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domingo, 29 de dezembro de 2019

As Vestes da Virada


“Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas; nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9;8

Malgrado todo o pessimismo do Eclesiastes, onde, a um apreço puramente humano, “debaixo do sol”, se conclui que “tudo é vaidade e aflição de espírito,” no final dele invés de uma terra arrasada como seria de se esperar no escrito de um cético ou pessimista sem esperança, temos um conselho prático que deixa ao jogo da vida em aberto. “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra; até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Cap 12;13 e 14

Se, no epílogo, acima de tudo se colocou a prescrição do temor a Deus, já ao longo do texto essa ideia desfilava tacitamente. Ora, a figura poética em realce acima, de outra coisa não fala senão, disso; vestes alvas são um figura de um caráter justo, e o óleo sobre a cabeça, símbolo da unção Divina para que as decisões sejam em submissão a Ele.

Parafraseando se pode dizer: “Em todo o tempo sejam justas as tuas atitudes; jamais as tome, sem antes ouvir a Direção do alto.”

Isaías ampliou a ideia: “Os teus ouvidos ouvirão a Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21

Em Apocalipse, além da cor resplandecente das vestes realçar à justiça, ainda o tecido nobre, o faz qualificando à “Esposa do Cordeiro”; “foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

Nessa época de transição de calendário costumam arder mais intensas as febres humanas; uma delas bem latente é de que existe algum atalho, substituto ao trabalho como meio de se conseguir as coisas; bastaria uma mandinga qualquer que agradasse determinada “Divindade” e estaríamos conversados. A “bênção” viria sem maior esforço.

Desse modo, muitos que se dizem cristãos, convém lembrar, usarão roupas novas de determinadas cores segundo a predileção dos “Orixás” que trariam certos benefícios por isso. Para o branco, paz; ao amarelo, riquezas; ao vermelho realizações na área das paixões... gostando da definição ou não, pessoas que afirmam pertencer a Deus farão macumba invés de orações; com seus atos pedirão pão a quem dá pedras; peixes a quem usa dar serpentes.

Ao advertir que essas coisas mundanas nos colocam em inimizade com Deus, Tiago apresenta a causa; O Espírito Santo tem ciúmes, zelo do Seu templo que somos nós; como veria em paz tais templos decorados ao sabor dos gostos do Capeta? “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5 Quem não sentiria ciúmes ao ser vítima de adultério?

Não existe substituto abençoado para o trabalho no afã de prosperar; jogos, loterias, roubos, logros, corrupção... são do Príncipe do mundo, não de Deus.

Ora, Deus nos abençoa abrindo portas de trabalho e dando saúde para o labor, o resto é conosco; meter o peito n’água é nossa “parcela” no consórcio. Os mercenários góspeis que ensinam ofertar para prosperar fazem o mesmo com a agravante da profanação; pois, usam o Nome de Deus para atuações ao caráter do Capiroto.

Para que nossas orações sejam ouvidas diante do Santo, antes carecemos que nossas vidas sejam aceitas; “... a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus...” Is 59;1 e 2

E isso, a aceitação, não deriva de uma roupa íntima nova em determinada data; antes, de tomarmos a Cruz escolhendo a Cristo como Senhor, e nos revestirmos Dele em todo o tempo numa maneira de agir, agora, segundo Deus. “... vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” Ef 4;22 a 24

Voltamos às vestes alvas, e regência do Santo.

Frases ofertando “Grandezas” a quem as “Recebe” está cheio por aí; ensinos que desmancham à cegueira difusa pelo Pai da Mentira costumam contrariar gostos.

Desgraçadamente uma geração analfabeta bíblica prefere veneno com rótulo de mel, invés do remédio amargo da verdade com cheiro de vida.

sábado, 28 de setembro de 2019

Cheiros, Valores, Sabores

“O incenso que fareis conforme essa composição; não o fareis para vós mesmos; santo será para o Senhor. O homem que fizer tal como este para cheirar será extirpado do seu povo.” Ex 30;37 e 38
Instruções sobre a composição do incenso sagrado, misturado a mais três especiarias, de uso exclusivo; quem o fizesse para consumo particular seria morto.

Mas, diria alguém, tanta severidade por causa de um perfume? Havia mais que isso em jogo. O necessário temor ao Senhor; a perversa sugestão satânica de autonomia, “vocês mesmos saberão o bem e o mal”, não seria permitida no serviço santo.

Se alguém quisesse viver à sua maneira, como sugerira o tentador que o fizesse, noutro lugar, não no do culto, que acrescentaria à desobediência o peso da afronta, da profanação.

Noutro contexto onde cultuaram ídolos, O Senhor não os julgou imediatamente; permitiu que seguissem ainda, porém, não misturassem-no. “Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus; Ide, sirva cada um aos seus ídolos, pois, não me quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome com vossas dádivas e vossos ídolos.” Ez 20;39

Belsazar o rei babilônio também recebeu sentença de morte, por ter misturado utensílios sagrados, exclusivos ao Templo do Senhor, com um monte de ídolos inúteis; “Te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos à tua presença os vasos da casa Dele; tu, teus senhores, mulheres, concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Fizeram uma orgia entre deuses falsos, e usaram os vasos do Senhor para encher a cara. Foi a última.

