quarta-feira, 30 de julho de 2025

A tempestade necessária


“Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados.” Sal 12;8

Quando patifes estão no poder, sem se sentir ameaçados, a choldra se esbalda; a algazarra dos corruptos em sua plenitude, abafa sobejamente aos gemidos dos injustiçados. Quem discorda do modo patife de ser, é desterrado das plagas dos seus direitos.

Rasgam a constituição, ignoram às leis mais cristalinas, fazem pó das cláusulas pétreas, e tudo bem; ai de quem discordar. As leis têm força de titãs contra desafetos, e músculos de faquires, para defesa dos injustiçados.

No arroubo destemido dessa tsunami corrupta e ideológica, nenhum valor pátrio se sustenta diante dos “defensores da democracia.” Deputados acabam presos por “crime de opinião”, jornalistas banidos, censurados, por opinar contra o crime.

Tudo normal; a imprensa, velha prostituta, jura que “ainda dá um cardo”, vende-se na sua impudicícia à luz do dia. Quem deveria frear-se aos limites das leis, possui uma caneta aríete que derruba os portões inconvenientes. Nada os poderia deter; exceto, talvez, a força.

Inocentes são jugados e culpados pelos crimes que eles cometem; não são tão inocentes assim; afinal, deveriam ter reverenciado aos ladrões e fraudadores, e abaixado as cristas.

Tudo ia tão bem em patifópolis, até que começou a ir mal. Do nada, de terras estranhas, apenas porque o patife mor embriagado com seu poder ilimitado, resolveu cagar além-fronteiras, o soberano de lá magoou e decidiu acabar com a putaria de cá. Pesadas sanções foram aplicadas e outras maiores espreitam, esperando que eles voltem atrás.

Num passe, os que interferem em toda a América Latina, a quadrilha que pretende furtar e vermelhar tudo, redescobriu o patriotismo. Veementes gritos por soberania eclodiram. Ora, numa democracia, não é o povo soberano, e as leis o limite comum? Sim. Mas, patifópolis deixou de ser democracia, graças aos “defensores” dela.

De repente, os que se esbaldavam na penumbra alheios aos holofotes começaram a sair das tocas. O vampiro Temer abriu seu caixão e passou a defender seu estoque de sangue camuflando seu intento, de conciliação; José Dirceu deixou do sarcófago, e infectado por um vírus oportunista de nacionalismo conclamou à união; suas orgias pagas pelo Erário precisam continuar; porém, o defende de outro modo.

Senadores americanos alinhados ao sistema globalista e corruto que domina por lá, passaram a acusar Trump de “Abuso de poder econômico”. Canalhas!

Até a ONU que atuou tão eficaz na pandemia, deu pitacos. Apesar de estarmos devendo tanto que, nem em duas décadas de gestão hábil e proba, se poderá fechar o rombo dos gafanhotos que tomaram o país; apesar dos ladrões estarem furtando até aos aposentados e aos que recebem assistencialismo mínimo assegura que, o país vive seu melhor momento. Saímos do mapa da fome.

Que importa que os armários estão vazios; que os nordestinos foram privados dos benefícios da transposição do São Francisco? A ONU diz que estamos bem, então, estamos.

As amebas da base presto se esforçam em ampliar às narrativas fajutas dos seus donos como se, esse conto de vampiros fosse a realidade. Os que nada podem ver, deveriam calar as bocas. Seus donos os chamam de idiotas úteis; os poucos que podem, deveriam ser presos, porque são cúmplices.

Todos os “abusos” que o Trump cometer, do poder econômico, bélico, político, ainda serão medicinais ante essa corja que abusou sistematicamente do seu povo, fraudando, censurando roubando a não mais poder. Dá-lhe Trump!! Quebra tudo! Aqui dentro não há mais nenhuma instituição funcionando. Dentro da lei, da ordem não se restaura mais nada.

Claro que o preço será alto. Mas ainda barato, ante a alternativa de nos tornar uma China, sem liberdade, propriedade dum partido, a rigor, uma quadrilha.

Houve três golpes em sequência. Roubaram a eleição não permitindo a contagem dos votos; fizeram uma quebradeira em prédios públicos com patifezinhos infiltrados disfarçados de patriotas; por último, esconderam as imagens que mostram que deveras fez a patifaria e jogaram tudo na conta do Bolsonaro.

Tio Sam está sabendo de tudo. Claro que tem interesses comerciais por aqui. É nosso maior parceiro há décadas. Embora a gritaria dos que sentem seu império de corrupção ruir, tudo o que o Trump fizer contra eles será pequeno, à luz do que fizeram contra seus concidadãos.

O simples fato dos patifes que se esbaldavam no escuro terem voltado à luz, evidencia de modo bem didático em defesa do quê, estão crocitando.

Trump não é Deus, nem Bolsonaro um Messias; mas são anos-luz mais decentes que aqueles que falam contra eles.

O Eterno fará ouvidos moucos às orações dos que semearam ventos e clamam por brisas. “... o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos...” Sal 125;3

terça-feira, 29 de julho de 2025

Destruíram minha fé


“Em um universo com bilhões de galáxias, e incontáveis planetas, o único lugar onde deuses existem é dentro do cérebro humano.”

Legenda de uma postagem com uma foto espacial, repleta de tudo o que foi captável numa imagem, duma página chamada, “Destruindo a Matrix Religiosa.”

Se meu pequeno cérebro habitado por “deuses” não me engana, a existência de planetas, asteroides meteoros, galáxias... seria uma “prova” da inexistência do Criador. Afinal, nenhum argumento foi exposto; apenas a imagem e uma “fé” que nega Deus, sem uma evidência sequer.

Heráclito dizia: “Quando dois sistemas filosóficos disputarem, a nenhum se reserva o direito de dizer, minha visão é certa, portanto, a sua está errada; pois, o oponente poderia fazer o mesmo arrastando a peleja ao infinito. O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo.” Tanto ateus poderiam dizer: “Não há Deus”; quanto os crentes: “Deus existe.” Cada um deve ancorar seu postulado em evidências, não, em fé. Segundo o sábio conselho do pensador de Éfeso.

Uma evidência positiva é milhares de vezes mais fácil de encontrar, que a negativa. Por exemplo: Duas marcas de pés molhados sobre uma rocha na praia bastam para provar que uma ave esteve ali pousada há poucos instantes; porém, para alguém afirmar que jamais, uma ave pousou sobre tal pedra, esse alguém careceria, como avalista, ter estado de olho nela em todo o tempo, por toda a eternidade, para fazer com segurança, uma afirmação assim. Desse modo, um homem precisaria ser Deus, para “provar” que Deus não existe.

As obras criadas são evidências eloquentes da existência, Sabedoria e Poder, do Criador; o que inclui a vastidão dos céus. “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos.” Sal 19;1 “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

A palavra do Criador, de certa forma corrobora com a frase em apreço. Digo, se o lugar onde Deus existe é no cérebro humano, onde o cérebro inexiste, dada a atrofia pela falta de uso, Deus não existe também. Versa A Escritura: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.” Sal 14;1 Um néscio não tem cérebro; pelo menos, funcional. Aos irracionais bastam três coisas; comer, beber e procriar.

Olhar a imensidão dos Céus com tudo o que nela há e “concluir” que isso é uma prova da inexistência do Eterno, é provar a inexistência de honestidade intelectual e neurônios ao mesmo tempo. 

Spurgeon afirmou: “Deus está na vastidão acima de nós; sua bandeira estelar mostra que o Rei encontra-se em casa e levanta Seu escudo para que os ateus vejam como Ele menospreza suas acusações. Aquele que após olhar para o firmamento se apresenta como um ateu, está ao mesmo tempo se declarando um idiota e mentiroso.”

Imagino que a melhor “evidência” dos ateus seja o fato de Deus ser invisível. Bem, alguém já viu amor, nostalgia, saudade, otimismo, alma... ou, por serem invisíveis, coisas assim não existem?

A mais eloquente evidência de deserto neuronal nesses, todavia, é a pretensão de “Destruir À Matrix” com essas armas.

