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sábado, 25 de janeiro de 2020

Aurora Espiritual


“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Pv 4; 18


Algumas coisas são fragmentárias, outras integrais. Essas, ou se tem por inteiro, ou não se tem nada, como o caráter; aquelas são progressivas, inicialmente se tem um pouco, e vai-se adquirindo mais e mais, ao longo do tempo e aprendizado.

O entendimento espiritual foi ensinado pelo Senhor como sendo nossa luz. E figurada com a luz do dia, a qual, na aurora é imperfeita, mas vai completando seu esplendor à medida que se aproxima o dia.

Do mesmo modo se passa conosco, quando a larga noite de nossa morte espiritual se dissipa à luz da obra de Jesus Cristo, ainda vemos de modo parcial, imperfeito.

Na verdade há diferença entre inteligência e sabedoria. A primeira é amoral, podendo servir até mesmo para planejar um crime, enquanto a segunda é patrimônio de quem se atreve a praticar a justiça em Deus. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Pv 2; 7

A Palavra faz distinção entre a verdadeira e falsa sabedoria, sendo a última, posse desse mundo que é inimigo de Deus.
Falando da vera sapiência Paulo disse: “À qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2; 8 Como vemos, a sabedoria se desnuda em ações, não em exercícios intelectuais.

Por mais que pareça irônico, a Palavra preceitua que se instrua ao sábio, não ao tolo. Lembra um paralelo com a Parábola dos Talentos, onde, O Salvador ensinou que ao que tem, mais se lhe dará; ao que não, até o pouco que tem se lhe privará.

A primeira coisa que um “sábio” identifica é que sabe pouco, carece aprender, e aprender do Senhor. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Pv 1; 7 Interessante que Salomão coloca a loucura em oposição à sabedoria, não a ignorância como seria de se esperar.

Acomodar-se à mediocridade espiritual e mental, como diria certo apresentador é “coisa de louco”.

Diferente da visão distorcida de uns e outros que, por não ter aptidão ou vocação ao estudo da Palavra desprezam aos que o fazem, o crescimento espiritual desejável não nos faz “poderosos” (como chamam a muitos que fazem barulho oco) antes, sábios. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;12

Somos conduzidos a mudanças de pensamentos e atitudes, à força do conhecimento de Deus na Face de Jesus Cristo, sina inevitável, se, de fato, nos convertemos.

Mesmo depois de caminhar com Cristo alguns anos, buscando entender seus preceitos, nosso saber ainda é fragmentário, parcial, de modo que deve sempre ser enriquecido.

Me espantam algumas pessoas sectárias que “descobriram” que o cristianismo está errado, construíram sua trincheira atrás de um dogma, uma acusação qualquer e à partir dali, rechaçam tudo que pareça distinto, como sendo uma ameaça à sua segurança. “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Pv 14; 16

Tentei encetar debates com alguns, visando o crescimento mútuo, mas é impossível. Fazem uma acusação de que em determinado ponto estamos errados; apresentamos sete versos bíblicos que mostram que não, eles desconsideram nossa defesa, mudam o foco da acusação e segue o seu processo sem nexo onde nada muda nossa condição de réus. Espantoso o dano mental do fanatismo! Nem Salomão em pessoa os venceria num debate.

Ora, quando acharmos que somos um projeto acabado, talvez seja porque tenha acabado o projeto, por sermos obtusos resilientes e não sejamos nada.

Os santos do Senhor estão na escola do Espírito Santo e da vida, onde, doutrina sadia e experiência laboram por suas edificações. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1; 6

A noite medieval levou muitos a matarem “em nome de Deus”; a escuridão pós-moderna, põe não poucos laborando contra Cristo, por amor à “verdade”.

Se nossa percepção espiritual se divorciar da obediência à Palavra do Senhor, não importa se cruzamos o mundo cooptando pessoas, estaremos apenas difundindo mais escuridão. “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6; 23

Não podendo usar a violência como arma e ser convincente nas suas pretensões, o Capeta usa de engano para impor seu império mundial. Quem não conhecer a fundo o verdadeiro, facilmente será presa do falso...

sábado, 11 de janeiro de 2020

Reação dos Céus


“Se pecares, que efetuarás contra Ele? Se, tuas transgressões se multiplicarem, que lhe 
farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele da tua mão? A tua impiedade faria mal a outro como tu; e tua justiça aproveitaria a outro homem.” Jó 35;6 a 8

Palavras óbvias, contudo, às vezes até o óbvio é necessário ser lembrado. Quer façamos o bem, quer o mal, nossos feitos não têm abrangência prática a ponto de serem relevantes diante de Deus. O âmbito de nossas ações, independente do mérito das mesmas é nosso existenciário terreno.

