sábado, 13 de fevereiro de 2016

Socialismo X Liberalismo, quem está certo?

Reinaldo Azevedo, jornalista que admiro, disse: “Quem não foi socialista até os dezoito anos, não tem coração; quem segue socialista após os vinte, não tem cérebro.” Caramba! Que contraditório! O Quê, ele estaria querendo dizer? Bem, arriscarei a dar minha interpretação.

Na idade ainda jovem, contemplar as injustiças sociais desperta nosso zelo apaixonado em desfazer isso, e como num primeiro momento parece que os “socialistas” detêm o monopólio da justiça social, natural que nos alinhemos aos tais.

Depois, transitando para certa maturidade, descobrimos que a diferença não é de mérito, mas, de método; digo, os dois sistemas socialismo e liberalismo se preocupam com o social, apenas, com métodos divergentes, e, analisando à luz da lógica, da razão, dos fatos e da história, constataremos que, o “socialismo” fomenta a pobreza, invés de erradicar.

Seguir defendendo após perceber isso, é coisa de mentecapto. Bastaria uma questão objetiva simples para tornar diáfano isso: Onde os pobres são mais pobres? Em países “socialistas” como China, Venezuela, e Cuba, por exemplo, ou, nos Estados Unidos, Suécia, Noruega, Canadá? Parece bem óbvia a resposta, não?

Há um provérbio asiático que diz: “Não dê peixe ao faminto; dê o anzol, e ensine-o a pescar.” Aqui temos a negação de um sistema, e a afirmação de outro. A “inclusão” do socialismo, consiste, basicamente nisso: Dar peixe aos famintos. A dos liberais, ou, capitalistas, em ensinar a pescar.

No primeiro caso, via assistencialismo a pessoa ganha pronto, a demanda é que seja mero consumidor; no segundo, é capacitada e desafiada a produzir algo; será que isso explica por que as economias liberais são pujantes, e as outras paupérrimas?

Claro que, em qualquer sistema, há casos extremos, que fazem necessário o assistencialismo; gente sem a mínima condição de inserção no mercado de trabalho, e com filhos para criar. Agora, gente saudável, capaz, vivendo como zangões sociais, às custas de bolsa isso ou aquilo? Fomento da pobreza e da injustiça na certa.

Infelizmente, para a maioria, a chuva das paixões é torrencial demais, de modo que, mesmo na idade madura o limpador de para-brisa da razão não tem capacidade suficiente para clarear o caminho. Erram nas vias públicas tolhidos pelos discursos opacos de espertalhões que os cooptaram.

Seus líderes sempre serão “protetores dos pobres” “governantes populares” mesmo se, morarem em coberturas com vista para o mar e seus filhos tiverem iates e aviões executivos.

Quem os acusa de corruptos não quer justiça, antes deve ser um elitista, inimigo dos pobres. Aliás, peçamos aos “Ghost Busters” socialistas para nos dar exemplos práticos, dos inimigos fantasmas que perseguem; ora a “zelite”, a “burguesia”, o “Sistema”, o “Establishment”, o coelho da páscoa, o caipora, o saci Pererê...

Acaso as empreiteiras envolvidas com eles, os empresários paparicados via “Bolsa BNDS” as grandes empresas de comunicação cooptadas via anúncios oficiais, e os expoentes do coronelismo político que se coligou a eles, não são a elite do país. Se, a elite é nociva, por quê estão de mãos dadas?

Burguesia? Ora, que são os burgueses senão componentes do burgo, cidade, gente de medianas posses, ou, a classe média? Esses bravos ajudam em muito a fazer a riqueza da nação. São o primeiro estágio acima dos pobres. Contudo, se o socialismo se propõe a defender os pobres, incluí-los socialmente, logrando isso não os promoveria a serem classe média? Então, eventual sucesso “socialista” transformaria alguns pobres em culpados também?

Sistema; ora, sistema é algo amoral, atina a acuidade organizacional da sociedade, não às escolhas em si. Tanto entre socialistas quanto, liberais, se faz necessário o sistema. Assim, sendo algo necessário, só um imbecil ou desonesto fingiria combatê-lo.