Infelizmente está na moda, chamar ditadura de democracia; tirania de Estado de Direito; narrativas fajutas de fatos, etc. As falas desconexas com a realidade mostram apenas isso; a desconexão dos intelectualmente castrados, a abjeção dos moralmente desprovidos, e a cegueira dos espiritualmente mortos.

O Todo Poderoso não depende de nossa aceitação para existir, tampouco, de nosso aplauso, para encontrar sentido na Sua Santa e Eterna Existência. Ele É.

Porém, se os criticados desse ensaio querem “destruir à Matrix”, segundo dizem, e essa está nos nossos cérebros, ao menos têm um quê de coerência. Sabem bem o que a privação de massa cinzenta pode ensejar.

Deus, embora seja inteligível e satisfaça nosso desejo de conhecimento e compreensão lógica, não se revela ao cérebro, estritamente. Antes, recria o espírito humano morto desde a queda; nele sela a luz da Sua Revelação.

Afinal, “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21 “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte que eles.” I Cor 1;21 e 25

Os mentecaptos acreditam poder colocar O Altíssimo fora de combate com dois ou três zurros desconexos. Um ancestral bem remoto deles, nos dias de Balaão, ouviu a Deus e falou... mas os tempos são outros, até os jumentos pioraram.

Ordem de despejo


“Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano;” Ef 4;22

Conselhos sobre o que convém aos convertidos.

“... quanto ao trato passado...” A conversão que não for um divisor de águas, entre o modo natural e raso, e o novo nascimento, que traz à cena o homem espiritual, precisa ser avaliada se, deveras, aconteceu.

Se, vícios de outrora seguirem pujantes, invés de se tornarem reminiscências de um modo de vida superado, pode ser que a decisão por Cristo não tenha sido entendida em sua totalidade.

Escrevendo aos romanos, Paulo não cogitou que as coisas pretéritas seguissem atuantes; apenas, perguntou num desfio retórico, pelo resultado delas. “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;21

Não significa que, uma vez convertidos tudo se muda abruptamente; santificação é um processo longo de aprendizado e obediência. Mas sempre que algum resquício do lamaçal se insinuar, O Espírito Santo lembrará nossa posição em Cristo; nos capacitará a andar conforme ela. Quando falharmos nos chamará ao arrependimento; jamais, à validação do erro, como uma coisa normal.

“... vos despojeis do velho homem...” Despojos eram “troféus” de guerra; bens que os vencedores tomavam dos vencidos como consequência natural de terem triunfado na peleja. Despojar, também significa deixar de lado, abrir mão, lançar fora. Esse é o sentido aqui.

O “novo nascimento” resulta da vitória de Cristo, contra o pecado que nos escravizava; o velho homem que se esbaldava nessas coisas sem compromissos com O Senhor, acaba banido, como um traste de pífio valor, que é melhor ser descartado. Pois, sua companhia atrapalharia ao crescimento do que foi regenerado.

Onde grassava a humana maneira de pensar com seus valores rasos e iníquos, os Divinos pensamentos devem receber assento. “Porque os Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz O Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9

Por isso, no verso seguinte Paulo acrescenta: “vos renoveis no espírito da vossa mente;” v 23

Ou, renoveis a vossa maneira de pensar. Conversão que, não adota A Palavra de Deus como norte forjará uma alma desnorteada. Uma bússola quebrada é pior que um relógio quebrado. Esse ainda acerta a hora duas vezes ao dia. A bússola errônea coloca tudo a perder. Assim, quem deixa a inerrância da Palavra por descaminhos humanos, ainda que, eventualmente, soem mais convenientes.

Por isso o “sine qua non” da salvação é o “negue a si mesmo”. A direção deve ser do Senhor. Aquele que “se converteu” e continua querendo as coisas a sua maneira, apenas se convenceu. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha, dirigir seus passos.” Jr 10;23

“... que se corrompe...”
Parece haver certa contradição aqui. “se” traz a ideia de incidir sobre si mesmo; e “corrompe” a de uma ação conjunta de romper com, em parceria com outrem. Porém, a contradição é apenas verbal.

Acontece que, o pecado tem um mentor que o patrocina, o inimigo. Sempre que rompemos com os mandamentos de Deus, sua mentoria terá tido efeito sobre o velho homem que inda respira, e voltará por um momento ao antigo consórcio, pecando.

Assim o homem “se corrompe” porque faz mal a si mesmo; “corrompe” porque rompe aos preceitos em parceria com o capiroto.

“... pelas concupiscências do engano.” Ou seja: Por cobiçar aquilo que é mal, sendo convencido que é bem, de alguma forma.

O que é a nefasta inversão de valores que grassa, senão, fruto do longínquo consórcio do homem ímpio com o canhoto, tentado situar o bem, num lugar que não está? A simples necessidade de repetição contumaz do vício que transforma seu exercício, além de deletério, contraproducente, como fazer buracos n’água, deveria bastar já para se ver que é mal. Todavia, o engano dum rasgo de prazer pontual, basta, como grades de uma prisão onde o preso deseja ficar.

Isso porque, “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

O velho homem deseja o engano, o renascido anseia por Cristo, não porque Ele não sacie; antes, pelo prazer do relacionamento. Ele não deixa margem para outros anseios. “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Fugazes camuflados


“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro Evangelho;” Gál 1;6

Paulo começou manifestando sua perplexidade: ‘Estou espantado com a rapidez com que passastes da Graça de Cristo para outro ensino!’

Alguém disse com propriedade o seguinte: “sentimos nas mudanças certo alívio; ainda que estejamos mudando para pior.” Por quê? Porque na hipocrisia que trai a si mesmo, o homem ímpio consegue fugir do que foi ordenado, e camuflar a fuga de cumprimento do dever; evadindo-se do que deveria, rumo ao que gosta. Eis a matéria-prima da hipocrisia! Conservação do rótulo e perversão do produto.

A primeira coisa que patrocina alguma mudança é a percepção, certeira ou errônea, que algo não está no devido lugar. Então, os de iniciativa partem em busca da “solução”; não raro, a “emenda sai pior que o soneto” como se diz, seja porque o diagnóstico não foi bom, ou, porque a solução intentada, não era.

Atrevo-me a pensar que, o que as mudanças têm de mais atraente aos egocêntricos é que, geralmente devem ocorrer alhures, nas vidas de outros; nos rituais, no método, ou, como foi entre os gálatas, na doutrina.

Assim, qualquer coisa que me faça “médico” invés de paciente soará mais atrativa, por razões óbvias.

Sempre que o problema parecer residir do lado de fora, eis-nos voluntários para propor resoluções; entretanto, caso ele se apresente como um mal íntimo, que me desafie ao abandono de alguns vícios diletos, nem sempre a vontade treinada no exercício dos maus hábitos se dobrará. Cristo foi preciso: “Negue a si mesmo.”

Alguém cantou: “A verdade gera confusão.” O Salvador, dos insanos motivos, disse: “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Estamos prontos para a reprovação das más obras, desde que isso não nos custe nada; que sejam obras de terceiros.

“tão depressa...” Não temos, preciso, o intervalo de tempo, desde que Paulo formara um núcleo de cristãos entre os gálatas, até os dias que enviou a carta. Mas, aos olhos do apóstolo foi pouco tempo. Em geral, outro vício que macula a natureza humana desde a queda, é que, somos céleres para a fuga e morosos rumo ao dever.

Desse prisma, fica evidente que a rapidez na mudança era porque pretendiam fugir das renúncias e responsabilidades ensinadas, volvendo a um modo de vida mais semelhante ao que sempre estiveram acostumados. Invés de deixarem suas tradições religiosas por Cristo, tentavam fundir ambas as coisas. Assim, não deixavam o Evangelho, frontalmente; criaram um simulacro.

Se, a luta deles era o difícil convívio com Lei e Graça, deixando cada uma no seu lado da moeda, atualmente, as coisas desceram ao subsolo; o “novo normal” peleja por coisas que soariam risíveis aos rebeldes de então.

