“... há justo que perece na sua justiça, e ímpio que prolonga seus dias na sua maldade.” Ecl 7;15
As ações sendo recompensadas segundo seu mérito é o esperável. Costumamos pensar que os de boas índoles merecem toda sorte de bênçãos; enquanto, aos maus, eventual má sina que os alcançar será justiça.
Nas reflexões de Salomão encontramos o oposto. O justo perecia na justiça e ímpios prolongavam-se na maldade. Qualquer pessoa minimamente esclarecida, convirá que esse padrão que foi observado então, ainda se mantém.
Se, tudo acontecesse na esfera imanente, nada restaria para que esperássemos do transcendente. De outra forma: Se a justa retribuição fosse precisamente sobre a terra, nem seríamos testados em nossa fé; pela qual, somos desfiados a esperar recompensas no porvir.
Paulo foi categórico: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19
Das riquezas espirituais, ouvimos, nalgumas falas onde pontuam a importância das coisas que o dinheiro não compra. Todavia, uma coisa é saber da existência; outra, viver de modo a priorizá-las. A Palavra ensina: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra;” col 3;1 e 2 Questão de prioridades; nenhum veto os cuidados necessários com a vida aqui.
Natural quem serve a Deus desejar que as boas ações tenham recompensa, assim como, as más. O senso de justiça implantado em cada alma o requer.
Contudo, a excelência é buscarmos ao Senhor pelo que Ele É, não por coisas que dá. Fazer as escolhas certas com o sentimento correto, como ensina Paulo em I Cor 13
Faz parte da fé, primeiro crer de modo irrestrito, manifestando uma confiança sem reservas em Deus. Depois, poderemos também confiar que as escolhas virtuosas serão recompensadas em tempo. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6
Se alguém se mostrar ressentido por ter uma não retribuição imediata, por certo o fará, em cima de um presumido mérito. Não podemos esquecer que se o Eterno decidisse por um imediatista “bateu levou”, “plantou colheu”, o juízo contra as más obras também seria imediato. Contudo, não é. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11 Antes de alguém reclamar da “demora” de Deus quanto às recompensas, considere a longanimidade que retarda o merecido juízo.
Quando ensinou aos Seus, O Salvador os chamou a um padrão mais alto que mero mercantilismo, de ser bom para com quem só lhe faz bem, o mau para com os demais.
Das reles trocas na mesma moeda perguntou: “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” Mat 5;46 Aquilo que qualquer ímpio consegue fazer, por certo não é o que foi demandado dos que foram chamados a ser sal da terra e luz do mundo; “Porque vos digo que, se vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” Mat 5;20
Antes, dissera: “... Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos Céus; porque faz que Seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.” Vs 44 e 45
Os que escolhem a justiça como modo de vida, optam por agradar a Deus a despeito do que recebam nessa vida.
Não que as recompensas por um viver assim estejam apenas no além. A boa reputação que geralmente acompanha ao homem íntegro, a paz de espírito que a integridade enseja são de usufruto imediato. Dos que assim não são, A Palavra diz: “Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21
Quando ímpios prolongam seus dias na injustiça. Não significa a Divina aprovação dos seus passos; antes, O Divino amor esperando que se arrependam e não pereçam.
Seria escárnio ante O Eterno, não fazer justiça no seu tempo. “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8
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