“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, entrará, sairá, e achará pastagens.” Jo 10;9
Uma coisa nem sempre bem compreendida pelos que se aproximam de Deus, é Seu compromisso inalienável, com a liberdade. Embora, quem a Ele se chegue para salvação, o faça na condição de servo, tal servidão deve ser absolutamente voluntária. Desde a adesão primeira; “se alguém entrar por...” a condicionante, “se,” deixa em aberto a possibilidade de, não querer, simplesmente.
E, mesmo tendo entrado, certa “autonomia” nos é facultada, de modo que, permaneçamos servos, somente, se desejarmos. “...entrará, sairá...” O Senhor não baseia nossa permanência no Seu redil, a um conjunto de regras, tipo; isso pode, aquilo, não. Antes, na certeza que, o “Novo nascimento” inserirá nos salvos, paladar espiritual, de tal modo, que a certeza de termos Nele, vastas pastagens, se faz motivo suficiente para que voltemos, quando, uma razão qualquer, nos fizer sair.
O erro crasso do legalismo, vício dos Fariseus de então, e, de muitos, até hoje, é fundamentar a caminhada dos salvos num conjunto de regras exteriores, as quais, bem se pode “cumprir”, estando o interior totalmente depravado. Dos tais, disse: “Eles têm zelo por vós, não como convém; mas, querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles. É bom ser zeloso, mas, sempre do bem, não somente quando estou presente convosco.” Gál 4;17 e 18
A graça não nos deixou sem Lei, como imaginaria uma conclusão simplista, antes, mudou da Lei exterior, do não farás, para a interior, do Espírito, que testifica na consciência, silenciando nos bons passos, e, acusando, nos maus. “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei... Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas, a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.” Heb 7;12 e 28
Paulo ilustra o tribunal da consciência, onde, o pecador, mesmo, bem intencionado, não consegue absolvição por atos próprios, sequer consegue atuar plenamente, segundo a Lei interior; “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero, esse, faço.” Rom 7;17 a 19
Ora, essa “sintonia fina” que ensina a equacionar bem e mal ao mais íntimo desejo, invés da aparência piedosa, de quem “joga pra torcida”, é a Lei do Espírito, nos reconduzindo às vastas pastagens do Salvador. “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;2 Livrou pela cruz, pela morte. Graça não é facilidade; é imerecida possibilidade, de, “morrendo” renascer.
O cumprimento dos preceitos exteriores bastava para que alguém se sentisse em paz com Deus, mesmo, com muitos maus desejos no coração; a Lei do Espírito, insta conosco, até que, mediante arrependimento, confissão, deixemos também, intenções impuras, na cruz.
Desse modo, quem é Templo do Espírito, não carece um acusador externo, para o cientificar de eventual mau passo, mediante o conhecimento da Lei de Deus, pois, de certo modo, todos os salvos conhecem; é a essência do Novo Testamento. “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei minhas leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus, eles me serão por povo; não ensinará cada um a seu próximo, nem, ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque, todos me conhecerão...” Heb 8;10 e 11
Quem conhece O Senhor, volta ao aprisco sem mais estímulos que Sua Bendita Pessoa, pois, aprendeu ouvir, confiar na voz do Pastor. Assim, é improdutivo, desnecessário, construir “cercas” por líderes religiosos, cercando ovelhas que não são suas. Improdutivo, pois, um conjunto de regras faz um religioso, não, um salvo; desnecessário, pois, não carece prender os passos de quem já está preso pelo coração, por amor do Bom Pastor.
Por isso os servos do Senhor podem ser livres, malgrado, estejam presos a Ele por toda a eternidade. Quem conhece a força do amor, não a coteja com as frágeis cercas da insegurança humana. “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.” Cant 8;6 e 7
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Tire suas mãos daí!