Todavia, outra pergunta poderia surgir: Qual o problema de nós “sabermos” o bem e o mal? A necessidade de colocar o verbo saber, entre aspas, de certa forma já responde.

O Salvador exortou Seus ouvintes a não julgarem segundo as aparências, mas, segundo a reta justiça. Eis uma coisa que não sabemos fazer!

A nosso apreço não deriva do senso de justiça, mas das sensações de prazer ou vantagem. Ao agradável tendemos a chamar de bem, mesmo que nos mate; e ao espiritualmente sadio evitamos como um mal, mesmo regenerando.

Aí, a filosófica inversão de valores acaba sendo o caminho natural dos que resistem obedecer ao Santo; “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

O resumo da ópera é que estamos no meio de uma peleja milenar, entre verdade e mentira, justiça e injustiça, vida e morte, Deus e o Diabo. Ambos sabem da nossa situação walking dead, mortos em delitos e pecados.

O Eterno enviou Seu Filho e nos chama a Ele para que, pelos Seus Méritos e Ensinos sejamos salvos; o traidor que nos prefere mortinhos da silva, tudo faz para nos agradar, nada para nos corrigir.

No Reino de Deus os mais valiosos são os que renunciam a si mesmos e dão suas vidas para salvação de outros; no reino desse mundo, do inimigo, os mais bem pagos, portanto, os mais valiosos, são os artistas do circo que distraem nossas mortes com suas artes, para que, drogados por elas nem percebamos nossa sede de Deus e carência de salvação.

Salários astronômicos são pagos a jogadores de futebol, cantores, atores, pilotos, lutadores... Nenhum deles nos faz um bem, real; apenas servem doses diárias das suas drogas psíquicas que disfarçam as angústias de nossas mortes, e a “vida” segue.

Quando, no Velho Testamento alguém arrependido pedia perdão e oferecia o devido sacrifício em holocausto, a narrativa diz que tal oferta subia em “cheiro suave perante ao Senhor.” Claro que não se refere ao cheiro de carne queimada, mas, é uma figura de linguagem da aceitação Divina; o agrado ao ser cultuado e devidamente temido.

Depois do Calvário já não há mais perfume aceitável ao Eterno, senão, Cristo; “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes, certamente cheiro de morte para morte; mas, para aqueles, cheiro de vida...” II Cor 2;15 e 16

O Capiroto conta piadas para mortos; Deus adverte-os da morte; chama-os à vida. “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

terça-feira, 21 de maio de 2019

Cisternas Rotas no DNA

“Entregarei os homens que transgrediram Minha Aliança, que não cumpriram as palavras da aliança que fizeram... na mão de seus inimigos que procuram sua morte...” Jr 34;18 e 20

A ideia vulgar de pertencer ao Senhor sempre é de usufruto de especial proteção e toda sorte de bênçãos; quase nunca, de responsabilidade. Notemos no texto acima que havia inimigos que teriam um triunfo eventual, enquanto os “eleitos” transgressores pereceriam.

A proteção Divina está expressa: “... aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho.” Zac 2;8 Então, era Israel. Por que seria diferente com os salvos em Cristo? Que o Eterno abençoa Seus filhos é certo; porém, não necessariamente segundo nossos pleitos, mas segundo nossas carências aos Seus olhos, e no Seu tempo.

Privilégios de filhos de Deus se fazem acompanhar de responsabilidades que ímpios não têm, como disse Paulo; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

“Livres” no sentido de soltos no mundo ao bel prazer, não, com carta banca para pecar. Livres porque, mortos espiritualmente, nada tendo a perder. Habitantes adiados do Inferno excursionando sobre a Terra.

Quando Paulo disse aos atenienses que Deus não toma em conta a ignorância não significa que abona às maldades feitas “no escuro”, mas que está pronto a perdoar aos que, na luz, reconheçam às mesmas e se arrependam. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

O Salvador disse algo semelhante; “... Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41

Desse modo, por termos sido iluminados e feito uma aliança com O Eterno, numa relação de obediência somos protegidos e abençoados, na rebeldia colhemos juízo; seremos os primeiros a perecer; mediante Ezequiel Deus mostrou uma cena da “prioridade” dos “santos”; “Matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; ‘começai pelo meu santuário’...” Ez 9;6

Desgraçadamente vivemos os dias vaticinados por Agur; “Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Para gente “auto-santa” sem noção, o menor sinal de disciplina, correção soa-lhes a intromissão nas suas vidas, contudo seguem “filhos de Deus”. Acontece que, o “teste de DNA” que prova a filiação é nossa reação à disciplina. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Ignoram convenientemente, esses amantes-de-si-mesmo escondidos atrás do “não julgueis” que, quando apresentamos À Palavra de Deus sadiamente interpretada quem está julgando atitudes é Deus, não somos nós; o mesmo juízo Dele que ensinamos se nos aplica também.

