“Os que habitam sobre a terra, se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, mandarão presentes uns aos outros; porquanto, estes dois profetas tinham atormentado aos que habitam na terra.” Apoc 11;10
Em geral, quando morrem personalidades conhecidas, o clima é de tristeza, consternação. Mesmo que não admirássemos quem partiu, ainda reinará certo respeito pela dor alheia, dos que lhe eram afeitos. É mais comum presentes de aniversário, celebração de conquistas, feitos notórios; porém, então, veremos presentes de velório. No texto acima, há a descrição de uma festa, porque duas pessoas foram mortas.
Ironicamente, essas mortes serão comemoradas sobre a terra, quem estiver vivo verá; quando as testemunhas do Senhor forem silenciadas, nos últimos dias. A causa de tal regozijo, será o fim do “tormento” de ter que ouvir a verdade, num mundo que ama à mentira.
Influenciados por isso, muitos pregadores se “suicidam”, por buscar uma linguagem adocicada; atuar mais em demanda do aplauso mundano, do que, em consórcio com O Espírito de Deus. Uma questão, cuja resposta pareceu óbvia no início da Igreja, infelizmente, já não é mais; “... julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes, a vós do que a Deus.” Atos 4;19 A pretexto de não ser polêmicos, esses suicidas optam por não ser verdadeiros.
Quem adocica um alimento que deveria ser salgado, para não melindrar ao “cliente” que o prefere doce, serve à impiedade traindo a si mesmo, se autoconvencendo que serve a Deus. Um paciente de enfermidade grave deve ser medicado, não, entretido, se, o médico souber o que faz.
O tormento de “ter” que ouvir à verdade eventualmente, é nada, se comparado ao tormento duma eternidade na perdição. Quem tem olhos espirituais, consegue “ver” as consequências do que está fazendo; justo por ver isso, se recusa a compactuar com a impiedade, mesmo que isso lhe custe a vida. “O homem espiritual discerne bem a tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;15
As testemunhas em apreço, atuarão num tempo em que, mais que não ser aceita, a verdade será odiada; já estamos bem avançados nisso.
Se, fosse possível apresentar coisas tão sérias, como o pecado que coloca as almas a perder, numa linguagem que não confrontasse, sem perder a essência, essa seria uma estratégia inteligente, dos pregadores. A inteligência é uma coisa amoral, tanto pode servir à virtude, quanto, ao vício; a verdade não é assim.
Pelo dever para com ela, um ministro do Evangelho deve ser comprometido, antes de tudo, com a fidelidade a Deus, que lhe deu Sua Palavra. A reação de quem ouve não é problema dele. Óbvio que a verdade desconforta, quem escolhe viver na mentira. Desgraçadamente, os que comemoram a morte dos servos de Deus, como vimos no verso inicial, no fundo, estão comemorando suas próprias mortes. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4
O silenciar dos pregadores da Palavra da vida, equivale ao triunfo da morte. “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? Como ouvirão se não há quem pregue?” Rom 10;14 Acabando os que pregam, junto acabarão as possiblidades de crer para salvação; nesse caso, não haverá nada para se comemorar, exceto, para quem anda no escuro.
Assim, os que silenciam aos mensageiros do Senhor, trocam um desconforto pontual, por um tormento eterno.
Os pregadores que são um sucesso de público, que estão “causando” pela vasta aceitação dos seus ministérios deveriam se preocupar. Ou, o mundo está se convertendo em bloco, deixando de amar à mentira, os esses “bem sucedidos” mensageiros, deixaram seu compromisso inicial com o Evangelho. A fidelidade a Deus enseja a má vontade, indisposição, aos olhos daqueles que estão em inimizade com Ele.
Com vergonha alheia vemos as disputas a quatro mãos, pelo espólio de bens materiais, por meios daqueles que, em tese, defendem a supremacia dos valores espirituais. Tiago pontua que nossa fé é demonstrada pelas nossas obras; os que atropelam valores eternos por bens efêmeros, embora cantem altos louvores às asas, ainda rastejam apegados aos casulos.
A salvação das almas é mais urgente do que nunca; no reino do anticristo em célere implantação, só disporá de bens materiais quem vender os espirituais; só então veremos o quão nada, essas coisas são.
Enfim, quem desejar ser de alguma utilidade ao Eterno, precisa ousar pagar o preço de ser ‘mau’ aos olhos ímpios; deixemos que o mundo celebre nossas mortes, se isso lhe parecer bem.
Os Céus também o farão, e essa celebração terá um valor eterno, não o elã de um momento, como o falso júbilo dos ímpios. “Preciosa é, à Vista do Senhor, a morte dos Seus santos.” Salm 116;15
Nenhum comentário:
Postar um comentário