quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Elevo os meus olhos para os vales

“Simeão os abençoou e disse... este (Jesus) é posto para queda e elevação de muitos em Israel...” Luc 2;34

As coisas estavam meio fora do lugar; dado que uns deveriam cair, outros, ser elevados; os primeiros alto demais para seus méritos; os últimos abaixo das suas possibilidades.

Do ministério de João Batista o profeta dissera o mesmo usando figuras diferentes; “Todo vale será exaltado, todo monte e todo outeiro serão abatidos; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

“Vi os servos a cavalo, e os príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;7

Uma ressalva é necessária antes que algum viciado venha com essa mania doentia de associar cristianismo com marxismo, com política, essa balela de “opção pelos pobres”.

Os critérios Divinos para exaltação de uns e abatimento de outros nada têm a ver com posses, ou, ausência delas; pode salvar aos ricos, como Jairo, Zaqueu, Mateus, Nicodemos, José de Arimateia, Cornélio; ou, permitir que os pobres que foram a Ele apenas pelo pão desapareçam resmungado contrariados, quando, desafiados à fé, como aconteceu.

Os aferidores de Deus são espirituais; isso O Senhor deixou claro quando da exaltação de certos “vales” adiante dos “montes” da sociedade de então; “... Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes; mas publicanos e meretrizes creram...” Mat 21;31 e 32

Assim, a fé genuína que necessariamente requer submissão e obediência é a pedra de toque, pela qual, uns são exaltados na sua vigência, outros, abatidos pela sua desonrosa e blasfema ausência. Sim, a incredulidade é blasfema como ensinou o outro João; “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

Basta uma olhadela superficial para aqueles que têm autoridade sobre nós, políticos e juízes por eles indicados para ver, salvas raras exceções, o tipo de gente que o mundo exalta. A maioria deles não desejo receber em minha casa.

Todavia, perante Deus não passam de coisas fora do lugar; de baixarias no alto, como dissera Isaías; “A Terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da Terra.” Is 24;4

O Salvador também fez referência a essa inversão. “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15 Isso dos “montes” de então; os atuais não são melhores que eles.

Então, quando Simeão profetizou que Cristo veio para “queda e elevação” de muitos, vaticinou as consequências das respostas diversas entre os que creriam e os que resistiriam a Ele.

Geralmente quem está “no monte” tem mais dificuldade em receber uma doutrina que o faz igual a outrem que está “no vale”; dá prejuízo.

Um grande líder do Sinédrio ter que, como uma prostituta, ou, um publicano se arrepender e submeter para entrar no Reino feria o orgulho deles. Então quem lhes fechava a porta não era a condição social; antes, o orgulho dela derivado.

Para a carne caída e ímpia a ideia de ausência de méritos para se gloriar faz mui pesada a cruz; normalmente evita-a.

Assim, dada a dificuldade dos “bons”, Deus trabalhou com a “facilidade” dos maus; “... não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;26 a 29

Embora os sistemas políticos aliciem incautos a pretexto de promoção da igualdade, e as constituições “democráticas” rezem que “todos são iguais”, essa ideia nunca é bem vinda aos habitats do orgulho. Como ironizou alguém: “Uns são mais iguais que os outros.”

Por isso, aos critérios Divinos, “diante da honra vai a humildade;” e “os humilhados serão exaltados.”

Quando falamos em fé que remove montanhas normalmente pensamos em óbices externos ignorando nossos “montes" interiores. “Estas coisas o Senhor odeia... sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina perversidades, pés que se apressam para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e quem semeia contendas entre irmãos.” Prov 6;16 a 19

“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

O Socialismo deu certo sim

“Purifica teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.” Pitágoras

Bons tempos aqueles onde se sabia a diferença entre limpo e sujo, puro e impuro.

O homem, “animal político” na busca pelo único valor que preza (poder) sacrifica, probidade, honra, ética, tradições, bons costumes, bem comum, instituições...

No carro alegórico dos discursos todos os bons valores e interesses são figurantes; findo o carnaval das campanhas eleitorais, presto somem sob areias movediças de uma realidade obscena, dissoluta, sem pejo.

