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domingo, 12 de abril de 2020

Corona Vírus, a máscara


“Feri-vos com queimadura, ferrugem, saraiva, em toda a obra das vossas mãos e não houve entre vós quem voltasse para mim, diz o Senhor.” Ag 2;17

As pragas eram elementos da disciplina do Senhor tentando despertar e reconduzir a Si, um povo que apostatara, nos dias de Ageu.

Embora o Corona vírus tenha monopolizado as atenções dada a histeria gerada pela mídia, tivemos um safra de grãos pífia em virtude de severo estio que nos atingiu; mesmo a produção de pinhões, fruto que faz girar a economia regional também foi quase nula; ainda temos gafanhotos fazendo estragos em algumas partes. Logo, não é preciso ser profeta para deduzir que escassez e fome virão em breve.

Há dezenas de coisas que causam mais mortes que o vírus sem 1% do barulho que sobre ele se faz, pois, malgrado exista e seja mesmo letal em alguns casos de saúde mais debilitada, a barulheira atuante, e a divisão da população e das autoridades é mil vezes mais nociva que o vírus.

A quarentena, em alguns lugares forçada, trará necessariamente o flagelo econômico; como uma desgraça só é pouca, a inibição da produção gerará escassez de alimentos, essa traz em seu lastro o consequente aumento de preços; assim, quando o povo tiver menos dinheiro, em virtude da inércia produtiva, esse valerá menos ainda, de modo que o advento da fome será inevitável.

Mas o Simplício da quarentena gritaria: “Já morreram mais de mil pessoas no Brasil, o idiota!”. É?

Se esse alienado que de uma hora para outra se travestiu de cidadão consciente por torcer para um lado, como se a vida fosse um Grenal, abrisse seus míopes olhos e desse uma olhadinha no chamado “Chifre da África”, Etiópia, Eritreia, Somália e Somalilândia, onde milhares morrem de fome, e outros para não morrer comem ração animal, sentiria vergonha de gritar tão alto sobre o que ignora; e nem desconfiar do que está em jogo.

Há um projeto globalista em curso, liderado por China, Rússia, e União Europeia, ao qual, nacionalismo, patriotismo e democracia, nos moldes Brasileiro e Americano atrapalham. Então todo esse barulho desproporcional e o confinamento da força produtiva visa a falência econômica e o caos global; só num cenário assim a coisa será implantada como eles desejam. A gritaria por uma brasa na Amazônia e o silêncio ensurdecedor sobre a imenso braseiro na Austrália não nos ensinou nada.

Alguns protestam: “Por que o Papa não vende o ouro do Vaticano e compra respiradores para os velhinhos que morrem na Itália?”

Simples; Francisco é um deles. Comunista que já entregou a gestão da Igreja Católica chinesa ao partido comunista local e trabalha pelo ecumenismo, que, para efeito de sedução parece aceitar e incluir todas as crenças; sabemos que o “Deus” do comunismo é o Estado Totalitário, e quando esse for implementado, Babilônia, a prostituta espiritual não será mais necessária e será destruída por ordem deles. “Os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua; comerão sua carne e a queimarão no fogo.” Apoc 17;16

Então não é tempo para melindres rasos, como os que se ofendem quando escrevo que a “Páscoa” não é bíblica e o que vemos aí é só febre comercial e paganismo. Quando a vida está em jogo, a salvação, frescuras como essa podem ficar de lado. Comprem os ovos que quiserem e desejem “feliz páscoa”, se lhes apraz, segue sendo uma fraude.

Planos de melhoria econômica, upgrades em carreiras, talvez tenham que ser adiados em virtude da urgência de, apenas sobreviver.

Quem no meio disso tudo despertar e se voltar para Deus de modo a que seja salvo, terá feito um “negócio da China”, se me permitem a figura.

Alguém ainda se ocupa da eterna briga para saber qual o maior, Grêmio ou Inter? Nem se fala nisso.
Quando as coisas ficam sérias, as fúteis voltam ao devido lugar.

Quisera, entendessem o que está em jogo; invés de um engajamento rasteiro estilo “idiota útil” como os comunas chamam, se voltassem e cuidassem da vida espiritual, com o mesmo zelo que se ocupam da efêmera existência.

