quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

As prostitutas de Brasília

Por isso foram retiradas as chuvas, não houve chuva serôdia; mas, tu tens a fronte de prostituta, não queres ter vergonha.” Jr 3; 3

A privação do povo de Israel das chuvas na devida estação deveria ser entendida como sinal da contrariedade de Deus; a investigação dos motivos fatalmente culminaria na admissão da culpa, contrição, vergonha. Contudo,- disse o profeta – eles tinham fronte de prostituta, incapazes de sentir vergonha.

O que nos torna capazes disso? Não é o, não atingir, determinada meta, estritamente, antes, a certeza que atingi-la é nosso dever. Precisamos estar impregnados, mediante costumes, valores, de determinado modo de agir, que, nos seja espontâneo, natural. Qualquer estágio aquém enseja certo pejo, sentimento de culpa, por termos menosprezado coisas que mereceriam melhor apreço.

A prostituta foi tomada como exemplo de sem vergonha, porque, as demandas de sua “profissão” não combinam com a postura socialmente estabelecida, no que tange à figura da mulher. De tanto praticar certos atos, a coisa se lhe torna corriqueira, normal.

Se, esse apreço vale no prisma das ações, não é diferente nos valores que as motivam. Um homem de bom princípios, se, apanhado num momento de fraqueza defendendo coisas que não se coadunam à sua linha de caráter geral, seu primeiro sentimento, uma vez flagrado, será a vergonha. Digamos que, inadvertidamente contou uma mentira, circunstancialmente conveniente; descoberto, corará a face, pedirá perdão, assumirá seu erro.

Um mentiroso contumaz, porém, digo, que faz da mentira seu modo de vida, estará livre de todos esses incômodos psicológicos provenientes de eventual flagra. Com a maior naturalidade contará outra mentira para se “justificar” quando não, atacará a honra de quem o flagrou, usando calúnias, mentiras, que, mais que atentarem contra fatos o fazem contra a moral, a probidade de alguém.

Se alguém está pensando no PT, leu meus pensamentos. Eles têm o poder como meta, discursos e fisiologismo corrupto como meio, a mentira como advogada de defesa. Podemos elencar uma centena de mentiras gerada por eles, coisa bem fácil, aliás, invés de gerar vergonha, “mea culpa”, contrição, com a galhardia de um príncipe inglês em desfile oficial, contarão novas patranhas para se justificarem, ou, atribuirão nossa diatribe a pretensos laços com partidos de oposição, “direita” “elites” “burguesia” e outros demônios menores que povoam seu inferno ideológico.

A coisa é de tal monta que, chega a dar preguiça. Basta pegar uma frase qualquer que um deles disser, e, estará lá, seu bebê favorito, umbigo cortado, amarrado, e devidamente amamentado, a mentira.

Pessoas de destaque, como Luís Fernando Veríssimo, Chico Buarque, Gilberto Gil, Frei Beto, etc. também, quando deixam os afazeres e se ocupam de defender o “socialismo” da riqueza alheia, descomprometem-se com decoro, verdade, e naturalmente mostram a bunda ao colocarem as cabeças no “devido” nível, ao rés do chão.

A favorita da vez, além do “golpe”, claro, é fazer parecer que o impeachment é um desejo do Eduardo Cunha, que, estando em cagados lençóis, não tem moral nenhuma. A verdade é que recusara mais de trinta pedidos antes, pois, havia um acordo mútuo de sobrevivência onde defenderia Dilma e seria defendido pelos Petistas no Conselho de Ética.

Como os três deputados canhotos, de repente, tiveram uma crise ética e “traíram” Lula, ( meu cavalo sabe que ele fingiu defender Dilma porque ela sabe demais, mas quer que caia para sobrevivência do PT e sua sonhada candidatura; assim, manipula-a, bem como, os imbecis úteis do PT; ele e a cúpula traem toda a gama de filiados ) então, o Cunha se viu abandonado e abandonou o trato feito; pelas razões tortas fez a coisa certa, simples assim.