Invés de treinarmos mediante educação e exemplos, uma geração para a virtude, onde, deveres são o alvo primeiro, sucumbimos à “engenharia social do capeta”, onde autoridades são vilipendiadas, leis espezinhadas, valores desprezados, invertidos, num autofágico império de direitos, onde todos sentem-se credores da vida, embora, amplamente inadimplentes.

Nas prateleiras do cérebro garrafas nefastas e venenosas do fanatismo ideológico em lugar do exercício filosófico que ensina aprovar valores, ideias, invés de bandeiras, siglas.
A mesmíssima coisa, se, proposta por um “dos meus” é boa; se, defendida pelo oposto torna-se má. Sujas águas das paixões poluindo a razão.

Eu posso falar; já votei em FHC, Lula, Aécio e em nenhum votaria mais; conhecidos um pouco melhor percebi que não me representam; que eu estava errado. Bolsonaro me representa no macro, nas ideias gerais, embora, no varejo eu critico algumas coisas que diz, ou faz.

Por ocasião de debates políticos com esquerdistas, nós, os de direita desafiamo-los, não poucas vezes, a nos apresentarem, dentre os 63 países que tentaram o regime socialista um só exemplo onde o mesmo tenha sido bem sucedido. Eles silenciam ante à falta desse “animal albino”.

Se, para o idiota útil, como eles mesmos chamam aos seus fantoches, essa pergunta traz embaraços, seus mentores devem rir por dentro satisfeitos com seu “sucesso”.

Há uma velhacaria dissimulada da parte deles e uma ingenuidade da nossa que, demora a perceber. Se, em seus discursos são “defensores de minorias, tutores de excluídos, pregoeiros de avanços sociais, progressistas libertários”, na sua doutrina “pura” querem a “desconstrução da sociedade ocidental bem como seus valores burgueses derivados da moral judaico-cristã.”

Lembrei de uma frase irônica sobre o matrimônio; “Casamento é como submarino; até boia, mas é feito para afundar.”

De igual modo o socialismo, até pode ensejar uma ou outra melhoria eventual, mas seu alvo não é progredir é destruir.

Têm ojeriza ao patriotismo, bandeiras nacionais; são internacionalistas, globalistas; para isso militam; sendo que, o enfraquecimento dos valores, democracias, e desordem social por toda parte, o caos, são o “produto final” almejado por eles; só assim, pensam, um governo global será possível.

Sendo esse o alvo, em toda parte que fragilizaram instituições, democracias, mataram, trouxeram miséria e corrupção, do ponto-de-vista dos seus mentores a coisa deu muito certo.

Ironicamente quem financia todas as desordens feministas, abortistas, droguistas, racistas, bloguistas, ecologistas e outros istas mais, que servem para dividir e perturbar sociedades são, sobretudo, dois mega-capitalistas milionários, Pierre Omidyat e George Soros.

Usam os incautos “socialistas” aos quais financiam para “desconstruir” a tantos governos quantos puderem. Instaurado o caos, planejam, será fácil bem vinda Nova Ordem Mundial; governo único exercido por eles, ou, por quem eles indicarem.

Uma ditadura totalitária e global, como a Bíblia ensina, onde todos os direitos serão tolhidos; a humanidade será apenas gado, sem autonomia; nada nos quesitos liberdade, iniciativa.

A maioria dos canhotos trabalha sôfrega por isso, e chamam ao nosso representante que é patriota e oponente dessas ideias, de Bozo, ou seja: Palhaço. Será mesmo ele?

Não que sua resistência, bem como de Trump e Netanyahu, irão ser suficientes para conter essa onda mundial via ONU, União Européia, Clube de Paris, fundações como WWF, Ford, Green Peace, etc. A coisa já está muito mais avançada que possamos perceber. Ela se dará em determinado tempo; foi Deus que nos avisou de antemão.

Todavia, o fato que, algo do qual discordo cabalmente será estabelecido um dia, a despeito de minha vontade, não basta para que eu traia a quem sirvo, ou, descreia dos valores e ensinos nos quais acredito.

Quando acontecer que aconteça; enquanto não, seguirei defendendo valores, crenças e ideias que me são caros. Se um cachorro me morder, não irei revidar mordendo-o também; o que os outros são não muda o que sou.

Já somos um país majoritariamente instrumentalizado, “socializado”; a nossa “democracia” funciona contra os anseios do povo, pois, os mecanismos necessários para implemento de medidas saneadores dependem do “Mecanismo;” por isso não acontecem.