O império global do Capeta será feito; A Bíblia o prevê. Então, invés de lutar contra o inevitável, que tal buscar ao Senhor enquanto ainda é possível? “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos; se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55;6 e 7

A segurança não está vinculada a máscaras nem quarentena mas, a nos despirmos de nós mesmos e tomarmos a cruz.

sábado, 11 de abril de 2020

As doces "ervas amargas"


“Acabando tudo isto, todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá, quebraram as estátuas, cortaram os bosques, derrubaram os altos e altares por toda Judá e Benjamim, como também em Efraim e Manassés, até que tudo destruíram; então tornaram todos os filhos de Israel, cada um para sua possessão, para as cidades deles.” II Cr 31;1

Tinham acabado de celebrar a Páscoa quando tomaram essas atitudes depurativas, separando o culto ao Senhor da idolatria.

Ezequias ascendera ao trono com 25 anos; a primeira providência como rei foi mandar restaurar o Templo do Senhor que estava em ruínas, depois o culto; fez da Páscoa assunto para uma convocação nacional; ordenou que todos viessem a ela.

Embora, o reino estando contaminado pela profanação dos ídolos, e consequente desobediência, a coisa certa foi feita a despeito da dureza de alguns. “Os correios foram passando de cidade em cidade, pela terra de Efraim, Manassés até Zebulom; porém riram-se e zombaram deles. Todavia alguns de Aser, e Manassés, e Zebulom, se humilharam e vieram a Jerusalém.” Cap 30;10 e 11

Ante a mesma convocação uns riram, outros se humilharam. A coisa certa deve ser feita não importa se as pessoas concordam conosco ou não. A má vontade alheia não precisa contaminar a nossa.

Não há registro que a atitude de quebrar os ídolos e derrubar seus altares tenho sido ordem do rei. Ao que parece foi reação espontânea do povo que, de volta à comunhão com O Altíssimo resolveu zelar o Seu Zelo, separando-se daquilo que, sabiam desagradar ao Eterno.

Totalmente na contramão das palavras de ordem do mundo, tolerância, inclusão, diversidade, Deus não tolera cultos alternativos em Seu espaço, exclui a todos que O desobedecem e não se arrependem e deixa claro, quão ímpar é a Vereda da vida. “Ouve Ó Israel, O Teu Deus É Único!” “Olhai para mim e sereis salvos”; “Ninguém vem ao Pai senão, por mim.” Etc.

Sabedores disso, os anciãos que estavam reatando o relacionamento baniram as coisas profanas da sua terra.

No Novo Testamento não há mais Páscoa. O que temos hoje é apenas uma febre comercial a anos-luz dos ensinamentos bíblicos. A Páscoa era uma festa estritamente judaica; celebrava a libertação do povo eleito da escravidão egípcia. Feita com um cordeiro assado e ervas amargas.

Era também um tipo profético apontando para “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Cristo. Por isso Paulo ensina: “Cristo a nossa páscoa foi sacrificado por nós”. I Cor 5;7

Ou seja: O que a Páscoa significava para os Judeus, (libertação) Ele significa para nós. Além do Cordeiro, as ervas amargas necessárias são nosso arrependimento e confissão. O ritual que rememora Seu Feito em nosso favor é a Ceia do Senhor como Ele mesmo ordenou: “Fazei isso em memória de mim”.

Essa baboseira de ovos de chocolate e coelhinho é filha do paganismo; febre comercial apenas, nada a ver com Deus, Sua Palavra ou, Vontade.

Se, os que reconciliaram com Deus nos dias de Ezequias sentiram-se compungidos a separar-se de tudo o que desagrada a Ele, nós que participamos da ordenança Santa da Ceia do Senhor em memória do Seu Feito faríamos também essas coisas que o mundo faz?

Se não o fizermos nos acharão fanáticos, talvez riam de nós. E daí? Nos dias de Ezequias alguns também riram dos enviados do rei que convocavam à Páscoa. No entanto, e estupidez desses não tolheu a sabedoria dos que escolheram se aproximar do Senhor.

Gosto de chocolate; seguidamente como, mas não em forma de “ovos de coelho(?)” nem com fins espirituais; é apenas apetite mesmo.