O que fazem certas “Igrejas Inclusivas” da atualidade, senão, criar “outro Evangelho”, onde, pecados de estimação acabam acarinhados, enquanto, quem se opõe a isso é que está “errado”?

Como foi então, a sentença é a mesma: “Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (maldito).” Gl 1;8

O primeiro perverso a “emendar” a Doutrina foi o canhoto. Deus dissera uma coisa e ele altercou que não era bem aquilo. O resultado, sentimos até hoje.

Por isso, Paulo pontuou que, o “outro Evangelho”, a rigor não era outro; era o mesmo, porém, alterado. “O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o Evangelho de Cristo.” V 7

Essa balela de tempos modernos, novos valores só cola, em ambientes avessos à Perfeição Divina. Onde tratam ao Eterno como se fosse biodegradável, sofresse ação do tempo.

Se, permitiu que algumas coisas fossem segundo os “rudimentos do mundo” e depois foram aperfeiçoadas, essas concessões têm a ver com nossa insipiência, não com alguma “evolução Divina”.

O que precisava ser mudado a Palavra traz de modo inequívoco; bem como, o que não deve. A Graça de Cristo não trouxe anomia, (ausência de lei) antes, nos convida a uma relação com Deus, superior à da Antiga aliança. Das leis em pedras, para a Lei do Espírito de vida em nossos corações.

Carecemos nos esvaziar das nossas predileções adoecidas e aprender do Senhor. Invés das prazerosas mudanças lá fora, a ousadia de lidarmos com nossas más inclinações, pregando-as na cruz.

Enfim, a Graça significa que recebemos o que não merecíamos; a gratidão por isso requer que atuemos, doravante, segundo nosso Senhor merece e deseja. “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

domingo, 27 de julho de 2025

Tempos de estio


“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados”. Sal 84;5

Isso está alinhado com um dito de Jeremias: “Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro; não receia quando vem o calor, mas sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto” Jr 17;7 e 8

No salmo primeiro essa ideia está também; diz que tal homem, “Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.” Sal 1;3

Frutificar em tempo de estio, é uma “anomalia” facultada apenas aos que preservam sadia relação com O Eterno. Dado que, a “A fé é o firme fundamento das coisas que se espera, e a prova das que se não vê.” Hem 11;1

Os que a têm no Senhor, recebem a graça de fazer visíveis suas consequências, mesmo em cenários que sugeririam desolação; a firmeza dos benditos do Senhor, evidencia a Rocha que os sustenta. “... muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

O homem natural tende a pautar suas entradas e saídas, em consórcio com a natureza, o vero homem de fé, relega à irrelevância as circunstâncias, e firma-se no que É Eterno.

Habacuque esposou uma postura assim, em palavras que vale rebuscar; disse: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, nos currais não haja gado; todavia, me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3;17 e 18

Se, acontecessem essas decepções todas, ele as veria com olhos naturais. Todavia, seguiria firmado Naquele que só a fé pode ver, e se alegraria Nele.

Claro que um “desapego” assim requer uma intimidade com O Santo que poucos conseguem atingir, ainda que, esteja ao alcance de todos.

Acontece que, se o objetivo amoroso do Eterno é amplamente inclusivo; “pregai o Evangelho a toda criatura...” Mc 16;15 Sua aprovação é seletiva, conforme a resposta de cada um. “Os Meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6 Antes, a figura era, caminho aplanado; agora, caminho reto.

Assim como um extintor de incêndio que é requerido em ambientes públicos, raramente é usado, de certa forma, a fé. Aquele, é necessário possuir em todo o tempo, mesmo nos dias normais. Porém, é nos incêndios que seu valor excelso fica demonstrado.

Também a fé, quando a vida transcorre dentro de certa calmaria, sem maiores incidentes, devemos tê-la e vivê-la; todavia, é nos momentos de grandes provações, que seu sublime valor assoma. Na hora do estio, a água acumulada evidenciará seu valor.

Acontece que, quem não cultivou à fé em momentos que esse cultivo seria tranquilo, tampouco o fará, ante os clamores apressados das emergências.

Tende a alma humana a ser como surfista. “Pegar ondas” sem nenhum motivo mais que, o prazer de se equilibrar sobre elas.

Outrora, tivemos a onda de certo Padre jogando bacias d’água sobre multidões; muitos foram após; a calmaria voltou. Nos States tivemos um “avivamento” onde certa Igreja seguiu cultuando de modo ininterrupto por alguns dias; muitos foram ver de perto aquela “Tsunami”; também se desfez.

Outro dia foram os bonecos de adultos com insanidades infantis, os tais “bebês reborn”; arrefeceu; agora certo “morango do amor”.

Assim vão as almas insanas pulando dum montinho a outro, conforme a criatividade doentia de uns, e visibilidade fútil propiciada por outros.

“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados”. Nosso abençoado em apreço não sofre problemas de relevo. Em seu coração estão caminhos planos. Não dá relevância às futilidades que o vulgo dá.

Insano é o agir de quem firma-se em coisas efêmeras invés das eternas; Mesmo o homem que confia em si mesmo em lugar de Deus, está tentando se firmar na poeira, invés da rocha. “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

Em concorridos ambientes “espirituais” onde muitos aglomeram num entusiasmo coletivo, facilmente eclodem efusivas declarações de fé, “de festim”. Em momentos de crise como a que está vindo, os que brincam de crer, não acharão graça nenhuma.

Quando O Eterno permite que fortes ventos assolem as matas, as folhas secas e os galhos podres caem, e o que é vivo se destaca ainda mais.

sábado, 26 de julho de 2025

Asas do Espírito


“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa”. Heb 10;36

Isso, se avaliado pelo escopo meramente natural, confundirá; não devemos trazer coisas de âmbito eterno para a arena rasa do imediatismo comum, segundo anseios da carne.

Paulo ensina interpretar às coisas do espírito; “As quais falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais”. I Cor 2;13

O raso tende a ver a vontade de Deus numa tarefa, à qual, nos aplicaríamos para resolver e depois poderíamos volver apressados, quais crianças sôfregas, em demanda da recompensa. Alguns animais são adestrados assim. Cada manobra executada de modo correto dá direito a uma recompensa imediata em forma de alimento. O Criador nos chama a algo melhor.

A vontade Divina não é um evento pontual, do qual podemos nos desincumbir, cumprindo-o; ela respeita a um modo de viver, o “caminho estreito”, que demanda renunciar às paixões carnais, “crucificá-las”; a recompensa prometida aos que fazem isso, espera no além. Depois de ser feita a vontade de Deus (negue a si mesmo) possais alcançar a promessa; a vida eterna.

Paulo pontua: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”. I Cor 15;19

Alistando aos heróis da fé do Antigo Testamento, e as coisas que sofreram, o Texto Sagrado diz: “Todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor ao nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados”. Heb 11;39 e 40

Mesmo tendo sido heroicos, ainda não foram recompensados; antes, esperam por nós para o grande dia da redenção, para que nos alegremos todos, juntamente.

A graça se revelou maior ao nosso respeito, porque vivemos depois de Cristo. Ele, pelo Seu exemplo, ensino, e legar do Bendito Espírito Santo atuando em nosso favor, nos oferece bênçãos que aqueles não tiveram.

O Salvador falou disso; “Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não viram; ouvir o que vós ouvis, e não ouviram”. Mat 13;17

Infelizmente, obreiros infiltrados, que não conseguem exceder às coisas da Terra, mesmo falando do Céu, eventualmente, perverteram à fé, fazendo-a parecer uma força, um método para realizações egoístas por aqui. Quem tem fé, “conquista, toma posse”, dizem esses mercenários aos incautos que perdem tempo, lhes dando ouvidos.

