domingo, 10 de março de 2019

A Valiosa Pequenez

“Quando te abaterem, então tu dirás: Haja exaltação! E Deus salvará ao humilde.” Jó 22;29

Quatro coisas aqui: Ação dos outros; nossa reação; Ação de Deus e nosso caráter necessário.

Quando te abaterem... Embora mui tocante a parábola do Bom Samaritano que encontra ao estranho abatido e se compadece é mais comum depararmos com salteadores que, com “Samaritanos”.

Num momento farto, próspero, invés da empatia dos que se alegrariam conosco, mais facilmente assoma a inveja dos que quereriam estar em nosso lugar.

Não poucos “obreiros” espraiam sobre incautos suas apostasias ministeriais acoroçoadas pelas cobiças temporais mercenárias. O pior tipo de salteadores, pois, além dos bem terrenos pilham almas eternas também.

O bem do semelhante não me faz mal, tampouco, sua felicidade; pelo menos, não deveria se, eu fosse o servo que Deus chamou para ser. Nossa empatia deve ser plena em quaisquer circunstâncias; “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram.”

Se, muitos obram por me abater, isso não patrocina uma reação auto-comiserada, introspecta, depressiva; devo ter alguma dose de amor próprio; reagir. “Quando te abaterem então tu dirás: Haja exaltação!”

Exaltação aqui está em oposição ao permanecer abatido, prostrado; não tem a ver com orgulho; antes, com desejo de não permanecer prostrado; ser reerguido por Deus. “O Senhor sustenta todos os que caem; levanta todos os abatidos.” Sal 145;14

Assim, da reação de inconformidade com o abatimento ensejado por terceiros sou “co-autor” da Ação Divina, à medida que clamo confiante a Ele e espero pelo Seu socorro. “Deus salvará ao humilde”.

Vista a ação dos outros, a nossa reação, e a intervenção Divina chegamos ao quarto ponto: Nosso caráter. Humildade.

Ela é uma coisa mui tênue. Se, for propagada deixa de ser. Como moeda rara de um colecionador que é preciosa para ter, mas, não deve ser usada indo na padaria comprar alimento. Assim a humildade; é mui valiosa, mas se tocarmos trombetas sobre ela deixa de ser; cede seu devido assento ao intrometido do orgulho.

Olhando alhures vemos quão limitada é a compreensão geral dos cristãos sobre isso. Há tantas expressões eivadas de orgulho onde deveria ser diverso que chega a ser alarmante. Um servo de Deus idôneo não “arrasa, causa, lacra, arrebenta a boca do balão”... Pois, se assim fizer não serve. Serve-se. O Servo espera com Paciência no Senhor; no Seu Tempo, Ele Ouve e livra.

Pelejar com veemência pelo que cremos, desagravos dos blasfemos contra O Santo, não distorção das Escrituras é “batalhar pela fé”, como a Palavra ensina. Se, aos desavisados essa convicção, esse ardor na peleja soa a orgulho, ser “dono da verdade”, isso tem a ver com a cegueira que os vitima, não, com a realidade.

Quem é mais humilde? Aquele que arrisca-se sendo antipático até, para que a Vontade de Deus revelada não seja vilipendiada, alterada, ou, outro que, por simpatias naturais, humanos melindres, ou ninharias assim coloca mera opinião no lugar da Palavra de Deus?

O primeiro peleja pelo império da Divina Vontade; o segundo, pela própria; bem sabemos quem sugeriu que poderíamos ser “como Deus” decidindo nós mesmos sobre valores como bem e mal. O Pai do Orgulho e da mentira, Satanás.

Humildade é dependência de Deus, não frouxidão quanto aos Seus Bens que nos confiou.

Infelizmente o inimigo formatou uma sociedade doentia, culpada de tudo, onde o indivíduo, invés de responsável por seus atos, consequente, é visto apenas como vítima. Esse chororô dodói tão em voga nada tem a ver com humildade de um que estaria sofrendo por culpa alheia. Antes, é só uma máscara malignamente arquitetada para disfarce do orgulho, daqueles que se recusam a admitir as próprias culpas.

Davi apesar de seus muitos erros foi chamado de homem “segundo O Coração de Deus”; tanto quanto entendo, segundo é o que vem após O Primeiro. Esse É Deus. Só serei segundo Ele, se, invés de impor meus anseios, devaneios, opiniões e pendores doentios, abraçar para mim Seus Pensamentos; tomar como diretriz, Sua Palavra.

Davi não só admitia-se pecador como ainda sabia que pecava até sem notar; que havia erros ocultos para serem perdoados. “Quem pode entender seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.” Sal 19;12 Eis a humildade do homem segundo Deus em seu santo consórcio com a verdade!

Quanto a ação dos outros não podemos evitar; mais pedras atirarão quanto mais frutos virem em nós; nossa reação de não ficar prostrados depende de confiarmos no socorro Divino. Ele agirá se O honrarmos crendo, obedecendo.

Quando nos livrar, não permitir que eventuais lugares altos sirvam para montagem do bungee jump do orgulho. Humildade não atrela-se à circunstâncias; na lama, não duvida do amor Divino; num trono, sabe Quem Reina...

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