Todos os dias carecemos os favores do Cordeiro, pois nossos pecados se renovam; e das “ervas amargas” do arrependimento. Eu olharia para Cristo na Cruz saboreando chocolates?? Se o fizesse estaria zombando do Seu Sacrifício, invés de honrando como convém.

Quando medito no que Ele Fez sou solenemente desafiado a olhar para dentro de mim para depuração dos dissabores que Lhe causo. “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine, pois, o homem a si mesmo e assim coma deste pão e beba deste cálice.” I Cor 11;26 a 28

É mais fácil comprar ovinhos para as crianças que ensinar-lhes a verdade. Pela escolha do fácil em lugar do valioso que temos uma geração tão despida de valores como a atual.

Todavia, o preceito permanece; “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Por que não "Nataleio"?

“... Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes; mas, publicanos e meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;31 e 32

Quem eram esses tão ruins interlocutores de Jesus, dos quais, prostitutas e publicanos entrariam antes no Reino? Vejamos: “Chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo...” v 23

Tratava-se das lideranças religiosas de então, príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo. Será que Deus prefere aos piores? Relendo o verso inicial veremos que, a palavra-chave é crer. Independente do sujeito, prostituta ou, religioso, esse é o predicado requerido.

Religiões são produções humanas; e, costumam “vender” o que não podem entregar; salvação. Ainda que, Cristo seja o Único “Re-ligare” possível, do homem com Deus, Sua Doutrina desafia a um relacionamento, full time, em Espírito, não, em rituais, datas, romarias, procissões, penitências, etc. como ensinam as religiões.

A estranheza dos desprezíveis era a aceitação pelo Mestre, quando a própria sociedade os rejeitava. A dos religiosos era de como, um pretenso Mestre se misturava com aquela “gentalha”. Comia com publicanos, permitiu que uma meretriz lavasse-lhe os pés. Eles não desciam tanto assim.

Cristo desafia-nos à anulação do ego; “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”. Mas, religiosos têm um “si mesmo” tão “santo” que seria um desperdício ser negado.

Em dado momento Nicodemos, um príncipe do templo desejou ter com Jesus; algo o atraía. Mas, cioso que era, não podia ser visto em “más” companhias; por isso esgueirou-se pelo escuro. “Este foi ter de noite com Jesus...” Jo 3;2

O Mestre ignorou seu pedestal religioso. Colocou-o na planície comum como todo pecador que aspira entrar no Reino: Precisa nascer de novo. “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” V 5

Adiante O Senhor sutilmente censurou sua noturna escolha; “... a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.”

Se, a um líder de alta estirpe O Senhor desafiou a nascer de novo para ser salvo e acusou de amante das trevas, logo, a religião deixa patente sua inutilidade para o que, teoricamente se propõe. Chegar o pecador a Deus por humanos meios seria ridículo como, pretender alguém içar os pés do solo puxando os próprios cabelos.

Jeremias denunciara; “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem; faz da carne o seu braço e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

Qual a diferença entre o religioso e o salvo? O religioso geralmente herda dos pais um costume e nele se mantém. O salvo é alguém que, confrontado pela Palavra do Mestre decide por si mesmo segui-lo, batiza-se consciente, porque creu e se arrependeu; assume publicamente um compromisso, não, herda.

Mais; deixa patente seu arrependimento com a novidade de vida que abraça após a conversão; “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4

Por conhecer e amar À Palavra, recusa-se a praticar ritos e tradições alheios a ela. “Em vão me honram ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens...” Mc 7;7 e 8

Natal, Papai Noel, são tradições humanas ausentes na Palavra; As festas desejadas no Antigo Testamento estão todas expressas: Páscoa, Tabernáculos, Trombetas, Pentecostes... No novo a ordem é para que “Anunciemos a Morte do Senhor até que venha”; no mais, estrondoso silêncio.

Esse fantoche espetaculoso do Noel usurpa e esconde a Jesus. Não digo que quem comemora não é salvo; isso não pertence a mim; quem julga é O Senhor. Mas, que é um ritual extra-bíblico, comercial, religioso apenas, isso é. Em minha casa, pois, nada de luzinhas da China, árvores, Guirlandas e afins.