Isso tem lógica. Não se pode exigir dos répteis que voem. Assim, quem não nasceu de novo, até pode encenar uma teatralidade supostamente espiritual, mas esperar que toque aos Céus nas asas do Espírito, está fora de cogitação. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. I Cor 2;14

Aos que O recebem, O Senhor capacita para as coisas do alto; “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Jo 1;12 e 13

Paulo explica a impotência dos carnais, como uma necessidade; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser”. Rom 8;7

O fato da natureza carnal concorrer com a espiritual nos que nascem de novo, enseja uma peleja íntima, que faz necessária a cruz em todos os dias. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. Gál 5;24

Não significa que nossa natureza acostumada e inclinada ao pecado, morra; antes, que somos capacitados pelo Espírito Santo em consórcio com nosso espírito, vivificado, a dizer um sonoro não! às tentações, que nos assediam.
Muito embora, a recompensa pela obediência não seja imediata, a preservação da consciência em paz, e da comunhão com Deus, é.

Somos desafiados a abraçar à vontade de Deus, e caso aceitemos, seremos capacitados para isso. Ante às tentações teremos escolhas; cair ou resistir. Os escravos do pecado, ainda sem Cristo, sé têm a primeira.

O vulgo não entende nosso “fanatismo” que nos leva a evitar ambientes, e nos abster de certas coisas. Aves podem se fingir de répteis caso queiram, rastejando um pouco; mas, por quê sujariam suas penas?

Aquele que está se esforçando por fazer a Divina Vontade, certamente desafinará de outros que, andam segundo seus desejos desordenados.

A questão nem é se os descaminhos mundanos dão prazer ou não; antes, aonde conduzem. “O mundo passa, e sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” I Jo 2;17

sexta-feira, 25 de julho de 2025

O lugar da luz


“Com minha alma te desejei de noite, com meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo Teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça” Is 26;9

Felizes aqueles que sentem arder no íntimo um desejo por conhecer a Deus e Seus juízos, numa busca desinteressada no prisma dos anseios rasos.

Invés de demandar bênçãos, fazê-lo pedindo para aprender os juízos Divinos para depois, ensiná-los. Quando O Eterno deu carta branca a Salomão, “pede-me o que queres” ele pediu; “A Teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar Teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar este Teu tão grande povo?” I Rs 3;9 Invés de riquezas pediu ferramentas.

Eloquente indício que alguém superou o egoísmo é quando deixa de pleitear por coisas meramente particulares, se preocupando com o bem, alheio. Tiago coloca o altruísmo como essencial para que sejamos atendidos. “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites”. Tg 4;3

Se, o alvo de Isaías era que os moradores do mundo aprendessem à justiça, certamente pretendia ensinar, o que aprendesse da parte do Senhor. Por isso orava, ao menos. Quando O Santo dá Sua Luz a alguém, o faz para que esse a difunda, não para que se feche qual quelônio na carapaça.

O profeta versara que, as maldições todas que danavam à terra, derivavam da aversão dos povos ao querer do Eterno. “Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra; os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, poucos homens restam”. Cap 24;5 e 6

Os “Juízos” anelados por ele, não eram julgamentos sobre as más escolhas; a consequência da maldição sobre elas era já uma incidência judicial. A rigor, o profeta queria aprender a doutrina, os ensinos do Senhor, para retransmitir; facultando assim, que os que se dessem por avisados pelos “juízos”, (ensinos) fossem livres do juízo, punição.

Adiante ele versou sobre a consequência disso; de andarem as pessoas em justiça diante de Deus; “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre. O meu povo habitará em morada de paz, em moradas bem seguras, em lugares quietos de descanso”. Cap 32;17 e 18

Pois, a Excelsa Justiça de Cristo, logrou a façanha de pacificar a relação do pecador com O Criador, naqueles que se lhe submetem. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação”. II Cor 5;19

Identificar nalgum momento, que há um vazio interior a clamar por preenchimento é comum a todas as almas. Entretanto, a maioria busca para isso simulacros que não preenchem, antes, acentuam o vazio.

Dessa estirpe os que se dão às drogas, alcoolismo, promiscuidade, religiosidade alternativa e toda sorte de vícios. Colocam “remendos novos em panos velhos”, e cada vez o rasgo se faz maior.

Como na medicina humana, antes da prescrição do tratamento é necessário o diagnóstico, assim, nas coisas espirituais. Davi, nos dias do seu desterro, errante pelas cavernas da terra, fugitivo sem crimes, identificava claramente o que lhe faltava. “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, suspira minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” Sal 42;1 e 2

A sede de Deus não pode ser ludibriada com refrigerantes, tampouco, cisternas de humana feitura podem conter as necessárias águas. Nos dias de Jeremias ele usou essa figura atinente à apostasia que grassava; “Porque o meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas”. Jr 2;13

Por fim, O Salvador, falando a uma mulher samaritana, também figurou Sua Doutrina como uma água milagrosa; “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”. Jo 4;14

Infelizmente os moradores do mundo não querem compromisso com os juízos de Deus. Alguns sonegam partes, distorcem o sentido de outras; há ainda os que querem “editar” à Palavra, para se alinharem apenas ao que concordam.

Os que receberam luz, como Isaías naqueles dias e muitos ministros hoje, precisam laborar para que essa esteja no devido lugar. “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa”. Mat 5;15

quinta-feira, 24 de julho de 2025

A verdade dá medo


“... conhecereis à verdade e a verdade vos libertará”. Jo 8;32

Simples assim? Sim, e não. Simples o conceito, complexo o que ele abarca. A Verdade é A Palavra de Deus. “Escolhi o caminho da verdade; propus-me seguir os Teus juízos”. Sal 119;30

Da abrangência e incidência da Palavra o alcance é insondável: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com Quem temos de tratar”. Heb 4;12 e 13

Sendo comparada a uma espada de dois fios, significa que ela corta para ambos os lados. Tanto é eficaz, quanto aos erros dos outros, quanto o é, atinente aos nossos.

A parcialidade humana pujante nas almas sabotadas pelos sentimentos ideológicos, não permite que a espada corte para os dois lados. Quando, surge em maus lençóis um expoente da sua cor ideológica, o sabotado, invés de lidar com isso pontualmente, presto atira todos na mesma vala. “Não adianta perder tempo com política; são todos ladrões, não se salva um”.

Invés de encarar à verdade que expõe os erros de seu herói, foge atacando quem nem estava em apreço.

Ante à filosofia, encontraríamos Aristóteles dizendo: “A pior forma de desigualdade, é considerar iguais, aos que são diferentes”.

A verdade também versa sobre isso; “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro são abomináveis ao Senhor”. Prov 17;15 Pois, a fuga disfarçada de ceticismo peca em duas versões. Fazendo vistas grossas ao corrupto, e imputando inverdades a outro de oposição.

Conhecer à verdade acaba sendo um desafio para valentes, dado o medo que causa. Muitos, nos dias do Salvador preferiram a fuga, mesmo sob risco de condenação; “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más”. Jo 3;19

Ninguém se sente confortável precisando reconhecer que é mau; que suas obras são más. Esse é, talvez, o maior “defeito” da verdade. Ela não atua para produzir conforto, antes, para manifestar à realidade.

Na Bíblia a expressão, “conhecer” significa ter íntima relação; tanto que, em muitos relatos diz: “Conheceu fulano sua esposa e essa teve um filho”.

Logo, conhecer à verdade demanda igual liame afetivo, relacional, se desejamos mesmo, ser libertos por ela.

Além de a conhecer, O Senhor colocou uma condicionante mais: “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos”. V 31

A Palavra de Deus é boa, tanto quando confirma determinados passos nossos como probos, quanto, quando denuncia outros, como réprobos. Quando alguém perambula em demanda de aprovação aos próprios descaminhos, não serve a ninguém, exceto, ao ego. E a condição primeira para sermos salvos, é o destronamento desse impostor. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”. Luc 9;23

Nunca a mentira foi tão adotada quanto é nesse tempo, em nosso país. Por autoridades de altos postos, aos quais cumpriria, entre outras coisas, legar bons exemplos, invés de se expor em obscenidades morais como têm feito.

