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domingo, 7 de julho de 2019

Olhos para perto e longe

“Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.” II Ped 1;9

De quais coisas Pedro está falando, cuja privação nos tornaria cegos? Voltando uns passos deparamos com elas; “... acrescentai à vossa fé a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência a piedade, à piedade o amor fraternal e ao amor fraternal, caridade.” Vs 5 a 7

Vemos que a fé sadia demanda uma leva de “acessórios” para que seja eficaz em seu propósito. A cegueira consequente da falta dessas qualidades é de um tipo específico também; “... nada vendo ao longe...” A pessoa bem pode ter olhos sagazes para as coisas de perto e ser cega para as mais distantes; os olhos da fé que atingem dimensões futuras.

A Palavra ensina: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1 Em seu exercício, Moisés “... deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 1;27

O dito vulgar de que a fé é cega não passa de calúnia. A fé enxerga perto e longe como certos óculos de grau. Perto divisa a vida como se apresenta, bem como as necessidades próprias e dos semelhantes. Longe vê o alvo a atingir, além da recompensa pelas perdas e privações de agora; a colheita pelas boas sementes plantadas.

Alguém com uma “fé” utilitarista cujo foco se atém estritamente ao agora é o cego aquele, aludido por Pedro. Seu egoísmo imediato não permite cogitações além; malgrado as posses que usufrua é um mendigo nos valores que contam. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Quando a Palavra ensina que é mais ditoso dar do que receber, por um lado enfatiza o valor do amor a próximo, por outro, um depósito a mais, feito para dias longínquos, o Tesouro no Céu.

Se, as necessidades dos semelhantes nos movem ocorre uma bênção concomitante em dois tempos e duas dimensões. O socorro imediato de uma carência, e os créditos às obras da fé num tempo porvir. Como bem definiu o rabino Israel de Salant: “As necessidades materiais do teu próximo, - disse – são as tuas necessidades espirituais.” Pois, a fé sadia que nos leva a fazer as coisas pela motivação certa, em Cristo, logra esse feito da bênção casada.

Para tais depósitos todos são aptos, não importando quanto possuam. Deus valora princípios, motivos, sentimentos, não metais. Quando ensina-nos que a fidelidade no pouco nos credencia ao muito, é porque na Sua escala, mesmo com pouco podemos fazer coisas de muito valor, como a viúva que ofertou duas moedas.

A uma “fé” indolente, inativa sem as qualidades alistadas Pedro chamou de estéril, ociosa. “Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” V 8

As virtudes todas preceituadas têm a ver como nosso próximo, mas o exercício nelas nos faz crescer no conhecimento de Cristo. Não da Sua aparência humana, antes, Divina, espiritual. “... ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos deste modo.” II Cor 5;16

Não é possível um conhecimento teórico do Senhor. O conhecimento prático demanda identificação com Seu Ser e Seu modo de agir.

Pois, se a fé nos permite ver ao longe, no porvir, também faculta uma visão melhor dos rumos de onde viemos, e do que fizemos quando estávamos sem O Salvador. Quando éramos “livres da justiça” soltos para pecar.

“Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora para servirem à justiça para santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;19 a 21

Essa “visão periférica” dada pelos olhos da fé nos faz eternos agradecidos ao Salvador por tão grande livramento, e tão preciosas promessas porvir, a dar vida pra nossa esperança.

Vulgarmente se diz que o pior cego é o que não quer ver; mui além da intenção rasa com que se diz isso, o dito é seriamente verdadeiro. Sabendo que, ver na dimensão da fé demanda compromisso e renúncia, preferem a cegueira voluntária traindo a si mesmos. 


“... a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19

terça-feira, 21 de maio de 2019

Cisternas Rotas no DNA

“Entregarei os homens que transgrediram Minha Aliança, que não cumpriram as palavras da aliança que fizeram... na mão de seus inimigos que procuram sua morte...” Jr 34;18 e 20

A ideia vulgar de pertencer ao Senhor sempre é de usufruto de especial proteção e toda sorte de bênçãos; quase nunca, de responsabilidade. Notemos no texto acima que havia inimigos que teriam um triunfo eventual, enquanto os “eleitos” transgressores pereceriam.

