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domingo, 22 de dezembro de 2019

Idades Espirituais


A Palavra de Deus apresenta a conversão como sendo um novo nascimento.

Isso não é mera alegoria, se dá, de fato e é indispensável à salvação; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 Primeiro ensina que sem o nascimento espiritual ninguém pode ver o Reino; isso explica a “visão” dos ateus; depois, que sem os mesmos predicados não se pode entrar. Isso deixa patente a inutilidade de tanta religiosidade sem Cristo.

Pedro aconselha aos que passaram por isso: “Desejai ardentemente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.” (I Ped 2; 2)

Paulo por sua vez, observa uma mudança de estágio: “Quando eu era menino falava como menino, pensava e discorria como menino; mas, quando me tornei adulto deixei as coisas de menino.” (I Cor 13; 11)

Já em Hebreus, encontramos a maturidade espiritual como alvo, com o “efeito colateral” do discernimento: “O alimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto o mal.” (Heb 5; 14)

Vemos então, nos textos supra, o recém-nascido, o menino e o varão perfeito. Isso posto resulta uma questão: Como é possível identificar a idade espiritual de alguém? Não deriva, como a vida natural, do tempo decorrido; contudo, fica evidente pelo crescimento alcançado.

Diferente da vida física que é mensurada pelos ciclos naturais, o viver espiritual se pode aferir pela liberdade de consciência e entendimento que, cada um atinge em Deus.

O recém-nascido vive a anomia, ausência de lei; seu agir se dá de maneira meramente instintiva; daí carece ser conduzido. Como o cego que O Senhor levou pela mão para fora da aldeia e o curou, os iniciantes precisam ser também conduzidos de igual modo.

O adolescente espiritual atinge o que pode chamar de heteronomia; (hetero do grego, outro) onde as suas ações são pautadas pelas aparências; daí, o que outros vão pensar conta mais do que o que Deus quer.

O jovem atinge o que se pode denominar socionomia; uma lei social. Uma espécie de ética de grupo; consciente que as implicações dos seus atos se refletem sobre todo o âmbito no qual se insere, vive um estágio de maior responsabilidade que o menino e o adolescente.

O homem maduro, o dito “varão perfeito”, chega à autonomia. Não em relação a Deus, mas em relação aos humanos apreços; não vive a sua maneira, tampouco, sem lei; não age para agradar os outros ou por mera conveniência coletiva; antes, sua consciência em Deus, a escala de valores morais do Espírito expressas na Palavra pautam o seu viver, mesmo que, eventualmente, contrarie opiniões circunstantes.

Aí reside a meta de Deus, no novo pacto; Ele estabeleceu funções várias, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes levados ao redor por ventos de doutrinas...” Ef 4;12 a 14

E o Novo Testamento, diferente de um conjunto de leis a se observar tem como alvo a intimidade espiritual e o conhecimento de Deus. “Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Nas suas mentes imprimirei minhas leis, também sobre os corações as inscreverei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. E não ensinará jamais, cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão…” (Heb 8; 10 e 11)

Contrário, pois, a um mero exercício ritual, um teatro de aparências, ou rigor legalista, o anelo de Deus é a purificação de nossas consciências no Espírito, porque, “O Sangue de Cristo que pelo Espírito Eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo.” (Heb 9; 14)

Tal purificação é vital; sem ela corremos o risco de nos perdermos como adverte Paulo escrevendo a Timóteo; “Conservando a fé e a boa consciência, a qual, alguns rejeitando fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Afinal, o que parecemos ante os outros, pode formar uma imagem, nem sempre verdadeira; o que somos perante Deus, porém, identifica um caráter e direciona a uma eternidade.

“Preocupe-se mais com sua consciência que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é; sua reputação, o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.” (Bob Marley)

sábado, 19 de outubro de 2019

Por dentro da fé


“Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” Mat 1;1
A identificação do Messias com o Patriarca maior da nação, e o rei mais proeminente; Abraão e Davi.

Todavia, separado do pecado; não, mero fruto da natureza caída que o desqualificaria como redentor; “O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.” Mat 1;18

O Salvador veio da linhagem da Israel, porém, de origem Divina; concebido pelo Espírito Santo.

Tanto quanto possível ser como nós Ele foi; esvaziou-se das prerrogativas Divinas e atuou nos limites humanos. Contudo, não se esvaziou da santidade; os pecados pelos quais morreu são nossos, não Seus.

