sábado, 17 de maio de 2025

Os maledicentes


“Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” I Ped 3;16

Em geral as pessoas se ocupam mais em ter boa vitrine, que boa consciência; em saírem bem nas fotos, mais que, estarem sãs no espírito. Para a maioria, as redes sociais nada são, além disso; um lugar para ostentar realizações, beleza, posses; pouco lhes importa como vivem; seu negócio é exposição de vantagens.

Uma boa consciência é uma boa foto íntima; retrato de como somos vistos, na dimensão espiritual. Aquele que pode ver corações, testifica da Sua aprovação dos nossos passos, quando, ante Ele, os mesmos são probos; deixando leves às consciências, numa quietude que só a paz de Deus pode ensejar.

A falta dessa paz, é um predicado dos que escolhem a impiedade como modo de vida; “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios...” Is 57;20 e 21

Não significa que um bom andar diante do Eterno seja bem visto pelos circunstantes. Se, mesmo tendo nós, boas consciências, ainda conseguem falar a nosso respeito, como de malfeitores, por certo incide uma discrepância entre o modo com que O Senhor nos vê, e como esses veem. Pois, uma nuance bem visível da sua falta de paz, é a temeridade de imputar maldade, sem nenhum indício mais, que a punção da própria maldade, na qual estão vivendo.

Acaso foram os defeitos de Jó que causaram suas dores? Não. Foram suas virtudes que atiçaram à inveja do inimigo; ele, acusou ao patriarca das maldades que ele possuía. Assim, os que nos aquilatam malfeitores, quando não fizemos mal nenhum; não raro, ficamos sabendo de cada coisa, que nem sabíamos que “tínhamos feito”.

Na imaturidade espiritual, tomar ciência de coisas assim, irritava, dava vontade de tirar satisfações; hoje, dá pena desses, pela certeza do erro temerário no qual estão incorrendo. Fatalmente isso trará consequências nada auspiciosas.

Os falaciosos vadios terão que prestar contas pelas coisas ditas; “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;37 Sempre a bondade Divina espreita acenando com a possibilidade de um conserto, para que invés do juízo, baste a misericórdia; “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Às vezes, a santa misericórdia desiste da espera; o juízo incide ainda na terra, os caluniadores são envergonhados, quando O Senhor decide, de modo inequívoco, mostrar quem somos, o que, por um viés oblíquo revela também, quem eles são. Faz com que, “... naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos...” tanto desejaram nos envergonhar, que, acabam colhendo vergonha.

Eventualmente, nos incomoda uma situação que, demoramos para entender. Quando, nos dias do lodo, fazíamos uma série de coisas más, erradas do primeiro ao quinto, ninguém nos acusava de nada; muitos nos chamavam de “gente fina”. Quando, tendo ouvido o chamado de Cristo, sido convencidos pelo Seu Amor e pela Sua Palavra, começamos mudar de vida; então, finalmente, nossas maldades são “vistas” por todos, mesmo, as que não cometemos.

Por quê, isso acontece? Porque o novo andar de quem decide sair do lodo e se deixar firmar sobre a Rocha, cria pelo menos, dois problemas: um; Satanás que não se incomodava conosco, passa a ser nosso inimigo; usa todos os ímpios que ainda estão em seu domínio, como armas contra nós; dois; nossa mudança passa a ser uma mensageira, a constranger aos que, outrora andaram conosco em nossos descaminhos; se admitirem que acertamos, serão desafiados a mudar também; assim, preferem pichar nossos muros a rebocar os seus.

Porém, quando os falazes são “cristãos”, esses possuem fundadas razões para duvidarem das suas conversões. “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e amargosa?” Tg 3;10 e 11

Inicialmente, O Senhor permite que bebamos alguns chás com as ervas amargas da maldade humana. Faz bem às novas convicções adquiridas, ver a diferença entre uma situação e outra. Porém, quando decide justificar aos Seus, Ele faz com que, “... fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.”

Enfim, o que as pessoas falam de nós, pode mostrar quem somos, ou, quem elas são; porém, uma consciência em paz, deixa evidente o que O Espírito Santo começou a fazer; “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra, aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

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