Um dos mais graves pecados ao longo de toda a Bíblia sempre foi a idolatria que coloca aparatos de humana feitura acima do Deus Vivo. Às nações que O desconheciam Deus permitia tal erro embora deixando patente a insanidade, detalhando a geração tais “deuses”; “O artífice animou ao ourives, o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.” Is 41;7

Porém, quando a coisa brota de quem já conhece a Deus, aí causa espanto nos Céus; “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, que elegi descendência de Abraão, meu amigo;” v;8 Jeremias também desnudou isso: “O meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Minha cidade, Soledade RS gaba-se de ter posto sete mil pessoas na procissão de “Santa Rita” no domingo passado. Quando fizeram algo parecido para o Deus Vivo, Criador de tudo o que há? Se, pelo menos tivéssemos a decência de parar de mencionar ao Altíssimo como disse nos dias de Ezequiel; “... Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois, a mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome...” Ez 30;39

Os que estão irritados ao ler isso já receberam em si mesmos o resultado do DNA. Não são filhos de Deus! Precisam nascer de novo para isso. 

Quanto a algum incauto e ignorante que acha melhor ficar longe, já que a responsabilidade maior é de quem conhece, umas perguntas: “... se, ( o Juízo ) começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? Se, o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” I Ped 4;17 e 18

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Evangelho; com ou sem, graça?


“Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu... Tempo de chorar, e de rir; tempo de prantear, e de dançar;” Ecl 3;1 e 4

Um assunto polêmico no meio cristão é o riso, ou, humor. Uns, o acham normal em seus cultos, outros, uma espécie de desrespeito. Talvez, os mais radicais nisso não cheguem ao fanatismo do “Venerável Jorge” personagem do livro/filme, “O Nome da Rosa” que via na comédia uma verdadeira tragédia, a ponto de matar para coibi-la.

Pois bem, a Bíblia é parcimoniosa referente a isso; não ordena nem proíbe. Quando diz: ”alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram” Rom 12;15 seu fito é empatia com as emoções alheias, não, as emoções em si.

Porém, o texto do Eclesiastes situa choro e riso em seus devidos tempos, sem precisar quais são. Adiante aquilata ambos: “Melhor é a mágoa que o riso, porque, com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Cap 7;3

Quem sabe interpretar textos ou, discursos, está ciente que esses são constituídos de teor e forma. Sendo o humor uma faceta puramente formal; no conteúdo, uma atuação satírica pode ser algo muito sério.

Todos conhecem ao Pastor Cláudio Duarte, por exemplo; malgrado sua forma jocosa que faz a platéia rir, via de regra, o seu teor é a sadia interpretação bíblica. O humor é mero acessório para algo sério.

Numa mescla de humor e crítica está em evidência o “Bispo/Apóstolo” Arnaldo, cujo alvo, são os estelionatários góspeis da praça, que, diga-se de passagem, não passam de sal degenerado para ser pisado pelos homens; assim, quanto ao teor, nenhum reparo, a sátira faz sentido.

Entretanto, na forma usa baixarias chulas, “em nome de Jesus”, além de ridicularizar a um Dom do Espírito Santo, o das línguas estranhas. Qualquer estudioso bíblico sabe bem a distância que se deve guardar entre o Santo e o profano; foi por ignorar isso, aliás, que o rei Belsazar perdeu o Reino, a vida, em Babilônia.

E, sendo O Todo Poderoso Quem É não precisa ser defendido por algo vil como o homem. Por Baal que era mero bibelô de confecção humana não foi permitido contender, com uma lógica irrepreensível: Se é deus contenda por si mesmo; muito mais, Aquele que sabemos É O Deus Vivo.

Muitos com fito de zelar por suas práticas duvidosas, ou, mero fanatismo religioso mesmo, visam tolher isso; há quem rejeite veemente convidar ao Pastor Cláudio para eventos. É um direito seu. Porém, agora circula na Rede que uma igreja da região dos Lagos no Rio de Janeiro proibiu um show do Arnaldo, pois, ele desrespeitaria aos cristãos. Aí, o direito escorregou na casca da banana.

Confesso que não acho graça no seu método, embora, sua crítica seja pertinente; mas, há quem ache e até pague para ver. Ora, o que foi feito da tão propalada liberdade de expressão? Eu não concordo com a forma dele atuar, acho sim, profana, desrespeitosa, chula demais; porém, respeito seu direito de fazê-la.

Ninguém desrespeita mais aos cristãos que os movimentos gayzistas em suas passeatas; por que não as proíbem? Ou, pretendem mostrar força apenas contra oponentes mais fracos, como os Amalequitas que matavam velhos e doentes?

Ora, somos desafiados à fidelidade num cenário de calúnias, perseguições, fome e sede de justiça. Somos a Embaixada do Reino dos Céus em terra estranha; adversidades assim fazem parte do pacote a nós reservado.

Na verdade o Brasil, como se diz, é o “País da piada pronta”; nosso senso do ridículo deve estar excursionando alhures; matéria-prima para fazer humor sobeja, sem carecer usar temas espirituais, que, costumam gerar desconforto. Entretanto, como somos livres para escolher a Cristo da forma que nos identificamos, sejam todos livres para escolher o que quiserem, mesmo que seja a tolice, a estupidez.