Sei que há muitos evangélicos que fazem isso. Porém, já vi meretrícios, casas de feitiço, espetacularmente decoradas, com essas luzes. Não que se lhes deva proibir, mas, se, tais “luzes” não causam nenhum constrangimento moral, espiritual, é porque não tipificam nada valioso nesse campo.

A Luz de Cristo sempre deixa-me em maus lençóis, pecador que sou; faz isso todos os dias do ano, desde que nasceu em mim. Depois das comilanças e borrachices do Natal, o que muda nas pessoas? Porém, “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

sábado, 3 de fevereiro de 2018

O Pão; os chocolates

“Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça... Tomando o pão, havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.” Luc 22;15 e 19

Sabemos que o “cardápio” da Páscoa era basicamente um cordeiro assado, e, ervas amargas. As demais coisas eram assessórios. Não há um texto sequer que permita inferir que aquela, a última Páscoa, tenha sido celebrada diferente.

O ritual tinha duplo sentido: um memorial ao livramento Divino do povo hebreu, então, escravo dos egípcios, e, um tipo profético apontando para O Cordeiro de Deus, cuja vinda obraria livramento maior.

Tanto que, apesar da presença dos elementos aqueles, o simbólico cordeiro, e, as eloquentes ervas amargas, foi para dois elementos novos que O Salvador apontou. Pão e vinho.

Sendo o cordeiro imolado uma figura do Salvador, não deveria ter Ele, tomado o mesmo, fracionado e dito: “Isto é o meu corpo que é partido por vós”? Sim, se pretendesse com ele um elo maior que, mero tipo; contudo, não era o caso. Aquele, como vimos, serviu como ritual para libertação terrena do povo escolhido; O Ministério do Messias tem uma abrangência infinitamente maior. “Disse-lhes Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas, meu Pai vos dá o verdadeiro Pão do Céu. Porque o Pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” Jo 6;32 e 33

Se, o cordeiro pascal fora símbolo de libertação temporal e estrita, dos judeus, agora, O Pão dos Céus desce para dar vida ao mundo. Deixa de ser mero cuidado nacional com o povo eleito; passa a um chamado universal pra todos os povos.

Assim, a páscoa, malgrado seu simbolismo vital para os hebreus, nenhum sentido tem para nós, sequer, existe deveras. Somos filhos de uma Aliança Nova, figurada por elementos novos, pão e vinho, tipos do Corpo e do Sangue dados em nosso lugar. Não é de estranhar, pois, que a “páscoa” celebrada por aí seja um vazio, encher-se chocolate; e seus símbolos sejam ovo e coelho.

O símbolo escolhido para os Seus pelo próprio Salvador foi a ovelha, dado que, Ele é O Bom Pastor. “Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas, as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á; entrará, sairá e achará pastagens.” Jo 10;7 a 9

Sem essa que o ovo é símbolo da vida, muitos goram, ou, acabam fritos; nem que o coelho é o primeiro animal a sair da toca pós inverno. Tudo espúrio, extra-bíblico, pagão.

O ritual esperado pelo Senhor como memorial ao Seu Feito foi por Ele mesmo prescrito, não pelos contos da carochinha de alhures. “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; tendo dado graças partiu e disse: Tomai, comei; isto é meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” I Cor 11;23 a 25

Isso, do ponto-de-vista dos símbolos, pois, dos convertidos se espera muito mais que meros rituais. Paulo desafia aos batizados em Cristo ao novo proceder; “...fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4 Escrevendo aos Coríntios disse que a novidade esperada se verificaria em todos os aspectos de nossas vidas, pois, “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Entretanto, o elo com o mundo de muitos ditos cristãos é tão robusto que acham careta um escrito como esse, malgrado, bíblico; “legal” a “Páscoa”, mesmo que ímpia, espúria, pagã.

Se, as ervas amargas da Antiga Aliança tipificavam agruras do cativeiro dos hebreus, a doçura embriagante dos chocolates tipifica o quê? Cristo advertiu aos Seus: “No mundo tereis aflições” amarguras. O que é doce como chocolate é pecar, porém, é mortal. Portanto, no prisma espiritual a dita guloseima não vale nada.