Quando Deus reage a nós, seja em Seu Amor, seja em Sua Justiça o faz soberanamente; não há força alguma que emule O Todo Poderoso a fazer o que não quer.

A Palavra ensina a deixarmos patente nosso amor ao Santo, em nossas relações horizontais. “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão é mentiroso. Pois, quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: quem ama a Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

Quando O Eterno enviou um anjo ao encontro de Cornélio o mesmo disse-lhe que suas orações e esmolas chegaram aos Céus. “... As tuas orações e tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus;” Atos 10;4

As orações mostravam sua relação com Deus; o socorro às necessidades dos desvalidos deixavam nítido que seu amor por Deus era vero, uma vez que cumpria na prática o mandado de amar ao próximo também.

Antes que alguém conclua que as boas obras salvam alguém, registre-se que o anjo que as mencionou aprovando-as, o mandou ao encontro de Pedro para ouvir a Palavra de Salvação. Altruístas obras podem mostrar uma índole que agrada ao Eterno, tanto que reagiu a isso enviando o convite para ir ao encontro da salvação, o que fez o piedoso romano.

Então, nossas ações chegam aos Céus, mais pela Onisciência Divina que pela relevância que possam ter. Se, não são fortes o bastante para forçaram O Eterno a reagir, Ele reage espontaneamente, seja aprovando aos fiéis, seja punindo aos perversos. “Com o benigno te mostrarás benigno; com o homem sincero te mostrarás sincero; com o puro te mostrarás puro; com o perverso te mostrarás indomável.” Sal 18;25 e 26

Da perspectiva correta é mais que ridículo, chega a ser obsceno pensar que O Rei dos Reis seja manipulável pelos pífios arranjos humanos; sejam as “sementes de fé” onde incautos são ensinados a negociar com Deus como se Ele fosse um mercador de bênçãos; seja a idolatria das “orações no monte” dos que imaginam que fazendo isso aproximam-se mais do Santo; sejam ainda as penitências e votos vários dos que equiparam O Juiz dos Vivos e dos Mortos a um mero orixá que troca préstimos por “despachos”.

Que dizer das “orações fortes” que “decretam, determinam, ordenam isso e aquilo”?

Nosso amor a Deus, caso exista mesmo, necessariamente caminhará de mão dadas com um viver piedoso e consciência pura; e, ao próximo só demonstrará sua veracidade nas veredas de uma empatia solidária, um altruísmo atuante.

O ponto de partida não é nenhuma mandinga rasteira, tampouco um ritual mágico que nos abriria os portais do site sejaabenoado.com O início é uma posição humilde e reverente que a Palavra chama de temor. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Se, por um lado somos impotentes para provocar a reação Divina, a fé sadia tem “poder” de agradá-lo. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe...” Heb 11;6

Por fim, se o Santo aprovar nosso viver, não apenas nossas ações repercutirão no alto, como ainda nossas palavras serão registradas em memoriais eternos; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou, ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor, os que se lembraram do Seu Nome. Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve.” Mal 3;16 e 17

Indignos somos, de salvação e acesso ao Eterno; mas, pelos Méritos de Cristo, somos desafiados a ousar. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, sua carne, tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é quem prometeu.” Heb 10;19 a 23

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Fanatismo Nosso de Cada Dia

“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14;6

“Desdém, desprezo, zombaria...” Os dicionários definirão assim ao escárnio. Pois, o escarnecedor é cotejado com outrem, o prudente; esse adquire conhecimento sem muito esforço, enquanto, àquele a coisa se revela impossível.

Quem presume ser, a sabedoria, um patrimônio estritamente intelectual ainda não a conhece. Tem um teor moral anexo que a separa de outra, inferior, que não passa de velhacaria, astúcia, invés, de saber.

Por isso Paulo disse que “Deus apanha aos “sábios” na sua própria astúcia.” Disse mais: “Falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, que Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2;7 e 8

Notem que a ausência de saber ficou patente pelas ações deles, não pelas palavras. Então é acertado dizer que além de um conteúdo moral, espiritual, a sabedoria tem sua aplicação prática no dia a dia.