“Maior é a
iniquidade da filha do meu povo, que o pecado de Sodoma, a qual foi subvertida
como num momento, sem que mãos lhe tocassem.” Lam 4;6 “... do monte foi cortada
uma pedra, sem auxílio de mãos; ela esmiuçou o ferro, bronze, barro, prata e
ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o
sonho, fiel a interpretação.” Dn 2;45
O primeiro
verso alude ao juízo de Sodoma; o segundo, ao de todos os reinos humanos
mediante Jesus Cristo. O que ambos têm em comum, é que, o primeiro foi feito “sem
que mãos lhe tocassem” o segundo, “sem auxílio de mãos”.
Isso deixa
patente que, a Obra de Deus prescinde da interferência humana; ou, não depende
dela para ser realizada. Quando nos escolhe para alguma incumbência, isso deriva
de Sua bondade, não, necessidade. “Porque, na verdade, ele não tomou anjos, mas,
tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante
aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de
Deus, para expiar os pecados do povo.” Heb 2 ;16 e 17 Vemos que, mesmo podendo ter
usado seres superiores, anjos, preferiu-nos, por misericórdia.
Nossas mãos
desafiadas às boas obras, devem ser testemunho palpável do que as Suas Mãos
benditas estão fazendo em nós. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo
Jesus para as boas obras, as quais, Deus preparou, para que andássemos nelas.”
Ef 2;10
Cristo disse
o mesmo, de outro modo: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e coloca debaixo do
alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim, resplandeça
vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem a
vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;14 a 16
Edificamos
templos majestosos “para Deus”; sem nos darmos conta, que essas coisas são para
o homem. Gostamos de ambientes confortáveis, refinados, belos. Ele prefere
ambientes de amor, misericórdia, compreensão, humildade, entendimento
espiritual, aos testemunhos pífios da vaidade.
“O Altíssimo não habita
em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta:” Atos 7;48 “Não
sabeis que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?”
I Cor 3;16
Mesmo, nossas vidas,
encerram o risco de serem edificadas por mãos humanas, o que as torna
inabitáveis para O Senhor. Como? O Salvador denunciou: “Mas, em vão me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.” Mat 15;9
Diverso das
construções humanas onde acabamos com reboco, massa fina, pintura, Deus, dá retoques
em Sua Obra com fogo. Esse, remove elementos estranhos. “E, se alguém sobre
este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira,
feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará,
porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual a obra de cada um.” I Cor
3; 12 e 13
Infelizmente,
muitos incautos espirituais “identificam” o inimigo em casos que Deus está
purificando Sua obra. Permite divisões, separações dramáticas quando isso serve
ao cumprimento de Seu Propósito, “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor. “ Heb 12; 29
Ele mesmo se faz inimigo dos rebeldes que resistem ao
Espírito Santo, afrontando Suas Palavras; “Mas eles
foram rebeldes, contristaram seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em
inimigo, ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10
Desse modo,
cada vez que tomo A Palavra como diretriz, interpretada à Luz do Espírito
Santo, por ela me deixo conduzir; ou, ensino a devida postura a outros, não sou
eu, mas, O Senhor que está edificando seus templos segundo o projeto original.
Qualquer interferência humana, além de indevida revela-se inútil. “Se, o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o
Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” Sal 127;1
Enfim,
O Eterno honra-nos, ao nos fazer cooperadores Seus em Sua obra Bendita. Todavia,
como disse a Moisés acerca do Tabernáculo: “Faze tudo conforme o modelo que no
monte se te mostrou”, isso vale para nós. No Sermão do Monte, Jesus Cristo
delineou o modelo dos Seus templos; qualquer coisa que destoe é feitura de
nossas mãos, material indevido.
Por
um lado somos reputados edificadores, quando proclamamos retamente o que Ele ensinou;
por outro, somos edificados, quando pautamos nosso andar por Sua Vontade. Há um
cântico que diz: “Segura na mão de Deus e vá”; noutras palavras: Aprenda Sua
vontade, pratique. Pois, quem tem amor eterno gravado nas mãos, não precisa de
mãos melhores pra Sua Obra; ademais, melhor que a perfeição, não há.
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