“Amados, procurando escrever-vos com toda diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que foi dada aos santos; porque se introduziram alguns, que já dantes estavam escritos, para esse mesmo juízo; homens ímpios, que convertem em dissolução a Graça de Deus, negam a Deus, Único Senhor e Dominador nosso, Jesus Cristo.” Jd vs 3 e 4
Judas disse que pretendia escrever sobre amenidades, a salvação comum; mas se viu forçado a tocar um clarinete marcial. O motivo? Dissolutos infiltrados.
“se introduziram...” primeira distinção entre alguém chamado, e o “meteco” espiritual: Enquanto aquele aguarda submisso e paciente em pleno preparo por eventual convocação, esse é autônomo, metido, se introduz por meios espúrios em busca de espaço.
Seu “modus operandi”; converte em dissolução a Graça de Deus. Dissoluto é um esbanjador irresponsável, como o filho pródigo; aquele o fez no tocante aos bens materiais, de uma herança que reclamou antecipadamente.
Os infiltrados fazem a Graça parecer mais graciosa que é, como se, o fato de Deus ser “grandioso em perdoar” como ensina Isaías, significasse que é incapaz de julgar; um sentimental que tudo tolera em nome do amor. Será?
Paulo aconselha: “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus; para com os que caíram, severidade; para contigo, benignidade, se permaneceres na Sua benignidade; de outra maneira, também serás cortado.” Rom 11;22
A Graça faculta que nos assentemos em lugares que não seriam para nós pelo mérito. A santificação requer que mantenhamos esses assentos limpos; ou, nos incomodemos quando assim não estiverem; devemos buscar o “sabão dos lavandeiros” como vaticinou Malaquias, aludindo à Doutrina de Cristo.
Embora a cruz de Cristo seja a maior declaração de amor do universo, há mais coisas nela que o amor; “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.” Sal 85;10
A misericórdia não sacrifica a verdade, antes, revela-a; não faz vistas grossas ao pecado; chama aos errados de espírito para que se arrependam e perdoa; depois, preceitua: “Não peques mais.”
A justiça de Cristo reconcilia-nos com Deus, não com o ímpio sistema; “Isto é; Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não lhe imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19
A consequência do reatamento, “O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 alinha-nos com O Divino querer expresso na Sua Palavra. Isso faz desnecessários os contorcionismos “teológicos”, o pretenso revisionismo dos “editores” da Palavra, eufemismos e sofismas, dos que, tendo sido chamados para confrontar o sistema ímpio, por comodismo ou covardia, optam por se amoldar.
Infelizmente, pessoas que tiveram um começo ministerial saudável, alentador, ao decurso do tempo, talvez vítimas de efeitos colaterais do agir desses infiltrados, de repente começaram e pregar de modo que, suas mensagens pretéritas seriam inimigas das que hoje entregam. Teriam sido vítimas da “Síndrome de Lúcifer” como escreveu Caio Fábio, ou sido desvirtuados pelos barateadores da Graça? Talvez, as duas coisas concorram.
O que são as Igrejas “inclusivas”, as “versões” caramelizadas da Palavra de Deus, os mercenários dos shows góspeis, a igrejas com paredes escuras, jogos de luzes como espetáculos mundanos, os inúmeros desvios doutrinários, senão, vistoso stand da apostasia, onde os dissolutos infiltrados expõem seus frutos? “Pelos frutos se conhece a árvore”, ensinou O Salvador.
O Batalhar pela fé que Judas preceitua, remete a um aspecto quase impensável, em se tratando de linguagem marcial. Devemos aprender para vencer essa luta; ser edificados até à Estatura de Cristo. Só assim, teremos o antídoto necessário contra os que pervertem à fé. Devemos crescer nisso, “para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor, por todo vento de doutrina, pelo agir de homens que, com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14
Quando Paulo empregou a metáfora do soldado, para ilustrar a luta espiritual, entre outras petrechos mencionou a justiça e a verdade. Por fim, a Espada do Espírito, como figurou À Palavra de Deus.
Enfim, batalhar pela fé não significa lutar pelo inalienável direito de crer; antes, empreender todas as forças, para preservação do teor daquilo em que cremos, desfazendo o mínimo postulado que se insinue num caminho alternativo; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruir às fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo; estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;4 a 6
Notemos que, só tem autoridade para corrigir, aquele que tem a humildade de obedecer. Os que, invés disso se esforçam em ampliar à Graça, assim fazendo, mostram que suas vidas não cabem na “Porta Estreita”.
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