Nosso saber é fragmentário, parcial e derivado; logo, não nos podemos presumir fontes, antes, ter em mente que bebemos do Eterno Manancial; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento;” Prov 1;7

Esse necessariamente patrocinará um modo de viver coerente com os ensinos do Senhor, que demandam submissão e retidão; “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará as tuas veredas” Prov 3;5 e 6

Vemos que a antítese repousa em não me estribar em meu próprio entendimento, antes, deixar que O Senhor me endireite as veredas. Como disse Jeremias, “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Tiago pontuou a distinção entre o saber raso e o veraz; “Se, tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica... sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia.” Tg 3;14, 15 e 17
“... sem parcialidade e sem hipocrisia.” Eita jóias raras! A parcialidade cega, pois, apóia-se como o nome diz sobre uma parte apenas; tudo que destoar das predileções dessa parte “certa” deve ser descartado.

Daí os fanatismos por partidos políticos, denominações religiosas, clubes esportivos, etc. a parcialidade me leva a ser indulgente com os erros da minha parte “certa”; a hipocrisia a negar a outrem as indulgências que confiro aos da minha “confraria”.

Assim as seitas religiosas donas da verdade, os fanáticos políticos, torcedores... não veem defeitos, falhas nos seus, e também não notam virtudes, acertos, nos outros.

Quantas vezes deparei com escritos e vídeos de adventistas dizendo que o verso de Apocalipse “... grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” Cap 17;5 Se refere à Igreja Católica; as denominações protestantes seriam filhas do catolicismo, pois, dele derivaram; portanto teríamos a prostituta mãe, e as filhas.

Ok. Levemos esse raciocínio às últimas consequências. William Miller, precursor do movimento adventista saiu da Igreja Batista, que é filha do protestantismo. Assim, teríamos mãe, filhas e neta??? Vê para onde caminha o saber dos fanáticos?

Paulo ensina: “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

É verdade que haverá uma igreja mundial apóstata, mesclando credos e deuses antagônicos a torto e a direito sob a liderança do catolicismo. Francisco já está trabalhando para isso. Muitos ditos protestantes já fazem parte, do Conselho Mundial de Igrejas,” embrião da Babel Religiosa.

Acontece que, nas coisas espirituais ninguém toma decisões por mim. O líder tal resolveu aderir ao ecumenismo global; e daí??

Até em questões políticas, que são braços sociais, não particulares às vezes dizemos: “Fulano não me representa”. Muito menos naquilo que é intransferível e pessoal, a fé. “Cada um dará conta de si mesmo a Deus” Rom 14;12

Malgrado, os erros doutrinários do catolicismo, muitos católicos podem preferir adequar-se à Palavra invés dos conchavos políticos superiores e caminharem mediante Cristo para a salvação. A escolha é particular.

Os fanáticos quando deparam com algum obstáculo doutrinário no caminho do seu fanatismo, mudam a sadia hermenêutica para afirmarem o que creem, invés de rever parte das crenças pelo temor de Deus que demanda submissão à Palavra.

Muitas vezes tive que mudar, pois, meus conceitos se revelaram errados; vai saber, quantas outras ainda terei? Nosso saber é um parco rascunho, não, arte-final.

“O fanatismo consiste em intensificar os nossos esforços depois de termos esquecido o nosso alvo.” George Santayana

sábado, 8 de junho de 2019

Vede prudentemente como andais

“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14;6

Não temos uma antítese mental entre o que encontra sabedoria e o que não; tipo, inteligente versus obtuso; ou, esperto versus tonto. Antes, os opostos entre um e outro são morais, não, intelectuais; escarnecedor versus prudente.

Ambos geralmente estão no mesmo nível intelectualmente; são capazes para o aprendizado em igualdade. Porém, as índoles espirituais e inclinações dos caracteres são opostas.

Um basta-se e recusa aprender, acreditando que já sabe o bastante; ou, por saber das implicações de ver melhor prefere recrudescer na sua miopia chamando-a de luz.

Outro considera o seu lapso de saber e se faz maleável ao ensino. Sua prudência geralmente o faz melhorar e trilhar as “Veredas Antigas”, invés das novidades letais dos modernismos ímpios.