A proteção Divina está expressa: “... aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho.” Zac 2;8 Então, era Israel. Por que seria diferente com os salvos em Cristo? Que o Eterno abençoa Seus filhos é certo; porém, não necessariamente segundo nossos pleitos, mas segundo nossas carências aos Seus olhos, e no Seu tempo.

Privilégios de filhos de Deus se fazem acompanhar de responsabilidades que ímpios não têm, como disse Paulo; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

“Livres” no sentido de soltos no mundo ao bel prazer, não, com carta banca para pecar. Livres porque, mortos espiritualmente, nada tendo a perder. Habitantes adiados do Inferno excursionando sobre a Terra.

Quando Paulo disse aos atenienses que Deus não toma em conta a ignorância não significa que abona às maldades feitas “no escuro”, mas que está pronto a perdoar aos que, na luz, reconheçam às mesmas e se arrependam. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

O Salvador disse algo semelhante; “... Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41

Desse modo, por termos sido iluminados e feito uma aliança com O Eterno, numa relação de obediência somos protegidos e abençoados, na rebeldia colhemos juízo; seremos os primeiros a perecer; mediante Ezequiel Deus mostrou uma cena da “prioridade” dos “santos”; “Matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; ‘começai pelo meu santuário’...” Ez 9;6

Desgraçadamente vivemos os dias vaticinados por Agur; “Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Para gente “auto-santa” sem noção, o menor sinal de disciplina, correção soa-lhes a intromissão nas suas vidas, contudo seguem “filhos de Deus”. Acontece que, o “teste de DNA” que prova a filiação é nossa reação à disciplina. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Ignoram convenientemente, esses amantes-de-si-mesmo escondidos atrás do “não julgueis” que, quando apresentamos À Palavra de Deus sadiamente interpretada quem está julgando atitudes é Deus, não somos nós; o mesmo juízo Dele que ensinamos se nos aplica também.

Um dos mais graves pecados ao longo de toda a Bíblia sempre foi a idolatria que coloca aparatos de humana feitura acima do Deus Vivo. Às nações que O desconheciam Deus permitia tal erro embora deixando patente a insanidade, detalhando a geração tais “deuses”; “O artífice animou ao ourives, o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.” Is 41;7

Porém, quando a coisa brota de quem já conhece a Deus, aí causa espanto nos Céus; “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, que elegi descendência de Abraão, meu amigo;” v;8 Jeremias também desnudou isso: “O meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Minha cidade, Soledade RS gaba-se de ter posto sete mil pessoas na procissão de “Santa Rita” no domingo passado. Quando fizeram algo parecido para o Deus Vivo, Criador de tudo o que há? Se, pelo menos tivéssemos a decência de parar de mencionar ao Altíssimo como disse nos dias de Ezequiel; “... Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois, a mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome...” Ez 30;39

Os que estão irritados ao ler isso já receberam em si mesmos o resultado do DNA. Não são filhos de Deus! Precisam nascer de novo para isso. 

Quanto a algum incauto e ignorante que acha melhor ficar longe, já que a responsabilidade maior é de quem conhece, umas perguntas: “... se, ( o Juízo ) começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? Se, o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” I Ped 4;17 e 18

sexta-feira, 20 de julho de 2018

A Primazia do "Segundo Adão"

“Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra, sujeitai-a e dominai...” Gên 1;28

O Criador estabelecendo ao homem como regente, governador sobre a criação. Uma regência em submissão, claro, o que demandava obediência ao Eterno.

Alguns dizem estupidamente que a “árvore proibida” é uma metáfora para o sexo, como se, esse fosse pecado; não. O sexo em parâmetros lícitos é abençoado; e, o parâmetro Divino é hétero e matrimonial. Como Adão e Eva cumpririam o “Frutificai e multiplicai-os...” sem ele? Deus mandaria fazer algo e puniria ao ser obedecido??