A imbecilização massificante leva tudo de roldão; porém, os cristãos são membros do Corpo de Cristo, não porções fermentadas da massa do mundo. Quem, por comodismo, conveniência se recusa a andar na contramão, mesmo se dizendo no caminho estreito, a única coisa estreita que domina é a própria visão.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Diamantes em risco

“Acabando tudo isto, todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá e quebraram estátuas, cortaram bosques e derrubaram os altos e altares por toda Judá e Benjamim, como também, em Efraim e Manassés, tudo destruíram;” II Crôn 31;1

Ezequias subira ao trono com 25 anos e herdara um cenário de apostasia. O templo em ruínas, dezenas de cultos alternativos, idólatras, espalhados por Israel; uma verdadeira desolação.

Seus primeiros atos foram na direção de restauração do relacionamento com Deus. Recuperação do Templo em seus estragos, santificação das coisas sagradas que foram profanadas, celebração da páscoa, restabelecimento da ordem sacerdotal, culto e louvores ao Senhor.

Houve duas “quebras de protocolo” que O Eterno permitiu, dadas as circunstâncias. A páscoa deveria ser celebrada no primeiro mês; todavia, “O rei tivera conselho com os seus príncipes e toda a congregação em Jerusalém, para celebrarem a páscoa no segundo mês. Porquanto não a puderam celebrar no tempo próprio, porque não se tinham santificado sacerdotes em número suficiente e o povo não se tinha ajuntado em Jerusalém.” Cap 30;2 e 3

Depois, “havia muitos na congregação que não se tinham santificado... Ezequias orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom perdoa todo aquele que tem preparado seu coração para buscar o Deus de seus pais, ainda que não esteja purificado segundo a purificação do santuário. Ouviu o Senhor a Ezequias e sarou o povo.” VS 17;a 20

Vemos, pois, que arrependimento, contrição valem mais diante de Deus que outras coisas, que, mesmo tendo sido ordenadas como necessárias, em circunstâncias especiais tornam-se assessórias, desde que, o vital, o Temor do Senhor seja preservado.

Entretanto, é o Temor do Senhor que leva Seus servos a banirem a ideia de cultos híbridos; isto é; misturados com crenças, imagens, ritos que O Eterno não ordenou. Por isso, uma vez sarados por Deus, perdoados e aceitos, os hebreus arrependidos voltaram às suas terras e quebraram estátuas, destruíram altares que usavam quando estavam alienados do Santo.

Já li diatribes de vários padres contra protestantes no que tange ao culto de imagens dizendo em sua defesa que Deus mandou fazer dois querubins sobre a Arca da Aliança, e uma serpente de bronze. Portanto, segundo eles, o culto de imagens é válido desde que seja para O Senhor. É verdade; Ele mandou fazer isso e foi obedecido.

Porém, também mandou o seguinte: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.” Ex 20;4 e 5

Quer dizer que segundo a hermenêutica desses sacerdotes, o que Deus mandou fazer vale, mas, o que mandou NÃO FAZER, aí não precisa ser obedecido?

Note no texto acima que O Senhor equaciona o culto às imagens com odiá-lO. “visito a iniquidade... daqueles que me odeiam.” Mesmo que as pessoas digam que suas imagens são para cultuar a Deus Ele interpreta isso como ódio, pois, são deuses alternativos que acabam tomando um lugar que é exclusivo, Dele. “Eu Sou o Senhor; este é Meu Nome; minha glória, pois, a outrem não darei, nem meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8 “...nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

Não se trata de competição religiosa, isso não leva a lugar nenhum. Antes, tem ver com luz x trevas; verdade x mentira; salvação x perdição; vida ou morte.

Sem essa que todos os caminhos levam a Deus, que cada um O ama do seu jeito. Ele só reconhece um jeito de ser amado: “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” Jo 14;15

É certo que os dez mandamentos nos ensinos de Cristo foram reduzidos a dois; amar a Deus sobre tudo, e ao próximo. Todavia, como amaremos a Deus colocando entre nós e Ele algo que Ele odeia?

A idolatria não se restringe ao culto de imagens; avareza, ídolos humanos; qualquer coisa que usurpe o lugar exclusivo do Senhor. A sentença do Apocalipse é categórica: “Ficarão de fora... os idólatras...” Apoc 22;15

Meu alvo não é ferir suscetibilidades, antes, iluminar; não é competir, mas, exortar para que você não fique de fora.