Porém, a cereja na torta dos mentirosos profissionais saiu dos lábios da “presidenta”; Ela disse que querem derrubar seu governo porque implantou o maior programa habitacional da história. Cáspita!

Queremos sua saída por causa do maior estelionato eleitoral da história; por causa das “pedaladas” que gestaram o maior rombo de todos os tempos, por causa do dinheiro de origem corrupta em sua campanha, etc. Quando esses canalhas terão o menor compromisso com a verdade?

A efetivação do impedimento demanda a aprovação de dois terços dos congressistas, e lá é o foro devido para se defender ou acusar conforme a motivação de cada um. Provem, pois, mediante defesa consistente que o pedido não faz sentido, e certamente terão votos suficientes para se manterem no poder; senão, assumam as consequências de sua malversação, incompetência, corrupção.

Essa gente é demasiado obscena, mas, falta-lhes noção do quê, seja isso; cobrar-lhes decência, coerência, lógica, verdade, seria como demandar pudor em campo de nudismo. Estão todos pelados e riem de nossa acusação, embora, achariam certo se nos despíssemos também. Como tanta gente adormeceu por tanto tempo??

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Miss bumbum gospel???

“Ao meu povo ensinarão distinguir entre o santo e o profano; o farão discernir entre o impuro e o puro.” Ez 44; 23

Alistando os deveres dos sacerdotes, mediante Ezequiel, Deus os concita a uma missão chave: Santificação. Sua missão incluía distinguir o santo do profano e o puro do impuro. Esse caso refere-se às coisas para consumo humano; aquele, de cunho espiritual, à relação homem-Deus, a devida santidade requerida.

Embora a ideia vulgar de “Santo” seja uma imagem de morto que, durante a vida teria operado milagres, e após ela foi “canonizado”, a posição bíblica é diferente.

Primeiro: Não se trata estritamente de pessoas; mesmo, coisas, que são consagradas para uso exclusivo a Deus. As vestes sacerdotais, o óleo da unção, os utensílios do templo, etc. eram santos, isto é, de uso específico, incorria em profanação, quem se atrevesse a algo diverso, como fez, o rei Belsazar ao beber vinho usando as taças do Templo de Deus, o que lhe custou a vida. Ver Daniel, cap. 5

Segunda: A santificação no que tange às pessoas não é um processo pós morte, antes, uma escolha que devemos fazer em vida. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14

Por fim, a santificação requerida não se verifica mediante operação de milagres, mas, caráter transformado, vida consagrada a Deus. “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17

O Senhor fez questão, reiteradas vezes, de pontuar que Seu Reino não era terreno, porém, separado das coisas daqui. Para ingressar nele desafiou a nascer de novo, da água e do Espírito; Para prosperar nele, ajuntarem tesouros no Céu. Quando quiseram fundi-lo aos meios de manutenção dos reinos da Terra, uma vez mais, pontuou a diferença: “Dai a César o que é de César, – disse – a Deus o que é de Deus.”

Sintetizando: Os veros servos de Deus são pessoas que estão no mundo, não sendo dele, como estranhos. “Dei-lhes a tua palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” Jo 17; 14 Isso, no que tange às escolhas, os valores, claro.

Esse conflito deve ser tal, que pode ser aquilatado por loucura, na descrição de Paulo: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1; 18

Ou, inimizade, na exortação de Tiago: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4

Entretanto, grosso modo temos uma “igreja” eivada dos costumes do mundo, sem a menor noção do que consiste, a Cruz de Cristo.

Deparei com um texto de um padre comunista defendendo Lula dizendo ser ele o “Messias” dos pobres; com o mesmo grau de obscenidade, uma “irmã” seminua concorrendo a “Miss Bumbum Gospel.”( ??? )

Onde está a diferença? Na palavra Gospel? Deriva de “Inspirado por Deus”, em inglês; mas, será que o mesmo Senhor que preceituou santidade, separação do mundo aos seus, inspiraria algo tão mundano, tão ralé assim?

A Palavra ensina que Deus não é de confusão. Essa palavra aglutina duas: Fusão com; mistura, mescla que é a antítese de separação, santificação.