“Establishment”, no fundo, não passa de sinônimo de sistema, a ordem social como está concebida. Se a concepção é boa ou, má, isso deriva dos valores adotados, não da concepção em si.

Todavia, quem gasta tempo, esforços caçando fantasmas, não raro, deixa de combater inimigos verdadeiros. É bonito falar em distribuição de renda; mas, impossível fazê-lo sem geração de renda; parece elegante pregar justiça social; mas, não é justo tirar de quem trabalha para aquinhoar vagabundos; pode soar, música, a defesa da igualdade; mas, igualdade quando deixa de ser de oportunidades para ser de frutos, com ou sem mérito, torna-se, seu oposto.

O mais insano de nossa política é que a maioria, malgrado sofra as consequências no bolso, está pronta a defender paixões, bandeiras, como se, seu partido fosse um time de futebol.


Torcer pra o Grêmio, mesmo se, rebaixado, não posso evitar; mas, em política, a cada quatro anos tenho direito a um “Recall” e não abro mão dele, se, meus governantes falharem, seja em competência, seja, em probidade. O governo atual falha grotescamente em ambas as frentes.

Falar mal do PT; coisa de FDP?

Deparei com a seguinte pérola:
"Foi o PT que..
Criou o FIES
Criou o PROUNI
Criou o SEM FRONTEIRAS
Criou MINHA CASA MINHA VIDA
Criou o FOME ZERO
Criou FARMÁCIA POPULAR
Criou AGRICULTURA FAMILIAR
Criou o MAIS MÉDICOS
Criou o SISU
Criou o SAMU
Criou o BOLSA FAMÍLIA
Criou LUZ PARA TODOS
Criou ÁGUA PARA TODOS
Criou BRASIL SEM MISÉRIAS
Criou PAC e PAC 2
Criou CIDADE DIGITAL
Criou BRASIL SORRIDENTE
Criou JOVEM APRENDIZ
Pra falar mal do PT, tem q ser muito FDP"

Bueno, como sou um dos que “falam mal do PT” fui chamado de FDP, preciso defender a honra da minha velha. Pensando bem, se tratando de política nacional, a mãe é a Pátria. Assim, como os argumentos arrolados se referem a feitos nesse âmbito, acredito que não querem ofender minha falecida mãe, antes, minha visão política seria filha da puta.

Ainda assim, preciso defendê-la. Como prova que o PT é inatacável alistaram aqueles dezoito feitos acima. Bem, antes de entrar no mérito deles, constatemos que, estão no poder há catorze anos, de modo que dá na média, pouco mais que um desses por ano.

O “Impostômetro” registrou ano passado arrecadação superior a um trilhão de reais; com essa quantia de dinheiro o Governo lida para gerir à nação. “Fome zero” alguém viu, além de seu lançamento? Que fruto deu? Existe ainda? “Brasil sem miséria” qual sua eficácia? “Água para todos” com milhares de cisternas abandonadas no nordeste, por falta de instalação? “PAC 1 e PAC 2” com pouco mais de 11% de suas obras acabadas? “Mais médicos”, com “médicos” que não se permitiu averiguar a competência fazendo o Revalida, e com dinheiro para financiar a ditadura de Cuba, invés de assalariar plenamente aos profissionais?

Água, Luz, Casa, ora, o governo manipula veras fábulas orçamentárias, com o dever de prover essas coisas, além de segurança, estradas, saúde, educação, isso, é o básico de um Governo minimamente competente. 

Mas, como a brincadeira consiste em citar uma lista de feitos do PT, deixem-me brincar também:
As Calúnias de Erenice Guerra foram do PT; Mensalão foi obra do PT; empréstimos secretos a Cuba, fora da lei, PT; 25 milhões do nosso dinheiro para os terroristas do Hamas, foi o PT; perdoar dívidas de ditaduras africanas pra beneficiar empreiteiras amigas, foi o PT; o escândalo Rose Noronha, não sexual, esse é problema da Marisa, mas, financeiro, obra do PT; O petrolão, fundos de pensão, farra do BNDS, tudo obra do PT; o prédio do famoso tríplex em Guarujá, tem a maioria dos apartamentos nas mãos do PT; o sítio do mais honesto dos homens em Atibaia, digitais do PT; o estelionato eleitoral prometendo uma coisa e fazendo seu oposto após as eleições foi o PT; aumento desmedido de energia, gasolina, volta da inflação, desemprego, obras do PT...

