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terça-feira, 6 de junho de 2017

O Efeito PT

“Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um”. - Fernando Sabino

Essa frase, aparentemente sábia traz em seu bojo uma contradição dialética, um cabo-de-guerra que, desde sempre tem sido puxado pelos ditos, liberais, de um lado, e, os “socialistas” do outro.

O mesmo ponto de partida, nivelamento das condições sócio-econômicas, tentado em países como Polônia, Romênia; extintas, Tchecoslováquia, União Soviética, Alemanha Oriental e demais nações do leste europeu, é o postulado da “justiça” comunista.

Já, a chegada dependendo de cada um, atenta ao prêmio pelo mérito, pelo trabalho, que é justo, a defesa dos que adotam a postura liberal como conceito econômico e político.

Acontece que o Estado “Socialista” não se contenta em nivelar a partida dos cavalos, deixando livremente cada um, desenvolver seu galope; antes, restringe, limita se faz tutor de tudo; do que se pode fazer, dizer, pensar, crer... Não se trata, pois, como dizem seus mentores, de oportunidades iguais, antes, de subserviência ao deus-estado, que, embora, eventualmente use o termo democracia, não tolera dissenso, oposição. Persegue, prende, mata, pois, a única igualdade que perdura é que todos são coagidos a pensar o que o Estado autoriza, não mais.

Aí, vem a censura à imprensa eufemisticamente batizada de “controle social da mídia”, discriminação ideológica premiando com altos postos os alinhados, e deixando os demais no esquecimento, e a consequência inevitável: Uma vez que o mérito, o trabalho, já não contam como estímulo, as nações que adotam esse sistema, inevitavelmente empobrecem, como se viu nos países citados, bem como, Cuba, Bolívia, Venezuela, exemplos mais recentes.Quando deparo com pessoas presumidamente inteligentes defendendo isso, duvido da minha inteligência, ou, da delas...

É falacioso esse discurso que, alguém é a favor dos pobres, ou, dos ricos, como se essa dualidade abarcasse todo arcabouço ideológico possível. E, não existe mais ponto de partida; temos de “pegar o barco andando” afinal, não inventamos a sociedade agora. Chegamos atrasados pra inauguração e temos que lidar com ela como está; uma mescla de ricos remediados e pobres.

Ora, com a carga de impostos que pagamos, temos recursos sobejos para sermos um país desenvolvido, com excelentes estradas, escolas, professores, médicos, policiais, serviços de primeira relevância, bem assalariados. Por que não é assim? Por causa da corrupção.

Esse monstrengo é mui versátil e se amolda a qualquer sistema; viveu bem com a turma do Renan, Sarney, Barbalho et caterva, e logrou colossal upgrade com o advento da Esquerda no poder, os governos do PT. Aí, deprecio e abomino isso, eu, que acreditei e votei no PT um dia, e, invés de ser acusado de ter despertado, após cometer um erro, sou taxado de elitista, coxinha, reacionário, conservador, burguês, o cacete.

Ora, lidemos com fatos, não palavras. Certas frases circulam nas redes e são bem didáticas: “Votei no Aécio, você no Lula, dois ladrões; a diferença que quero o Aécio preso; você quer Lula presidente novamente.” Ou, “Aécio foi delatado na Lava Jato, perdeu a presidência do PSDB; Gleisi foi delatada também, foi eleita presidente do PT.” Dois fatos venéreos como diria, certo humorista. Como lidamos com eles?

Será a esquerda algo tão bom, que, mesmo ladra, amoral e imoral, inda é melhor que uma visão mais liberal? Mas, diria alguém, os da “direita” se corromperam também. Sim, mas, são apenas corruptos por conta própria, paguem pelo que fizeram, não foram canonizados como “guerreiros do povo brasileiro.”

A recém eleita Gleisi disse que seu partido não fará autocrítica, pois, não é uma organização religiosa. Assim, danem-se os fatos; vivam os discursos obscurantistas!

Todavia, mantendo-me no foco dos fatos, porém externos, comparemos o “status quo” de países liberais: Onde os pobres são mais pobres, nos países “socialistas” citados, ( muitos faliram ) ou, em países de economia de mercado, liberais, como Suécia, Dinamarca, Noruega, Alemanha, Japão, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, ou, os malditos Estados Unidos?

Aliás, alguém já deparou com jovens estudantes desses países de “coxinhas” querendo intercambiar com Cuba, Venezuela, Bolívia, ou, Coréia do Norte? Lidemos com fatos, reitero. Eles insistem em gritar contra a falácia comunista.

Ora, o ponto de partida comum, possível, é a igualdade de oportunidade de trabalho para todos, com salários decentes, mas, até isso nosso governo “Socialista” estragou legando 14 milhões de desempregados ao cenário atual.

Se, queremos deveras, mudar isso, limpemos a bunda com bandeiras, e escolhamos para gerir a nação, ano que vem, gente com ficha limpa, sem traços de corrupção, e com competência; basta da estultícia romântica de achar bonito uma sociedade que deveria luzir conhecimento, ser gerida por analfabetos.