Então, embora “fundamentalismo”, “radicalismo” sejam os palavrões da moda, o Santo nos exorta a edificarmos sobre a rocha, o Fundamento, Cristo; sermos zelosos, radicais em nossa separação dos valores perversos do mundo.

Paulo foi categórico quanto ao “sine qua non” para filiação Divina: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6; 14 a 18

Há diferença entre pecado e profanação. Aquele desnuda nossas fraquezas, misérias, simplesmente; Essa, além de pecado, invade os domínios santos com lixo humano; falta de noção, temeridade, dissolução.

Assim, cada um é livre para fazer suas escolhas; sejam virtuosas, sejam viciosas; contudo, se escolher o lixo, inclua Deus fora disso, não emporcalhe o Santíssimo com o profano.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Sobre o Impeachment

Tenho deparado com as mais diversas apreciações sobre a abertura do processo de Impeachment contra a Presidente Dilma.

De um lado, a euforia dos que sonham com um país mais transparente, sem corrupção, com instituições fortes, democracia de fato, não mera casca de palavras, cujo miolo esconde o totalitarismo de um Estado aparelhado e feito propriedade de um segmento minoritário, da sociedade.

De outro, os defensores do Governo com sua cantilena: É Golpe! Não vai ter golpe! Terceiro turno! Dilma fica! Uns dizendo que não há fundamentação jurídica para o pedido; outros, como numa nota atribuída à CNBB dizendo que isso ameaça nossos fundamentos democráticos, e que deveríamos, antes, promover uma união nacional em defesa do País.

Bem, como eu sou do primeiro grupo, o dos que desejam a justiça, ou, o que pensam ser justo, avaliarei cada uma das “defesas” alistadas com a maior honestidade possível.

Golpe, sabemos, não é, pois, já foi usado em 92 contra Collor, com protagonismo de Lula e do PT e nossa democracia só se fortaleceu, afinal, o instrumento do Impeachment está previsto na constituição.

“Não vai ter golpe” é um brado imbecil, pelos motivos postos, bem como, quando há um, não é precedido de campanha publicitária criando expectativas a seu respeito; antes, como é necessário em tal caso, ocorre intempestivo, de chofre, surpreendente. Como num assalto, quando a vítima percebe, já era.

“Terceiro turno”? Parece que a oposição não sabe perder, faz qualquer tipo de jogo sujo pelo poder; essa é a consequência necessária de tal acusação. Entretanto, eles estão no poder há quatro eleições, todas decididas em segundo turno, de modo que esse “terceiro” seria o nono, já; como a oposição demorou tanto a perceber? Infelizmente, nossa oposição é infinitamente mais fraca, condescendente, do que o Brasil carece.

Contudo, resta uma leitura ainda; se ela for mesmo destituída do poder, dependendo do motivo, assumirá seu vice, Michel Temer, seu aliado, não, da oposição; qual o sentido, aí? Eu disse, dependendo do motivo, pois, se confirmadas as acusações de delatores que dinheiro roubado da Petrobrás foi usado na campanha da Dilma, sua vitória será caracterizada ilegítima, assim, seu vice também será deposto e haverá novo pleito.

Isso, não significa entregar o poder a ninguém, antes, devolver o direito de escolha ao povo que se sentiu traído pela campanha enganosa do PT.

“Dilma fica”! Ora, bradar isso é um direito inalienável dos que a defendem, tanto quanto é, dos opostos, dizerem, Fora Dilma!

Os que dizem que não há fundamentação jurídica para o pedido esquecem de considerar as implicações. Tal, foi redigido por juristas de renome como Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo, e Janaína Paschoal; desse modo, esses juristas devem ser apenas uns incompetentes.

Contudo, foi aberto o processo apenas, ninguém foi cassado, e, está sobre a mesa o amplo direito de defesa. Demonstrem, pois, de modo cabal que o pedido não é justo, e fatalmente o Congresso recusará cassá-la.