Está bom até aqui? Tem muito mais, isso é mera amostra. Ademais, mesmo que aquela fajutinha lista de siglas, melhores para propaganda que para beneficiários, fosse extremamente meritória, isso daria direito de se apoderar do Estado como se fosse do partido?

Imaginemos que fui contratado como mestre de obras para construir um colégio; Mas, durante o trabalho, desviei para fins escusos mais da metade dos materiais. Um dia o patrão descobre, me chama à responsabilidade, e em minha defesa digo, que; ele está sendo filho da puta, pois, eu estudei a planta, marquei, fiz as fundações, erigi paredes, telhados e a obra está bem adiantada, quase pronta, e ele vem, me acusar de uma coisa dessas?

Ora, fazer bem meu trabalho era meu dever, fui pago para isso; mesmo que o tivesse feito com perfeição, em tempo recorde, isso não me daria direito a desviar um tijolo sequer. Os feitos do PT, como vimos, são pífios ridículos; isso lhes daria direito de roubarem a toda nação de modo tal, que resistir seria coisa de FDPs?

Pois, a dita mãe, puta, topa tudo por dinheiro; qual pátria se parece com aquela mulher? A que sonham com ela as pessoas decentes, ou, a que os Petralhas corruptos deformaram? Gente sem noção, sem caráter.

O ridículo de suas falas é tal, que fica difícil uma figura capaz de ilustrar à altura; tentemos por aproximação. Seria como ser a mãe deles, uma cafetina profissional, dona de bordel, acusando uma adolescente de catorze anos, que foi miseravelmente estuprada, de ser puta.

Num País sério, como Estados Unidos, por exemplo, 70% dos líderes petistas estariam na cadeia, o registro do partido seria cassado.

Na Ásia, alguns países enforcam seus corruptos; Se a moda pegasse, o PT estaria com a corda toda. Em suma, é caso de prostituição, sim, mas, como dizia o Babyssauro, “Não é a mamãe.”

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Soltando os bichos

Pergunta que circula na rede: “Como seria a Terra se a humanidade desaparecesse?” As respostas vão do escárnio ao espirituoso, do pretenso lógico, ao deboche. Mesmo eu, comemorei o fim do carnaval, BBB, PT, Faustão, João Kleber, Funk, “Esquenta”, enfim, tantas coisas seriam melhores...

Mas, falando sério, ocorre uma questão, de Voltaire, acho: “Devemos conhecer os homens por suas respostas, ou, por suas perguntas”? Outrem desenvolveu que, mais importante que repostas certas, seria fazer as perguntas certas.

Assim, como, malgrado os sete bilhões de intentos a humanidade insiste em não estrear, me ocorre pensar, como seria se, finalmente, decidisse aparecer?

O que vemos, infelizmente, são meras chispas contrapondo-se ao escuro, animalesco, como pirilampos à noite.

Uma raça autofágica, auto predadora, que, mesmo constituída com possibilidades nobres, amolda-se às ações mesquinhas.
Que outra espécie jogaria filhotes recém nascidos em lixeiras como o “homo animalescus?” Mataria ainda no ventre suas crias por considerá-las um atrapalho aos seus projetos?

Nas grandes tragédias, como furacões, enchentes, terremotos, tsunamis, o aspecto humanitário assoma; a dor do próximo ainda logra evidenciar o fio que imbrica a espécie. A sorte alheia nos comove e conseguimos mediante certa empatia abrir mão de algo, em prol de quem foi atingido.

Entretanto, mesmo aí, surgem animais, lobos, chacais, e no curso entre doador e destinatário, muitas digitais humanas são apagadas pelos predadores.

99% de nosso tempo usamos pra competir; lançarmos nossa lenha na fogueira das vaidades. Siliconamos, peitos, bundas, discursos; “bombamos” músculos, alugamos cérebros para parecermos o que não somos; ganharmos uns pontinhos nessa “competição”.

Cada um brande suas paixões como estandartes; nem nos importamos em receber flores de plástico, se, parecem vistosas.

