“Seja qualquer que for, seu nome foi nomeado, e sabe-se que é homem; que não pode contender com o que é mais forte que ele.” Ecl 6;10
Estobeu dizia: “Termina com má fama quem ousa duelar contra o mais forte.”
Que as criaturas não podem contender com O Criador deveria ser pacífico. Entretanto, quando alguém decide ignorar aos Divinos preceitos fazendo as coisas à sua maneira, contende com O Criador, violando restrições que Ele colocou na consciência. Fragmento do Seu Espírito em nós, que atua para nos persuadir rumo à virtude; isso prossegue até que a obstinação no erro, a cauterize.
Quando, em dias antigos O Eterno observou a resiliente escolha humana pelo erro, desistiu: “Então disse o Senhor: Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém, seus dias serão cento e vinte anos.” Gn 6;3 Tempo até o juízo mediante o dilúvio. Naquele caso, o fim da contenda trouxe o fim das possibilidades para os rebeldes.
Na inauguração do papado de “Leão XIV” ele mencionou mais de uma vez a sinodalidade e o diálogo, como norteadores do seu governo recém estabelecido. Significando seu desejo de discutir as coisas com as bases, e andar em comum acordo. Que mal tem isso? Depende do ponto de vista.
Inicialmente, o patrocínio de uma crassa desigualdade, ao trazer O Altíssimo ao mesmo nível dos homens; um grande mal. Na verdade, excluí-lo, malgrado, pretextando reger em Seu Nome. “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, às coisas diferentes.” Aristóteles.
O diálogo é uma coisa boa e necessária, entre iguais. As relações interpessoais se resolvem muito melhor, se essa forma respeitosa de interação, permear às mesmas.
Porém, em se tratando do relacionamento com O Eterno, não há espaço para troca de ideias quanto aos rumos a seguir. O “diá logos” (através das palavras) deve dar lugar ao “Theos Logos” ao que Deus falou; ou, à Palavra de Deus. “Confia no Senhor de todo o teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento.” Prov 3;5
As pessoas gostarem ou não, é direito delas; anunciar retamente, sem misturas nem malversações, é dever de quem fala representando ao Senhor.
Mas, O Papa representa o Vaticano, um Estado, com motivações de domínio político, não, de mediação espiritual entre o homem e Deus. Embora coloque rótulos religiosos em tudo, não se deixa limitar pela Palavra do Eterno. Nela encontramos: “Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;6
Pois, chamar homens pecadores a opinar sobre os rumos espirituais que pretendem para si, transformaria a Igreja em mera democracia. Nada superior, moralmente, aos governos humanos.
Aliás, essa é a mais reiterada acusação dos católicos contra os protestantes. “Sola Scriptura”; denunciam nossa ideia fixa, nosso “fanatismo”. Quem dera fosse mesmo, em todos os lugares! Infelizmente, não atingimos essa pureza doutrinária necessária. Há muitas falsas doutrinas e “revelações” poluindo ambientes que deveriam ser santos.
Onde erramos não dá para dourar a pílula. Mas, os limites colocados seguem lá. “Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante Dele.” Ecl 3;14
Embora seja desejável a convivência em tolerância com os que pensam e creem de modo diverso, o direito de sermos diferentes deve ser preservado. A isso chamamos liberdade de consciência, de crença.
Qual a possibilidade de diálogo, em questões espirituais, entre os que têm A Palavra de Deus apenas, por diretriz, e os que assim não fazem? O ecumenismo em gestação se imporá, tendo como elo, apenas a disposição que, todos concordarão em não discordar; será mui democrático, pois.
Se alguns desejam banir ao Eterno da Sua Exclusividade, colocando ímpias inclinações em pé de igualdade com A Palavra da Vida, que o façam; tão somente, não pretendam constranger outros a adotarem a mesma temeridade.
Aquilo que a Terra lê como união, algo belo a ser buscado, aos olhos celestes não passa de motim; um balaio confederado de ímpios, atentando conjuntamente contra o Governo do Senhor. “Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, e sacudamos de nós suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará.” Sal 2;1 a 5
Ante a impossibilidade de sermos vencedores lutando contra O Eterno, Ele propõe uma alternativa mais amistosa: “... se apodere da Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;5
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