O mel do patriotismo ansiado tende a estragar-se no pote sujo das instituições eivadas de globalistas corruptos.

“Um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto.” Marquês de Maricá

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Maçãs de Ouro e Silêncio

Dizem que palavras são prata, enquanto o silêncio é ouro. Desconfio, porém, que essa valoração só se verifica em determinados contextos, não é um valor absoluto.

Um provérbio hindu diz: “Quando falar cuide para que, tuas palavras sejam melhores que teu silêncio.”

Ora, se existe possibilidade das palavras serem melhores que o silêncio, resulta que a prata supera ao ouro?

Segundo Salomão, “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu... tempo de estar calado, tempo de falar;” Ecl 3;1 e 7

Assim, a excelência não reside no silêncio, nem palavras, em si; antes, no encaixe preciso das palavras com o tempo oportuno; O mesmo Salomão disse: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita no devido tempo. Como pendentes de ouro, gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento.” Prov 25;11 e 12

No primeiro caso a excelência reside no encontro das palavras com a ocasião própria; no segundo, da repreensão sábia com o ouvido atento.

Há momentos em que a intensidade da dor expõe a inutilidade ou impotência das nossas palavras; em casos assim, o silencio vale mais. “O que canta canções para o coração aflito é como aquele que despe a roupa num dia de frio...” Prov 25;20

Quando a morte decide falar, por exemplo, sua eloquência atinge proporções tais que nossas palavras quedam raquíticas e insignificantes. Assim, em ambientes fúnebres, além das coisas absolutamente necessárias à solidariedade e à polidez, no mais um zíper na boca se revela melhor que a vibração insensata das cordas vocais.

“Porque, da muita ocupação vêm os sonhos; a voz do tolo da multidão de palavras.” Ecl 5;3

Ironicamente se diz: “Fulano quando cala a boca é um poeta”. Talvez. O silêncio empático como o inicial, dos amigos de Jó que vendo o tamanho da desgraça assentaram-se calados ao seu lado durante sete dias e sete noites compõe estrofes que, nem os mais inspirados poetas conseguem. “Assentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande.” Cap 2;13

O Salvador disse que nossas palavras refletem os corações; “Do que o coração está cheio, disso a boca fala.” Todavia, nem sempre. Há casos em que falas circulam ociosas, para desviar atenção, manipular; contudo, Ele disse mais: “Eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” Mat 12;36

Por outro lado, o silêncio pode ser criminoso quando omite o que deveria ser gritado; por exemplo: A situação de grave fome em Samaria nos dias de Eliseu; O Senhor dissipara e pusera em fuga ao acampamento dos inimigos que cercavam aos famintos Hebreus.

Quatro leprosos saíram vagando por nada ter a perder; chegando ao arraial inimigo acharam grande fartura deixada pelos que fugiram apressados.

Mataram a fome e tomaram despojos para si; suas consciências acusaram mostrando a culpa pelo silêncio deles. “Chegando, pois, estes leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, beberam e tomaram dali prata, ouro e roupas; foram e esconderam; então voltaram, entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa e esconderam. Então disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; por isso agora vamos e anunciaremos à casa do rei.” II Rs 7;8 e 9

Naquele caso, silêncio não seria ouro nem prata, mas, omissão, pecado, culpa. Quantos se fazem culpados por, em busca de aplausos, aceitação, ou meramente para evitar polêmicas traem as próprias consciências omitindo o que deveriam falar? Como os leprosos aqueles poderiam dizer: “Não fazemos bem.”

Os que não conseguem ver as coisas da perspectiva correta não entendem por que pregamos, falamos e escrevemos acerca da Salvação em Cristo.

Éramos com os leprosos aqueles; mortos-vivos com nada a perder. Assim, corremos o risco de ir após o chamado do Salvador mesmo acenando-nos Ele com uma cruz.

Encontramos em Seu “Acampamento” sinais de fuga do inimigo derrotado, fartura de Pão dos Céus, e riqueza de dons incontáveis. Pegamos o que pudemos, mas achamos que não faríamos bem em guardar as “Boas Novas” somente para nós.