Nesse caso cabe a redarguição de Caim: “Acaso sou guardador do meu irmão?”

Muitos imaginam Deus como um Vingador Apaixonado pronto a devolver na mesma moeda; na verdade É Vingador de toda injustiça, sim; embora, dê asas à Sua Longanimidade para que possa tratar as ofensas em misericórdia, não, em juízo. Isso só é possível, porém, quando os errados de espírito caem em si, reconsideram, se arrependem e buscam perdão.

Se, é vero que, “O coração alegre aformoseia o rosto” é preciso distinguir que, chocarrices superficiais passam longe de ensejar alegria no coração.

Enfim, não proibamos o humor, o riso; mas, sejamos prudentes para que, nossas escolhas não sejam fiadoras de lágrimas eternas.

O “Show de Cristo” pode não ser o mais engraçado, mas, “Sua Graça é mais que a vida”. Ele mesmo disse: Como parturiente; primeiro, a dor; depois, a alegria da vida.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A Humana Batalha Espiritual

“Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem.” I Cor 11;19

Mesmo nas coisas ruins podemos encontrar certo proveito, desde que as olhemos pela perspectiva correta. Assim via Paulo às heresias, como aferidoras para a sinceridade da fé de cada um.

Na parábola dos dois fundamentos O Senhor disse que a casa seria testada pelas chuvas e os ventos; uma forma figurada das provações que assolam-nos; entre elas, as falsas doutrinas, as heresias. Paulo usou essa imagem; “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Noutra parte mudou a figura preservando a ideia da prova; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual a obra de cada um. Se, o que alguém edificou nessa parte permanecer, esse, receberá galardão.” I Cor 3;11 a 14

Temos bem claro o lado bom das coisas ruins. Sempre que algum tipo de malversação, perversão, é posto em realce, nosso afeto pelas coisas virtuosas acaba testado, para que vejamos “in loco” se nossa fé, nossa escala de valores são maciços, ou, apenas um verniz superficial.

Acredito, pois, que O Eterno está permitindo a Tsunami de imoralidades que deu os primeiros sinais na Exposição do Santander Cultural em Porto Alegre; depois, Salvador, São Paulo, Belo Horizonte. A camuflagem de vícios como pedofilia, zoofilia, pornografia, profanação de símbolos religiosos, sob a eufêmica capa de “Arte Moderna”.

A coisa dividiu-nos; de um lado seus defensores, os proponentes e simpatizantes com argumentos que não se firmam sobre as pernas. Posicionam-se como se, o mero nome da arte, e o pressuposto da liberdade de expressão bastassem para a sagração do profano, moralização da indecência, sublimação do mau gosto, autofagia do tecido social, legitimação do crime.

D’outro lado, os que, malgrado, nem sempre sigam piamente preceitos cristãos, inda são refratários a essa degeneração; defendem valores como decência, moral, bons costumes, e veem a família como base social a ser preservada.

Artistas sem noção imaginando-se deuses com poder de ditar como a sociedade deve ser se expuseram ao ridículo e paulatinamente passam a descobrir a real estatura das suas insignificâncias; se, eram admirados por suas arte, isso não lhes faz automaticamente credenciados a estupradores morais, como se compusessem uma super sociedade que ditasse de cima pra baixo como a sociedade de ser. Acho que chegou nossa vez deve mostrar-lhes os nadas, que são.

De certa forma estão nos moldando sim; não no sentido que passemos a aprovar o que desejam, mas, de que, enfim, até os mais sonolentos começam a despertar e rejeitar esses amorais e imorais, pois, mesmo que sejam expoentes em sua arte, sendo deletérios em nossos valores não nos interessam mais.

Então, parafraseando Paulo posso dizer: É até bom que isso tenha acontecido, para que cada um assuma seu lado, marque posição no teatro dos valores. Desse modo, as pessoas não se camuflam mais e cada um faz de cara limpa suas escolhas.

O Senhor jamais forçou, tampouco, força ninguém a nada; antes, desafia a que cada um acentue inda mais suas opções; diz: “Quem é injusto faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; quem é justo faça justiça ainda; quem é santo seja santificado ainda. Eis que cedo venho; meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;11 e 12

Muitos sempre tiveram a batalha espiritual bem abstrata, mais do que realmente é; o fato que não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, contra os espíritos malignos não significa que esses não se expressem mediante pessoas como nós; as usem para veicular toda sorte de perversões que lhes interessa.

Enquanto estiverem a serviço do inimigo, eventualmente se fazem inimigas também; não usaremos de violência por isso; porém, o poder da Palavra, e a defesa dos valores que cremos é o mínimo que se espera dos que pertencem ao Senhor.

Mesmo O Eterno faz diferença entre pecado e pecador; esse Ele ama, apesar de tudo, àquele, odeia. Sua Ira aponta os mísseis contra o pecado; quem não quiser perecer junto com Ele no juízo, aparte-se desse miserável condenado, em tempo.