Então, apresente-se perante ambos a ideia do pecado como feitor de inimizade contra Deus, e resiliência nele, como algoz de eterna perdição; o escarnecedor zombará. Não raro, se dirá “gente boa”, tão ou mais que aquele que, por identidade com O Eterno, anuncia os riscos dos descaminhos.
Refugiar-se-á em postulados ridículos, tipo, “todas as religiões são boas”, o “importante é ser do bem”, “também sou filho de Deus” etc. Mas, o pecado que deu azo à exortação resistida seguirá incólume no trono do ego imprudente que, por auto-endeusar a sua ignorância fecha-se à Sabedoria Divina.

Pecado trata-se à Luz da Palavra de Deus, não ao bel prazer de dogmas, rituais e criações religiosas.

O escarnecedor sorri “justificado”, satisfeito quando um servo de Deus peca; um convertido entristece-se, arrepende-se e busca melhorar quando ele mesmo falha; inda, como disse Oswaldo Cruz, “Observando aos erros alheios, o homem prudente corrige os seus.”

A instrução segue lá; grave, constante e sábia; “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Contudo, “Os insensatos zombam do pecado...” Prov 14;9

Pois, o diabo, genitor e gestor da arrogância humana proveu acessos bem mais fáceis à “Sabedoria” sem essa necessidade soturna e ácida de lidar com a indesejável palavra, pecado. Tampouco, a negação do ego, poeticamente chamada de cruz. 

Mediante o mundo virtual todos são feitos “sábios”; com mero clic podem partilhar profundas porções filosóficas ou espirituais, mesmo sendo em si mesmos incapazes para uma reles frase de conteúdo veraz, de algum valor.

As coisas valiosas ante paladares incapazes de apreciá-las a Bíblia figura como a estupidez de se usar preciosidades em fundas; “Como as pernas do coxo, que pendem flácidas, assim é o provérbio na boca dos tolos. Como o que arma a funda com pedra preciosa, assim é aquele que concede honra ao tolo.” Prov 26; 7 e 8

Todavia, repreenda-se a um prudente e ele emendará seus caminhos. “A repreensão penetra mais profundamente no prudente do que cem açoites no tolo.” Prov 17;10, ou, “Todo prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia sua loucura.” Prov 13;16

Não por outra razão, o que teme ao Santo é chamado sábio. Sua sabedoria não consiste num manancial precioso de conteúdo que o mesmo tenha em si; antes, na prudência de reconhecer à própria ignorância, e suprir-se do saber necessário fruindo da mais saudável Fonte; Deus. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Esses são os “sábios” que carecem ser instruídos, e sendo-o, crescem. “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9;9 e 10

Todas as iniciativas que atentam contra os Divinos preceitos, tais como, casamento gay, ideologia de gênero, aborto, liberação das drogas, desacato às autoridades, etc. não passam de pecados redefinidos como “direitos sociais, diversidade” e o escambau. Derivados do espírito do escarnecedor mor que domina, permissiva e temporariamente, nesse mundo.

Mesmo amando a ponto de dar Sua Vida pelos indignos objetos desse amor, O Senhor É O Todo Poderoso, Juiz dos vivos e dos mortos; não, um mendigo de afetos sentimentalóide que faria vistas grossas ante escárnios para “salvar” até mesmo a quem se lhe opõe.

Encerra Sua Revelação desafiando cada um a deixar patente sua escolha; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Pois, “O rei se alegra no servo prudente, mas sobre o que o envergonha cairá Seu furor.” Prov 14;35

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Divina Reciclagem

“... A pedra, que os edificadores rejeitaram foi posta por cabeça de esquina; isto foi feito pelo Senhor e é coisa maravilhosa aos nossos olhos?” Mc 12;10 e 11

O contexto deixa claro que, O Senhor falava de si mesmo como Pedra Rejeitada pelos edificadores de então, os líderes religiosos.

Se, a aprovação humana para muitos serve de aferidora sobre o valor de algo, no prisma espiritual geralmente se dá o contrário; os probos são rejeitados, e aplaudidos os abomináveis. “... Vós sois os que justificais vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Natural que seja mesmo assim, dado que, “O mundo Jaz no maligno”; esse se opõe a tudo de origem Divina. Então, como vimos, Deus estabelece aquele que Lhe agrada, a despeito da visão humana.

