domingo, 11 de agosto de 2019

Divino Cansaço

“Não sabes, não ouviste que o Eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, não se cansa nem se fatiga? É inescrutável Seu entendimento.” Is 40;28

Se, Deus não se cansa, como diz que Ele criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo? Essa foi uma das perguntas de certo ateu, nas quais, meditando eu me tornaria ateu também, segundo ele.

Deparou com uma “contradição” Bíblica; logo, a Palavra seria mentirosa. Na verdade encontrei muitas contradições nas falas dele, nem por isso assumiu-se como mentiroso, antes, arvorou-se em sábio.

Há métodos literários especiais nas Escrituras, que a boa hermenêutica ocupa-se de interpretar; parábolas, símiles, metáforas, alegorias; se, não forem entendidos corretamente farão de nós consortes da “teologia” de Nicodemos; ao falar-lhe O Salvador sobre a necessidade de nascer de novo cogitou voltar ao ventre materno. Levou a figura ao pé-da-letra.

O cansaço no texto de Isaías atina à limitação de forças mesmo; basta ver o contexto; “Dá força ao cansado, multiplica forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e fatigarão; os moços certamente cairão; mas os que esperam no Senhor renovarão as forças...” 29 a 31 Assim, O Eterno não apenas não se cansa, como ainda renova e levanta ao cansado.

Deus por Ser Espírito não sofre as limitações físicas; sofreu-as Jesus, quando se fez carne. Teve fome, sede, cansou. Mas, em Sua Essência Divina desconhece-as; elas são muito nossas.

O cansaço no prisma metafísico tem mais a ver com preocupações, incompletude de projetos cuja conclusão instiga o ser, ou, culpas cujos reflexos pesam à alma.

Dessas O Salvador ofertou descanso em Sua Bendita Pessoa: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

Se fosse descanso físico jamais traria um jugo consigo. O Jugo de Jesus, (submissão) é que dá descanso às almas, malgrado os pesos eventuais que o corpo tenha que sofrer.

Quando se diz que Deus descansou no sétimo dia, significa que viu completa Sua Obra, perfeita; não faltando mais nada para fazer deu-se a contemplar o que fizera e vira que era “muito bom”. Assim, Seu “descanso” não tinha a ver com recuperar forças; antes, com cessar algo, por vê-lo acabado.

Na maioria das vezes o “Trabalho de Deus” não assoma num lapso de coisas por fazer, antes, na sujeira excessiva de coisas feitas. “... me deste trabalho com os teus pecados; cansaste-me com tuas iniquidades.” Is 43;24

Uma vez mais algo que cansa a Deus, no sentido de irritar, aborrecer. Um vídeo como o que o sujeito gravou vomitando uma série de blasfêmias, mentiras, e tolices derivadas do inchaço carnal e cego dá trabalho ao Santo; exige o devido contraponto para que o vilipêndio à honra e a afronta à verdade não se estabeleçam como verazes.

Depois de ter trabalhado para criar tudo Perfeito, O Eterno trabalha para desfazer os ataques da oposição, que, por incapaz de fazer fogo com a própria lenha; digo, de criar algo, ocupa-se em deturpar e usurpar ao que O Altíssimo criou. “... Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também.” Jo 5;17

Cheia está a Palavra de “contradições pra cegos”, pois o “Temor do Senhor é o princípio do Saber” Prov 1;7 “Não há sabedoria, inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

O sujeito pode encher sua boca de língua, escrever ou falar muitas coisas “lógicas”; contudo, se, seu fito for opor-se à Sabedoria, necessariamente será só um monte de feno seu tratado do qual se orgulha. “... Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados, presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm?” jr 8;8 e 9

Por outro lado, aos que aceitam Sua instrução e observam a coisa muda; “...se aceitares minhas palavras... Então entenderás o temor do Senhor, acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.” Prov 2;1, 5 e 6

Enfim, não há contradição alguma na Palavra para quem conhece o dialeto dos Céus. Quem ainda não se converteu precisa passar das trevas para a Luz; depois, poderá entender paulatinamente o santo idioma.

“São justas todas as palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida. Todas elas são retas para aquele que as entende bem; justas para os que acham o conhecimento. Aceitai a minha correção, não a prata; e o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido.” Prov 8;8 a 10

Um comentário:

  1. Para argumentos sofistas não existe o fato, mas, apenas, o desejo de extrair aplausos dos insensatos; incluindo os que pedem aplauzus para Jezuis. Inclinici a sadeburia du egu. Ele é fantásticu!

    ResponderExcluir