domingo, 22 de março de 2020

Disfarces do Orgulho


“... Arranca tua espada, e atravessa-me com ela; para que porventura não venham estes incircuncisos e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não quis, porque temia muito; então tomou Saul a espada, e lançou-se sobre ela.” I Cr 10;4

Saul encurralado e derrotado na batalha contra os Filisteus pediu ao seu pajem que o matasse para não ser preso; como aquele recusou, suicidou-se. Espantoso perceber que no homem ímpio tudo morre, até a vida, enquanto, o orgulho segue vivo.

Engana-se quem presume que grandes catástrofes, medos como o que agora assola à humanidade tenham poder de melhorar-nos, com o aprendizado auferido; seremos os mesmos quando o perigo passar; nem às portas da morte os ímpios melhoram.

Por ocasião de tragédias como a da Chapecoense, ou o jornal Francês Charlie Hebdo, as redes sociais se encheram de “solidariedade” onde todos pareciam partícipes da dor alheia. Mas, passados quinze dias e o modismo tendo perdido seu charme as pessoas migraram para outro e seguiram como sempre.

Natural concluirmos que é o orgulho, visando parecer socialmente engajado que patrocina essas hipocrisias várias, não a empatia, que nos faria verazmente solidários.

Preferir, como Saul, suicidar-se a abrir mão do orgulho é a escolha dos que evitam a Cristo e Seu amor; as pessoas são desafiadas a crucificarem o orgulho pela vida eterna; “Negue a si mesmo”, fogem e negam ao Salvador como fizeram “ao vivo” Seus ouvintes; “Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” Jo 6;60

Agora, a maioria do barulho da imprensa não tem a ver com cuidados humanitários, mas com oportunismo político visando enfraquecer, quiçá, derrubar a um governo desafeto que ousa não comprar jornalistas. Não que os cuidados preventivos não sejam necessários; mas, a maioria do que vemos e ouvimos é apenas um conluio de safados, oportunistas, aproveitadores, jogando com vidas humanas, fingindo-se de engajados, para dar asas aos seus mesquinhos objetivos.

Pensadores gregos definiam a multidão como “Besta Acéfala”; ou seja: Um monstro sem cabeça pronto a sair pelas ruas berrando o que lhes for induzido. Quantos que foram abençoados, curados pelo Ministério de Jesus que estavam entre os que gritaram “Crucifica-O!” porque manipuladores mandaram?

Até hoje tem quem fala bem de um líder, e mal de outro, por ter sido adestrado para isso como um bicho que faz peraltices por guloseimas; incapaz de pensar com os próprios miolos; pior, de enxergar à realidade que salta aos olhos. Vociferam de novo contra o honesto e pedem liberdade ao ladrão. “Soltem Barrabás!”
O que levaria um ignorante a estar convicto da sua ignorância, a ponto de, dela não abrir mão, nem contra o argumento dos fatos, senão, o orgulho reinando na casa? De novo, Saul prefere morrer a se render.

A fragilidade da vida humana nunca esteve tão evidente; uma porcariazinha invisível consegue paralisar o planeta. Até aqueles que vivem de costas para Deus, encontram agora motivo religiosos para partilhar, mas, não são derivados da humildade e temor a Deus; apenas medo mesmo.

Passado o perigo a “fé” se vai. A hipocrisia, essa vetusta senhora tem essa “qualidade”; consegue mentir para si mesma e acreditar.

A Longanimidade Divina que deveria ser uma graça usada a nosso favor, infelizmente se volta contra por causa da nossa resiliência na prática da maldade; “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Enquanto não houver uma mudança aí, no coração, um câmbio dos nossos pensamentos falidos pelo Divinos e Eternos, nada feito.

A Longanimidade Do Santo é mesmo longa; há três milênios questiona: “Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? Vós escarnecedores, desejareis o escárnio? Vós insensatos, odiareis o conhecimento?” Prov 1;22

Convida e promete; “Atentai para a Minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do Meu espírito e vos farei saber Minhas palavras.” V 23, mas não é eterna; “Entretanto, porque Clamei e recusastes; Estendi Minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes Meu conselho, não quisestes a minha repreensão, também de Minha parte Rirei na vossa perdição; Zombarei vindo o vosso temor.” 24 a 26

A salvação nos chega, atentando à Repreensão do Senhor; medo de perder a vida como desejo ainda é subproduto do orgulho que resiste em se render e viver como Deus quer.

Render-se não é vergonha, não traz escárnios, antes, vida; Perde-se só o que não vale nada mesmo; “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21 “Escolhe, pois, a vida!”

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