Mas, multiplicou pães, ressuscitou mortos e andou sobre as águas? Eliseu também ressuscitou; também multiplicou pães e, as águas do Jordão se abriram para ele. Milagres são colocados ao nosso alcance mediante O Espírito Santo.

O maior milagre se dá em todos os convertidos, pois, mesmo estando mortos são capacitados pelo Bendito Espírito a ouvirem O Senhor; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Ouvir aqui significa entender e agir como O Eterno deseja para o “Novo Nascimento”. Dado esse venturosos passo a consciência, antes silenciosa voltará à ativa como testemunho que o espírito foi regenerado.

O homem que sempre esteve “bem” na morte passará a identificar conflitos internos entre o natural e o espiritual; “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento; me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” Rom 7;22 e 23

O “negue a si mesmo” indispensável age primeiro no entendimento, para depois refletir-se nas ações; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55;7

Assim a “cruz” do convertido o fará mortificar vontades naturais em prol da Divina, como ensina Paulo; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Embora a mensagem tenha um aspecto teórico necessário, a identificação da sua origem, segundo Cristo, é prática; “Jesus lhes respondeu: A minha doutrina não é minha, mas Daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Esse conhecimento nos fará como Paulo, perceber que a Divina vontade é boa, perfeita e agradável; nos domínios do Espírito, claro; “... segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus;”

Os que falam que a fé é cega opinam de fora, numa dimensão que lhes está fechada enquanto não creem; “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” I Cor 2;14

Então quem crê entende origem, propósito e galardão da fé; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Quem não crê, portanto, não conhece “explica” o que ela é, como se, um cego de nascença pudesse descrever ao arco celeste com suas sete cores.

A “vantagem” de ser incrédulo é que, enquanto a fé demanda renúncias e prática da Doutrina proposta, a ele basta atrever-se temerário nas areias movediças das opiniões.

Resulta num morto descrevendo em quê consiste a vida; isso porque “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4

Se, Cristo se fez como nós, no que lhe era possível, e suportou a cruz em nosso lugar, tenciona mediante a eficácia da Redenção e da doutrina, regenerar-nos como no princípio; Imagem e Semelhança de Deus.

A fé não carece explicações e ainda “explica” muito a quem pode ver a ressurreição dos mortos em delitos e pecados, agora, comprometidos com a vida e a verdade.

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte... Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;14 e 16

domingo, 13 de outubro de 2019

A Luz da dúvida


“O governador lhes disse que não comessem das coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote com Urim e Tumim.” Ne 7;65

As coisas consagradas eram exclusivas aos sacerdotes; como os filhos de Barzilai que postulavam ser de família sacerdotal não podiam comprovar isso foram deixados em espera até que alguém apto consultasse ao Senhor sobre o pleito deles.

Nos dias de Moisés alguns estavam “imundos” para a celebração da Páscoa, mesmo assim tencionavam participar; falaram com Moisés que não ousou autorizar. “Esperai, eu ouvirei o que o Senhor ordenará. Então falou o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel: Quando alguém entre vós, ou entre vossas gerações, for imundo por tocar corpo morto, ou achar-se em jornada distante, contudo, ainda celebrará a páscoa ao Senhor. No mês segundo, no dia catorze à tarde, a celebrarão; com pães ázimos e ervas amargas a comerão.” Num 9;8 a 11

Em ambas as situações o mesmo princípio: Se, não tem convicção de participar das coisas sagradas espere; consulte ao Senhor.

Na lei humana vigora uma máxima do direito romano: “In dúbio, pró reo;”, Simplificando: Em caso de dúvida sobre a culpa considere-se o réu inocente. Nas coisas santas o princípio se inverte; em dúvida considere-se culpado; mantenha-se afastado, espere.

Os dois casos soam lógicos; entre participar temerariamente de um ritual sagrado que me poderia trazer condenação, e me abster por temor a Deus, essa postura parece mais adequada; pois, quem conhece as intenções do coração, mais facilmente absolveria a um que O temeu, que a outrem que teve as coisas santas por ordinárias, comuns.

Em se tratando de julgamentos humanos, em caso de dúvida, qualquer juiz sensato preferiria correr risco de absolver um culpado que, condenar um inocente.

