sábado, 6 de setembro de 2025

Corações sábios



“Ensina-nos a contar nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” Sal 90;12

Óbvio que ninguém se tornará sábio apenas contando dias. “Contar nossos dias” significa viver, passar pela vida com uma percepção aguda acerca do que é melhor, para que, no final, tenhamos feito as melhores escolhas.

A busca em demanda da sabedoria é bem antiga; a encontramos desde o livro de Jó. “Onde se achará a sabedoria, onde está o lugar da inteligência? O homem não conhece seu valor; nem ela se acha na terra dos viventes.” Jó 28;12 e 13

Na verdade, a sedução na qual o primeiro casal sucumbiu, foi de receber mais sabedoria. “Sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Uma das “qualidades” da árvore proibida, aos olhos da seduzida Eva, foi que ela pareceu, “desejável para dar entendimento.” Gn 3;6

Estamos, na presente era, numa situação extremamente privilegiada em relação aos antigos. Eles, no máximo logravam fazer as perguntas certas; “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é Seu nome? Qual é o Nome de Seu Filho, se é que o sabes?” Prov 30;4

Os expoentes de atos heroicos de fé, em tempos idos, não tinham os horizontes que temos; tampouco, as esperanças pelas quais creram se cumpriram em seus dias; seus feitos não foram pequenos; “... venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; outros experimentaram escárnios e açoites, até cadeias e prisões.” Heb 11;33 a 36

Não obstante sua bravura, ainda não foram galardoados; “Todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.” Vs 39 e 40

Todos viveram antes de Cristo, sem conhecimento da Sua Obra Majestosa, sem Seus ensinos sábios e do Novo Testamento. Sobre a vantagem dos que viram a Cristo, O Salvador comentou: “Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram; ouvir o que ouvis, e não ouviram.” Mat 13;17

Se, nossa investigação iniciou em busca da sabedoria, como chegamos em Jesus Cristo? É um dito proverbial que ninguém pode dar o que não possui. Pediríamos sabedoria a quem? “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;6 e 7

Quando se distingue o dom de Deus como “verdadeira sabedoria”, é por que, simulacros concorrem por aí. Paulo também diferiu a sabedoria de origem Divina, das espertezas terrenas; disse: “Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;7 e 8

Portanto, se os nossos dias forem contados num modo de viver que honre a Cristo como Senhor e Mestre, há fundadas razões para chegarmos ao fim deles com razoável porção de saber; num modo de viver que valha à pena.

Paulo combatia em oração pelos seus filhos na fé, “Para que os seus corações sejam consolados, estejam unidos em amor, enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus Pai, e de Cristo, em Quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;2 e 3

Se todos os tesouros estão Nele, onde mais pensaríamos em buscar sabedoria? Ele disse: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

Um jugo costuma ter anexo um peso; no entanto o de Cristo traz descanso às almas por quê? Porque é necessário subjugarmos nossas más inclinações para fruirmos a leveza de um viver espiritual aprovado.

Paulo desenvolveu isso: “subjugo meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira ficar reprovado.” I Cor 9;27

Se nosso alvo for mesmo corações sábios, não, vidas fáceis, pagaremos o preço do caminho estreito, para aprender de Cristo. Quem olha de fora não entende, mas também não conta. “... Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.” I Cor 3;18

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