“Muitos homens, como as crianças, querem uma coisa, mas não as suas consequências.” José Ortega Y Gasset

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Motim no Reino



“Porque o trono se firmará em benignidade, sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, busque o juízo, se apresse a fazer justiça.” Is 16; 5 

Claro que esse trono profetizado  atina ao “Filho de Davi”, Jesus Cristo. Alguns substantivos alistados servem para dar a “mostra do pano”. Benignidade, verdade, justiça. 

Suponhamos, por um momento, que um governo humano, do partido que fosse, uma vez eleito, laboraria tão somente para exercitar esses atributos; quem desejaria algo melhor? Ou; ousaria fazer oposição a valores tão nobres? Certamente, alguém, ao qual, tal coisa incomodasse. Sim, mesmo os mais altos valores incomodam diretamente proporcional à vileza dos incomodados. 

Afinal, o Reino de Deus não sofre oposição mais ferrenha que qualquer governo? Vamos escrutinar um pouco os “males” dele.

Benignidade: Qualidade de quem visa, pratica, promove o bem. Embora, bem, pareça ser uma coisa óbvia numa avaliação superficial, amiúde, não é  assim. Ouso afirmar que, se perguntássemos numa pesquisa entre pessoas comuns sobre o ser, do bem, mais da metade delas responderia errado, confundindo com, bom. Não é a mesma coisa? Absolutamente. 

O bem atina a um alvo duradouro; nesse fim, pode lançar mão de meios que não são bons. O bem produz um resultado, o bom, uma sensação.

Por exemplo: Uma cirurgia para remoção de um apêndice infeccionado é bom? Não. É doloroso. Mas, o resultado dela, se bem sucedida produz um bem; restauração da saúde. Por outro lado, fartura de frituras, guloseimas, chocolate, e afins, perguntemos ao guloso se acha bom. A resposta é óbvia. Entretanto, resulta em obesidade, diabetes, etc. tantas coisas que nem de perto podem ser classificadas como, bem. 

Não estou esposando a ideia que Deus não é bom. Antes, que Sua prioridade é  nosso bem, mesmo que, isso demande certas dores. Ele mesmo, encarnado, foi o “Homem de dores”.

Claro que o alvo não é a dor em si, antes, o resultado que produz. “Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7; 3 Ninguém dirá que mágoa, tristeza, é bom; contudo, qualquer um admitirá que um coração dócil, empático, solícito, é um grande bem. 

Desse modo, também Paulo abstraiu o mal das dores em atenção ao resultado do “tratamento”. “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Rom 8; 28 Acho que, sobre bem e bom, já basta. 

Verdade: Outra palavra muito mal compreendida, e, não raro, confundida com opinião. Quantas vezes deparo com: “Cada qual tem sua verdade”. Como é que é, cara pálida? Quer dizer que existe mais que uma? Não!! Verdade é um bem absoluto, tanto quando nos favorece, quanto, quando nos prejudica. 

O que cada um tem são opiniões, preferências, inclinações. O Salvador disse: “Eu sou... a verdade...”  Muitos não creem, ou, não gostam Dele. Isso O faz mentira? Paulo pensava diverso: Pois quê? Se alguns foram incrédulos, sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso;...” Rom 3; 3 e 4 Aqui temos o primeiro problema com a verdade; somo maus; ela tem mania de mostrar isso. 

O Senhor usou muitas vezes um jeito singular de falar:  “Em verdade, em verdade, vos digo;” Diverso dos profetas que falavam: “Assim diz o Senhor!” Ele era direto: “Eu vos digo”, porque É Ele O Senhor. Disse mais: “Eu e o Pai somos UM”, e “O testemunho de dois é verdadeiro”, evocava Os Dois ao dizer: “Em verdade, em verdade...” 

Erram ao afirmar que verdades mudam à medida que a ciência avança. A percepção muda; a verdade é absoluta. 

Lembro fragmentos de duas canções. “mente pra mim, mas, diz coisas bonitas...” ( Aguinaldo Timóteo ) Desprezaria  a verdade em troca do bom, a mentira agradável. “falso, preciso ser mais falso, a verdade gera confusão”; essa não lembro quem cantava, mas, vemos que em geral a humanidade não lida fácil com a verdade. 

Como seria uma campanha política onde somente se falasse a verdade? Talvez, o início do plantio do terceiro substantivo, justiça.

Embora a diversidade seja boa quando atina à cultura, estética, temos seu lado nocivo nos campos da moral. Noções diversas, parciais, de justiça; boa quando  favorece; indesejável quando  pune. 

A imensa maioria se opõe a Deus, pois, em seu egoísmo devaneia com um reino paralelo onde as aspirações de um doente moral, caído, se sobrepõem aos valores eternos. 

O Reino será estabelecido, benigno, verdadeiro e justo. Eventuais opositores não passam de amotinados. “Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs?” Sal 2; 1