Outros especulam que a dita árvore era a macieira, embora, a Bíblia não especifique que fruto era. À mulher pareceu boa para se comer, agradável aos olhos, e “desejável para dar entendimento.” Essa última parte por causa da mentira de Satã que dissera que eles seriam como Deus, se, comessem.

Que fosse boa para comer, e, agradável aos olhos é de se esperar, por dois motivos: Primeiro; todas as árvores frutíferas do Jardim eram assim; “O Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida...” Cap 2;9 Segundo; como o veto era um teste de obediência, submissão, natural que tivesse seus atrativos, senão, sequer faria sentido; seria estúpido como proibir-nos de fazer o que não gostamos.

O “fato novo” ao qual a mulher sucumbiu foi a promessa de um upgrade espiritual; “Sereis como Deus.” Quantas vezes ouvimos, quiçá, dissemos, que, quando algo é proibido é mais gostoso? Por certo esse “mais” não é nosso, mas, é o instigador do pecado que vibra conosco anexando seu prazer de afrontar a Deus, ao prazer natural.

Como o inimigo é “sócio” no desfrute do prazer ilícito faz parecer desejável a nós, aquilo que é desejável a ele; em suas tentações busca nos fazer hospedeiros de seus anseios. Acaso, ser como Deus era um anelo do primeiro casal, ou, dele? Ora, no que era possível, as criaturas serem como O Criador já eram; “Imagem e Semelhança;” o que lhes faltava?

Diz A Palavra: “... sois servos daquele a quem obedeceis, ou, do pecado para a morte, ou, da obediência para justiça.” Rom 6;16

Assim, tendo obedecido a Satã, não, ao Criador, a raça humana, invés de ser como Deus, tornou-se como o maligno.
O segundo “domínio” após perdido o governo sobre a criação foi não uma dádiva, mas, um desafio que mostra nossa incapacidade, nossa miséria, sem Deus. “... o pecado jaz à porta; sobre ti será seu desejo, mas, sobre ele deves dominar.” Gen 4;7

Isso é tão impossível, à raça caída, que, Paulo apresenta o velho homem como “servo do pecado”, não do inimigo, embora, dê no mesmo. Falando aos cristãos romanos disse: “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

Eis a “liberdade” que o usurpador oferece! Ninguém precisa agir em justiça; “faça o que quiseres, pois, é tudo da Lei” foi cantado em prosa e verso. Atualmente vige a “desconstrução dos padrões heteronormativos da moral judaico-cristã”. O mesmo estrume diabólico com outro verniz.

Imaginemos como ilustração, que, estejamos diante de um inimigo poderoso, infinitamente mais forte que nós; tímidos, sedentos e desnutridos em nossa trincheira; de repente surge um “boina verde” sarado, poderoso e diz que deixemos a luta consigo que Ele vencerá em nosso lugar. Se, confiarmos Nele vencerá; será nosso Salvador.

Ora, para que Cristo lute em meu lugar devo entregar-lhe minha vida; “negue a si mesmo”. Na verdade Ele já venceu quando disse: “Está consumado”. Porém, Sua Vitória só se aplica aos que O reconhecem como Senhor, obedecendo-lhE.

Mas, se o usurpador já foi derrotado, por que insiste ainda em tentar aos seres humanos para que pequem? Na verdade tenta só aos salvos; os demais ainda são servos do pecado; o próprio pecado se encarrega de arrastar-lhes ao abismo.

O tentador é “Pai da Mentira” não tem nenhum compromisso com a verdade; assim, segue prometendo o que não possui, e cegando a quem pode para esconder sua derrota. Como Lula na cadeia jurando inocência e honestidade. “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” II Cor 4;4

Adão perdeu o domínio Terreno e, sua descendência foi dominada pelo pecado. Cristo, o “Segundo Adão” venceu; resgatou ambos os domínios. “... É-me dado todo poder no Céu e na Terra.” Mat 28;18

O governo do homem em submissão ao Criador fracassou; agora, é o Senhorio do Filho do Homem para salvação de todos que se lhe sujeitam.