Os canhões da imprensa são municiados pelas línguas corruptas, que matam nos hospitais, trânsito, assaltos; as mesmas armas ainda são oferecidas, para que, assassinos de carne e sangue, forjem “álibis” também, de plástico.

Mesmo o excelso Nome de Deus, é usado por assassinos de esperança, manipuladores de carências a adubar a credulidade ingênua.

O projeto de Deus para nós era sublime; digo, era, pois, foi deturpado. “Que é o homem mortal para que te lembres dele? O filho do homem, para que o visites? Pouco menor o fizeste do que os anjos, de glória e honra  coroaste. Fazes com que tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés.” Sal 8;4 a 6

Então, onde “entrou areia na máquina” e, o que fora criado um pouco menor que os anjos, paulatinamente se tornou muito menor que os animais? “O seu pensamento interior é que suas casas serão perpétuas, suas habitações de geração em geração; dão às suas terras seus próprios nomes. Todavia o homem que está em honra não permanece; antes é como os animais, que perecem. Este caminho deles é sua loucura...” Sal 49; 11 a 13

Salomão diz mais: “Disse no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que pudessem ver que são em si mesmos como animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, também sucede aos animais, a mesma coisa; como morre um, assim, morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.” Ecl 3;18 e 19

Sócrates, o filósofo, ilustrou ao homem como sendo um invólucro de pele, contendo uma besta policéfala, ( de muitas cabeças ) e, no alto, um homenzinho pequeno, impotente. Segundo explicou, a besta são os maus instintos que determinam o comportamento do bicho; o homenzinho impotente é a razão, que, mesmo sabendo quais as melhores escolhas, fraqueja ao império das piores, das, animalescas.

Pois bem, de carona na figura posta, podemos dizer que o “Novo nascimento” em Cristo, consegue equilíbrio de forças entre o novo homem e os maus instintos; pelo Espírito Santo que o anima desde a conversão, pode voltar a agir como quando era “um pouco menor que os anjos”.

Pois, embora se diga por aí, “também sou filho de Deus” isso, demanda agir de um modo que o homem animal não consegue; carece poder especial, então, Cristo, “A todos que o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus.” Jo 1;12

Entenda-se, porém, não estou defendendo o humanismo em si, antes, o homem regenerado, “Imagem e semelhança” de Deus. Pois, o homem em si mesmo, por polido que possa parecer, ainda será mero animal, posto, que, domesticado.

A Humanidade segundo O “Manual” adota em seu agir, valores do Criador. Assim, se a Humanidade aparecesse deveras, seria um imenso espelho onde veríamos a bela face de Deus.

Entretanto, desde Adão, tivemos medo e nos escondemos... nossos bichos são mais corajosos que nós. “Adão, onde estás”?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Mesmo se errei, fiz a coisa certa

O paradoxo, não é necessariamente desinteligente, ilógico; na maioria das vezes, supra inteligente desafiador.

Mas, o que é paradoxo? “Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria. Aparente falta de nexo ou de lógica; contradição.” Ensina o dicionário.

Acontece que, às vezes o paradoxo é apenas verbal, não essencial. O mais famoso de todos é o “Paradoxo de Epimênides”. Esse, segundo o historiador Diógenes Laércio, era o nome do poeta-profeta cretense, que foi citado por Paulo Apóstolo, quando escreveu sua Epístola a Tito. “Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.” Tt 1; 12 Foi o texto de Paulo.

Ora, se ele disse que, os cretenses são mentirosos, e, também era de Creta, a consequência seria: Se Epimênides mente, ele fala a verdade; mas, se ele é verdadeiro, ele mente. Paradoxal, não?

Aqui, pois, a compreensão demanda um plus da inteligência que vai além da expressão verbal; busca o sentido. Assim, se tal poeta denuncia como mau o serem mentirosos e preguiçosos seus compatriotas, depreende-se que ele não era assim, pois, agir contrário ao que acredita é um paradoxo essencial, não apenas verbal.

Conclusão: Devemos crer que os denunciados eram mesmo assim, exceto, quem os denunciou, pois, não o faria se fosse da mesma estirpe. Desse modo, a ortodoxia essencial elimina ao paradoxo verbal.

