim; tudo depende da “Vontade de Deus” que monitora o gado mediante meios tecnológicos. Sonho antigo da esquerda é fazer o mesmo aqui.

Acontece que tudo que está criado o foi pelo Todo Poderoso; se, queremos usufruir da vida, nada mais justo que o seja nos termos Dele.

Por não ter criado robôs, antes, amar a liberdade, Ele nos “condenou” a fazermos escolhas e arcarmos com as consequências. “Céus e terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

Mas, diria alguém, não haveria risco de nossas escolhas serem contra Ele? A maioria são; Ele sempre soube. No vaticínio de tomarmos uma decisão no tocante a Cristo avisou que seria rejeitado, vendido; “... ‘Se parece bem aos vossos olhos’, dai-me o meu salário; se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata.” Zac 11;12

O Senhor Onisciente não é surpreendido; pelo prazer que sente na minoria que corresponde ao Seu Amor, suporta longânime às blasfêmias dos “vasos da ira”; Ele escolheu assim.

Alguns traidores de si mesmos agem como se, mantendo “distância segura” de Deus e Sua Palavra, passassem por inocentes, ignorando que isso é já uma escolha, como denunciou O Mestre: “Quem crê Nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no Nome do Unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;18 e 19

Não foi porque não viram à salvação que Ele trouxe; antes, porque recusaram pagar o preço de renúncia necessário. “Amaram mais às trevas que a luz...”

Em quantos ambientes “Cristãos” a Palavra Dele incomoda? A “boa” convivência requer doses de hipocrisia?

Alguém já disse como se estivesse nadando em águas profundas que se Cristo vivesse hoje não seria “Cristão”. Ora, isso é lugar comum, a perfeição ser maior que a imperfeição. Além disso, “produtos” com alto índice de aceitação, são mais facilmente falsificados que outros. Ele É A Verdade; não a falsidade.

Ele condicionou a libertação a permanecer em Suas Palavras; os que as rejeitam quando essas são retamente interpretadas fazem uma escolha também; a natural é segundo a carne; a espiritual segundo Cristo; ambas terão consequências eternas quando, já não restarão escolhas; “... tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Pois, O Seu Amor Paterno É grande, mas não interfere no fato de que ama à justiça também; assim, mesmo não desejando, e olhando estupefato, não muda as consequências para os que tomam os caminhos da morte. “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?” Ez 33;11

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