“Vi que todo o trabalho, toda destreza em obras, traz ao
homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade, aflição de espírito. O
tolo cruza as suas mãos, come a sua própria carne.” Ecl 4;4 e 5
Nenhuma das opções é muito encorajadora. Se trabalhar com
destreza, talento, o sujeito colhe inveja; se cruzar os braços, se omitir,
prejudica-se, “come a própria carne”.
Ao meu ver, compensa mais ser diligente mesmo ao custo
pesado dos canhões da inveja, que autofagia da omissão.
O “trabalho” proposto ao país atualmente é que cada um
tome posição, em face à crise política que vivemos. Minhas posições claras,
contundentes, contra a roubalheira, corrupção, enfim, pela deposição da
quadrilha que se apossou do poder tem me colocado em pleitos ácidos.
Vejo apenas dois tipos de eleitores. O cidadão consciente,
e o corrupto cooptado. Aquele, pelas próprias aspirações de sua moral, não se
importa com interesses privados ao fazer sua escolha, antes, com o que acha
melhor para a nação como um todo, ou, para o maior número possível de pessoas.
Noutras palavras: Não vota por ter recebido algum benefício pontual, antes, por
identificar em sua escolha o melhor para o país. Esse tipo, de mente
esclarecida, motivação coletiva, alma nobre, é mui raro, infelizmente;
transformado em líder político seria o Estadista.
O eleitor corrupto é exatamente sua antítese. Se faz eterno
devedor de um partido, uma ideologia, se, recebeu mediante atuação dela, algum
benefício pessoal, ou, um familiar seu recebeu. Tal, não vê a classe política
como gestora eficaz, equânime da coisa pública; antes, como “pistolões” que devidamente
infiltrados, podem “abrir portas” a interesses particulares, quiçá, negociar
favores.
Claro que, quem não tem medo da verdade reconhece que o
PT, sobretudo no início quando pegou a casa em ordem, em cenário favorável fez
coisas boas em vários setores. Isso, atingiu muitas pessoas.
Mas, a “democracia”
deles não consegue conviver com a república. A saudável alternância de poder, como
vemos nos Estados Unidos, que, mesmo tendo dois partidos apenas, o máximo que
cada legenda consegue em sequência são oito anos. O PT vai já para dezesseis,
e, qualquer denúncia contra a corrupção, segundo eles, visa desestabilizar a
candidatura de Lula em 2018. Assim eternizarem-se no poder, é sua visão peculiar de democracia.
Ninguém sabe gerir, senão, eles. Quem objetar a legalidade
de sua permanência indefinida, mesmo havendo já quatro motivos para
Impeachment, é “golpista”. Quatro? Mas, Dilma nunca roubou. É já ouvi muitos
dizendo que não motivo nenhum.
Há três motivos jurídicos: As “Pedaladas fiscais”
descumprindo à Lei de Responsabilidade; as denúncias de três delatores de que,
dinheiro de corrupção irrigou a campanha; a nomeação de Lula ao Ministério da
Casa Civil, um gesto golpista visando apenas a obstrução da Justiça.
Um motivo político; o estelionato eleitoral da última
campanha, onde prometeu coisas várias, e fez exatamente o oposto, após eleita.
Mas, para esses alistadores de “manifestantes” a pão, mortadela e trinta pila,
impeachment, é golpe.
Não respeito gente que desrespeita os fatos, o valor das
palavras, o bem comum, a verdade.
O PT no Governo continua PT; esquece que suas ações, uma
vez eleitos, são assuntos de Estado, não, partidários. Devem governar no
interesse de todos. Constroem uma faculdade qualquer com dinheiro público, do
Estado, que os está pagando para bem gerir, fazem parecer que foi o partido que
fez. Assim, se os eleitores beneficiados não seguirem eternamente devedores a
eles, enfim, se “eles” a Elite Maldita vencer a eleição, o novo Estado vai
destruir o que foi feito. Canalhas!!
Agora, que figurões do partido estão em maus lençóis, nomeiam
um “Ministro da Justiça” para ameaçar, se possível, barrar o trabalho da
Polícia Federal. Ora, se fosse Ministro do Estado, atentaria justo ao interesse
da maioria, estimularia à promoção da justiça, doendo a quem doesse; mas, é só
um petralha a serviço da causa, não é um Ministro.
Quando pensam ter razão, mesmo em coisas discutíveis,
destroem laboratórios, laranjais, mudas de espécies em pesquisas, cortam
cercas, invadem propriedades, gritam nas ruas: “Fora Sarney! Fora Collor! Fora
Itamar! Fora FHC”, haja ou não, razões. Agora, um punhado de razões contra
eles, é golpe? Canalhas!!
Os valentões, agora que estão cagados, depois de dividir o
país entre “povo” e “elite”, nordestinos e sulistas, negros e brancos, heteros
e gays, enfim, de fomentar toda sorte de luta de classes, agora, redescobrem a
mansidão, o “Lulinha paz e amor está de volta”. Canalhas!!
Deram muitos tapas na cara de gente pacífica; agora que a
paciência acabou, que os mansos arregaçam mangas, eles dizem que é brincadeira?
Agora quem quer brigar somos nós, o Brasil decente. Os eleitores conscientes
irão abafar a súcia dos corruptos.