Perante Ele, uma índole dócil, submissa vale muito mais que os hábeis feitos dum “talentoso” erudito que pretende autonomia, independência. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

É esse temor que levará alguém a ouvir Deus, desconfiando de si mesmo e reconhecendo-se indigno, injusto. “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

Aquele que reconhece as próprias injustiças e aceita o Substituto provido por Deus deixa os descaminhos tortuosos pelas veredas da retidão. Achado nelas é enriquecido com dons espirituais; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

O Criador pode se dar ao luxo de reciclar rejeitos sociais; pegar “pedras” abandonadas e delas fazer templos. “Porque, vede irmãos, vossa vocação, que não são muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres que são chamados. Mas, Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;26 a 29

Não importa se as “pedras” são pequenas, angulosas, frágeis, rejeitadas; Cristo as faz vivas e depois transforma para que sejam como as quer. “Chegando-vos para Ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; quem nela crer não será confundido. Assim para vós, os que credes é preciosa, mas, para os rebeldes, A Pedra que os edificadores reprovaram, foi a Principal da esquina, uma pedra de tropeço, rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes...” I Ped 2;4 a 8

Notemos que, os escandalizados “tropeçam na Palavra”; então, mataram à Palavra Viva na cruz; nos dias atuais matam outra vez pervertendo, alterando, reinterpretando, flexibilizando, quando não, rejeitando frontalmente à Palavra de Deus.

Por lógica, coerente, inclusiva, politicamente correta que pareça essa rejeição, ela não passa da mão de Satanás dourando a pílula da obstinação para que seus manipulados não percebam a trilha mortal que seguem.

A representação de um ícone de Satanás no Apocalipse diz que “tinha chifres como cordeiro, mas, falava como dragão”. Ora, se, à vista o tal soa convincente, como O Cordeiro, apenas falando deixa sua essência vazar, como o identificarão aqueles que por avessos à Palavra de Deus não a sabem discernir dos logros da oposição? A geração vídeo, selfie, meme; desgraçadamente analfabeta bíblica cairá na arapuca com lampejos de felicidade invés de ver que trilha para perdição.

Cristo, A Palavra Viva ainda é O Mesmo; rejeitar Sua Palavra dá no mesmo. A Pedra que os edificadores modernos rejeitam ainda é a Pedra Angular no edifício da salvação; Daniel viu-a cortada de um Monte e dando sobre os pés de ferro e barro (mescla humana e tecnológica) da estátua dos reinos terrenos para estabelecimento, enfim, do Governo do Eterno.

Nessa geração doentia, onde só é permitido aplaudir, elogiar às coisas mais bizarras, até o ensino altruísta soa-lhes a intromissão, a impiedade galopa na velocidade tal, que, a rejeição pelo mundo é como “Selo do INMETRO” espiritual. 

Quem quer aplausos, o dragão e o mundo têm em profusão. Agora, se o anseio for por vida, apenas sob “A Pedra Viva” Cristo.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

As Crianças Sábias

“Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.” Prov 23;9 “Dá instrução ao sábio e ele se fará mais sábio; ensina o justo, ele aumentará em doutrina.” Prov 9;9

Normalmente aquilatamos sábio alguém de vasto conhecimento, amplo repertório intelectual, conhecedor das diversas facetas da vida.

No entanto, o prisma bíblico parece diverso. Se, somos encorajados a não gastar latim com tolos, antes, ensinar aos sábios, a sabedoria no escopo espiritual deve ser diferente do conceito vulgar.

O mundo valora como sabedoria a um contingente de conhecimento; A Palavra de Deus a uma disposição de espírito. “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1;20 “Falamos sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.”I Cor 2;7 e 8

A Sabedoria humana, invés de destrinchar os meandros do conhecimento reconhece as próprias limitações, diante Daquele que é Onisciente. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Quando Paulo disse que considerava todo seu cabedal como “esterco” não se trata de uma hipérbole, uma forçada de barra para acentuar a ideia; antes, estava mesmo colocando a “sabedoria” natural no seu devido lugar se, cotejada com a Divina.

Houve um tempo em que o conhecimento era desejável; tínhamos admiração pelos que sabiam; nossos mestres eram quase que, como segundos pais. Hoje todo mundo já ”sabe” o que quer; se, tão somente intentarmos dividir uma migalha facilmente nos mandarão cuidar das nossas vidas invés de “se meter” nas suas.