O Insano aposta suas fichas todas nas coisas que pensa que são; o prudente as guarda temendo as que serão. Aquele, por estar morto despreza à morte; esse, tem um tesouro eterno e luta para reter.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Globo, a Serpente da Vez

“Não há nada mais patético do que alguém que finge não saber do que você está falando, distorcendo suas palavras, e fazendo delas, o que ele quer que você diga.” Ikaro Veras

A matéria do Fantástico de ontem, que só vi hoje pela Rede, pois, estou enojado da Globo, trouxe um índice de safadeza que ainda não há em nosso vernáculo um adjetivo suficientemente pejorativo para fazer justiça àquilo.

Primeiro fizeram todo um floreio sobre preconceitos contra gays, gordos, negros, apresentaram uma duvidosa pesquisa sem nenhum dado objetivo; número de pessoas ouvidas, onde, quando, nada que credencie os altos números, como, sequer, verossímeis, quiçá, verazes.

Depois, o parâmetro de “intolerância;” um traficante “Evangélico” quebrando tudo na casa de uma sacerdotisa afro em “nome de Jesus” claro! com uma arma apontada. Foi o melhor representante de “Evangélicos” que acharam. Depois da nojeira toda puseram um pastor falando sobre não violência dos cristãos, mas, não mostraram em qual contexto falava; tivemos a resposta sem a pergunta.

Após os floreios inicias com uma série de camuflagens selecionadas rigorosamente, chegaram onde queriam; a Exposição de “arte” Queermuseu” aquela da pedofilia, sexo com animais, sexo a três tudo explícito, e a profanação de símbolos cristãos.

De passagem entrevistaram um Pai-de-santo, ou, algo assim, apenas para se apresentar como sendo da paz e perseguido, não colocaram ao mesmo a questão da erotização e pornografia infantis, nada, apenas foi usado para ser mostrado melhor que os cristãos.

Depois fizeram um passeio pela história da arte tendo como tema a nudez; Apresentaram algumas obras de artistas famosos, coisas inocentes que nunca chocaram ninguém; homens nus com genitálias quase infantis; a “nudez” atribuída a Tarsila do Amaral retrata apenas um seio visível.

Ora, não fosse o elevado índice de filhadaputice da reportagem, e teriam mostrado as “obras” contra as quais os cristãos estão revoltados, para que os expectadores formassem suas próprias opiniões. Lá tem um negro sendo possuído por um e fazendo sexo oral em outro ao mesmo tempo; dois homens fazendo sexo com uma ovelha, etc mas, não mostraram nada do que ocasionou nossa revolta.

Umas coisinhas precisam ser ditas a bem da verdade: Quem está acostumado com lixo não ressente-se da falta de limpeza; só pode se indignar com aquela nojeira toda quem tem valores como, recato, pudor, vergonha na cara, amor pelas crianças... Indignar-se com a deturpação ou violação dos mesmos é a reação esperada de quem está sendo brutalmente violentado em sua consciência.

Quem disse que o cristianismo é a religião da paz; que Cristo é só amor e tolera tudo?? É antes, da divisão, da separação entre o santo e o profano. “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas, espada;” Mat 10;34 Tem coisas que Deus odeia, não é só amor; “Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus te ungiu Com óleo de alegria mais do que aos teus companheiros.” Heb 1;9

Portanto, se O Salvador entrasse num ambiente daqueles, possivelmente faria um Chicote outra vez.

Mas, os canalhas capricham em nos pintar como intolerantes; Macumba e Candomblé como religiões da paz; será? Até meu cavalo sabe que se formos lá e encomendarmos um trabalho para separar um casal, matar alguém, pagando o requerido eles fazem. Mas, são de paz, claro. Não foi coincidência que o primeiro “veículo de comunicação” do capeta foi uma silenciosa cobra. O mal não está no barulho, antes, no veneno.

Um homem de bem grita quando necessário, só um completo pusilânime sem afeto natural compactuaria com a perversão de uma geração de crianças como estão encetando.

Os políticos que teimam em contar mentiras, e a Fake News que sempre deitou e rolou fazendo e acontecendo ainda não acordaram para o poder das redes sociais. Não dá mais para manipular, todos acabam sabendo de tudo.

Liberdade de expressão um cacete!! Ninguém é livre para violentar consciências; liberdade desconhecendo limites deixa de ser; torna-se libertinagem, devassidão. 

E o bosta do Caetano Veloso foi o fecho do vômito denunciando a “censura não oficial”. De minha parte não vejo a censura como esse demônio todo. Quando se perde o senso de responsabilidade, de dignidade, se ultrapassa a fronteira do aceitável; quando o comportamento humano assemelha-se a ervas daninhas na lavoura ninguém culpará ao agricultor se usar pesticida.

A falha do Governo Militar foi ter deixado as universidades nas mãos dos comunistas; agora temos uma leva de jornalistas canhotos que assassinam a verdade pela imposição dos seus pendores; uma imprensa que deforma, quando deveria informar.

Porém, na Venezuela todos os veículos de comunicação são fechados por discordarem do Governo; nenhum deles protesta contra a Censura, afinal, lá é um “Companheiro”; Canalhas!!

domingo, 16 de julho de 2017

A cruz e os jeitinhos

"Os filisteus ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a arca do Senhor era vinda ao arraial. Por isso os filisteus se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. Diziam mais: Ai de nós! Tal, jamais sucedeu antes.” I Sam 4;6 e 7

A batalha estava se mostrando encardida; alguém teve a brilhante ideia de “buscar Deus” para pelejar junto. Na verdade, a Arca da Aliança, símbolo da Divina presença, a cuja chegada fizeram festa.