Quando porfiamos em busca de conversão dos que nos ouvem não temos em escopo alguma vantagem terrena que eventuais adesões poderiam trazer; antes, alegria de ver mais gente como nós, partícipe das infindas Riquezas de Cristo. Sabemos da fome que há no arraial dos sitiados pelo inimigo; viemos de lá.

Não fazemos barulho pelo barulho; mas, pela vida eterna que trará a quem souber ouvir.

O Vale da Decisão

Então temeram os marinheiros e clamavam cada um ao seu deus...” Jn 1;5

Pagãos entre uma pavorosa tempestade, não mais confiantes em suas habilidades náuticas apelaram à fé; cada um orava ao seu deus. Jonas servo do Deus Vivo dormia nos porões do navio.

Encontrado confessou ser fugitivo do Senhor; assumiu que a tempestade era vinda por sua culpa; disse que a mesma cessaria se fosse jogado ao mar.

Relutaram inicialmente; mas, apavorados que estavam cederam e jogaram-no; feito isso, como previra, a tempestade cessou.

“Temeram, pois, estes homens ao Senhor com grande temor; ofereceram sacrifício ao Senhor e fizeram votos.” V 16

Ante tão estrondoso milagre deixaram cada um seu deus de outrora e sacrificaram e oraram ao Senhor. Então, não tinham razões mais para duvidar de quem É O Senhor. Como disseram os discípulos num tempo posterior: “Quem é Este que o vento e o mar obedecem?”

Deixando à saga de Jonas por ora, pego esse gancho para por em relevo um dito de Paulo quando pregou em Atenas: “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

Como os marinheiros em suas ignorâncias serviam deuses alternativos, mas vendo uma demonstração cabal do Poder de Deus deixaram as crendices e oraram a Ele.

Não que a ignorância seja mérito; é apenas atenuante; enseja ausência de dolo.

A migração das trevas para a luz é a ordem natural, lógica, compreensível; o que causa espanto é tomar o caminho inverso; Como disse o mesmo Paulo escrevendo aos gálatas: “Quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses. Mas agora, conhecendo Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres...?” Gál 4;8 e 9

Pois, o ecumenismo em gestação traz duas nuances bem definidas: “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor contra O Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas.” Sal 2;2 e 3

Primeira: Iniciativa por interesses políticos, não espirituais; “os reis da Terra se levantam...” Segunda: baseia-se na remoção de Cristo e Seu Jugo, Seus parâmetros de salvação e relacionamento com Deus; “rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas.

Nessa Arca, habitat de todos os bichos, digo, todos os credos, como se pretende, quem fará concessões para a mistura? Os islâmicos, espíritas, budistas, hindus, animistas?

A Doutrina de Cristo, se bem que amplamente inclusiva em seu âmbito, (pregai a toda a criatura) é extremamente restritiva em seu teor; “Ninguém vem ao Pai senão, por mim.

O esboço do Sínodo da Amazônia que se dará mês que vem em Roma sob regência de Francisco (que sai beijado os pés de islâmicos, mundo afora, em busca de união) traz entre outras coisas a proposta de reconhecer como válidas as noções “espirituais” das tribos nativas com seus feiticeiros e pajés que ensinam as superstições da “mãe Terra, espíritos dos rios, das matas, dos montes, etc.”

Se, todos os credos são válidos como pretendem os “reis da Terra” a ordem de se “pregar a toda criatura” já não precisa ser cumprida; essa “corda do Ungido” já pode ser rompida; afinal, os “marinheiros" na nau globalista preferem manter seus cultos cada um, ao seu deus do que, se render ao Deus Vivo, cujos ventos e mares obedecem.

“Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na Sua Ira; no Seu Furor os turbará.” Sal 2;4 e 5


Se, como ensinou O Salvador, ouvir Sua Palavra equivale a “passar da morte para a vida;” deixá-la depois de haver conhecido é fazer o caminho inverso; “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se o último estado pior que o primeiro. Melhor seria não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes foi dado... O cão voltou ao seu próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;20 a 22

Deixemos doenças rasteiras tipo, minha religião, sou dessa, daquela, ou, fulano também erra, etc.

A coisa é como o juízo iminente em Sodoma e Gomorra, de onde Ló foi tirado com urgência; “Escapa por tua vida, não olhes para trás.” A escolha é entre verdade e mentira, fidelidade e apostasia.