Depois da Vitória de Cristo, o Novo nascimento dos que creem e consequente habitação do Espírito Santo nos renascidos, a consciência, antes morta, fala de modo bem audível no íntimo dos cristãos.

Cada um é feito apto para julgar a si mesmo segundo os ditames da própria consciência no Senhor. Antes de participar das coisas sagradas, um auto-exame honesto nos cabe, sob pena de sermos profanos; “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo; assim coma deste pão e beba deste cálice.” I Cor 11;27 e 28

Como vimos, a simples dúvida paralisaria a ação até segunda ordem, em nosso exame interior deve valer o mesmo princípio; “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas, aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; tudo o que não é de fé é pecado.” Rom 14;22 e 23

Isaías vaticinou o ministério do Espírito; “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Jeremias mencionou a nova aliança no interior onde, cada um poderia conhecer a Deus; “Esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minha lei no seu interior; a escreverei no seu coração; Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.” Jr 31;33 e 34

Todavia, o Espírito Santo em nós é luz, não, coação; digo; somos instruídos acerca do lícito e do pecaminoso, mas não somos forçados a nada; não é uma “possessão benigna” que nos força a sermos santos; antes, uma habitação bendita, que nos desafia e capacita a sermos, mas sempre com nossa anuência, obediência.

Caso decidamos desobedecer, inicialmente, entristecemos ao Espírito; persistindo, pouco a pouco silenciamos Sua Voz em nós, a dita cauterização da consciência; se descermos até a esse infeliz estágio de rebeldia temos tudo para não termos mais nada nos domínios espirituais.

“Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19


Quando marinheiros navegam no escuro desviam-se dos perigos observando aos faróis; caso tenhamos que andar no escuro também, sempre haverá uma direção segura, para os que temem a Deus; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor; firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10

sábado, 22 de junho de 2019

A Gloriosa Leveza do Ser

“... se, alguém está em Cristo, nova criatura é ...”

Fazemos distinção entre filhos e criaturas; essas atinam a origem Divina da existência; terem sido criadas, apenas; os filhos o são pelo novo relacionamento, pela adoção mediante Cristo.

Isso não é mera “teologice” para impor dogmaticamente algo que queremos; a própria Palavra versa a necessária adoção para sermos filhos e apresenta as criaturas na servidão ao pecado.

“Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21

A distinção entre filhos e criaturas não é física, racial, religiosa... Uns são servos da corrupção, as criaturas; os filhos desfrutam gloriosa liberdade. Quando se fala em corrupção aqui, nada a ver com Brasília e afins. Corrupto é a aglutinação de duas palavras; romper e com. É uma ruptura a dois ou mais. Todo aquele que, confia em si mesmo em lugar de Deus, rompe com Ele associado ao mentor disso: O Capiroto. É um corrupto espiritual.

Não por seus méritos os filhos são espiritualmente livres; por não confiarem na sabedoria nem justiça próprias encomendam-se a Cristo, na ditosa segurança de servos Seus; aí, “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Outro dia ouvi uma acusação feita a mim e mais dois irmãos naturais e espirituais: “Vocês pensam que são os bons; que só vocês conhecem a Deus.” Isso de alguém que, bebendo de outras fontes, não da Palavra de Deus se pretende igualmente, filho do Eterno.

Na verdade é justamente o contrário. Sabemos que somos maus, indignos de confiança em nossas opiniões e percepções da vida; de modo que tentamos, embora falhos, pautar nossas vidas pelo que O Santo revelou em Sua Palavra. Quem reconhece que carece do Salvador não o faz por pensar que é bom; antes, por saber que é mau e se não for salvo estará eternamente perdido.

Os que escolhem o mal não fazem por questões morais, espirituais; antes, por vínculo afetivo. Os ouvintes de Cristo sabiam que comprometer-se com Ele demandava uma mudança no ser; eram tão afeiçoados aos seus pecados favoritos que não estavam dispostos a largá-los. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19

Se, “estar em Cristo” é um sinônimo do “Novo nascimento”, e esse nos transforma em filhos de Deus, como se diz que, nova “criatura” é? Simples: Todo o filho, exceto Cristo, é também criatura; embora, a maioria das criaturas, pela escolha resiliente das obras más se recuse a andar como filho.

Desde sempre deparamos com as oposições entre o ter e ser. Todavia, eu suspeito que essas não são, estritamente, coisas opostas. A oposição veraz consiste no confronto de dois seres; um, em Deus, o filho; outro, em si mesmo, a criatura.