Aos erros pretéritos Deus perdoa, apaga; desde que haja uma mudança como nos dias de Ezequias. Senão, aqueles que se apegam mais à religião que à vida jogam no lixo o que é precioso, como um louco usando diamantes numa funda.

domingo, 10 de abril de 2016

O Lugar das Coisas, de Deus

“Indo eles, acharam como lhes havia sido dito; prepararam a páscoa... Tomando o cálice, havendo dado graças, disse: Tomai-o, reparti-o entre vós; tomando o pão, havendo dado graças, partiu-o, deu-o, dizendo: Isto é meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.” Luc 22;13, 17 e 19

Sabemos que a Páscoa dos judeus tinha dois itens essenciais; um cordeiro, e ervas amargas. Entretanto, elementos que seriam periféricos ao ritual, pão e vinho, aparecem, aqueles, são omitidos na descrição.

Não há nenhuma razão plausível para concluirmos que estivessem ausentes, pois, se fosse mera divisão de pão e vinho, não demandaria uma preparação antecipada, como foi o caso.

Acontece que, a ocasião era precisamente de transição de um tipo futuro, para outro, pretérito. As amarguras da servidão estavam prestes a ser removidas, tipificadas pelas ervas amargas, o próprio Cordeiro de Deus, que o cordeiro pascal tipificava estava presente, prestes a dar-se, para tirar o pecado do mundo.

Então, O Salvador desviou a ênfase dos tipos que apontavam Sua vinda, para outros que, desde então, passariam a apontar Seu feito; “Fazei isso em memória de mim.”

Assim, embora a fé deva ser um eterno presente, de modo a pautar nossas escolhas na vida, “o justo viverá da fé”, mesmo assim, digo, lida bem com o passado e com o futuro. Tanto confia nas Sagradas narrativas, quanto, descansa nas suas promessas.

Para a humanidade pré-Calvário o Messias era uma promessa porvir; para os que o sucederam, uma realidade cumprida. O Câmbio de um sacerdócio imperfeito, também típico, por seu antítipo, o Sacerdócio Eterno, de Cristo.

"De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;11 e 12
“Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas, segundo a virtude da vida incorruptível. Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade” Heb 7; 16 a 18

Desse modo, mesmo a Lei de Moisés foi “deixada de lado” isto é, cumpriu seu papel, como os elementos da antiga páscoa, que foi “repaginada” na Santa Ceia. A Lei, disse Paulo, serviu de aio para nos conduzir a Cristo; após Ele, O Evangelho, baseado em dois mandamentos: Amor a Deus, e ao próximo. Aliás, o mesmo Salvador dissera: A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus; todo o homem emprega força para entrar nele.” Luc 16;16

Assim, os que pretendem fundir Graça de Cristo com alguns mandamentos do Antigo Pacto, de certo modo, mesclam a Santa Ceia com a Páscoa hebraica, num misto de pão e vinho, com ervas amargas e carne assada.

Mas, o mesmo Paulo não disse que a Lei é Santa, justa e boa? Disse. Socorro-me de Spurgeon: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” A Lei, ensinou Paulo, tinha como fito manifestar o pecado e a consequente necessidade que temos do Salvador; por isso, “aio para nos conduzir a Cristo”.

A morte de fato que a Lei requeria dos pecadores, foi transmudada numa morte simbólica, o batismo, desde que, após ele, perseveremos na submissão ao Salvador. Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Tão sério é isso, que o apóstolo equacionou a adultério, pretenderem os mortos para a Lei, voltarem a ela. “Porque a mulher está sujeita ao marido, enquanto ele viver, ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro; mas, morto o marido, livre está da lei, não será adúltera, se for de outro marido. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de darmos fruto para Deus.” Rom 7;2 a 4


Como na transição Páscoa-Ceia, os elementos de ambas estavam presentes, mas, a ênfase foi nos da última, na conversão, os princípios morais da Lei de Deus também estão, porém, a ênfase é no amor, pois, esse, vivido devidamente, patrocina apenas o concurso das coisas contra as quais, não há lei.

domingo, 3 de maio de 2015

Dependência ou morte

“E disse-lhes Moisés: Esperai; eu ouvirei o que o Senhor ordenará.” Núm 9; 8 

Bons tempos aqueles nos quais, o relacionamento Divino-humano era pautado pela Palavra de Deus. O contexto era de uns que, ante à páscoa estavam “impuros”. Moisés não admitiu aos tais na festa, tampouco, excluiu; antes, consultou ao Senhor. O Eterno, além de facultar a participação deles advertiu: “Porém, quando um homem for limpo,  não estiver em viajem e deixar de celebrar a páscoa, essa alma do seu povo será extirpada; ... esse homem levará o seu pecado.” V 13

Assim, o impuro seria aceito; o “puro”, omisso, indiferente, seria extirpado. Que estranhos esses conceitos! 