Por fim, a patética nota que concita à união nacional em prol do país, blá blá blá, que me causa asco. É da índole do PT a divisão, o fomento da discórdia, do “nós” contra “eles”, dos “populares” contra as “elites”, até sulistas contra nordestinos incitaram calhordamente no último pleito, e agora quereriam união?

O próprio PMDB que sempre os apoiou queixava-se que o PT não tem aliados, antes, tem servos. Ademais, não queremos salvar o país com o PT; queremos salvá-lo do PT; queremos o Brasil de volta, eles o roubaram.

Por fim, um apreço a uma desfaçatez mais; a de tentar fazer parecer que se trata de um pleito entre Eduardo Cunha e Dilma. Não é.

Quem quer o Impeachment é o povo que saiu às ruas clamando por ele. Cunha reteve mais de três dezenas de pedidos, tentando salvar a pele em negociatas escusas.

Se fez a coisa certa por razões erradas isso atenta apenas contra seu caráter, mas, a coisa certa segue sendo o que é. Já disse, a se comprovarem as denúncias que foram veiculadas quero muito mais que o impeachment, quero a extinção do PT, e a devolução de tudo que foi roubado da nação.

Não sou ingênuo a ponto de presumir que a mera deposição de Dilma repõe as coisas no lugar, mas, tirar a chave do cofre das mãos erradas é já um começo.

Se me dessem passe livre num avião cujo piloto não soubesse pilotar direito, eu recusaria o presente; qualquer pessoa sensata faria o mesmo. Entregar o país para analfabetos, incompetentes, e, pior, sem caráter, parece uma coisa comum, tão normal.

Basta dessa “glamurização da ignorância” como disse Lima Duarte. Que pilote um que sabe; além de perícia, tenha ficha limpa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Tenham bom ânimo

“Tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois, por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.” Atos 14; 21 e 22

Parece, dadas as pistas, que os discípulos daquela região tinham razões para desânimo, abandono da fé, às quais, Paulo e Barnabé cuidaram de minimizar. O antídoto proposto foi a exortação que, certas tribulações são necessárias para adentrarmos ao Reino de Deus.

Paulo fora apedrejado uns dias antes, dado por morto. Certamente estava coberto de chagas das pedradas sofridas; imagem desfigurada assim, não plasmava um semblante vencedor, para quem se atém às coisas superficialmente.

Acontece que, naqueles dias, os vencedores espirituais traziam marcas de batalhas em seus corpos, diverso dos “vencedores” de hoje, que ostentam aviões, helicópteros, limusines, etc. Na verdade, esses foram já derrotados, se, um dia lutaram mesmo, nas fileiras do Senhor.

Mas, pode ser um derrotado alguém que conquista tais troféus? Sim, tanto quanto é vencedor honrado aqueloutro que traz no corpo as “marcas de Cristo” como fez o apóstolo Paulo. O cenário de um vitorioso pode ser desolador como o de uma Tsunami, se, o abrigo da verdade se mantém em pé. Por outro lado, toda pompa e circunstância que seguir alguém, não passa de sepulcro de luxo, se, sua mente sucumbiu aos conselhos do inimigo.

Mediante Isaías, a conversão foi posta como um câmbio de pensamentos; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos, se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55; 7 8

Escrevendo aos romanos Paulo preceituou renovação de mentalidade pra experimentar a Vontade de Deus. “E não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 2

Ilustrando o “campo de batalha” foi minucioso: “Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10; 3 a 5

Um entendimento cativo na obediência ao Senhor; nisso repousa nossa condição de servos Dele, e, vencedores no que tange ao tentador. Se, usa conselhos e altivez contra o conhecimento de Deus, o faz por bem saber o que isso significa: Jesus dissera: “A vida eterna é esta: que conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17; 3

Vemos, pois, que as posses de tais vencedores nada têm de ostensivas, antes, referem-se a algo abstrato, a Vida Eterna ancorada no conhecimento do Santo, e, claro, obediência.