Como aprenderão das coisas espirituais se, o ensino em si, já lhes é constrangedor indesejável; e, o que deriva de Deus, além do “peso” do ensino ainda denuncia as imperfeições dos pecadores? Por isso O Salvador advertiu que aquele que não se fizesse como uma criança jamais entraria no Reino.

Desse modo, o “sábio” ao qual devemos instruir é essa “criança” que admite carências espirituais e se dispõe a beber da Fonte que sacia; a Água da Vida, Cristo.

Os que pretendem “cristianizar” ao comunismo dizem que Jesus fez “Opção pelos pobres;” o texto diz; “Bem aventurados os pobres de espírito...” Os que admitem suas carências espirituais; nada tem a ver com as condições sociais. Tanto o sujeito pode ser paupérrimo e ser orgulhoso, quanto, ser abastado e humilde.

Foi o Ministro da Fazenda da Etiópia que falou a Filipe como uma criança: “... Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.” Atos 8;31

Contudo, o aprendizado espiritual requer mudança de atitudes à sua luz. Saber e não praticar é ter uma “luz” que acentua a escuridão; “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Por isso, para conhecer à verdade que liberta O Salvador disse que devemos “permanecer na Sua Palavra.” Ou, obedecer. “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Alguém até se converte, mas, descuida do aprendizado, padece uma atrofia que bloqueia o crescimento; pois, diferente do natural ao qual basta o curso do tempo, o espiritual demanda a vigência prática para não sermos meninos velhos como se tornaram alguns. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não ,de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;12 e 13

Notemos que o sábio espiritual é “experimentado na Palavra da Justiça”. O que é isso senão, alguém que, pela Palavra abandonou maus hábitos e passou a ter experiências segundo Deus? Esse aperfeiçoamento pela prática e comunhão traz maturidade espiritual, discernimento; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.” Heb 5;14

O ensino é o que é; independente de quem o recebe. Porém sua eficácia deriva da disposição de cada um. O mesmo sol amolece a cera e endurece o barro. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2 então, “... Hoje, se ouvirdes sua voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3;15

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Os Cegos e o Motim

“Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;22

Não significa que iníquos não tencionem se esconder; mas, que, diante de Deus é impossível. Uma forma oblíqua de aludir a Onisciência e Onipresença Divinas.

Davi falou o mesmo; “Para onde me irei do teu espírito, para onde fugirei da tua face? Nem as trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti a mesma coisa;” Sal 139; 7 e 12

Trevas e luz para Deus são a mesma coisa, quanto à impossibilidade de se esconder; não é valoração espiritual; “... nem as trevas me encobrem de ti...” É um apreço da ciência Divina, não, da moral.

Ele mediante Jeremias propôs a questão: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não veja? diz o Senhor. Porventura, não encho, Eu, os Céus e a Terra? ...” Jr 23;24

A Epístola aos Hebreus também aborda o tema; “Porque A Palavra de Deus é viva e eficaz; mais penetrante que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e espírito, juntas e medulas; é apta para discernir pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas, patentes, aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Tratar com Ele não é possibilidade, mas, necessidade; “... temos de tratar.”

O que diríamos ao ver alguém tencionando fazer algo absolutamente impossível? Que está louco. Assim agem espiritualmente os que devaneiam ocultar-se ao Criador. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7 Sua reação a Deus é de desprezo ao Seu conselho; sua reputação na dimensão espiritual, loucos.

Dizem que o avestruz quando pretende se esconder enterra a cabeça na areia, de modo que, não vendo nada, sente-se oculto, protegido, seguro.

Eis o nefasto efeito colateral do “sereis como Deus sabendo o bem e o mal”! Vivendo impiamente confiando na pretensa autonomia em relação a Deus, não só ignoramos como valorar corretamente, bem e mal, como, sequer percebemos quando o bem nos visita; “... Maldito o homem que confia no homem faz da carne o seu braço e aparta seu coração do Senhor! Será como a tamareira no deserto; ‘não verá’ quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

O avestruz tudo bem, a Bíblia mesmo diz que tem apenas velocidade, não, entendimento; “Deus o privou de sabedoria, não lhe deu entendimento. A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.” Jó 39;17 e 18

Porém, nós, criados À Imagem e Semelhança do Eterno, só seremos reféns da cegueira espiritual, se, em nossa ímpia resiliência calcarmos pés na insana rocha da incredulidade.