Se, o homem natural tem sua “fé” nas coisas visíveis que faz de sua “filosofia” de vida a aquisição interminável de bens materiais, isso não o faz um “ter”. Antes, o desejo instante de ter revela um ser que ainda não é o que foi criado para ser. 


E como disse Spurgeon: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Malgrado a sua origem em Deus, como o pródigo pode estar entre porcos, distante de casa.

O colocar-se como Deus, sugestão da oposição, pela simples origem do ensino já nos joga nas areias movediças da maldição, da separação do Senhor. “... Maldito o homem que confia no homem; faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor!” Jr 17;5


Hoje ainda deparei com a ufanista frase: “Não espere coisas pequenas de um Deus tão grande”. Quisera saber em qual dos versos bíblicos isso se encontra. A Bíblia nos desafia à humildade; “... Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” Tg 4;6 Não consigo ver a humildade pleiteando coisas grandes.

Seremos testados no pouco; e nele sendo fiéis, um dia seremos colocados no muito; quando estamos privados é hora de sermos fiéis, não, arrogantes.

Quem se alegra em coisas mais que em Deus deveria suspeitar que ainda é velha criatura. Nosso ter, farto ou módico é a academia onde Deus exercita o ser. Quando ganharmos asas não mais careceremos muletas.

domingo, 17 de março de 2019

A "feiura" de Jesus

“A glória desta última casa será maior que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; neste lugar darei a paz...” Ag 2;9

A segunda casa, então, era o segundo templo que era construído, dada a destruição do primeiro, pelos exércitos babilônios. A Glória referida tinha a ver, em parte, com o portento da própria edificação, ornamentada com recursos Daquele que possui a prata e o ouro; mas, sobretudo, porque naquela casa seria apresentado O Príncipe da Paz; “... neste lugar darei a paz, diz O Senhor...”

Lá no oitavo dia de vida O Messias foi apresentado; aos trinta anos se apresentou interpretando um texto de Isaías ao Seu respeito; depois travou embates com Escribas, Fariseus Saduceus...

O fato de que Deus daria a paz não significa que a mesma seria recebida nos termos Dele; não foi; como lamentou o próprio Salvador; “Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.” Luc 19;41 e 42

Parece que a rejeição não derivou de uma aversão pela paz em si; mas, de uma dificuldade de visão; a Dádiva Divina esteve de algum modo “encoberta” aos olhos. À sua rejeição e perseguição ao Messias estava anexa uma maldição que trazia exatamente isso: Cegueira. “Escureçam-se seus olhos, para que não vejam; faze com que os seus lombos tremam constantemente.” Sal 69;23

Quando Isaías pintou a “feiura” do Messias que “justificou” Sua rejeição, não devemos entender literalmente como se tratando de lapsos físicos. “... não tinha beleza nem formosura, olhando nós para Ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos; como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, não fizemos dele caso algum.” Is 53;2 e 3

Se, fosse uma pessoa de traços disformes, cuja presença fosse desagradável não seria ovacionado por uma multidão quando da Entrada Triunfal em Jerusalém. O silêncio dos quatro repórteres sobre seus traços são fortes indícios de que Ele era uma pessoa normal, nesse quesito.

Quando O Profeta diz que Ele “não tinha beleza nem formosura... boa aparência...” provavelmente alegoriza ao apreço que fariam de Sua Doutrina; a mesma em momento algum lhes aparentou desejável. Não esperavam um pobretão oriundo da Galileia; tampouco, andando sem exército, desarmado, falando de amor, perdão, até mesmo, para os opressores romanos. Pior: Chamando de hipócritas aos veneráveis religiosos e prometendo precedência no Reino às prostitutas e publicanos. Isso era feio demais; indesejável.

A suma é que Deus deu O Príncipe da Paz em termos que eles não queriam; aí, sendo chamados a votar num “concurso de beleza” entre Cristo e um assassino, preferiram esse.

A sina deles figura à de muitos nos dias atuais. Também desejam paz com Deus; porém, recusam os termos propostos; Reino dos Céus? Tamo junto! Cruz? Tô fora!