Na verdade o cenário circunstancial pode ser o mesmo para pessoas de sortes opostas; como o padeiro e o copeiro de Faraó que foram colegas de cárcere de José. Estavam na mesma sina, possivelmente sob suspeita do mesmo crime; mas, na hora da justiça, um foi inocentado, outro, executado.

O Senhor não assegurou facilidades as Seus aqui; antes, os advertiu do concurso das aflições. Asafe, no Salmo 73 chegou a pontuar que o ímpios pareciam ter melhor sina que o justos.Porém, mediante Malaquias, o Senhor prometeu que, apenas no juízo Dele, as escolhas virtuosas de agora farão diferença, necessariamente. “Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre quem serve a Deus, e quem não serve.” Ml 3; 17 e 18

Nossas eventuais tentações ao desânimo derivam de expectativas frustradas que alimentamos, ou, de uma leitura errada das coisas que vemos. Por isso, somos exortados à vida pela fé, que, extrapola às informações da vista e firma-se no Caráter de Deus. “Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, prova das coisas que se não se veem.” Heb 11; 1

Nesses dias trevosos onde, a verdade tem sido tão apedrejada, sobretudo, no meio político, mesmo que o cenário convoque à desolação, O Espírito Santo e a Palavra de Deus nos convocam à resiliência, à fibra moral, pois, pouco vale um guarda-chuva em dias de tempo bom.

Afinal, verdade, mesmo desfigurada na pedrada ainda é muito mais bela que a mentira, até, se, engalanada como a Rainha da Inglaterra em toda sua Majestade.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Perfeito juízo

"Tu julgarás a ti mesmo, respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. Se consegues julgar-te bem, és um verdadeiro sábio". Saint-Exuperry

Porque, se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11; 31 


Quando Paulo afirma que ao não nos julgarmos, acabamos sendo, por Deus, não significa que as pessoas não fazem juízo de si, estritamente; antes, que não fazem com sabedoria, como disse o pensador francês, via o seu personagem; “... se consegues julgar-te bem, és um verdadeiro sábio.” 

Tendem as pessoas, a “se acharem” como falamos na linguagem atual, pensando de si mesmas, mais que convém. Um “juízo” assim, invés de prescindir do Juízo Divino, apenas, torna-o mais necessário para que as coisas ocupem os devidos lugares. 

A Bíblia traz exemplos de gente que “se achava”: “...puseste à prova os que dizem ser apóstolos e não são, tu os achaste mentirosos.” Apoc 2; 2  “...Conheço tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.” Apoc 3;1 “...os que se dizem judeus, e não são, mas, mentem...” 3; 9 etc. Facilmente constatamos, pois, que a falta era de noção, de justiça, não, de julgamento. 

Na verdade, todos temos ótima noção de justiça, que, acaba poluída pelas paixões naturais que desvirtuam à vontade. 

Quando Davi julgou ao “homem rico” da parábola de Natã que deixou suas ovelhas e tomou a de um pobre, irou-se e condenou à morte ao tal insensível, sem perceber, porém, que tratava-se de si mesmo; por outro lado, quando o juízo era para honrar, invés de punir, como pediu o rei Assuero ao príncipe Namã, sobre o que fazer para demonstrar isso, o mesmo príncipe julgou maravilhosamente, receitando grandes honras, que, esperava, fossem para si, embora, fosse para seu desafeto, Mardoqueu. 

Então, somos capazes de julgar muito bem, desde que, abstraídas as paixões. Como raramente conseguimos, Deus fará incidir sobre nós os nossos melhores julgamentos, que, nunca o fazemos em relação a nós mesmos, antes, quando julgamos outros. O Senhor ensinou: “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” Mat 7; 2 

Contudo, se a Bíblia preceitua que julguemos a nós mesmos para prescindirmos do juízo Divino, e, as paixões atrapalham, como faremos para nos livrar delas? O mestre disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, julgo; o meu juízo é justo, porque não busco minha vontade, mas, a vontade do Pai que me enviou.” Jo 5; 30

Então, podemos fazer um auto julgamento justo, desde que, seja segundo a Vontade de Deus. Essa, não considera minhas paixões; antes, atenta apenas à reta justiça. Daí, ter visto, o salmista, na Palavra de Deus, a purificação necessária. “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” Sal 119; 9 

Essa coisa simplista que se ouve, tipo, não julgueis para não serdes julgados não é bem assim. Mas, dirá alguém, está na Bíblia. Está. Contudo, refere-se ao juízo temerário de motivação pessoal, cujo “código” de leis sãos nossas idiossincrasias, preferências.