Hoje, andando pelo parque municipal para colocar pensamentos em ordem, num banco onde me assentei deparei com um par de óculos de grau bifocal. Alguém o esqueceu ali.

Me vi num dilema. Havia alguns homens trabalhando distante, funcionários do município, mas, o parque não tem uma administração local onde pudesse entregar meu achado. Poderia trazer comigo, pensei, ouvir pelo rádio eventual busca do seu dono, mas, sequer ouço rádio; ou, “plano C” deixar onde estava, pois, quem o perdeu, certamente buscaria nos lugares onde esteve. Não que seja algo de tanto valor, mas, dependendo das condições de quem precisa, vira um peso a aquisição de outro. Acabei optando por deixar sobre o banco torcendo que seu dono voltasse ali.

Depois que saí, fiquei meio tenso pensando se fizera a coisa certa ou não. Ora parecia certo, ora, omisso, errado. Quer saber, decidi, mesmo se fiz a coisa errada, fiz certo. Como assim? Paradoxal. 

Pois é, minha intenção ante as três alternativas possíveis sempre foi que o objeto voltasse ao seu dono. Assim, se, cometi um erro foi de avaliação intelectual, não, moral; por isso, descansei. Deus não condenaria por erro de avaliação, mas, por dolo moral, sim.

O incidente me fez pensar nos paradoxos. O que é mais paradoxal nesse mundo que o Cristianismo? Diz que os pequenos são grandes; que os fracos, são fortes; que os últimos serão primeiros; que são felizes os que choram; que os loucos são sábios, os “sábios” loucos; que perdendo a vida é que se lha encontra? Quantas afrontas à inteligência, pois!

Entretanto, como vimos dos paradoxos, seu entendimento demanda uma inteligência superior, que a Bíblia chama, sabedoria. Muito além da ginástica intelectual dos melhores cérebros da Terra, mas, ao alcance dos pequenos, fracos, sem muita instrução, que se submetem a Deus. Esses, que aprendem que, “O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria”, são capacitados às melhores escolhas, mesmo que estejam muito acima de seu conhecimento.

Da Árvore da Ciência, tudo o que se colhe é mera ciência; a Árvore da Vida que frutifica aos salvos, dá-lhes vida espiritual e entendimento, igualmente, espiritual. Onde a ciência natural detecta sua miopia, os renascidos conseguem ver distintamente. Por isso, dizem eles, que a fé é cega, onde, deparam com a própria cegueira.

Afinal, a sabedoria espiritual, nada tem a ver com neurônios, capacidade cognitiva natural, filosofia; antes, Deus que vê corações, lega seu dom com um vínculo moral, de caráter, não, intelectual. “Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca vem o conhecimento, e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;6 e 7

Interessante que a sabedoria espiritual é alegorizada como escudo, arma de defesa. Paulo faz uso da mesma figura em relação à fé. Afinal, a peleja do inimigo não tem outro alvo, senão, solapar nossa fé, que deriva do conhecimento de Deus. 

Salvos são capacitados a atuarem, “Destruindo os conselhos, toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;5

Assim os grandes do mundo buscam entendimento para brilhar, a nós, é dado para obedecer. Um paradoxo mais, que diferença faz?

Sou de direita; devo me envergonhar?

“A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.” ( Aristóteles )

Se, em certo aspecto somos todos iguais, no prisma da dignidade, direitos humanos, noutro, que atina à nossa atuação no teatro social, somos diferentes; ignorar isso não equivale a promover justiça, antes, seu oposto.

Acaso são iguais o diligente e o vagabundo? O cidadão e o marginal? O legalista e o anarquista? O de bons costumes e o imoral? O viciado e o abstêmio? Óbvio que não.

Entretanto, a disputa político-ideológica entre conservadores, ditos, “direita” e “progressistas” de “esquerda” não centra sua artilharia na atuação social, estritamente, antes, em pressupostos ideológicos. A esquerda, sobretudo, com seu discurso “inclusivo” de defesa dos explorados que, seriam vítimas do sistema, da sociedade.

