“O que guardar o mandamento guardará sua alma; porém, o que desprezar seus caminhos, morrerá.” Prov 19;16
O vitimismo é um mal que nos acompanha desde o início da saga humana. Quando confrontados com sua desobediência, a mulher acusou à serpente, Adão culpou à mulher; como a criação dessa fora uma ideia Divina, quase que, o homem culpou ao Criador. “A mulher que Tu me deste por companheira.” Gn 3;12 Faltou só dizer: Eu não pedi; por que me destes? Lavo minhas mãos.
Como numa extensão dessa doença, o vitimismo inconsequente, a tendência à desobediência acaba sendo uma postura esperável, infelizmente. “Porquanto, a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à Sua Lei, nem pode ser.” Rom 8;7
Algo nos é vetado, uma cerca qualquer nos limita, e pronto: Estamos sendo vítimas da castração dos mais legítimos direitos; Deus não nos deixa nem respirar, não nos que ver felizes. Leis, mandamentos, outra coisa não visam, senão, nos tolher, limitar, acusam.
O Criador não tenciona fazer felizes aos mortos espirituais; antes, quer fazê-los retornar à vida; isso requer algumas dores. Aqui é local de adquirirmos ingressos; a felicidade está reservada no além. Lá, “Deus enxugará dos seus olhos, toda a lágrima...” Apoc 7;17
Os avessos à disciplina, ultimamente têm aplicado uma reengenharia à sua linguagem; a culpa é do legalismo, da religiosidade tóxica; falta de inclusão, discurso de ódio. Ora, os mensageiros idôneos não constroem cercas, não criam limites; apenas se esforçam para serem probos na apresentação da Palavra da Vida; os limites que estão lá, são para o nosso bem. Felizes os que ouvem pregoeiros idôneos.
Certamente, com um discurso “libertário” assim, que Satanás seduziu a terça parte dos anjos. Como é uma criatura, portanto, não é proprietário de nada do que foi criado, por certo acenou com coisas que não possuía, para se mostrar “melhor” que O Eterno. “Na multidão do teu comércio se encheu o teu interior de violência e pecaste... pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários...” Ez 28;16 e 18
A ideia que Lúcifer comerciou, está associada a violência e injustiça; a primeira, porque violou limites que não deveria, e a injustiça, porque acenou com coisas que não possuía. Pelos menos duas cercas rompidas; a dos limites, e da propriedade.
Dada a diferença abissal entre criaturas e o Criador, natural que Ele, coloque limites àquelas; afinal, o poder e a posse são Dele. E pela essência revelada do Nosso Bendito Senhor, “Deus É Amor”, sempre que coloca um termo, uma restrição a nós, o faz para o nosso bem. “Agora, pois, ó Israel, que O Senhor teu Deus pede de ti senão... Que guardes os mandamentos do Senhor, os Seus Estatutos, que hoje te ordeno para o teu bem?”
Pois, como vimos no princípio, “O que guardar o mandamento guardará a sua alma;” precisamos ser cautelosos com os discursos libertários, pois; nem sempre o que nos fala as coisas agradáveis de se ouvir, está laborando pelo nosso bem. Como uma isca apetitosa se oferece toda, no habitat do peixe, assim, muitas “bondades” que nos assediam.
O Senhor capacita aos Seus ministros para falarem segundo Ele, o que nem sempre soa agradável ao ouvido, mas sempre será medicinal, no que importa, o prisma espiritual.
Nossa situação após a queda é de pacientes, de enfermos; e quando somos tratamos da saúde física nos hospitais, não vamos lá em busca de entretenimento, tampouco impomos condições aos médicos de como queremos ser medicados. Nos submetemos ao que eles prescrevem, sem nos sentirmos vítimas, sabendo que aquilo é uma necessidade para o nosso bem.
Abstraídas as diferenças objetivas, é exatamente a mesma coisa. Quem procura “Igrejas” movido por predileções, pela “afirmação de direitos”, está mais doente que a maioria. Além das mazelas comuns que costumam permear às vidas alienadas de Deus, nesses inda grassa a cegueira espiritual, que os leva a presumir a existência de um doentio “afirme-se”, onde o Médico dos Médicos receitou um sisudo “Negue-se!” “... o que desprezar os seus caminhos, morrerá.”
Cheio está por aí de “hospitais alternativos” e cada um poderá escolher o “tratamento” que aprouver; porém, se no fim da lida a opção dos que preferiam o “bálsamo da Graça” onde eram necessárias algumas incisões de justiça, se revelar também enfermiça, inócua, não queiram culpar ao Senhor pelas escolhas particulares alienadas da “Receita” Dele. “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39
“Porque o erro dos simples os matará; desvario dos insensatos os destruirá; mas o que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temos do mal.” Prov 1;32 e 33
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