Essa coisa rasa, tipo, cada qual cuida de si não sustenta-se dez segundos no pódio da lógica. Quando digo isso, que ninguém deve se meter na vida de outrem, querendo ou não, estou me metendo na vida de todos que souberem o que eu disse, afinal, receitei-lhes um  comportamento. Mas, se deprecio que outros façam isso comigo, como ouso? 

O Senhor desaconselhou o juízo hipócrita do que vê um cisco no outro e desconhece uma trave em si; contudo, depois de tirar esse obstáculo, pode ajudar na remoção daquele. 

Em que bases poderia alguém pregar o Evangelho, que exorta ao abandono dos pecados e à reconciliação com Deus, sem, certo juízo, que define o que é pecado e como se volta para o Eterno? 

Conhecendo a Vontade de Deus, o aspecto intelectivo; praticando-a, o prisma moral que tolhe à hipocrisia; e ensinando-a, que é o juízo de Deus, não, uma preferência do mensageiro. 

De Esdras se diz: “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor; para cumpri-la e ensinar em Israel os seus estatutos, os seus juízos.” Ed 7; 10

Assim, quando busco a Lei do Senhor e compro-a, julgo a mim mesmo, pelo juízo de Deus; Fazendo isso, não careço ser julgado de novo, uma vez que já fui, com justiça. 

Enfim, se um sábio é quem logra julgar bem a si mesmo, e o bom julgamento deriva da Lei de Deus, acabamos dando a mão ao maior dos sábios, Salomão, que disse: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1; 7

sábado, 28 de novembro de 2015

Caráter ou, metamorfose?

“...aquele que jura com dano seu, e contudo não muda.” Sal 15; 4

É certo que o Senhor Jesus desaconselhou que façamos juramentos, coisa usual nos dias antigos. Não que isso signifique a desobrigação de coerência entre fala e atitudes; antes, a integridade a atingir é tal, que dispensaria juramento. Daí, “seja vosso sim, sim; e vosso não, não.”

Alguns já me questionaram sobre a oração, dizendo: “Por que devo fazê-lo, se, Deus sabe o que necessito antes que eu peça”? Ora, além do inalienável arbítrio que me faculta escolher, se, o Eterno me desse tudo o que necessito sem minha participação, mínima que fosse, Ele se tornaria servo e eu, Senhor. E a ideia é o oposto.

O simples chamá-lo de Senhor é algo que falo “com dano” meu; digo, me colocando na condição de servo, cujas escolhas pessoais não podem afrontar à ordem macro, do Reino. Por isso, aliás, antes de dispor as minhas escolhas, na oração modelo o Mestre disse que deveríamos Santificar ao Nome de Deus, pedir a vinda do Seu Reino, a expressão da Sua Vontade.

Meus pedidos pessoais seriam sóbrios: O pão cotidiano, perdão dos pecados de modo isonômico, isto é, da mesma forma que sou capaz de perdoar, e, por fim, livramento nas tentações.

“Lato sensu” Deus dá graças a todos, justos e injustos, propiciando os meios básicos para a vida natural; contudo, o foco aqui é a vida espiritual dos que “nasceram de novo” e pertencem, ou, pelo menos, afirmam pertencer ao Senhor.

Por que eu não deveria mudar de posição mesmo em face a um eventual dano num compromisso assumido? Por duas razões; uma moral, outra, econômica.

Epa! Isso é contraditório! No prisma econômico parece que devo mudar, afinal, o dano... É. Meu presumido interlocutor teria razão superficialmente em sua objeção.