Se querem aprovar à censura, como os do sistema dominante desejam, somos “213 milhões de tiranos”; porém, se desejam evitar sanções estrangeiras contra a ditadura que se instaura por aqui, devemos nos unir em defesa, somos “soberanos”. Se, somos soberanos e tiranos ao mesmo tempo, devemos ser todos ditadores, acredito.

Pessoas que, como canas ao vento se inclinam sempre para onde sopram seus interesses imediatos, não valem nada; sequer chegaram perto de conhecer à verdade. Os venais têm preço; enquanto os verazes têm valor.

Aquele que, convidado por Deus para conhecer a verdade, atende ao chamado e persevera, necessita de coragem para não fugir a cada mostrengo que descobrirá nas próprias inclinações e atitudes. Invés de uma “conveniência” covarde e fugitiva, esse embraçará ao escudo da fé, a Espada do Espírito, e verá em cada constrangimento necessário, uma cura, invés de uma perda.

“O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Prov 28;13

Os que nos acusam de nos escondermos atrás da Bíblia, como se, enfrentar a si mesmo, deveras, fosse a coisa mais fácil, no fundo, não têm coragem de manifestar à mesma “covardia”.

Com a praga das rãs, o conhecimento da verdade nos fará ver anfíbios para todo lado; mesmo onde sequer imaginávamos existir; porém, libertos pela verdade, ganhamos um esconderijo sim. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”. Sal 91;1

O descanso superior


“... os judeus perseguiram Jesus, e procuravam matá-lo, porque fazia estas coisas no sábado. Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também”. Jo 5;16 e 17

O Sábado, provavelmente, era o mandamento mais fácil de ser cumprido; salva alguma emergência pontual, do ponto-de-vista meramente superficial dos religiosos, bastava repousar nele.

Os que envolviam fidelidade exclusiva ao Eterno, e respeito ao direito de propriedade e demais liberdades do semelhante, sempre requeriam uma vigilância maior. O sábado deveria ser santificado, consagrado ao Senhor. Um memorial pela libertação da servidão onde nenhum repouso era possível. Por isso, deveriam ser gratos a Ele.

Pecados como a cobiça, maus intentos em relação ao próximo poderiam acontecer sem sequer ser identificados. Todavia, alguém fazendo um trabalho qualquer naquele dia, seria visto e denunciado. Por isso, tal transgressão parecia-lhes o “pior” pecado.

O Salvador fez uma releitura dos mandamentos, aplicando o sentido espiritual, e fez ver que a coisa não era tão simples. “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo...” Mat 5;21 e 22

"Não cometerás adultério... Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. Vs 27 e 28

Ao repouso, invés de acrescentar um rigor mais profundo, atenuou; “O sábado foi feito por causa do homem, não o homem por causa do sábado”. Mc 2;27 O descanso foi feito em atenção à necessidade humana.

Ardiam em zelo pela guarda desse dia, porque nele O Criador repousara; O Senhor tinha uma má notícia para os zelosos; “...: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também”.
Precisamente naquele momento estavam dando trabalho, a pretexto de defender o repouso. O que cansa ao Eterno é a resiliência maligna no pecado; “... Me deste trabalho com teus pecados, Me cansaste com tuas iniquidades”. Is 43;24

Sempre que nosso zelo verte do anseio de provar que alguém está errado, mais que, da intenção de glorificar a Deus pela obediência, é carnal. Meu intento de obedecer mira meus próprios erros, não, os de outrem.

Aos que chama a Si, O Salvador oferece um sábado diferente; um descanso de abrangência muito superior ao repouso dos corpos. “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas”. Mat 11;29 O descanso da alma em Cristo, só quem frui pode aquilatar o quanto vale.

Aquele repouso pontual, um dia em sete, além do cuidado amoroso com a saúde humana, era um tipo profético de um repouso maior. Devemos entender a Lei, “... à sombra dos bens futuros, não à imagem exata das coisas...” Heb 10;1

Um tipo profético é um símbolo de algo maior ainda porvir; como os sacrifícios de animais, o eram, do Sacrifício de Jesus Cristo. Assim, o descanso do sábado apontava para o descanso superior no Reino do Senhor.

Antes de ensinar que o repouso de Cristo é superior ao da Lei, A Palavra ensina a diferença entre Ele e Moisés; “Porque Ele é tido por digno de tanto maior glória que Moisés, quanto, maior honra que a casa tem aquele que a edificou”. Heb 3;3

Aos que endurecem o coração ante À Palavra de Deus, está posta uma dura sentença; “Assim jurei na Minha ira que não entrarão no Meu repouso”. Heb 3;11 “A quem jurou que não entrariam no Seu repouso, senão aos que foram desobedientes?” v 18

Embora, aquele repouso significasse, entrar na terra prometida, terminar a peregrinação pelo deserto, (toda aquela geração pereceu no deserto, exceto, Josué e Calebe) figura bens futuros atinentes a nós, como adiante o texto expõe: “Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso...” Heb 4;3 “Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus”. Vs 8 e 9

Então, os que tentam colocar sobre os cristãos um jugo superado, erram de modo tosco, por ignorância. “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou beber, por causa dos dias de festa, da lua nova ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. Col 2;16 e 17

Não significa que a Lei vete e a Graça seja licença para pecar, como alguns bobos-alegres esposam. Os salvos são convidados a lugares mais altos, responsabilidades maiores. 

“... Ele... é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas”. Heb 8;6 “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente, se faz também mudança da lei”. Heb 7;12

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Onde vive a Glória?


“Chamou ao menino Icabode, dizendo: De Israel se foi a glória! Porque a Arca de Deus foi tomada, e por causa de seu sogro e seu marido”. I Sam 4;21

Eram dias de juízo contra a casa de Eli, o relapso sacerdote que deixara seus filhos profanarem às coisas santas.

Hofni e Finéias foram mortos na peleja contra os filisteus; o próprio Eli ao receber a notícia caiu da cadeira e morreu; a Arca, que fora indevidamente levada ao front de batalha, foi tomada pelos inimigos. Então, a mulher de Finéias, que estava nos dias de dar à luz, precipitou-se no parto; teve um filho varão e morreu; mas, na agonia da morte ainda disse as palavras acima.

Chamou o filho que nascera de “Icabode” que significa: “Foi-se a glória”, e explicou o motivo: Porque a Arca do Senhor foi tomada.

Confundir substância com figura é um mal que persegue à humanidade, refém dos olhos.

Por exemplo: Uma aliança no dedo simbolizando que alguém é casado, figura que esse fez um pacto de ser fiel a determinada pessoa. Porém, a fidelidade, deve assomar, somente quando as possibilidades, as tentações chamando à perfídia se apresentarem; então, se a mesma existir, será verificada. Logo, a aliança é um símbolo; a fidelidade, a substância.

Assim era a Arca da Aliança do Senhor. Uma figura visível da Excelsa Presença no lugar Santíssimo. Contudo, não era a presença, estritamente. Tanto que, permitiu que a Arca fosse tomada pelos inimigos; Deus não pode sê-lo. 

Se, depois os forçou a devolver, é outro aspecto; era tempo de juízo e toda desobediência seria punida; inclusive a profanação atinente ao transporte a locais indevidos, das coisas santas.

Essa é, certamente, a razão primeira pela qual O Eterno abomina à idolatria. As pessoas ficam presas a uma imagem feita pelas mãos humanas, e esquecem de Deus. “... os verdadeiros adoradores adorarão O Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura tais que assim O adorem. Deus É Espírito; importa que os que O adoram adorem em espírito e verdade”. Jo 4;23 e 24

O que podemos ver, não demanda fé; “A fé é o firme fundamento das coisas que não se vê... sem fé é impossível agradar a Deus...” Heb 11;1 e 6

Quando alguém se prostra a uma imagem, mesmo que mencione Deus, eventualmente, seu gesto acaba louvando ao bibelô, não, ao Eterno: “Eu Sou O Senhor; este é O Meu Nome; a Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu louvor às imagens de escultura”. Is 42;8

A fala da mulher que faleceu ao dar à luz reflete a compreensão vulgar de então, acerca de Deus. Estando perdendo a batalha julgaram que isso se devia a ausência do Eterno na Peleja; como Ele não fora, resolveram “levá-lo” levando a Arca. Assim, não se gloriavam em Deus, mantendo a reverência e adoração devidas a Ele; antes, descansavam num símbolo da Sua Presença; cada um, vivendo à sua maneiras.