Os demais seguem “livres da justiça” até serem presas do juízo eterno. Melhor ser servo de Cristo, que “livre” assim. Façamos a melhor escolha.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Tá tudo dominado

Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? Senão, o pecado jaz à porta; sobre ti será o seu desejo, mas, sobre ele deves dominar.” Gên 4;7

A ideia do domínio sobre algo sempre pareceu fascinante aos olhos humanos. Muitas guerras, tramoias, ardis, assassinatos, mentiras houve em busca dessa poção mágica sedutora, chamada, poder.

Num primeiro momento O Criador legou ao homem o domínio sobre a criação; “...dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gên 1;28
Depois, como punição pela iniciativa autônoma que decidira comer do fruto proibido, e inda induzira seu marido ao mesmo erro, a mulher foi posta em submissão pelo Eterno; “... teu desejo será para teu marido, ele te dominará.” Cap 3;16

Adiante, quando encontramos Caim sorumbático pelo fato do sacrifício de Abel ter sido aceito, e o seu, não, vendo a inveja estampada no rosto dele, O Senhor desafiou-o a dominar o pecado. Eis um poder sem nenhum atrativo para a caída espécie humana! Como o pecado traz consigo o enganoso verniz do prazer, as pessoas sentem-se atraídas pelo seu brilho; se fazem servas, invés de querer dominá-lo.

Embora, no reino das palavras até ostentem coroas de livres é a própria servidão que cega-os incapacitando de ver corretamente como as coisas são. Pois, não são nossas palavras as aferidoras, mas, nossa submissão que determina nosso senhor: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis; ou, do pecado para morte, ou, da obediência para justiça?” Rom 6;16

Dominar sobre outros, embora pareça muito mais fácil, não é algo que um homem sábio buscaria; “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Dominar sobre o pecado, embora soe como uma pessoa fora, no fundo, é o bom e velho domínio próprio.

Nesse caso, não nos cumpre mandar, antes, submeter-se Àquele que venceu; Jesus Cristo; a Ele e Sua Doutrina. “Mas. graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. Libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça.” Rom 6;17 e 18

Sem Ele, Cristo, mesmo que tivesse alguém a intenção correta de atuar segundo a consciência, faltariam forças para isso, como disse o mesmo Paulo: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas, eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não aprovo; o que quero isso não faço, mas, o que aborreço faço.” Rom 7;14 e 15

Em Cristo, fortalecidos pelo Dom do Espírito Santo podemos pegar a sóbria espada das consequências e fazer picadinho das falácias do prazer que mascaram a morte.

Pois, a incumbência primeira dada a Caim, “domina sobre o pecado” não foi cumprida por ele, nem, por outro humano qualquer, exceto, Um: “Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois, não era possível que fosse retido por ela;” Atos 2;24 “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23 O Vencedor avisou: “... No mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo; Eu Venci o mundo.” Jo 16;33

Assim, a Graça Divina alternou uma situação insolúvel, de termos um monstro à porta ao qual deveríamos vencer sem poder, para outra onde encontrarmos batendo às portas dos nossos corações, O Herói Eterno, que venceu por nós e nos lega os louros da Sua Vitória, se, O recebermos e seguirmos submissos.

“Da morte ninguém escapa;” se diz alhures; tem sentido. No entanto, abrindo a porta para Cristo o domínio dessa fajuta que tanto assusta capitula ao Senhorio do Príncipe da Vida. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24

O que os ímpios chamam de “curtir a vida” a rigor é uma roupagem mais aceitável com a qual revestem o medo da morte, coisa que não mais assusta quem recebeu Ao Salvador. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 1;14 e 15

A escolha é simples; abrimo-nos a Cristo que perdoa e capacita a vencer o pecado, ou, demos asas a ele, que, enfeitando o voo inicial com prazer, nos fará pousar no penhasco da eterna perdição.

sábado, 19 de agosto de 2017

Livre Arbítrio; só que não

“Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

Uma aparente contradição de Jeremias, bem como, a negação do livre arbítrio.

