Mostrando postagens com marcador regeneração.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador regeneração.. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

hemiplegia espiritual

“Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los, mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.“ Atos 15;5

Que parte do “negue a si mesmo” eles não entenderam? Na verdade esse erro não é exclusividade deles. Quantos de nós, invés de entendermos a conversão como é, autonegação, submissão, mortificação, novo nascimento, veem como um upgrade, uma potencializada na visão filosófico-espiritual, da vida. Quem cria em algo distinto da Bíblia, busca pontos de “encaixe” entre seu pretérito e a nova crença.

A Lei de Moisés não é de origem Divina? É. Entretanto, seu alvo nunca foi salvar o homem, isso era-lhe impossível; “Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado, na carne;” Rom 8;3

O objetivo da Lei sempre foi manifestar nossa falência espiritual, e consequente necessidade do Salvador. Paulo disse: “... a lei nos serviu de aio, para conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

Quando ele mesmo diz que não anulamos, antes, estabelecemos a Lei pela fé, outra coisa não diz, senão, que o propósito pelo qual a Lei foi dada, se cumpre, à medida que nos remete a Cristo, O Salvador.

A Epístola aos Hebreus ensina que, mudando-se o sacerdócio, necessária se faz a mudança da Lei. O Sumo Sacerdote da Nova Aliança resumiu tudo em dois mandamentos: Amar a Deus, e ao próximo. Amor a Deus se manifesta, além de, louvores, adoração, em obediência. Todavia, o Novo Sacerdote não requereu obediência à Lei, antes, aos Seus ensinos: “...ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado;” Mat 28;19 e 20

Contudo, não é apenas no aspecto legalista que, os convertidos dentre os gentios trazem seus pretéritos e tentam anexá-los à nova fé. Isso era problema, sobretudo, de judeus. Embora, haja os que, reféns de uma interpretação errônea, tendo renascido frutos da Nova Aliança, tencionem cultuar ainda, a antiga.

Amante do renome e dinheiro, Simão, o mago, “convertido” quis comprar o dom de batizar com O Espírito Santo; Pedro foi categórico: “... teu dinheiro seja contigo para perdição, pois, cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.” Atos 8;20 Adiante, o livro dos Atos menciona uma atitude diferente de outros magos que se converteram: “...muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram seus livros, os queimaram na presença de todos; feita a conta do preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.” Atos 19;19

Isso reflete vera compreensão da conversão; ruptura cabal com o passado obscuro, entrega total ao novo, de Deus. Que triste discernir a hemiplegia espiritual dos convertidos atuais, que querem amenizar as dores da cruz, com o torpor do vinagre das antigas predileções naturais. Quem amava carnaval, agora quer uma versão “gospel”; idem os do funk, do erotismo, os amantes do dinheiro, sobretudo, mas, agora, “em Nome de Jesus”, que vergonha!!

A impressão de certos, “novos nascimentos”, é que alguns, nasceram velhos, com paladar de adultos ímpios. A dieta espiritual é diversa: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.” I Ped 2;2

Paulo conhecera a Cristo fisicamente, e disse que, isso não era relevante. “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não conhecemos deste modo.” II Cor 5;16 e conhecer do modo correto, espiritual, requer que “queimemos nossos livros” também, pois, “...se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” V 17

A mudança exterior de um convertido se dá, porque houve outra, interior, no jeito de pensar, adotando em lugar dos próprios, os pensamentos de Deus. “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Conversão, enfim, não equivale a mudar de vida, antes, mudar da morte para a vida; não é upgrade, é regeneração. “...quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Dizer-se cristão, sem honrar as implicações disso, é como determinada igreja, da qual o Senhor disse: “Tens nome de quem vive, e estás morta”.