Ora, um símbolo é apenas isso; simboliza algo, mas, não é o “Algo” que simboliza. A Arca era uma caixa artesanal revestida com ouro, não era Deus. Assim como uma aliança no dedo simboliza noivado, casamento, conforme o dedo, mas, não significa, necessariamente, fidelidade de quem usa.

A permissão da derrota na batalha, onde já haviam caído uns quatro mil hebreus era juízo Divino por causa do descaso de Israel com O Santo; patrocinado pelo relapso sacerdócio de Eli, e corroborado com as infames profanações praticadas pelos filhos dele.

Ironicamente, os inimigos tinham uma visão melhor sobre Deus, que eles próprios. Claro que ignoravam as diferenças no relacionamento do Senhor com Seu povo, mas, conheciam o histórico dos feitos do Eterno. O Temiam por isso; disseram: “Ai de nós! Quem nos livrará da mão desses grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos egípcios com todas pragas junto ao deserto.” V 8

Assim, enquanto os de fora consideravam ao Todo Poderoso, Alguém temível, os Seus agiam como se fosse desprezível. Quantas vezes o mesmo se dá e nosso meio. Os de fora respeitam; dizem; não é para mim isso, pois, exige uma renúncia que não me disponho a praticar, mas, é coisa séria. Muitos de dentro profanam ao Santo com suas heresias, “orações” agressivas, como se mandassem no Altíssimo invés de suplicar-lhe, quando não, escandalizam cometendo adultérios; ainda usando púlpitos até que, pelo Divino zelo, o vento do Juízo “espalha a moinha” purificando a congregação dos justos.

Quando O Santo permite que adversidades se levantem diante de nós, de duas uma; ou é exercício, ou, correção. No primeiro caso o que resta é aprendermos Dele lutando ao Seu lado; no segundo, só arrependimento, mudança de atitudes; mandingas não podem nos livrar do mal que nossa própria insubordinação buscou.

Tem muitos salafrários ensinando alternativas à obediência que Deus tanto preza; acenam com sal grosso, rosa ungida, lenço consagrado, óleo disso, daquilo, sal de Jericó... Bem, funcionam essas coisas perguntaria o Simplício? Sim, exatamente igual “funcionou” a “estratégia militar” de levar a Arca à batalha imaginando que estivessem alistando Deus ao exército.

Jogue essas tralhas todas no lixo; troque por uma cruz; “Tomai sobre vós o meu jugo...” A disciplina da cruz não vai começar trazendo as coisas que você deseja; antes, mediante obra da Palavra e do Espírito, removerá de sua alma doentia os vícios que Deus não deseja nos Seus servos. Regeneração é o alvo inicial. 

Tendemos a pensar que carecemos coisas, quando, o essencial é que aprendamos a Justiça do Reino. “Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Desse modo, cambiar dos “fetiches góspeis” para a cruz não é mudar de método; antes, de objetivo. As coisas necessárias o Senhor provê; porém, a excessiva preocupação com elas, a inquietação que faz dos meios, fins, foi equacionada na Parábola do Semeador com espinhos. “O que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera;” Mat 13;22

Enfim, se nossa alma egoísta ainda é um espinhal carece ser “cultivada”; se, esperamos que nela cresçam frutos agradáveis ao Senhor. Ouçamos Jeremias: “Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém: Preparai para vós o campo de lavoura; não semeeis entre espinhos.” Jr 4;3

Senão seremos como os batalhadores iniciais, que, estavam endividados com O Santo, mas, presumiam que Ele os defenderia se tão somente expusessem a Arca ao perigo. Deus deixou que a mesma fosse tomada pelos Filisteus. Nas coisas espirituais não há espaço para espertezas, atalhos, jeitinho.

Trata-se de uma batalha; lutamos com Deus, ou, contra Ele. Não há meio termo. E lutar com Deus não significa pairar sobre as dificuldades; antes, triunfar a elas fortalecido pela Divina presença. “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

Aí, invés de bailarmos ao redor de um símbolo inerte brilhará em nós, para que todos vejam, a Luz, do Deus vivo.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Graça, desgraça

“Quebrantando alguém a lei de Moisés morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Às vezes, no intento de diferenciar Lei e Graça, alguns fazem parecer que o Rigor deriva daquela, enquanto, a Graça seria de facilidades, tolerância, desprovida de demandas sérias. Entretanto, como mostra o texto supra, é maior culpado que eventual transgressor da Lei, um que malversa a Graça, o que equivale a profanar o Sangue da Aliança, agravar ao Espírito Santo.

Na introdução dos argumentos o autor faz questão de Situar Moisés e Jesus, devidamente. “Porque ele ( Cristo ) é tido por digno de tanto maior glória que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.” Cap 3;3

A Graça é a voluntariedade do Amor Divino fazendo em nosso favor algo que não merecíamos; possibilitando regeneração mediante Cristo. A Lei, o pano de fundo que serve para mostrar de modo cabal, nossa necessidade de Salvação. Não são coisas excludentes, ou, opostas, antes, complementares.