Tais, não estariam desocupados, marginais, viciados, não fosse por culpa de um sistema burguês que os deixou de lado na hora da partilha das oportunidades. O pensamento de direita tende a achar cada um responsável por suas escolhas; daí, preconiza soluções diversas para casos igualmente, diversos; Prosperidade para o diligente, punição para quem se comporta à margem da lei, do Direito, e devida privação de bens ao vagabundo que recusa trabalhar.

Montesquieu dizia: “o que é bom para a abelha, é bom para a colmeia.” Assim, o que é bom para o cidadão em particular, deve ser bom para o País. Kant foi além: "Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal".

Então, a mais cabal prova de coerência ideológica que alguém pode dar, é pautar a administração de suas coisas, pela sua ideologia. Por exemplo, um empregador qualquer, de esquerda, assalariar, recompensar todos igualmente; ao que trabalha, cumpre deveres, horários, normas, e traz produtividade, com outro que é relapso, ausente, desleixado, preguiçoso. Se o sistema é bom para si, deve ser bom ao país, quiçá ao Universo.

Mas, qual empregador agiria assim? Se houvesse um, acaso não faliria? Todos sabemos que, os “socialistas” da moda socializam bens alheios, não os seus. Mas, se todos são iguais perante a Lei, igualdade necessária à justiça, o direito de propriedade deles é sagrado, dos demais, profano?

Ora, direito e dever são como dois pratos de uma balança, que, devem se equilibrar, se, sonhamos com qualquer nuance de justiça. Essa coisa doentia que se apressa em socorro do marginal e ignora ao policial; que faz concessões a pedófilos, estupradores, mais, que às suas vítimas, é de uma indecência, que, excede a qualquer cerca ideológica, só pode ser defendida por safados.

De qualquer forma, acho respeitável todo viés ideológico desde que, seja honesto, coerente; que apregoe o mesmo, em situações diversas, mas, não é o que se verifica com “socialistas” tupiniquins.

Se, são oposição pregam a necessidade de alternância de poder; se, são governo “fazem o diabo” pela manutenção do mesmo; se crimes são dos adversários, como dos militares, “viajam no tempo” em busca da “verdade” que acusa oponentes e omite crimes de comparsas; se têm uma nuance mínima de razão são guerreiros, militantes, belicosos em suas denúncias, donos da ética e da moral; se têm um arco íris de culpa, são indulgentes, compreensivos consigo mesmos, perseguidos pelo “establishment” pelo “sistema” pela “imprensa” a “zelite”, inventam um esqueleto qualquer no armário dos oponentes para provar que, agora, são iguais.

Como posso confiar num caro que, uma hora o pedal acelera, outra, o mesmo pedal, freia?

Já confiei um dia, acreditei em seus discursos “inclusivos”, agora, pensando melhor, descobri que nunca fui um dos tais, pois, não administraria minhas coisas pessoais, com o método que impõem ao país. Ele empobreceu sob seu tacão, pois, a “maldita visão direitista” que pretende ser consequente dando a cada um o que merece, é mais que questão de escolha ideológica, é uma necessidade da vida.

Qualquer sistema que desencoraja o mérito, a honra, o labor, a ordem, em prol da vadiagem, do vício, da indulgência aos marginais, é um sistema autofágico, fadado ao fracasso. É compreensível e defensável certo assistencialismo para casos extremos, não para relapsos.

Sou de direita sim! Contra o aborto, a descriminação das drogas, a imoralidade, sou pela valorização da polícia, da Lei e da ordem, da responsabilização criminal mesmo de menores que já sabem o que fazem, enfim, por uma sociedade meritocrata, ande as pessoas colhem o que plantam.

Devo me envergonhar disso? Talvez eles digam que sim. Já posso ouvir suas pechas: “Fascista, nazista, burguês, elitista” etc.

Acontece que, sou trabalhador braçal, pobre, e construí minha identidade psicológica e moral com meus próprios neurônios, errando e acertando, e não permito que imbecis analfabetos, safados imorais me digam o que devo ser. Sério assim.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Mais do mesmo? Depende do "mesmo"

“Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.” Prov 23;9 “O tolo desprezará à sabedoria...”

Ora, se é mesmo um tolo, carece desesperadamente; entretanto, por ser o que é, falta-lhe condição de identificar traços de Sophia.