Pela forma doentia que eles viam as coisas, transformaram um símbolo Santíssimo em mero ídolo. Por isso O Eterno permitiu que ela fosse levada pelos filisteus.

O Criador ensina qual deve ser a fonte de glória dos Seus filhos: “...Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me entender, Me conhecer, que Eu Sou O Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas Me agrado, diz O Senhor”. Jr 9;23 e 24

Paulo reverberou o dito de Jeremias; depois de asseverar que Deus busca às coisas frágeis e humildes, expôs a razão: “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele... Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor”. I Cor 1;28, 29 e 31

A idolatria é multifacetada; excede em muito ao culto das imagens. O fetichismo de muitos neopentecostais, rosas, sal, lâmpadas e demais quinquilharias “ungidas”, bem como, a avareza, dos que sonegam sua gratidão a Deus em nome da “Graça” são formas diversificadas de idolatria.

Assim como a “casa velha” de Eli foi ceifada naquele juízo, restando um recém-nascido, deve se dar conosco. A conversão chama à luz um novo homem.

Esse deve viver para a glória de Deus; Paulo pormenoriza, como: “Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”. Ef 4;22 a 24

terça-feira, 22 de julho de 2025

O "doentio Bolsonarismo"


Outro dia deparei com o seguinte comentário: “Sai da bolha! Existe vida fora da religião e do bolsonarismo”.

A um olhar superficial, três erros.

a) A “bolha”.

Esse é um termo que surgiu para identificar grupelhos que, por avessos à realidade, circunscrevem-se aos de iguais inclinações e preferências, como se isso, abarcasse ao todo.

O feminismo é uma bolha que representa parcela ínfima do público feminino; o separatismo onde alguns apregoam a separação dos estados do Sul, do resto do país, idem; os “artistas” da Ruanet, que vivem de Estado, não de arte; os movimentos LGBTs, que, a pretexto de defender direitos, a rigor querem se impor aos que pensam diferente exigindo privilégios, também configuram uma bolha; enfim, quem quer que seja enquadrado nesse conceito, fatalmente será membro de uma minoria.

Se os conservadores fossem minoria, não seria necessário o sistema canhoto fraudar uma eleição como fez; tampouco, destruir todas as lideranças de direita como tenta fazer. Assim, os próprios adversários testificam que, eles são avassaladora maioria; não podem ser vencidos em eleições honestas e transparentes.

É possível que o “comentarista” em análise seja um do “Gabinete do Amor” contratado às expensas do Erário para fazer barulho em prol do sistema; d’uma bolha de corruptos, pois.

b) A religião;

Embora os conservadores sejam, em grande parte religiosos, Bolsonaro não é o nosso Messias, como acusam alguns; nas questões espirituais carece de aprender conosco, como ele mesmo admite. Uns, dizem que trocamos Jesus por ele, como se fôssemos fanáticos, cegos e amorais, quais, aqueles que acamparam em Curitiba.

“Mito” não tem uma conotação megalômana, no estilo da mitologia grega, como se o achássemos um deus; é um apelido de infância dele, o “Parmito” que, acabou reduzido a duas sílabas; um apelido, assim como o molusco.

Quem, por razões de fé, tem como caros valores como Deus, família e liberdade, nada mais natural que se identifique com um político que defende isso.

Estranho soa os “cristãos” que se alinham a um sistema que apregoa o ensino do homossexualismo nos colégios para crianças, pretende legalizar o aborto, descriminalizar às drogas; solta bandidos e persegue justos, apenas por diferenças ideológicas; investiga adversários sem indícios e nega-se a investigar desvio de milhões... 

Quando a CNBB consegue ser comunista e “cristã” ao mesmo tempo, atinente a isso, não se ouve reparos que se deve separar religião e política. Que estão trocando Jesus por Karl Marx. Todo o zelo seletivo é apenas uma safadeza envernizada.

c) O bolsonarismo;

Não existe bolsonarismo, estritamente. O que existe é conservadorismo, patriotismo, cristianismo. Se, Bolsonaro for morto como desejam os da bolha vermelha, qualquer que se candidatar tendo ficha semelhante e os mesmos valores, receberá apoio da maioria. Não se trata de idolatria; apenas de gratidão a um homem que ousou arriscar a vida para arrostar um sistema corrupto e anticristão. Se fosse flagrado em roubo ou corrupção, mesmo com dor, o abandonaríamos, como referência política.

Ele, por suas escolhas e ações, logrou a proeza de que os conservadores cristãos e patriotas lhe sejam identificados, isso é um mérito, não uma culpa.

Desgraçadamente, os “incapazes capazes de tudo” como bem definiu Augusto Nunes, criaram um “Golpe” para silenciar os protestos legítimos contra o golpe que o cabeça de ovo deu nas urnas, fazendo “vencedor” ao que venceu apenas nos presídios.

O simples fato de uma faixa amplamente majoritária, como o conservadorismo, precisar de um “golpe” para que o poder não fique com os que representam a um quarto da população, já é um eloquente apontamento, de quem golpeou.

Quando tinham maioria, na idade das trevas, enchiam as ruas de vermelho e desfilavam garbosos. Isso acabou faz tempo. Como “fazem o diabo para ganhar uma eleição” segundo Dilma; e “eleição não se ganha, se toma” segundo Barroso, continuam alugando prostitutas digitais, para fazer parecer nas redes sociais que representam alguma coisa. 

Representam o lixo moral, cívico, espiritual, psíquico e de todos os nichos que se possa produzir sujeira.

Não significa que todos os conservadores sejam cristãos; nem que, os que se dizem, levem a sério; tampouco, os que frequentam igrejas estejam livres, dos males inerentes à nossa natureza pecaminosa. Mas, implica que esses, na esfera política se alinham com coisas ligadas à liberdade; de crença, locomoção, escolha, expressão.

Alguns acusaram Bolsonaro pelos seus desencontros matrimoniais, como se, o estivéssemos escolhendo para pastor. Ele incomoda tanto, que, precisam sair da arena estritamente política e apelar para tudo, tentando desacreditá-lo. O outro pode levar amantes em viagens oficiais.

Enquanto a bolha assassina segue com a caneta, continuará seu DNA regressivo até “provar” que O Bolsonaro descende de Judas Iscariotes. Mas parece que a “pena”, está na iminência de pena de morte.

A ordem necessária


“... tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá; o enchi do Espírito de Deus, sabedoria, entendimento e ciência em todo o lavor... tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã...” Ex 31;2, 3 e 6

Instruções a Moisés, acerca da edificação do tabernáculo. Deus escolheu e nomeou aos que capacitara com dons para forjar em ouro, prata e engastar pedras preciosas. Necessários para os utensílios que deveriam ser feitos, então.

Adiante, encontramos o contraponto do capeta. Excitou o povo com a ideia que estavam sem líder, porque Moisés tinha desaparecido, e de quebra, pediram um deus para cultuar; logo surgiu o famigerado bezerro de ouro. Uma escultura tosca feita às pressas.

Não há registro que o inimigo tenha pedido, tampouco, escolhido e capacitado artífices para a criação daquilo. Sequer apareceu o mentor da rebelião. Seu truque preferido é “provar” que nem existe. Semeia seu veneno nos corações descuidados, e faz parecer que seus intentos são legítimos clamores populares.

Como destruir é mais fácil que construir, qualquer coisa que se oponha à Divina Vontade lhe serve; seja bem ou mal executada. Para seus propósitos, todos os rebeldes estão capacitados. Pois, não há risco que quem se voluntaria para praticar o mal, o faça, mal feito.

Pela natureza desse predicado, quanto menos zelo, probidade, aptidão, maior a “eficácia”.