A Lei diz: “Seja santo, senão, morrerás.” A Graça propõe: “Já que estás morto em pecados, creia em Jesus Cristo e O obedeça; serás perdoado, e salvo.” Paulo desenvolveu: “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24 “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” Gál 4;4 e 5

Havia uma maldição contra quem não perseverasse em toda a Lei. “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E todo o povo ‘digitará’: Amém.” Deut 27;26 Aliás, após o pecado original, Deus dissera a Adão: “Maldita é a Terra por tua causa.” O Velho Testamento, pois, onde a Graça de Deus em Cristo não fora manifesta, termina, em Malaquias, justo, com a palavra, maldição. Todavia, o primeiro sermão do Salvador registrado no Novo começa com: “Bem aventurados...”

De novo, é Paulo quem esmiúça o ocorrido: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13

Assim, a Graça não equivale a uma licença para pecar, tampouco, uma diminuição da Santidade de Deus, onde me é facultado alargar um pouco a porta estreita. Eventualmente lembro de um irmão, cuja mãe ainda desconhecia ao Senhor, contudo, tinha textos decorados e convenientes nos lábios. Um dia, quando ela usou, falando com seu filho, “O Senhor é meu pastor...” ele replicou: “Ele apascenta ovelhas, não, cabritos.” Pode ter sido tosco, deselegante, mas, foi mui verdadeiro.

Acontece que, sermos verdadeiros no tempo atual causa desconforto, o negócio é sermos “legais”, senão, a galera no “curte” nossos textos. Eis a grande desgraça de nossos dias! A superficialidade a futilidade rasa de promessas fáceis, incondicionais, cuja única demanda do “fiel” é que ele digite “amém” para se apossar da “promessa”. Gente ridícula, sem noção, profanando ao Santo Nome do Senhor.

As promessas bíblicas são condicionais, e o “assim seja” de cada um, é cumprir as condições, não, pretender “pegá-las” como se faz com a azeitona usando o palito. “Quem ama Jesus, curte, digita amém”. Ele condiciona: “Se me amais, guardais meus mandamentos”. É esse Amém, que de nós, O Salvador espera.

Ora, as mais retumbantes promessas jogadas sobre quem ainda não abraçou à salvação não passam de cosméticos maquiando mortos. A bênção primeira é a vida, mediante Novo Nascimento, afinal, “Deus não é Deus de mortos”. E quem tem vida espiritual deixa de ser mero caçador de bênçãos, antes, luta contra as más inclinações, às quais deve crucificar todos os dias, se pretende corresponder deveras, ao amor Divino.

Quem não se esforça para conhecer Deus, Sua Palavra, Suas demandas, Seus pleitos, e se satisfaz com um “cristianismo” virtual, de faz de contas, não reclame no final, se herdar uma “salvação” de faz de contas. Essa coisa doentia de agradar aos homens em lugar de Deus, equivale, usando uma metáfora do Senhor, a pedir peixes pra quem só pode dar cobras.


Todos os dias somos instados a “carregarmos a tocha acesa” do trabalho duro em busca da “medalha” da vida honesta, mas, essa vida que tanto valorizamos, é efêmera, com prazo de validade. A que vale para a eternidade nem sempre tratamos com a devida seriedade. E brincar com algo tão sério não graça nenhuma.