Duas opções bem patentes e opostas; alinhar-se ao motim global na fila da morte eterna pelo comodismo e aceitação ímpia, ou opor-se, ao custo de perseguições, pelo eterno prêmio.

“... Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida.” Apoc 2;10

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Espelho, espelho meu...

“O Senhor olhou desde os Céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos, juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, sequer um. Não terão conhecimento os que praticam a iniquidade, que comem meu povo, como se comessem pão e não invocam ao Senhor?” Sal 14;2 a 4

Lembramos que Deus tudo vê, quando sofremos uma injustiça qualquer; Deus ta vendo! Mas, agimos como se Ele nada visse; trombeteamos nossas obras como se a recompensa viesse dos homens;

Filosofamos que as aparências enganam, que o que vale é a essência; mas, gastamos tempo e esforços para melhorar aquilo que engana, não nos importamos com o que afirmamos ter mais valor, o caráter; gasta-se mais tempo com músculos, cabelos, pele, unhas, vestes, que com as demandas da alma;

Lembramos ainda que da vida nada levaremos; mas, muitas vezes cometemos injustiças, omissões no afã de aumentar uma bagagem que será perdida no final; damos volume ao nosso nada;

Dizemos-nos cristãos, aqueles que “negaram a si mesmos” por amor a Cristo; mas, em qualquer discrepância de opiniões afirmamos: Sou mais eu, não levo desaforos pra casa; pra cima de mim? Nossa humilde renúncia é da boca pra fora; a casa da alma ainda é dirigida pelo orgulho; não conseguimos ser imitadores de Cristo;

Cantamos loas à diversidade, mas ofendemos ao que é diferente; se, torce por outro time, professa uma fé diversa da nossa, ou, se sua pele tem outra cor;

Usamos o altruísmo para discursos políticos ou religiosos, onde, nos voluntariamos como defensores dos direitos dos fracos, oprimidos; uma vez nos delegada essa nobre tarefa, pisamos nossas promessas sedutoras e buscamos as sombras para desempenhar nossa “função pública” em proveito mesquinho, particular; discursamos como sóis, e agimos como pântanos;

Em busca de aceitação ao defendermos o indefensável sofisticamos com eufemismos nomes virtuosos para camuflagem de motivos vis; não somos amparo de criminosos, mas zelosos de “direitos humanos”;

Enfim, sabemos do ensino do Mestre sobre ajuntarmos tesouros no Céu; de colocarmos nisso nossos corações; contudo, amontoamos trastes na Terra agindo como quem não tem a menor ideia de onde o Céu fica, ou, por qual Caminho se chega lá... Como dizia uma antiga canção: “A gente somos inútil”.

Gosto de assistir vídeos de sobrevivência tipo “Menu Selvagem” onde dois homens aventuram-se em lugares remotos, inóspitos apenas com coisas básicas e tentam sobreviver de caça, pesca, coleta de alimentos naturais vivendo ao relento ou, forjando toscos abrigos.

Febres como conforto, ostentação, prazeres, vaidade são “curadas” pela própria situação extrema onde o que conta mesmo é a sobrevivência.

Tivéssemos uma visão mais apurada sobre o cenário no qual estamos inseridos e um monte de febres assim também seriam sanadas; quaisquer circunstâncias, de privação ou fartura, cuidaríamos de guardar a fé, o bem mais precioso, que nos “encaixa” no sustentáculo das nossas vidas, Cristo.

Diríamos como Paulo: “... porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto, ter fome; tanto a ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

Infelizmente nossa fé é mais “virtual” que virtuosa; nos importamos demais com a humana aceitação, e apreciação, de modo que, nem temos tempo ou, vontade para buscar a Divina aprovação.

Estamos sendo manipulados pela “Imagem da besta” que fala e nem percebemos. As redes sociais não têm culpa de nada; assim como um espelho apenas reflete o que está diante de si, também as mídias sociais dão asas ao que somos, e por falta de noção nos atrevemos a expor.

Se, o homem original era “Imagem e Semelhança de Deus” pela perfeição de atributos com os quais foi criado, após a queda se tornou imagem e semelhança do seu novo mentor; não satisfeito em nos desfigurar, o traidor fez uso dos ramos da Árvore da Ciência e forjou meios para fazer onipresente sua imagem com o vício e o pecado, através de nós.