O Eterno É Santo. Criterioso e zeloso com Suas coisas; as quais, não podem ser feitas de qualquer maneira. Se há alguém, de quem se possa dizer com toda certeza, que preza pela qualidade mais que a quantidade, esse é O Senhor.

Jeremias profetizou sozinho, por mais de duas décadas, contra muitos profetas falsos; no desafio do Carmelo, apenas Elias estava a serviço do Eterno, contra 850 profetas de Baal e Aserá.

Os gregos também sabiam da superioridade de quem tem luz, aos milhares que vivem no escuro. No “Banquete” encontramos mais ou menos o seguinte: “O homem ajuizado teme mais ser julgado por meia dúzia de sábios, que por uma multidão de ignorantes”.

No Eclesiastes temos menção de um sábio desprezado, que num momento de crise livrou a uma cidade. “Encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem”. Ecl 9;15 A vera sabedoria não costuma ser ostensiva; é oportuna.

Falando a Ezequiel, sobre um juízo inevitável, O Senhor expôs a razão: Faltara um intercessor probo, que rogasse a Deus em favor do povo, para que a ruína fosse evitada. “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém a ninguém achei”. Ez 22;30

Portanto, os que se impressionam com movimento, mais do que, com santidade, com numerosos ajuntamentos, mais que com a verdade, estão dando mais peso às folhas do que, aos frutos.

Os que, em defesa do “sacerdócio universal” dos cristãos, fazem uma terra arrasada, como se todos estivessem no mesmo patamar, não precisando se submeter a ninguém, no ponto-de-vista funcional, precisam entender algo. Há uns que, O Eterno chama e capacita de modo preciso para funções especiais; isso não os faz melhores; apenas funcionam diferente, segundo o propósito do Criador.

Acaso não era só Moisés que estava diante do Senhor? Não escolheu Ele, alguns pelos nomes, para determinados ofícios? 

Os desigrejados aprenderam que não carecem de líderes; tampouco, congregar em templos. Pelas razões já vistas sobre os predicados necessários para fazer o mal, estão todos “vendendo saúde”.

O Senhor estabeleceu ministérios, de pastoreio, ensino; aos pastores diz: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto”. I Ped 5;2

Às ovelhas: “Obedecei aos vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, não gemendo, porque isso não vos seria útil”. Heb 13;17

Se cada um fizer sua parte, a Obra de Deus ganhará em ordem, e harmonia.

Quando algo anda atabalhoadamente, sem nenhuma disciplina, ordem, reverência, se diz que está “do jeito que o Diabo gosta”.

Pois, quem pretende andar com O Senhor, aprenda que é do jeito Dele; Sua Palavra, o parâmetro, não a inclinação do reverendo “A”, a “descoberta” do apóstolo “B”.

Quem não deriva seu ensino da Palavra da vida, é porque não tem vida com Deus; por palatáveis e saborosos que soem seus ensinos. Antes da sabedoria, da eloquência, a obediência. “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade”. II Tim 2;19

segunda-feira, 21 de julho de 2025

A direção do Senhor


“... Onde queres que a preparemos?” Luc 22;9

O “quando” e “o quê” eram conhecidos dos discípulos acerca do que deveriam fazer. Ide. É um imperativo no presente, pra quem ouve. Fazer o quê? “Preparai a páscoa para que a comamos”. Restava ainda uma questão; “Onde queres que a preparemos”?

É bom o homem maduro ter iniciativa e fazer o que sabe que deve ser feito, sem maiores demandas; contudo, é presunção, temeridade, tomar para si decisões que não lhe cabem.

Aquilo que ainda não fizemos, sempre poderá ser feito; caso, alguém tenha esperado por indeciso, até dirimir uma dúvida. Entretanto, o que já foi feito, se o foi fora da direção do alto, por certo trará prejuízos; na maioria dos casos, terá que ser desfeito. Se, voltar atrás é uma qualidade dos humildes, muitas vezes, também é uma necessidade dos precipitados.

Invés dum endereço estrito, O Salvador deu-lhes um sinal para observarem. “... quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os Meus discípulos?” vs 10 e 11

O Senhor indicou na casa de quem deveriam celebrar, o memorial da páscoa; deixou ao dono da casa, a disposição do aposento que achasse mais apropriado.

Podemos aprender, pelo menos quatro coisas nesse incidente: a) quando O Senhor nos envia a algum lugar, para falarmos em Seu Nome, nos dá as palavras necessárias, na ocasião oportuna; "e direis..."

b) num primeiro momento, O Senhor fala com quem está em posição de liderança, de comando, não com subalternos; “... ao pai de família da casa...” Não poucas divisões acontecem no meio cristão, mercê de “novas visões” que vêm de baixo para cima. Não do líder espiritual, mas de algum afoito desejando liderar; nem todas as divisões são assim; algumas procedem do Senhor; porém, numa situação normal, O Senhor dá Sua diretriz, ao “Anjo da Igreja” quando, é probo;

c) Ações que dependem da direção do Senhor devemos perguntar a Ele antes, invés de ousarmos por nossa conta. Não parece meio infantil? Essa é a ideia. “Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele”. Mc 10;15 Muitas vezes o que nos soa elementar, não é bem assim. O Senhor vê coisas que não vemos; assim como ouve; até as que ainda não são.

d) em lugar de uma resposta direta, eventualmente, somos convidados a observar sinais; “... encontrareis um homem com um cântaro de água...” Alguém disse com propriedade sobre entender a Divina diretriz: “Na direção em que O Dedo de Deus aponta, Sua Mão abre a porta”.

É importante termos apontamentos do Senhor antes; apenas uma porta aberta pode muito bem ser uma cilada. Certa vez alterquei com um irmão amado, que me disse: “Se a porta está aberta basta entrar; caso ela não for do Senhor, Ele a fechará”. Discordei dele, pois, a coisa não é tão simples.

Sendo O Senhor, O Deus Vivo, nos tendo dado vida em Cristo, o mínimo que se deve esperar desse relacionamento refeito é que haja comunicação entre as partes. Antes da conversão não podíamos agir assim, após ela, devemos; “a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome” Jo 1;12

O que entendemos por “andar em Espírito”, senão, após a Divina direção, informada pelo Espírito Santo, ao nosso espírito? Depender disso, invés duma atitude infantil, no aspecto espiritual é um indício de maturidade. Paulo aconselha: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento”. I Cor 14;20

O Eterno anela nos guiar com Seu Conselho, não com chicotes e cabrestos, como se fôssemos cavalgaduras; Ele diz: “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os Meus Olhos”. Sal 32;8 Com os Seus Olhos e pela Sua Palavra.

Esse é o Divino propósito acerca das nossas vidas; o verso seguinte adverte contra os que arrombam portas, ou, entram inadvertidamente nas que estão abertas, sem antes consultar ao Santo; “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se lancem a ti”. Sal 32;9

Os que querem viver e falar segundo O Senhor, devem aprender Dele, como disse a Jeremias: “... Se tu voltares, então te trarei, estarás diante de mim; se apartares o precioso do vil, serás como a Minha Boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles”. Jr 15;19

domingo, 20 de julho de 2025

O esconderijo possível


“Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho Eu os céus e a terra? diz o Senhor”. Jr 23;24

Uma pergunta meramente retórica, que traz em si a resposta. Dada a Onipresença Divina, onde seria possível alguém se esconder?

Entretanto, aquilo que soa pacífico ao intelecto, não é, necessariamente, assim, diante da vontade. Nem sempre agimos consoante ao que sabemos.

Embora, na ginástica mental, facilmente podemos reverberar o dito de Pedro, que é mais importante ouvir a Deus que aos homens, nas ações, normalmente tememos mais ser vistos pelos homens que por Deus.

Uma das razões para essa temeridade, talvez, seja o abuso da longanimidade Divina. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal”. Ecl 8;11

Acontece que, numa relação interpessoal, caso pratiquemos ante alguém, uma obra má, certamente o “juízo” será imediato. Assim, desgraçadamente damos mais peso ao apreço de um pecador, que tememos ferir à Santidade do Altíssimo, cujo Nome Santo, invocamos.