Como o avestruz devaneando com esconderijo, apenas acha cegueira, igualmente os ímpios, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Se, no prisma espiritual é loucura a inglória tentativa de se ocultar, do ponto-de-vista natural, a entrega irrestrita a Deus é que soa a insanidade. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas, para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1;18 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” Vs 20, 21 e 25

Todos depreciam verbalmente à cegueira voluntária, o cego que, não querendo ver, torna-se pior que outro que não pode; entretanto, uma coisa é a ginástica mental, outra, a realidade patente nas escolhas da rebelde vontade dos iníquos.

Tais serão condenados, pois, não buscam às trevas por estar cientes que essas escondem de Deus, antes, por sua predileção pela maldade. “... a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

A opção pelo mal culminará num motim global; “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o Seu Ungido, dizendo: Rompamos as Suas ataduras; sacudamos de nós as Suas cordas.” Sal 2;2 e 3

Felizes os que, invés de romper as cordas ouvem ao Salvador: “Tomai sobre vós o Meu Jugo...”

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Uvas maduras

“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14; 6
 
Duas facetas interessantes nesse provérbio. Primeira: Cotejar índoles opostas, escarnecedor versus prudente; Segunda: Atribuir  predicados diversos, sabedoria e conhecimento.

A sabedoria bíblica sempre traz um acessório moral, diverso do conhecimento que, embora se defina, eventualmente,  com a mesma palavra, não se trata, estritamente, da mesma coisa.

Quando o Texto Sagrado diz que Deus apanha aos sábios na  própria  astúcia está ironizando aos que adquiriram conhecimento, e mesmo que, aos olhos terrenos  posem de sábios, aos Divinos, não passam de velhacos, astutos.

Tiago faz explícita distinção entre sabedoria espiritual que enseja santidade, e  animal, que gera os ditos astutos. “se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica…Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.” Tg 3; 14, 15 e 17
 
Paulo também se encarrega de distinguir essas duas fontes; argumenta como se a queda tivesse lançado a humanidade numa dimensão tal, que o suprassumo fosse insano; “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?”  I Cor 1; 20  

Sabedoria, parece, teria sido confiar irrestritamente em Deus; como a humanidade nunca conseguiu, restou rebuscar a fé mediante a persuasão numa mensagem repetida à exaustão até que alguns se salvem; mesmo que isso seja reputado, loucura. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” V 21
 
Mais adiante ele reforça seu argumento; “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.” Cap 2; 6 a 9

Vemos que a sabedoria espiritual lida com coisas não vistas, ouvidas ou pensadas, claro que, aos olhos naturais isso é doentio mesmo.

Então, Deus serve-se dos “doentes” para a missão; “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;” Cap 1; 27 e 28
 
Fé ou incredulidade marcam a fronteira entre prudência espiritual e escárnio. O que crê teme, considera, orienta-se pelo Senhor no qual acredita. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9; 10
 
Ao que duvida resta o escárnio, pois, a Palavra o coloca numa condição de caído, alienado, passível de condenação, o que fere seu orgulho natural.

O prudente sente-se seguro sob os preceitos Divinos, o tolo, aquece-se no fogo da própria estupidez; “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza, e dá-se por seguro.” Prov 14; 16  

Então, restam os conselhos que seguem:  “Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.” Prov 9; 8 “O filho sábio atende à instrução do pai; mas o escarnecedor não ouve a repreensão.” 13; 1  

Comporta-se como a raposa da fábula de Esopo que incapaz de pegar as uvas desejadas desprezou-as dizendo que estavam verdes.

Sua fagulha de anseio por sabedoria, predicado dos prudentes, uma vez buscada por seus meios, apaga; aí, despreza o bem não atingido, partindo para o escárnio. Resta o conhecimento, que até os ímpios conseguem, como seu “Everest” intelectual;  o que, para o prudente é fácil, mero acampamento na base da escalada.

Diverso da pecha que a fé é cega, lida com “coisas que o olho não viu, ouvido não ouviu, nem subiu ao coração humano”, pois, vê, onde o homem natural é cego. 

O conhecimento até pode, eventualmente, lançar mão de uma sábia jurisprudência; só a Sabedoria do Alto, pode criar uma.

O posto mais alto logrado pelo conhecimento é o “conhece a ti mesmo” de Sócrates. Nos caminhos da fé temos um upgrade considerável; “…Quem me vê a mim vê o Pai;…” Jo 14; 9