sexta-feira, 18 de março de 2016

Choradeira e Chorume

A Presidente ( emérita ) acusou sem mencionar o nome, a Sérgio Moro, de “vazamento seletivo” do que considerou crime de invasão de privacidade de um “Presidente da República”. Bueno, antes de entrar no mérito diga-se que não se tratou de vazamento, mas, de “Levantar o sigilo” da escuta judicialmente autorizada, uma vez que foi identificado interesse público; Lula não é Presidente, só  suspeito.

Ademais, as outras autoridades da “República” que foram gravados, só o foram, quando ligaram para Lula, que, em face às suspeições, teve seu telefone grampeado.

A escuta referente a ele é legal; mas, ele, deu indícios de que sabia das buscas que seriam feitas e inclusive o dia, de modo que, mesmo sendo mero suspeito, investigado, goza de estranhos privilégios; alguém “escuta” por ele. Nosso Governo é mesmo republicano?

Há quem conteste a atitude de Moro, que, teria, na linguagem do advogado de Lula, o fito de causar “comoção nacional”. Dia treze foi antes disso; sem aquelas informações, majestosa “comoção” saíra às ruas, de modo que é falacioso o argumento. A Rejeição ao PT, mormente Lula e Dilma, tem causas mais profundas e origem mais remota que o levantamento de sigilo de Sérgio Moro.

Entretanto, voltando ao Juiz, ele trabalhou dois anos na Lava Jato mexendo com sujeira grossa, sendo, várias vezes, ameaçado de morte, tanto que, teve que aumentar a segurança em torno de si. Então, quando está a dois passos do paraíso, digo, de coroar seu trabalho árduo e arriscado colocando “Don Corleone” atrás das grades, ele escapa de fininho usando um ardil vergonhoso, e “dá uma banana” pra justiça?

Se eu fosse Sérgio Moro faria o mesmo. Os maus tentam usar a virtude dos virtuosos contra eles mesmos. A troco de que, a justiça tão ofendida por Lula segundo veio à luz, seguiria mantendo sob sigilo provas graves, contra um sujeito que, usando sua influência nas altas esferas do poder, só manobra rumo à impunidade?

Em todas as conversas, cujo nível fica aquém do usado por presidiários na hora do banho de sol, ( Não que todos não falem palavrões eventualmente, mas, ele, ex presidente, falando com altas autoridades fala o tempo todo ) Em todas as conversas, digo, sobra zelo, raiva, indignação. Entretanto, jamais se verifica a indignação justa e saudável dos inocentes, dos que se sentem caluniados e desejam ardentemente a justiça.

Todas suas diatribes, contra STJ, STF, “República de Curitiba, Congresso Nacional, ora é porque uns “se sentem deuses” querendo fazer justiça, ora, outros estão “acovardados”; não fica expresso quais valores deveriam defender, caso estivessem “corajosos”, mas, é natural deduzir.

Da sua falta de estudo, coisa de domínio público parecia se orgulhar; a “glamurização da ignorância” como bem disse o ator “Carlos Vereza”. Mas, a falta de compostura, de caráter que assomou nessas revelações é uma coisa assombrosa. Pensar que fomos governados por oito anos por um sujeito assim.

Eduardo Paes, que se candidatou a canalhice semelhante disse que Lula tem alma de pobre, por ter um sítio em Atibaia. Referindo-se ao seu Estado, disse que seria como abdicar de Petrópolis, Itaipava, e ter algo em Maricá; Pois bem, isso transferido para São Paulo, deve equivaler a Campos do Jordão como o lugar certo para quem tem alma de rico; nada contra a bela Atibaia, onde estive uma vez. O Silêncio dele invés de negar-se dono do sítio mostra-o consolado com a solidariedade de um igual, invés da defesa necessária, caso fosse inocente.

O “Chorume” saindo do lixão petralha é tanto, que um escândalo “abafa” outro, não temos tempo de analisar devidamente um, quando novo eclode. A Condução Coercitiva abafou a delação de Delcídio; a homologação posterior dessa, desviou o foco da pilantragem de Mercadante; a nomeação do pilantra para Ministro, diluiu momentaneamente a delação homologada; agora, o levantamento do sigilo, explica, em parte, por que tanta lama vaza da pocilga petralha.

Que famintos alugados por trinta pila, mortadela, paupérrimos cooptados via terrorismo psicológico como fim do bolsa família, e, petralhas profissionais, os vermelhinhos da vida mansa que nunca trabalham e vivem como reis, que esses, saiam às ruas em “defesa da democracia” até entendo. Todos têm razões ideológica$; agora, pessoas aparentemente inteligentes, artistas, gente com certo estudo, pelejando por essa gente, desafia meus dois neurônios.


Suponhamos que não fossem a quadrilha que são, tivessem vidas públicas frutíferas, testemunhos probos, ainda assim, se a maioria os não quisesse, como não quer, democracia ainda é, o pleno exercício da vontade da maioria; podem seguir defendendo seus arroubos bolivarianos, se acreditam nisso; entretanto, não tentem nos “curar à força” de nossas mentes democratas e liberais; nós gostamos de ser assim, e não damos a ninguém direito de ingerir nisso. 

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