Assim como um cachorro festeja a chegada de quem conhece, e late denunciando ao estranho, comporta-se o tolo, aplaudindo tolices, e rejeitando sabedoria. Seu “aferidor” é identidade unicamente. Como sairá dessa prisão?

A curiosidade, o desejo de aprender coisas novas, conhecer, enfim, o reconhecimento de nossa própria ignorância, é indispensável ao nosso crescimento.

Sócrates: “Tudo o que sei, é que, nada sei.” Shakespeare: “Há muito mais entre o Céu e a Terra do que supõe nossa vá filosofia”; Bernard Shaw: “Quando penso nas coisas como são, pergunto: Por quê? Quando penso nelas como não são, pergunto: Por quê, não?” Essas breves citações mostram homens sábios com sede de aprender.

“Os melhores homens que conheci – disse Spurgeon – estavam descontentes consigo mesmo, no afã de se tornarem melhores, em caráter, conhecimento...”

Ao tolo soa natural a preservação de seu “habitat”, igualmente ao sábio, seguir sua excursão além do conhecimento adquirido em busca de mais.

Ensinar sabedoria ao tolo é dar-lhe o que não quer, pensa que, sequer, precisa. “Não respondas ao tolo segundo sua estultícia; para que também não te faças semelhante a ele. Responde ao tolo segundo sua estultícia, para que não seja sábio aos seus próprios olhos.” Prov 26; 4 e 5

Parece que a ideia do conselho é apenas deixar patente a estultícia do tolo, abalar sua confiança, embora, amiúde, seguirá sendo o mesmo, nada aprenderá.

Sócrates dizia que, a retórica dos sofistas era obreira da persuasão; produzia crença sem ciência; fé, sem entendimento. Assim, discursos com esse alvo, fazem prisioneiros, não, esclarecidos.

Sören Kerkergaard disse: “Para dominar as multidões basta conhecer as paixões humanas, certo talento e boa dose de mentira.” Se alguém pensou numa explicação para o sucesso de safados como Lula, Edir Macedo e assemelhados, pensou bem.

Entretanto, de nós, cristãos, dizem coisas semelhantes. Que a fé é cega, as pessoas são induzidas a crer sem entender, confiar piamente na fala de seu líder, etc.

Bem, que isso acontece é inegável, tanto que citei o “Salomão” do novo templo, acima. Mas, que essa seja a Vontade de Deus, ou, Seu ensino, se pode facilmente contestar, usando Sua Palavra.

Ouçamos: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote...” Os 4;6 “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7 “Rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que, experimenteis a boa, agradável, perfeita, vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2 etc.

A Fé toca o invisível, mas, não ofusca, amplia o entendimento; “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” Heb 11; 3

Paulo rogou por essa luz que dá entendimento: “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria, revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual a esperança da sua vocação; quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;” Ef 1;17 e 18

Mas, inevitavelmente voltamos ao ponto de partida: Como dar sabedoria a quem acha que já possui, mesmo sendo tolo? Como abrir o entendimento de quem pensa que já entende tudo?

Se observarmos o Sermão do Monte, a primeira bênção foi dada aos “pobres de espírito”; Isso tem sido malversado por gente safada, como se, a pobreza em questão fosse de posses materiais e a Bíblia endossasse atos injustos em “favor dos pobres” como ensinam alguns.

Pobre de espírito no contexto, é quem reconhece que tem carências espirituais, precisa aprender nesse prisma. Só quem tem essa disposição interior pode se tornar discípulo do Senhor.

As características humanas, como plantas, tendem a crescer; aí, temos alguns agindo como sábios duvidando de seu próprio conhecimento, e os tolos completamente seguros de sua “sabedoria”.