Costumamos filosofar, ante perdas: “Vão-se os anéis, ficam os dedos.” A ideia é que posso perder coisas acessórias, desde que, o principal seja mantido. Simplificando mais: “Danem-se as posses, os bens, desde que, reste a vida.”

Ainda não me convenceste, diria o tal, afinal, trata-se de um compromisso, uma promessa, não um bem que estaria abrindo mão. É. Mudar de posição para não perder algo material parece sensato no prisma econômico, contudo, estamos tratando da economia de Deus.

Nesse aspecto, minha escolha reluta entre preservar a honra, a integridade, coisas que Deus ama, pra agradá-lo, mesmo com dano meu, ou, sacrificar isso e minha relação com o Rei, por mera vantagem temporal.

“Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se, perder sua alma”? Disse o Salvador do pobre rico da parábola. É o caso aqui, agravado pelo fato que está em jogo uma ninharia em oposição à alma, não, o “mundo inteiro” que, ainda assim, deveria ser desprezado.

Posta a razão econômica, resta a moral. Como seria a vida em sociedade se, tudo, e todos, fossem uma “metamorfose ambulante” como cantou o Raul Seixas? Hoje sou uma coisa, amanhã seu oposto; agora falo isso, logo ali, desdigo em prol daquilo...

Se, tal conceito de “liberdade” é um bem, pode espraiar-se por todo nosso modo de vida. Hoje aciono a descarga e ela leva os rejeitos; amanhã repito e ela traz mais; hoje primo a tecla e ela acende a luz; amanhã, queima um eletrodoméstico, me deixa no escuro; engato a primeira e o carro avança, amanhã, retrocede...

Espere, volverá o presumido aquele, esses são exemplos físicos, não se trata de mudar os discursos. São, como de resto são, as Parábolas de Jesus, cujo fito não era outro, senão, ensinar via exemplos palpáveis, os valores e implicações espirituais. A mesma desordem que se daria no mundo físico em face aos exemplos supra, se dá no espiritual, quando a os coisas assumidas não são cumpridas.

Aliás, grande parte da imensa rejeição que pesa sobre o partido de nosso Governo reside precisamente nisso; no fato de ter prometido determinadas ações e feito seu oposto após as eleições.

Reclamamos com razão, da falta de caráter. Falando nele, os signos dos teclados que usamos para escrever são chamados caracteres, que é o plural de caráter. E como ficaria se, de repente, tais, abdicassem do ser? Você tencionaria escrever “Fada”, por exemplo, iria às letras necessárias, e sem mais nem menos, o “a” cansado da rotina decidisse que naquele diria seria “o”? Viram um fragmento dos muitos danos da falta de caráter?

Escrevemos nossos, "tratos com", daí, contratos para que se registre e cumpra o que foi pactuado. Perante Deus, o que falamos está registrado; o que Ele falou, afirmou que não passa, mesmo que passem Céu e Terra; Se, age com integridade assim, pode requerer o mesmo de quem O serve.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A barragem vai se romper