“Não é do homem o seu caminho...” Ora, parece dizer que não; outra, que sim, que é “seu”; temos um problema que provoca os dois neurônios. Afinal, somos arbitrários, ou, não? Digo, temos escolha ou, “maktub” está escrita nossa sina, a ela estamos fadados?

Salomão disse: “Do homem são as preparações do coração, mas, do Senhor a resposta da língua. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas, o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos.” Prov 16;1 a 3

Visto dessa forma se amplia um pouco. Não se trata de negar o direito de escolha; mas, fazer escolhas que serão bem sucedidas. Associa-te ao Senhor, para o êxito, ou, “Confia ao Senhor tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos.”

Ouçamos Cristo: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Jo 15;5

Esse “nada” não se refere à negação funcional do homem alienado de Deus; mas, à valoração do produto final das conquistas na vigência dessa alienação. Paulo evocou o pretérito de certos pecadores querendo conhecer o saldo: “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21

Assim, seus feitos eram “coisas,” não, nada. Contudo, coisas que nada valiam, pois, pereceriam na morte. É esse nada, pelo qual laboram aqueles que se atrevem a tentar desbravar a vida sem Cristo.

Desse modo, o meu caminho é meu, porque sou um indivíduo; não é o seu. Mas, se pretendo ser servo de Deus, não é tão meu assim, que me permita andar a revelia, em oposição à Sua Palavra, ou, Seu Espírito. Se eu fizer isso, o resultado final será nada; mesmo que, eu ganhe o mundo. “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder sua alma?” Mc 8;36

Então, se desejo intimidade com Deus e persevero na observância da Sua Palavra serei guiado por Ele, de modo que, meu caminho será estabelecido rumo ao Divino Propósito. “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Logo, nosso livre arbítrio se reduz a uma dualidade simples: Obedecer ou não, com seus desdobramentos que vão mui além de nossa possibilidade, mensurar. Aliás, desde o início, O Eterno sempre colocou a coisa como dual, e desafiou os Seus à melhor escolha. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e morte, a bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência...” Deut 30;19

Entretanto, nossa escolha não é feita de uma vez por todas. Tipo; escolhi ser servo de Deus, xô Satanás, e o bicho ficará longe; não é tão simples assim. Cada tentação é um desafio, uma escolha. Sempre poderemos optar entre obediência ou, rebelião. É o livre arbítrio que temos.

Schopenhauer negava que o tenhamos. Dizia: “Dado o motivo e o caráter a ação resulta necessária”. No princípio discordei dele; mas, pensando melhor, ele está certo. Ele não estava defendendo que a ocasião faz o ladrão como vulgarmente se diz. Antes, que era o concurso do motivo e o caráter que patrocinavam a escolha, e assim é.

Por isso a necessidade do Novo Nascimento, pois, “o que nascido da carne é carne;” e “... a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

Assim nosso arbítrio se resume ao reconhecimento de nossa falência espiritual, coisa que a pregação da Palavra e a cooperação do Espírito Santo persuadindo ao pecador, deixam claro; visto isso, aceitarmos O Único livramento possível; Jesus Cristo. Após, já não seremos autômatos do pecado, antes, pela cooperação do Espírito Santo, teremos escolha que antes, a natureza caída não tinha.

Esse caminho bendito que conduz à Vida Eterna não é do homem; é do Espírito. Desse modo voltamos em parte ao dilema do Éden. Deus dissera: “Desfrutem tudo, menos isso”. O inimigo: “Decidam vocês mesmo, sejam como Deus.”

Enfim, podemos segundo conselho do diabo seguirmos sendo senhores dos nossos caminhos rumando ao nada; ou, voltarmos à casa paterna como o pródigo; o que só é possível pelos Caminhos do Senhor. Façamos nossa escolha!