Sabedoria até tenta nos legar riquezas, mas, só os pobres identificam a necessidade. “Aceitai minha correção, não a prata; o conhecimento, mais que ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela.” Prov 8; 10 e 11

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A "Mão chifrada" do Papa Francisco

“Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, antes, condenai-as. Porque o que eles fazem oculto, até dizê-lo é torpe. Mas, todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz...” Ef 5;11 a 13
Paulo, se vivesse hoje seria um “não alinhado” um, “do contra”, pois, invés de pregar a união de todos os credos, como está na moda, preceituou separação, de algo que, ( imaginem, o preconceito ) chamou de obras das trevas.
Deparei com rasgados elogios ao Papa Francisco, pois, durante sua visita às Filipinas, saudou ao povo com a “mão chifrada”, que seria um gesto de identificação dos metaleiros. Todavia, a coisa é um tanto mais complexa.
Quem conhece simbolismo bíblico sabe que, chifres são símbolos de poder. Alexandre foi figurado numa profecia de Daniel, como um bode impetuoso com um chifre notável. Os dez povos que resultaram da extinção do Império Romano, Godos, Ostrogodos, Burgúndios, Lombardos, Suevos, Vândalos, Visigodos, Hérulos, etc. foram vistos como dez chifres na cabeça do animal que tipificava o império. O poder que surgiu depois, substituindo ao Império dos Césares foi descrito como chifre pequeno, etc.
Deus, não obstante, Ser Três Pessoas, sempre se fez representar Uno. “Ouve ó Israel, o Senhor teu Deus é O Único!” No Velho Testamento há um enorme espectro de textos que apontam isso. No Novo, idem. “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; estes três são Um.” I Jo 5;7
Assim, a figura de dois chifres equivale a dois poderes paralelos, semelhantes; quem quis algo assim? Vejamos: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei meu trono; no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, serei semelhante ao Altíssimo.” Is 14;13 e 14
Vemos que satanás não é ateu, apenas, quer ser semelhante a Deus, por isso, usa o símbolo de dois poderes.
Por quê, quando em casos de adultério, se diz que alguém levou chifres? Porque, de um lado, houve o concurso de “outro poder” sobre o cônjuge infiel.
Nomes aos bois. A mão chifrada não é símbolo metaleiro. Eles a usam por serem satanistas. Se alguém faz isso pensando outra coisa, não vira satanista; mas, está enganado. Porém o Chico não tem direito de ser tão inocente.
Vejamos o quê, eles cantam: “Você acredita em alguma palavra que a bíblia diz? Ou é tudo um conto de fadas sagrado e Deus está morto?
Deus está morto. “ Black Sabbat
“Mas, me sinto atraído pelas hordas demoníacas que cantam
Eles parecem me hipnotizar... não consigo evitar seus olhos
666 o número da besta, 666 aquele para você e eu” Iron Maiden
“Eu fui criado pelos demônios
Treinado para reinar como único
Deus do trovão e do rock and roll
O feitiço que está sobre você
Roubará lentamente sua alma virgem” KISS
Quem tiver curiosidade que pesquise um pouco mais; em meio a letras aparentemente inocentes, coisas assim e piores surgirão. Essa é a fé dos tais músicos, que usam esse símbolo.
Ademais, Anton Lavey, fundador da “Igreja de Satã” patenteou esse símbolo como de seus adeptos. Se olharmos no You Tube veremos apanhados fotográficos de quase todos os líderes da Terra fazendo isso; inclusive, nossa Dilma. Tente fazer! Verás que requer certo esforço, não é um movimento espontâneo, do tipo que se faz sem notar. Quem faz isso, o faz porque quer.
Sabem os mais esclarecidos que as religiões mundanas têm uma mensagem inócua para os inocentes úteis, outra “exotérica” para os iniciados, que uma vez conquistando a confiança dos líderes se tornam também portadores de certos segredos. Entre eles, saúdam-se em público com determinados gestos que os colocam acima do populacho que manipulam.
Então, usar tal gesto não é ser legal, inclusivo, como estão festejando os incautos; é assumir posição ante a “Ordem”.
Cristo não foi nada “inclusivo”, antes, denunciou erros. Não há dúvidas que o Papa é Pop; todavia, representa mesmo, Deus? O Ecumenismo é um projeto Divino? Não! É mera rebelião, motim.
“Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2; 1 a 4
Cristianismo não é uma sociedade secreta, não se apoia em sinais, antes, na Palavra de Deus. Essas coisas indicam outra fonte. “O homem mau, o homem iníquo tem a boca pervertida. Acena com os olhos, fala com os pés e faz sinais com os dedos.” Prov 6;12 e 13