Duas vertentes políticas em infindável conflito, Direita e Esquerda. O quê, defendem?
A Direita, no prisma econômico é pela livre iniciativa o empreendedorismo, de um Estado “enxuto”; no aspecto dos valores é conservadora; direito à vida, preservação da família, contra as drogas; mesmo que rasos, a maioria, partidários da existência de Deus.
A Esquerda que seria “dos pobres”, defende um Estado paternalista, assistencialista, interventor. Sua moral é “progressista”, advogando aborto, descriminação das drogas, casamento gay...
Abstraídos méritos, a Direita seria de certa mesmice conservadora; a esquerda, de um progressismo inovador. Avancemos além dos rótulos, pois.
Pelo que foi posto, parece que, “mudança” é o cabo-de-guerra entre ambas. Mas, ela é algo bom ou, ruim? Em si mesma diria que é neutra; depende de onde se sai, e, sobretudo, pra onde se ruma.
Acredito que os dois lados encerram certa contradição. Digo, os conservadores no aspecto moral são progressistas, inovadores, no econômico-político. Os “progressistas” nos valores são jurássicos na organização político-econômica, copiando modelos que faliram nações no leste europeu. Desse modo, mera definição conceitual resultaria num empate, uma vez mais, abstraídos os méritos, cotejando apenas rótulos.
Tentemos mais luz por outro caminho. Quais as razões das mudanças? Não precisamos cérebros geniais para concluirmos que derivam de nossas imperfeições. Deus, que É Perfeito afirma que não muda. Tiago assegura não haver Nele nem sombra de variação. Se, cambia em algo, o faz por amor, flexibilizando em atenção às nossas fraquezas, nunca, buscando uma perfeição ausente, como nós.
Afinal, ninguém muda pensando em piorar, antes, tendo como alvo o que, pensa ser melhor. Assim, a mudança é uma “autocrítica” de alguém que reconhece-se, alienado do melhor.
Contudo, valores como a preservação da vida, da lucidez, da família, combinam perfeitamente com os preceitos de Deus, que não muda; desse modo, não mudar também me parece sensato. Ademais, qualquer mudança aí equivale a desconsiderar a existência de Deus, ou, atribuir falhas a Ele. Gostando ou não, é conclusão necessária.
Na economia, beneficiar à livre iniciativa dá azo à geração de empregos, o que permite ao Estado ser menos paternal; e, emprego dignifica muito mais que uma bolsa qualquer, além de cooperar com o crescimento econômico invés de estagná-lo mediante mera dependência.
Contudo, o Estado Leviatã, o monstro controlador que se verifica entre os “socialistas” empobrece por duas razões: Primeira: desencorajando à livre iniciativa fecha as portas à contribuição que os talentos naturais das pessoas poderia dar. Segunda: Patrocina zangões sociais que nada produzem e são mantidos às expensas do Erário quando isso interessa ao partido dominante. Se alguém pensou no MST, rebuscou-se de ótimo exemplo.
Assim, a Esquerda muda no que não deveria ser mudado; os valores espirituais, morais, que permeiam uma sociedade razoavelmente saudável; e é conservadora de uma estrutura político-social arcaica que já deu assaz provas de ineficiência, por onde passou.
A direita, longe de ser um retiro de santos, pelo menos tem uma visão mais pragmática, menos viciosa de mundo, na minha modesta apreciação.
Mas, e a defesa dos pobres, não é preceito de Deus? Ora, se os “socialistas” fossem os “Robin hoods” que pretendem, seus próceres não se apressariam a enriquecer mediante corrupção, mesmo se dizendo inimigos das elites.
Tais, parecem com líderes Islâmicos que criam os “homens-bomba”, mas, nenhum deles explode para mostrar aos seguidores como se faz. Não passam de manipuladores de incautos, compradores de votos com dinheiro público, populistas sem caráter nenhum.
Quer dizer que sou PSDB? Nem de longe pretendo ser imparcial em minha análise, sempre tomo posição; pretendo apenas, ser intelectualmente honesto.
Contudo, em nome dessa honestidade, não vejo os tucanos como de Direita. São esquerdistas também. O que os difere do PT é que são de um viés democrata, que respeita as instituições, diverso do PT que é totalitário; instrumentaliza e se apropria do Estado pelo partido. Não vejo no País um partido de Direita como gostaria; quando muito, frações.
Mas, é triste ver a América Latina estocando rejeitos da Europa e Ásia, coisas que tanto dano causaram lá, e pessoas esclarecidas defendendo tal lixo.
Felizmente, na Argentina acaba de “estourar a represa”; triste alegoria com a tragédia de Minas Gerais. Que todos os diques da mentira, do engano, da violência disfarçada em democracia, rompam-se, para que, após o inevitável “dano ecológico” a América latina volte a respirar o ar puro do Estado de direito.
Alguém quer ser gay, abortar, usar drogas, que o faça em particular, mas, não com incentivo e custos de imensa maioria que não adota, nem defende tais práticas.
Crescimento econômico deriva do trabalho, é fruto dos cidadãos não do Estado. Que o bicho pare de assalariar vagabundos, e saia da frente, para não atrapalhar a quem faz.