“Porque
assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e
a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse
habitada: Eu sou o Senhor e não há outro.” Is 45; 18
Quando
o profeta disse que Deus não criou a terra vazia, aludia aos meios que
possibilitam vida em quase toda ela, atendendo ao propósito Divino; “
formou para que fosse habitada”. Ao entregar o governo ao primeiro
casal, dissera: “E Deus os abençoou, e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra,…” Gen 1; 28 O propósito do Criador era de que toda ela fosse habitada como hoje.
Contudo,
a sociedade organizada costuma se opor à Vontade de Deus; pois,
organiza-se a partir de outro espírito. Vimos isso em Babel. “E
disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque
nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a
face de toda a terra.” Gen 11; 4
Tal torre, além de ser um
ídolo da capacidade humana ao construi-la, ( façamo-nos um nome )
serviria como referência geográfica aos povos orbitantes na região da
Mesopotâmia; para que, ( Disseram ) “não sejamos espalhados”.
Dentre
os muitos eventos em que a humanidade se organizou contra o Senhor,
esse, é o mais célebre.
Enquanto a turma de Ninrode se jactava de sua
força, o Santo usou uma centelha do Seu poder. “Eia, desçamos e
confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e
cessaram de edificar a cidade.” Vs 7 e 8
Então,
a ideia da globalização foi gestada antes das organizações humanas; é
de origem Divina. Naquele escopo seria espalhar aos iguais por todo o
globo; hoje, equivale a aproximar, cultural, econômica e ideologicamente
aos diferentes.
Contudo, a atual também labora no espírito de
Ninrode; ou seja, para edificação do orgulho humano. Se a ocupação do
planeta hoje é fato, o conhecimento do Santo e obediência ao Seu querer
ainda é pífio.
Na verdade, o Eterno “corrigiu” a dispersão de Babel enviando Seu Espírito, não, fomentando o orgulho humanista. “Partos
e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia,
Ponto e Ásia, e Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a
Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e
árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das
grandezas de Deus.” Atos 2; 9 a 11
As línguas que foram instrumento de dispersão, agora, não impediam a comunhão em torno do Espírito Santo.
Para
quem possui vida espiritual não são necessários engenhos humanos,
organizações ecumênicas, para ter comunhão com o diferente que está no
mesmo Espírito. Por outro lado, pode identificar via discernimento ao
“igual” que é fraude de Ninrode em seu meio. Deus também tem o Seu
“politicamente correto”; porém, a polis de origem é outra; “Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.” Heb 13; 14
Que
o mundo reinvente palavras, deturpe valores, faça o diabo; essa cortina
de fumaça pode entorpecer à razão dos restritos ao seu domínio. O
Espírito vê através da bruma identificando até o feiticeiro que a
produz. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual
discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.” I Cor 2; 14 e 15
Enquanto
o natural esforça-se em aquiescer à tudo para não soar desajustado, o
espiritual já está justo a uma escala de valores excelente que não sofre
ação do tempo; de modo que não envelhece nem se moderniza; “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” Heb 13; 8
O mega motim, a nova Babel ainda está em gestação; Deus adverte “Por
que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da
terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e
contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de
nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará
deles.” Sal 2; 1 a 4
Por
ora temos a preparação do cenário para a Babel global; as guerras
arranjadas com pretexto de direitos humanos “legitimando” cobiças
humanas.
Por fim, a soberba atentará contra Deus tentando banir Seu
Nome, Seus Valores; Ele adverte: “…deixai-vos
instruir, juízes da terra… Beijai o Filho, para que se não ire, e
pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira;…” Sal 2; 10 e
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