Mostrando postagens com marcador segunda morte.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador segunda morte.. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 3 de março de 2017

A Obra; as obras

...Que faremos para executar as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Os interlocutores do Senhor se dispunham a um trabalho plural; “obras de Deus.” Entretanto, foi apresentado um desafio singular. “A Obra de Deus é Esta: Que creiais...” Isso deve ter facilitado as coisas, ou não?

Bem, tendemos a ser varejistas, onde O Criador é Atacadista. Digo, Ele trata primeiro coisas mais relevantes, num prisma geral; depois, as menores, no particular. Assim, quando João Batista apresentou O Messias, o fez, nesses termos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” Notemos a singularidade uma vez mais; “O pecado”.

Uma série inumerável de pecados acontece a cada segundo num mundo tão autônomo, despido de valores como esse; contudo, o que estava em jogo na Cruz de Cristo, era o pecado da rebelião contra O Domínio de Deus; a independência sugerida pelo traíra. Qualquer que, ouvindo a Boa Nova se arrependa e confesse, deixa “O pecado”, da rebelião, embora, ainda cometa muitos pecados.

O convertido reconhece o Senhorio do Eterno, pois, mesmo estando inda refém, pelo hábito, dos pecados, o pecado da autonomia, já foi deixado. O abandono gradativo dos erros, o processo de santificação, é algo que, nos acompanha por toda a vida.

Do ponto de vista de Deus, a questão do pecado está resolvida; tanto que, ao vencer, O Salvador disse: “Está consumado!” Porém, no tocante a cada um de nós, toda vez que erramos o alvo, restam pendências espirituais, que mediante nosso Advogado, precisamos dirimir. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda a injustiça.” I Jo 1;9

Dito isso, a questão da Obra e das obras segue rumo paralelo. A Bíblia não chama uma boa obra do ímpio, de má; antes, de obra morta, uma vez que, assim está espiritualmente seu protagonista. 

Outro dia deparei com uma zombaria de ateus escarnecendo do que chamaram de “lógica cristã”, onde, um de vida torta, más obras, se converteu perto da morte e foi salvo; outro, de muitas boas obras, morreu e se perdeu “apenas” por ser ateu.
A ignorância prudente até posa de sábia, à sombra do silêncio; mas, quando perde a modéstia, se faz engajada nas suas trevas, invariavelmente cai no ridículo.

Sua ênfase era tal, que pareciam ter achado nosso “Tendão de Aquiles.” Ora, obras só contam depois “da Obra”; “que, creiais naquele que Deus enviou.” Esse passo, transporta da morte para vida, e, vivendo, devemos sim, praticar boas obras, como testemunho da regeneração, não, como meio de patentear pretensa justiça própria. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;8 a 10

A implicação da incredulidade é blasfema, pois, equivale a chamar Deus de mentiroso. Por isso, os incrédulos são vistos em companhia de outros não muito recomendáveis, vejamos: “Mas, quanto aos tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, fornicadores, feiticeiros, idólatras e a todos os mentirosos, sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” Apoc 21;8

Em Cristo, a Obra de Deus propõe um segundo nascimento, ou, novo nascimento, “da água, (Palavra) e do Espírito;" mas, os que recusam crer preservam a atual morte espiritual, e rumam à segunda morte, a separação eterna do Criador.

Se, o prisma é a lógica, e, a sentença pelo pecado, a morte, me soa cristalinamente lógico, que, enquanto o pecado não for tratado pela “Obra de Deus”, estejam necessariamente mortas, as melhores obras humanas. Após a conversão, até dar um copo d’água terá galardão.

Enquanto incrédulos recusam O Dom de Deus, recebem compulsoriamente Sua Justiça. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Cornélio, o romano, tinha muitas obras boas, entretanto, não bastaram para que fosse salvo; Pedro foi enviado a ele, para que anunciasse Jesus. Ele creu; foi salvo.

É possível que um morto bem maquiado tenha melhor aparência que um maltrapilho, sujo. Porém, esse está vivo. Assim, o que crê, por ruim que seja seu pretérito, recebe o presente da vida; o incrédulo por boas que tenham sido suas ações, rejeitando “A Obra de Deus”, trai a si mesmo. O Túmulo de mármore ainda é um túmulo.

Ninguém eleva-se do solo puxando os próprios cabelos; “sem mim, - disse O Salvador - nada podeis fazer”.