Acontece que, as “impurezas” em questão eram mais de cunho higiênico; assim considerados os que tivessem contato com cadáveres, doentes, mulher em seus dias pós-parto, etc. Naquele contexto seria impossível mencionar vírus, bactérias, infecções; desse modo, o Criador encerrou a profilaxia sob o soturno rótulo de imundo,  e ponto.

Um assim podia participar do santo memorial da páscoa demonstrando, via ritual, sua gratidão pela libertação. Entretanto, o “puro” que ignorasse o mandamento estaria em clara afronta à autoridade de Deus; sua imundície era muito mais grave; atinava à sujeira da alma. 

O insano hábito de “purificar” insignificâncias e manter o coração poluído foi encontrado latente entre os Fariseus, pelo Salvador. “Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! limpais o exterior do copo e do prato, mas, o interior está cheio de rapina e de iniquidade. Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!  sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.” Mat 23; 24 a 27 

Essa distorção ainda é pujante em nossos dias. Muitos erram nas humanas sendas de usos e costumes que aprenderam a conjugar com “doutrina”; enquanto a Doutrina, propriamente dita, acaba sumindo na omissão de quem se satisfaz com aparências. A ampla diversidade cultural do planeta tolhe a “clonagem” externa dos santos; embora, a Lei do Senhor seja aplicável e saneadora em todos os nichos culturais. 

Temos muito mais facilidade de ver erros alhures, que em nós. Alguém definiu de modo cabal: “Reconhecemos um louco sempre que o vemos, nunca, quando o somos.” Acontece que, um pecador arrependido, por maiores que sejam seus pecados é melhor aos olhos Divinos, que um “santo” cheio de si; Cristo ensinou isso na parábola do Fariseu e do Publicano.

Enquanto o homem prudente “examina a si mesmo”, o “santo” corta o gramado do vizinho e deixa que a relva cresça e abrigue cobras e sapos em seus domínios. 

Todavia, também aqui há uma tênue divisa que separa ensino, de juízo temerário; não raro, os rebeldes equacionam ao que lhes coloca ante À Palavra, com um que “se mete” na vida dos outros invés de cuidar da sua. Aos tais falta a postura humilde do Eunuco ante Filipe, que disse: “Como entenderei se alguém não me ensinar?” 

Acontece que, os mestres da Palavra, além de receberem mais severo juízo, como adverte Tiago, não são fontes, antes, meros canais para fluxo do dom de Deus, o Pastor. “As palavras dos sábios são como aguilhões; como pregos bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ecl 12; 11 

Tal qual, nos dias de Moisés era Deus que determinava o modo de ser dos Seus, ainda hoje, nos termos de Sua Palavra, mediante ensino podemos mudar nosso andar diante Dele. 

Na verdade, a Palavra de Deus, por ser o que é nunca foi pacificamente aceita; antes, sempre foi alvo de oposição, polêmicas. Se fosse meramente humana como acusam alguns, acariciaria às humanas inclinações. Contudo, como as contraria, a oposição engajada mais a legitima que desqualifica como pretendem certos opositores. 

Ademais, além de aceitar aos maus, ( afronta aos “bons” ) advoga a inutilidade das grandezas naturais. “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias;  Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;  Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são.” I Cor 1; 27 e 28 

Não que Deus deseje aniquilação de alguma coisa boa; mas, das que, por melhores que pareçam aos olhos humanos, no final, redundam em morte. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14; 12  Como Ele conhece o fim de todos ouçamos o conselho de Davi:  “ entrega teu caminho ao Senhor...”

