quarta-feira, 4 de junho de 2025

O ferro, e o barro

 

“Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois, viste o ferro misturado com barro.” Dn 2;41

Último império mundial humano, que foi interpretado por Daniel; o descreveu figurado nos pés duma estátua, que eram de ferro misturado com barro. Um reino unido pelo poderio bélico e político, com discrepâncias ideológicas, culturais, espirituais; forte e fraco. 

O Apocalipse tratando do mesmo tempo, aludiu a um poderio espiritual reinando e controlando à humanidade; esse dominará pela força; pois, menciona a imposição de uma imagem com espírito, que exigirá adoração. A força militar estará a serviço da coação espiritual;

“Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a sua imagem.” Apoc 13;15

Se, essa exige adoração sob pena de morte contra quem se recusar, não é difícil entender qual espírito que a anima. 

Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, uma imagem falando e exigindo adoração não fazia sentido. Mas era a descrição possível, então, das coisas que, hoje são triviais.

 Um exército de drones foi descrito como sendo, de gafanhotos; 

“O parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; sobre suas cabeças havia umas como coroas semelhantes ao ouro; os seus rostos eram como rostos de homens... tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; seu poder era para danificar os homens por cinco meses.” Apoc 9;7, 9 e 10 

Caudas venenosas refere-se ao potencial de disparar armas; os ditos “ataques não tripulados” são uma realidade em nossos dias; os detalhes da aparência dos “gafanhotos” por certo estão por vir, ao gosto estético, das “forças de segurança”, na hegemonia do império mundial em gestação. Rostos de homens e coroas podem simbolizar o reino ao qual servirão.

Terão homens pilotando-os e um comando real, patrocinando suas ações. 

João descreveu o que viu, na linguagem da época; não foi entendido, e nem poderia; porém, hoje, com os avanços que a IA vem fazendo, coisas antes impensáveis, agora soam mui factíveis. 

Está sendo forjado um hibridismo que pouco a pouco vai fundindo homem e máquina; e a maioria as máquinas nas redes virtuais, parece possuída, pilotada por espíritos malignos; Na saúde humana, redes neurais atrofiadas, podem ser estimuladas via chips implantados, sempre com o nobre fim de restauração da saúde.

Com muita frequência, a IA consegue atuar com autonomia em determinadas áreas, como se, invés de dados humanos coletados nas redes, apenas, bebesse de outra fonte, uma espécie de universo paralelo, adiante do nosso. Assim, além de fusão entre o homem e a tecnologia, essa parece estar acima de nós, habitada por seres inteligentes, muito mais do que o homem, que nos vigiam e controlam mediante as redes. Basta que falemos a alguém sobre o desejo de comprar um pônei malhado, e breve o sistema exibirá um catálogo desses, diante de nós.

Especialistas em “futurologia” já preveem a conquista da imortalidade até 2030, através da inserção dos tais, Nanobots na corrente sanguínea; o que geraria seres híbridos, transhumanos, imunes à decrepitude; ou, pós humanos. 

Qualquer elo entre isso e a mescla de ferro com barro, não é coincidência; faz parte do pacote. A fragilidade e a força se fundiriam também, nas vidas particulares. 

No afã de ter vida eterna sem Deus, sem as renúncias necessárias em Cristo, a possibilidade soará mui atraente, à maioria, que assim o deseja. Porém, quando descobrirem que a “vida” nesses termos será absolutamente vegetativa, robótica, indesejável, pela perda do arbítrio, das sensações naturais, e consequente ventura de ser livre, esses homo-máquinas desejarão morrer; os mesmos sentidos que fazem a vida dolorosa, eventualmente, também a fazem aprazível; sem eles, seremos autômatos sem sentido.

Pois, a existência compulsória à qual estarão presos, não trará nenhum alento; a centelha humana que restar, desejará fugir da escravidão, o barro ansiará separar-se do ferro, nem que seja, anulando-se; porém, o feitor tecnológico impedirá.

“Naqueles dias os homens buscarão a morte, e não acharão; desejarão morrer, a morte fugirá deles. Apoc 9;6 

Os que recusaram à vida eterna nos termos de Cristo, aceitarão um simulacro, imitação fraudulenta de Satanás. Quando descobrirem que não passa de uma prisão, será demasiado tarde, infelizmente. Deve ser uma antecipação do inferno, anelar com todas as forças, morrer, e não ser possível.

“Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

 

 

 

 

 

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