A “retidão” aos olhos da torcida, quando alguém nos observa, não passa de um teatro de má qualidade. Os hipócritas são mestres nisso. A Obra de Cristo visa purificar nossas consciências, para que mesmo sós, no aspecto humano, tenhamos vívida a presença do Santo, e aprendamos Nele, amar a pureza no íntimo, mais que, a encenação em público.

Da superioridade de Cristo sobre os sacrifícios da Antiga Aliança está dito: “Se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

Purificados para servir; não, constrangidos a encenar. A fé verdadeira deixa pegadas, mais que faz eco. O que fazemos em seu exercício fala mais que o que dizemos.

A sintonia fina com a consciência, é mais importante que o aplauso de quem nos cerca, eventualmente. Paulo aconselhou: “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, naufragaram na fé”. I Tim 1;19

“Quer saber se os conselhos da noite são bons? Pratique-os durante o dia”. Z. Rossa. Isto é: quer saber se as coisas que intentas fazer quando estás só, são probas? Faça-as diante de todos. Se a ideia desejada soar desprezível, temerária, indevida, então não façamos. (óbvio que isso exclui nuances da intimidade lícita de um casal, por exemplo)

No livro dos salmos encontramos o autor estupefato ante a Onipresença Divina; “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno minha cama, eis que Tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e Tua destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz ao redor de mim”. Sal 139;7 a 11

Como ele sabia que Deus está nesses lugares todos, se não foi até lá? Davi tinha experiência com O Espírito de Deus em si; esse, onde quer que ele fosse ia junto. Dessa experiência derivou uma conclusão óbvia; onde eu for, Deus irá. Não há para onde fugir.

Voltaire escreveu: “Duas coisas me espantam; o céu estrelado sobre mim, e a lei moral dentro de mim”. Natural entender que essa lei que acende uma luz no painel da consciência sempre que a transgredimos, é do Espírito Santo em nós.

Nos que têm vida espiritual pelo “novo nascimento” e o hábito de ouvir ao intentar agir, a consciência no espírito falará antes, para que a má ação não seja praticada. Quem a ouvir andará em espírito. Quem não, depois sofrerá o peso, como disse Samuel Bolton, pregador puritano: “Se a consciência não for um freio, ela será um chicote”.

Se é certo que O Salvador nos tira de um charco de lodo, apagando pelo perdão nossos erros pretéritos, também é que nos chama a andar em novidade de vida doravante; pois, nos capacita para isso; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome”; Jo 1;12

Então, se não é possível nos escondermos de Deus, num aspecto geográfico, ainda é possível, em Cristo, nos escondermos do juízo, abrigados sob Suas Asas, como diz certa estrofe dum hino cristão: “Mas um dia senti meus pecados e vi, sobre mim a espada da Lei; apressado fugi, em Jesus me escondi e abrigo seguro, Nele achei”.

sábado, 19 de julho de 2025

Os gafanhotos "patriotas"


"O patriotismo é o último refúgio dos canalhas." Samuel Johnson

Isso, aos neurônios comuns nos idiotas úteis, pode parecer que, ser patriota é uma coisa estúpida, imoral; defeito de canalhas. Entretanto, não é essa a ideia.

A sentença não mira ao patriotismo; antes, o uso indevido dessa bandeira, por quem, depois de se ver indefeso noutras áreas, incapaz de se ocultar entre a choldra dos seus comuns, finalmente se lembra desse abrigo; como se, a nobreza da casamata bastasse para enobrecer quem se colocasse sob ela. Se alguém cagar numa galeria de arte, a bosta seguirá sendo bosta; não virará escultura.

Vivemos um retrato fiel dessa sanha. De repente, os cantores da “Internacional Socialista”, membros duma quadrilha multinacional para fins espúrios, chamada Foro de São Paulo, que protegem uma ladra peruana mandando buscar em avião oficial, defendem outra, da Argentina, num passe de mágica, como que, atingidos por algum tipo de radiação com potencial para fazer perder o rumo, começam a esposar um patriotismo que jamais conheceram; pelo qual nunca lutaram; contra o qual, adjetivaram praticantes de Nazistas, Fascistas.

Pretendem os amputados de vergonha e cérebro, unir ao país em defesa da “soberania”, contra os “ataques” dos USA. Um vero patriota entre esses, é “indecente” como alguém vestido, num campo de nudismo.

Um dos mais obscenos foi o General Hamilton Mourão, nosso chinês enrustido. Numa fala destrambelhada, onde precisou lembrar que era oponente do petista, Humberto Costa, senão o fizesse ninguém perceberia, colocou as lacrações de Greta Thunberg, Leonardo di Cáprio, em pé de igualdade com um grave incidente internacional, como as sanções aplicadas por Donald Trump, como se, as coisas tivessem alguma equivalência. “Não aceito que ele venha meter o bedelho aqui”. Bravateou.

O refúgio dos canalhas da vez está efervescente de verde e amarelo. Ai de quem mostrar a camisa vermelha que usa por baixo! Corre risco de uma martelada, ou, uma foiçada, conforme seu arsenal dileto.

O Brasil é signatário de pactos internacionais entre países democratas, que se comprometem mutuamente com a defesa de valores como, liberdade, defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão. Todas essas coisas vêm sendo aviltadas há muito; desde que o sistema corrupto buscou na cadeia, ao condenado, anulando sua condenação sem nenhum motivo plausível; fraudaram a eleição em seu favor. Furtado o poder, têm feito o que melhor sabem, roubar, criar impostos para tapar os furos, mentir; levaram nosso país ao estado lamentável em que está.

Tendo perdido apoio dos poucos, percentualmente, que votaram neles, e vendo que Bolsonaro segue imbatível nas intenções de votos, criaram um “crime” para ele; contra todo os ritos, com omissões de provas e todo tipo de atropelo jurídico o querem condenar; temem muito que volte ao poder, fechando assim, as lautas comportas da corrupção que correm caudalosas qual o rio Amazonas.

Qualquer conservador com potencial de incomodar, como Gustavo Gayer, Nicolas Ferreira, Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro, além de Bolsonaro pai, se fizeram alvos da “justiça” dos que, tendo olhos de águias contra os conservadores, são toupeiras quanto aos atos corruptos do sistema, que rouba aposentados, até.

Eduardo teve que fugir, pois, sabia que sua prisão era questão de dias, sem ter nenhum crime. Nos States denunciou o que ocorre aqui; nada que já não tenha sido feito por jornalistas como Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos, também refugiados, da sede de sangue dos “patriotas”, pois, ousaram discordar deles em seus trabalhos.

Então, Trump decidiu pelas sanções que a imprensa prostituta chama de “tarifaço”. Não se trata de tarifas, mas de restauração dos direitos e das liberdades democráticas segundo o pacto, do qual, ambos os países são signatários. Qualquer outro país pactuante, poderia fazer o mesmo, se, tivesse força de persuasão, como o Tio Sam.

Não é o país que está sendo atacado, como dizem; antes, o sistema corrupto. Atinge a todos infelizmente; mas, quem bem essa ralé fez ao país nesse mandato? Seu “plano de governo” é destruir Bolsonaro.

A “coragem” que enfrenta a tudo no reino das bravatas, parece desespero de quem não tem alternativa. Restabelecida a democracia e as liberdades, o que fizeram virá à tona; o “sigilo de cem anos” será rompido, grande parte da matilha acabará atrás das grades. Enfim, restou o “patriotismo”, e a bravata.

Muita gente inocente padecerá; mas, e os tantos presos do 8 de janeiro, há mais de dois anos sem julgamento, nada?

Os que postam seus sarcasmos comemorativos bem merecem o que está por vir; porém, no fim das contas caberá aos veros patriotas reerguer o que sobrar desse finado país. 

Quando a higiene for restabelecida, que sejam banidos para sempre, alijados da vida pública, toda essa nuvem de gafanhotos destruidores.