domingo, 9 de março de 2025

Os insensatos


“Os insensatos zombam do pecado...” Prov 14;9

Certa vez, o ator/cineasta Woody Allen disse: “Se Cristo morreu pelos nossos pecados, seria tolice deixar de cometê-los.” Um exemplo bem eloquente de um insensato zombando do pecado.

Os que desfilam nos carnavais, tripudiando do Senhor, dos símbolos cristãos, ou fantasiados de Capetas escarnecendo de tudo de todos, são exemplos corriqueiros da prática, também.

Isaías já denunciara, nos seus dias, aos que não tinham pudor de pecar; “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; publicam seus pecados como Sodoma, não os dissimulam; ai deles! Porque fazem mal a eles mesmos.” Is 3;9 Quando, pecados se tornam coisas a ser feitas em público, com pompa e circunstância, é porque a voz da consciência já foi cauterizada plenamente.

O professor William Barklay, explicando o sentido da palavra grega “aselgeia” que foi traduzida por dissolução, ensina que, no original é ainda mais profundo o sentido. As pessoas que pecam, que fazem coisas erradas pretendem que isso fique “no escuro”; têm certo pudor. “Porque todo aquele que faz o mal odeia à luz, não vem para a luz, para que, suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Erram sabendo que estão erradas; que não deveriam agir daquela forma.

Pois, o que incorre na “aselgeia” é um que, pela prática enraizada, e costumeira, já não tem vergonha de não ter vergonha; acha que agir assim é um direito seu. Faz as coisas abjetas à luz do sol e desafia; fiz mesmo e daí? Publica seus pecados, zomba deles.

É certo que O Salvador morreu pelos nossos pecados; não importa quão intensos e deletérios tenham sido; uma vez arrependidos e confessos, perante Ele, receberemos perdão e nova vida. Contudo, o fato de recebermos essa graça, deve ensejar temor em nós, e gratidão pelo que Ele fez em nosso favor; não resta nenhum motivo para zombaria.

Derivar da magnitude do resgate, como alguns pavões fazem, um suposto grandioso valor em nós, mérito, é seguir pecando; agora pelo orgulho. O que levou O Senhor a pagar tão alto preço, tem a ver com a grandeza do Seu amor, não do nosso brilho. “Mas Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8

O Eterno não fez um grande negócio salvando-nos; antes, manifestou um grande amor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho Unigênito...” Jo 3;16 Poderia criar, num estalar de dedos, coisas infinitamente melhores que nós; mas, por amor, preferiu nos redimir. Isso deveria bastar como fomento à uma gratidão eterna.

Quem acha que, a entrega de Cristo em nosso favor significa uma licença para continuarmos pecando, ainda não entendeu nada. “... todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo, o fomos, na Sua morte... sabendo isto; que nosso homem velho foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, e não sirvamos mais, ao pecado.” Rom 6;3 e 6

Caso alguém trate um feito tão sagrado, como se fosse vulgar, depois de ter conhecido e recebido o excelso livramento, ainda venha a capitular aos desejos pecaminosos, voltando ao lixo de onde saiu, esse, estará, por refém de seus pecados aos quais se recusa abandonar, requerendo uma segunda morte do Senhor em seu favor; não terá.

A Palavra é categórica: “Porque é impossível que, os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, assim, quanto a eles, de novo crucificam ao Filho de Deus e O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Existem formas bem sutis de se zombar do pecado; vêm embaladas em brilhantes papéis de piedade, nas entregas a domicílio, da “Teologia liberal”. O “Deus inclusivo” derivado disso, que “desdiz” o que Sua imutável Palavra disse, é só zombaria de Satanás, mediante seus servos, transfigurados de ministros de justiça.

Os pregadores da “hipergraça” deveriam ler algumas letras miúdas, acerca da seriedade das coisas santas. “Quebrantando alguém, a Lei de Moisés, morre sem misericórdia só pela palavra de duas ou três testemunhas; de quanto maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar O Filho de Deus, tiver por profano O Sangue da Aliança com o qual foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da Graça?” Heb 10; 28 e 29

Ao homem não foi facultado decidir o que é pecado, e o que não; os que invertem valores para “estar certos”, podem estar mais certos ainda, que atuam contra O Senhor.

Quem zomba do pecado, escarnece do dom da vida; “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23

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