Nos faz acreditar que o bom é se enturmar, encaixar nas vitrines pecaminosas da vaidade, ostentar.

Quem, deveras, pertence ao Senhor já não é do mundo; logo, não é chamado para se encaixar nesse sistema insano e suicida, antes, deve ser uma voz a denunciar os descaminhos mortais de quem jaz no maligno.

Se, um dia O Senhor olhou e não viu nenhum justo, alguns séculos depois olhou de novo, viu e comemorou: “Este é Meu Filho Amado no Qual tenho prazer”! Jesus Cristo. Quem aprender a imitá-lo terá por certo, seu tesouro.

domingo, 8 de setembro de 2019

Mortal Combate

“... Nós temos uma lei e segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.” Jo 19;7

Essa afirmação tinha certa “lógica”, pois, estava escrito: “Ouve ó Israel! O Teu Deus é Único.” Naquela ótica fazer-se alguém filho de Deus implicava em blasfêmia, pela qual deveria ser morto.

Se, tivessem examinado com mais cuidado as Escrituras nas quais afirmavam crer teriam encontrado a promessa da visitação Divina sobre a Terra em várias passagens; “Porque eis que o Senhor está para sair do Seu lugar; descerá e andará sobre as alturas da Terra.” Mq 1;3 Ou, Isaías antevendo o precursor; “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus.” Is 40;3

Então, quando João Batista disse não ser o Messias, mas, ser essa profetizada voz, natural para os experimentados nas Escrituras concluir que, após ele viria O Senhor.

Dizendo-se Filho de Deus Jesus se apresentou “menor” que o prometido, dado que a promessa era do Próprio Deus andar sobre a Terra. Mas, quando disse: “Eu e O Pai Somos Um” a fúria da audiência aumentou.

As afirmações do Salvador não traziam uma agressão às Escrituras, antes, encaixavam-se nelas. O que O fazia indesejável era que, invés de adular ímpios hipócritas Ele denunciava-os. Não eram eventuais falhas no Senhor que ensejavam Sua rejeição, antes, Sua Perfeição que expunha as falhas do “guardiães da vinha” que davam azo ao mal estar. O zelo era só pretexto para agredir e rejeitar “com razão.”

“Nós temos uma Lei,” disseram; em dias ulteriores a posição de Cristo perante a Lei de Moisés foi expressa aos mesmos Hebreus; “Porque Ele é tido por digno de tanto maior glória que Moisés, quanto maior honra que a casa tem aquele que a edificou.” Heb 3;3

Não apenas era O Filho de Deus, como veio remir, e Ser O Caminho, para adoção de muitos filhos mais, mediante o novo nascimento; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

O que Satanás disse Dele por lábios ímpios, “deve morrer porque se fez filho de Deus”, diz de qualquer de nós que recebe essa ventura em Cristo e “passa da morte para a vida.” Deve morrer!

Muitos devaneiam com uma percepção errada do que significa a conversão; pensam ser o fim dos problemas; na verdade é o fim da inimizade com Deus, a adoção de filhos e início de uma caminhada contra o ódio de Satanás.

Antes disso fazíamos qualquer coisa e “estava tudo bem”; “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

Pois, estávamos mortos em delitos e pecados e éramos amiguinhos de Satã. Porém, vindo “a Semente da Mulher” que nos colocaria em inimizade com ele, a aversão nutrida pelo tal é do mesmo calibre que teve por Cristo; digo; guardadas as proporções diz o mesmo ao nosso respeito: “Deve morrer porque se fez filho de Deus.”

Sabedor disso O Senhor envia Seu Bendito Espírito Santo para nos capacitar no mortal combate; para que possamos resistir ao assédio assassino do inimigo.

Se, não puder matar espiritualmente, seu alvo primeiro, mediante apostasia e pecados, mata fisicamente mesmo, cessando o ministério dos que lhe incomodam, como fez e ainda faz com muitos mártires.

Nossa natureza pecaminosa que não se converte; deve ser mortificada na cruz, acaba sendo um inimigo infiltrado a pelejar contra nossa própria salvação; “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, e, nem pode ser.” Rom 8;7

Quem nasceu de novo identifica dentro de si esse combate entre O Espírito que aponta para Deus e Sua Vontade, e a carne obstinada que se inclina à rebeldia. “Porque os que são segundo a carne se inclinam para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.” Rom 8;5

Lembro de antigos gibis onde as tentações, eram figuradas com um anjinho no ombro direito apontando para a virtude, e um diabinho no esquerdo apelando pelo vício; é mais ou menos isso.