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Diamantes em fundas

“E tomarás duas pedras de ônix e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel... porás as duas nas ombreiras do éfode, por pedras de memória para os filhos de Israel; Arão levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor.”  Êx 28; 9 e 12  

Embora memória seja abstrata, em dado momento carece de um “HD”. Algo palpável. Então, o Senhor ordenou que o manto sacerdotal contivesse doze pedras preciosas simbolizando as tribos de Israel. Assim, uma faculdade da mente seria estimulada também pelo auxílio das vistas. 

Desse viés natural em seres imanentes e transcendentes como nós, deriva o insano culto da idolatria. Confeccionar coisas visíveis para chegar às invisíveis. A questão não é o método, dado que o próprio Deus preceituou; antes, o mérito, uma vez que os ídolos cultuados são de gestação humana e concorrem usurpando o lugar que pertence ao Eterno. 

A própria celebração da páscoa dos judeus e da ceia dos cristãos, são “ídolos” do bem;  ritos que trazem à memória a salvação do Egito àqueles, e do pecado a esses. 

Vivemos dias difíceis no que tange aos domínios da memória; quanto maior a gama de dados assimilados, menor a chance de se evocar seletivamente. A velocidade da vida moderna, as amplas possibilidades de “relacionamento” virtual prendem nossas mentes num desfile linear ininterrupto, tolhendo os “breaks” cíclicos necessários ao exercício saudável da memória. Simplificando: Não paramos mais para pensar.  

Isso nos veta o rebuscar de coisas boas que são antídotos ao desânimo e estímulos à fé. Certa letra de um hino capta bem, pois, diz: “Conta as bênçãos, dize-as quantas são; recebidas da Divina mão; uma a uma; dize-as de uma vez, e verás surpreso quanto Deus já fez.” 

Às vezes, contudo, mesmo que “o mar vermelho” tenha sido aberto ante nossos pés, esquecemos; à menor contrariedade tendemos a duvidar dos cuidados do Santo. 

O Seu “HD” que nos humilha não O deixaria fazer isso. “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria que não se compadeça dele? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei;...” Is 49; 15 e 16 

Se alguém poderia duvidar, deprimir-se, dado o contexto, era o profeta das lágrimas, Jeremias; que profetizou e contemplou a derrocada de Jerusalém. Todavia, em meio aos seus muitos lamentos ainda fez bom uso da memória. “Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é tua fidelidade.” Lam 3; 21 a 23 

Tiago, por sua vez denunciou aos de memória fugaz; ouvem a Palavra eventualmente, mas, não assimilam a ponto de praticarem; escoa entre os dedos da dispersão. “sede cumpridores da palavra,  não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla no espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, e logo esquece de como era.” Tg 1; 22 a 24 

Acontece que expomos nosso “si mesmo” em fotos cuidadosas, nos melhores ângulos, para serem “curtidas”. E O Espírito Santo não entende nada de fotografia, quase sempre nos deixa mal quando nos revela. Na verdade possui outro conceito de beleza; santidade.

Assim, “publica” nossas fotos para nossas próprias consciências, para quê, advertidos devidamente e por Ele ajudados, possamos ficar bem na foto que será apresentada ao Pai, para que Ele curta. 

Então, enquanto o mundão não para sua célere produção de novidades, Ele segue buscando as mesmas coisas. 

Fico triste quando leio açodos de gente que não pensa e “filosofa” rumo ao hiper-ativismo dado que a vida é curta. Como se, o fim da mesma fosse fazer muitas coisas, invés das coisas certas. É fácil bravatear: “Só me arrependo do que não fiz.” Difícil é convencer a si mesmo sobre o travesseiro quando se fez uma besteira das grandes.

Aliás, outro efeito colateral das facilidades virtuais é que todo mundo virou mestre. Basta um control c control v no que gosta para sair vendendo “suas” verdades, que, na maioria das vezes desconhece. 

Nem se trata de memória fraca, mas, consciência cauterizada daquele que consegue praticar barbaridades morais, e vender “santidades” virtuais. 

Afinal, embora a fé seja o “firme fundamento das coisas que não se vê,” sua prática traz resultados visíveis. “Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” 

A pedra que evoca o que Cristo fez é o testemunho de uma vida transformada. Sentenças sábias em vidas dissolutas não passam de pedras preciosas usadas em fundas.