quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Os bipolares



“Examinais as Escrituras, porque pensais ter nelas a vida eterna, são elas que de Mim testificam; e não quereis vir a Mim para terdes vida.” Jo 5;39 e 40

Essa bipolaridade dá o que pensar. Se, aqueles examinavam às Escrituras buscando pela vida eterna; o Príncipe da Vida viera a eles e se recusavam a recebê-lo, agiam como se, ora quisessem à bênção; outra, não mais.

Talvez a desejassem às suas maneiras, não à maneira de Deus. Paulo interpretou: “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da Lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Rom 10;3 e 4

Pesa o apego dogmático, superficial, pretendendo a imposição das diletas maneiras, invés de humildemente buscarmos a compreensão de Deus.

Eles eram zelosos de Deus; todavia, sem a luz necessária. “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.” Rom 10;2

Escrevendo aos coríntios, Paulo usou uma pitada de ironia, chamado o caminho escolhido pelo Eterno, de loucura; “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21

Não que não seja lícito termos, eventualmente, nossas predileções; todavia, quando essas se chocarem com a Divina direção, não venhamos ceder a um apego fanático, recrudescendo no erro. Muitos se atêm a dogmas, tradições religiosas, desprezando ao Senhor da vida como Ele se revelou, infelizmente.

Embora, Deus seja Grandioso em perdoar e em manifestar Sua misericórdia, a salvação graciosamente oferecida terá que acontecer nos Divinos termos, ou, jamais acontecerá. “O que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

Uma coisa é suprir graciosamente nossas necessidades; outra seria supormos que Ele, abriria mão dos Seus Eternos Decretos, para encaixar algo em nossas efêmeras vontades.

Os que frequentam igrejas acreditando receber nelas a Cristo, O Príncipe da Vida, se mostrando refratários à plenitude da Sua Doutrina e necessárias correções, também oscilam numa bipolaridade pendular, de quem quer algo, mas não ousa recebê-lo como é dado.

Assim agem os que pretendem “editar” à Palavra para encaixar seus pecados de estimação. Querem muito uma igreja, pouco, ao Senhor.

“O fim da Lei é Cristo”, não está advogando a ausência de lei, libertinagem; “estamos na graça, podemos tudo” como devaneiam incautos. “O dízimo era da Lei, - comemoram os avarentos – estamos na Graça.” Sua resposta à Divina Graça é pífia, doentia, materialista, mentirosa.

O fim, no argumento paulino, significa objetivo, não, término. A Lei foi dada revelando nossos pecados, para que entendamos por ela, o quanto carecemos do Salvador. “De maneira que a Lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo...” Gál 3;24

Ele eliminou a necessidade de sacrifícios oferecendo a Si mesmo; sintetizou os dez mandamentos em dois; advertiu do risco duma compreensão superficial, meramente da letra; sobretudo, nos mandamentos de não matar e não cobiçar; assim, Seus ensinos são a Nova Lei, pala qual devem aprender a viver os que pretendem pertencer a Ele. “... não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da Lei de Cristo...” I Cor 9;21

Deu O Espírito Santo a cada convertido, para conduzi-lo sem necessidade de um rígido código. “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;12 Diz mais: “Esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei Minhas Leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus, eles Me serão por povo;” Heb 8;10

A sensibilidade de quem ouve e voluntariedade de quem se submete ao Bendito Consolador, é chamado de “andar em espírito.” Quem assim faz, não precisam temer a lei nenhuma. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Como então, muitos, ainda, pertinho do Senhor da Vida, perecem pelo devaneio de desejarem as coisas às suas maneiras. Sempre que decidirmos investigar algo, devemos fazer, de tal modo desarmados, que estejamos prontos a descobrir coisas contrárias aos nossos credos. Quando acontecer termos a ousadia de mudar em direção à luz recebida.

Aquele que não o faz nessa disposição, a rigor, não investiga; apenas pesquisa onde pode melhor ancorar o barco das suas predileções. É fácil se aproximar do Salvador; Ele é acessível; é difícil fazer com verdade, pois, requer a eliminação dum ídolo entranhado, o ego. “Negue a si mesmo.”

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