Isaías vaticinou o ministério do Espírito: “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Não existe “fechamento de corpo”, “oração forte” que nos possam proteger; antes, ouvidos abertos e obediência ao Forte que peleja por nós. “Quem me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

sábado, 7 de setembro de 2019

Sínodo da Discórdia

“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando impiedade e concupiscências mundanas, vivamos no presente século sóbria, justa e piamente.” Tt 2;11 e 12

Graça a “todos os homens”; não pretende o apóstolo afirmar que todos serão salvos; antes, deixar patente a universalidade do chamado; “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei.” Mat 11;28

A Vitória do Senhor é patente. “O Senhor desnudou Seu Santo Braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da Terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52;10

Todavia, Seu chamado traz anexas algumas condições; “... renunciando impiedade e concupiscências mundanas vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente.” Tt 2;12
“Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29
“... purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor.” Is 52;11
etc.

O chamado é amplo, irrestrito; o caminho proposto demanda renúncias; é preciso, limitado. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida poucos há que a encontram.” At 7;13 e 14

Não se trata de passagem estreita que, uma vez vencida as coisas se ampliam, facilitam; mas de caminho apertado que demando cuidados e esforços a cada passo.

O estreitamento leva-nos a agir na contramão do mundo; “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” I Ped 3;16

Um estreitamento que os protestantes procuram preservar é o veto de acrescer ou omitir qualquer coisa à Palavra de Deus.

Não poucas vezes ouvi padres acusando-nos de fanatismo pela Bíblia. Eles acrescentam dogmas, tradições, encíclicas... Afinal a autoridade espiritual teria sido dada à Igreja, que, segundo eles é a Católica.

Sua falta de amor pela verdade os levou ao culto de imagens; colocação de Maria num lugar que a Bíblia nunca ensinou; em lugar da liberdade do Espírito Santo engessaram o ritual naquilo que Jesus chamou de “vis repetições”; eles chamam de Missal. As pessoas são robotizadas de modo a responderem mecanicamente certas fórmulas, invés de expressarem seus corações, como convém.

A pena para quem não ama a verdade, segundo A Palavra é ter que conviver com o erro, a mentira; “... porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira;” II Tess 2;10 e 11

Pois bem, após a eleição de Francisco as coisas começaram a mudar entre eles; o novo Papa é rejeitado por muitos pelo afrouxamento de coisas que sempre foram tabus, como concessões ao homossexualismo, aos divorciados, ao ecumenismo, à Teologia da Libertação, além de frases infelizes e blasfemas.

Está agendado o “Sínodo da Amazônia” para o mês que vem, onde, esses temas, e o reconhecimento do animismo panteísta, pajelanças tribais, serão reconhecidos como válidos, segundo a proposta de trabalho.

Os que, ao recusarmos extrapolar à Bíblia em questões de fé nos acusavam de fanáticos, por não reconhecermos à autoridade da Igreja e do Papa, agora falam contra a liderança deles, em clara divisão entre grupos festeiros com as iniciativas de Francisco, outros, contra.

Uns querendo o globalismo comunista, ecumênico; outros, a Igreja como sempre foi. Possivelmente o cisma se dê de forma visível, o surgimento de duas igrejas; uma fiel ao Papa, outra aos antigos dogmas e tradições.

O lado “positivo” das heresias segundo a Bíblia é a possibilidade de demonstração de quem é sincero; “Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem.” I Cor 1;19

Claro que nem tudo o que se diz evangélico é bíblico; Entre neo-pentecostais, sobretudo. Mas, não pelejamos por denominações, antes, por fidelidade à Palavra. Eis o nosso “fanatismo”! Não ousamos alargar ao caminho que O Senhor fez estreito. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

O império ecumênico global onde o Estado é Deus pelo qual o Chico trabalha será erigido para a glória efêmera do Anticristo. Quem nunca foi além das Escrituras tampouco irá agora, não importam os conchavos humanos e diabólicos.

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6


E A Palavra manda “Pregar o Evangelho a toda Criatura”, não reconhecer com válidos os caminhos das superstições. Sério assim.