domingo, 5 de julho de 2015

Inútil exposição Divina ante rebeldes

E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, entendimento, ciência, em todo o lavor, para elaborar projetos, trabalhar em ouro, em prata, cobre, lapidar pedras para engastar, e entalhes de madeira, para trabalhar em todo o lavor. Eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; tenho dado sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo o que te tenho ordenado”. Êx 31;3 a 6
Os que, em dado momento abraçam a tarefa de defender o indefensável, tipo a confecção de imagens para a “obra de Deus” lançam mão de textos como esse e similares para reforço de seu argumento. Se, o mesmo Senhor ordenou que se fizessem obras artesanais para o Tabernáculo, como seria contra tais artefatos?
Bem, não é necessário muito esforço para concluir que O Criador faz coisas que só Ele pode. Se, alguém pode usar com propriedade o “Faça o que eu digo, não o que eu faço, Esse, é Deus.
Os artefatos por Ele ordenados eram adornos e utensílios do Seu lugar de culto, tanto que, os artesãos foram cheios do Espírito de Deus, sabedoria e entendimento para a tarefa. Quando veda a “livre iniciativa” tolhe o concurso de deuses que usariam o Seu lugar, uma vez que receberiam preces, culto, como se tivessem espírito, poder, invés de serem inanimados. Assim, o Santo não veta um direito humano, antes, a estupidez, a profanação, dos que, deveriam conhecê-lo.
O mérito ou demérito de determinada ação não deriva da ação em si, antes, do objetivo, do espírito que a anima. O que são os hipócritas, tão combatidos pelo Salvador, senão, homens que fazem a coisa certa, eventualmente, mas, com motivação errada? “Fazem para ser vistos pelos homens” denunciou.
Entretanto, O Eterno fazer tudo para ser “visto”, entendido pelos homens é a mais excelsa demonstração de amor. Paulo denuncia aos que recusam a ver o obvio, tal a exposição de Deus. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder, como sua divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1; 19 a 21
Adiante, conclui que o desconhecimento voluntário de Deus não acalma seu desejo espiritual; no intento de fugirem aos reclames do Santo, buscam deuses alternativos, de seu próprio feitio. “mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, aves, quadrúpedes, e de répteis.” Vs 23
Assim, como tais não se importam ao rebaixarem Deus, também Ele, não se incomoda de os entregar a um sentimento coerente com o espírito rebelde que os anima. “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. Como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;” vs 25 a 28
Viram como a coisa é concatenada? A Rejeição de Deus e Seus santos padrões leva os rebeldes aos deuses alternativos, falsos; tal culto profano descamba rumo ao vilipêndio da própria dignidade humana; justo juízo de quem profana à Dignidade de Deus.
Assim, sempre que o Eterno veta algo aos seus, no fundo, Seu alvo é livrar da morte. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6; 23
Erram grotescamente os que se escandalizam por não ser, a Bíblia, “politicamente correta”; Deus labora para salvar almas, não, melindres. Mais, a polis, ( cidade ) dos salvos é mui coerente com a linguagem bíblica, posto que não é daqui. “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” Heb 11; 10
Deus enviou Sua Palavra, mediante o Salvador para guindar obedientes à Sua cidade; no tocante a isso a linguagem é precisa, única. “... Ninguém vem ao Pai senão, por mim.” Assim, todos são livres para escolher até a morte, se desejarem; ninguém, pra contrariar impunemente aos Divinos preceitos.

terça-feira, 3 de março de 2015

Os dois lados da moeda

“Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus:...” Rom 11; 22  

Uma tendência humana enfermiça é a que limita O Santo às nossas inclinações, desejos. Quem se presume justo, andando em retidão tende a pregar duras mensagens advertindo da severidade do Eterno; por outro lado, o que vive claudicante num misto de obediência e rebeldia, não raro, coloca em relevo a graça, a bondade. 

Escrevendo aos romanos, Paulo aconselhou a não “fracionarmos” o caráter Divino, antes, entendê-lo em toda amplitude. “Considera a bondade e a severidade de Deus”, disse. 

Na epístola de Judas se contém algo semelhante. Ou, a lembrança dos, que, tendo sido alvos da bondade, pela incredulidade subseqüente acabaram deparando com a severidade. “Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram;” Jd v 5 

Salomão lembrou outros que, fazem mau uso da longanimidade Divina. Em palavras mais simples, abusam da bondade. Disse: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8; 11 

O mesmo Deus inspirou Davi a registrar num hino essa faceta de gente que, porque Ele cala ante certas práticas imagina, doentiamente, que, Deus aprova, ou, ao menos tolera deslizes de alguns; como se Ele tivesse favoritos, privilegiados. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele; tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito; eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50; 16 a 21 

Vemos que o ímpio em questão é religioso, uma vez que recita sentenças da Palavra de Deus, não obstante, agir de modo a contrariá-la.

Certos nefelibatas levam a Bondade Divina a extremos tais, que, supõem que todos serão salvos pelos Méritos de Cristo, façam o quê fizerem. Outros escandalizam-se pelo fato de quê, pessoas de passado nebuloso, de pecados grosseiros acabam perdoadas quando se arrependem;  como se, existisse para Deus dois tipos de pecadores; os que podem ser salvos e os que não. 

Que a bondade é irrestrita, Paulo fez questão de realçar em seu próprio exemplo: “Esta é uma palavra fiel, digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.” I Tim 1; 15 e 16 

Todavia, se isso tudo e muito mais pode ser dito com verdade sobre a Bondade de Deus, não menos exemplos há da Sua severidade quando decide julgar. 

Tanto no início do sacerdócio levítico, quanto, na igreja ainda embrionária tivemos duas mortes, de gente que Profanou ao Santo. No primeiro caso, os dois filhos de Arão que compareceram ante Ao Senhor com “fogo estranho.” No Segundo, Ananias e Safira mentiram solenemente ao apóstolo Pedro e foram justiçados de modo severo, imediato.

Assim, brincarmos com coisas sérias indefinidamente, fiados que a bondade de Deus sempre está pronta para nos dar uma nova chance pode ser temerário;  como se ensina nos provérbios. “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29; 1 

Então, erram os “facilitadores” que enfatizam em demasiado a dita “era da graça” fazendo parecer licença para pecar; como se o juízo severo pertencesse aos dias de Moisés, apenas. A epístola aos Hebreus, aliás, depois de cotejar Jesus Cristo com Moisés no capítulo 3 mostrando-O infinitamente maior que aquele, adverte, adiante, sobre a seriedade de brincar com algo tão Sublime como Seu Sangue, e Seu Santo e Gracioso Espírito. “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus; tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10; 28 e 29  

Em suma: Deus é tão bom que deu Seu Filho por nós; tão severo, que não reconhecerá nenhum, que recusar tomar a Sua cruz.