Pedro chamou ao próprio corpo de tabernáculo, o qual deixaria na morte; disse ainda que somos casas espirituais. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5

Nosso “primeiro templo” foi destruído pelo pecado na queda; também necessitamos da reconstrução espiritual recebendo ao Príncipe da Paz. Isso foi chamado pelo Salvador de “Novo nascimento”. Se, após o desterro da queda tendemos ao egoísmo autônomo, independente, na regeneração somos desafiados a voltar ao começo; viver de modo a agradar a Deus. “Oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus...”

Nada a ver com ofertar dinheiro pra ganhar mais dinheiro como ensinam certos patifes; antes, sacrificar na cruz, às vontades enfermas cambiando-as pela de Deus; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Como no templo aquele, nossa glória depende da presença do Príncipe da Paz, ao qual, recebendo nossa visão será ampliada.

Foi a beleza da Santidade do Senhor que o fez indesejável aos que viviam longo consórcio com a feiura do pecado. “... a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Os que são reedificados Nele, o veem, enfim, como de fato É. “... adorai o Senhor na beleza da santidade.” Sal 29;2

sábado, 29 de dezembro de 2018

Cristãos após a Máquina??

“Com minha alma te desejei de noite; com o meu espírito, que está dentro de mim madrugarei a buscar-te; porque, havendo teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

Não sabemos se, o profeta tinha a percepção da distinção entre alma e espírito, ou, pretendeu compor um “paralelismo sinonímico”; onde, se repete a ideia numa segunda frase, com palavras distintas. Assim, “com minha alma... com meu espírito...” seria mera variação poética.

O fato é que a distinção textual é teologicamente perfeita; a alma como fonte primeira dos desejos; o espírito como “acessório” para a busca pelo Senhor. Muitos profetas escreveram a coisa certa sem saber o sentido exato do que escreviam inspirados pelo Espírito Santo.

O melhor do conjunto da obra é que, a busca por Deus não significava posses materiais, emocionais; antes, juízo, justiça. “... Porque havendo teus juízos na Terra os moradores do mundo aprendem justiça.”

A ideia central do relacionamento tencionado pelo Santo sempre foi essa. As coisas secundárias em seus devidos lugares. “Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

A vida do espírito foi o que se perdeu por ocasião da queda, não, a existência. Daí, o homem em si, culpado por desobediência, sem “insumos” para comunhão com Deus teve medo, escondeu-se.

Por isso a demanda do “Novo Nascimento”. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

O renascimento, primeiro, permite ver na dimensão do Espírito; depois, capacita agir à Luz do que se vê; entrar.

A infindável luta entre Calvinistas e Arminianos; se, temos alguma participação na salvação, ou, Deus Faz tudo sozinho.

Por um Lado A Palavra condiciona o renascimento a recebermos Jesus; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome;” Jo 1;12 Isso nos daria alguma parcela de atuação; por outro, seríamos como árvores tocadas pelo vento, alheias à origem e ao fim; “O vento assopra onde quer; ouves sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8

Esse não saber de onde vem, nem, para onde vai é restrição cognitiva à atuação do vento, apenas; senti-lo soprar e poder escolher se queremos andar a favor ou contra é a sina esperada de seres arbitrários que somos; tanto que muitos decidiram opor-se. “Homens de dura cerviz; incircuncisos de coração e ouvido; vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.” Atos 7;51

Na minha modesta ótica, pois, Deus faz soberana e graciosamente, sem nosso auxílio a parte que nos permite ver; revela; e, convida-nos a entrar; ainda ajuda caso o queiramos; mas, respeita aos que não desejam. Assim, em nada Sua Graça fica diminuída, dando espaço a alguma humana pretensão; os “eleitos” que Nele se refugiam apenas “Escapam por suas vidas” como se disse a Ló um dia. Sem mérito algum, que não, o desejo de viver amparados nos benditos Méritos de Cristo.

Natural que a alma tenha lá seus desejos; é da sua essência. Mas, os renascidos devem submeter esses à apreciação do Senhor. Invés de fazer planos para que Deus os abençoe; os de vida espiritual oram para que, os Planos de Deus sejam a fonte das bênçãos em suas vidas. Comunhão com O Pai se faz mais preciosa que realizações pessoais.

Desgraçadamente invés de ser dirigidos pelo Espírito como convém, a maioria sonolenta brinca de ser pilotada por máquinas. Programas de computador, ímpios e planejados para acenar facilidades de plástico são que “dizem” como as pessoas são; o quê, merecem; como será seu ano novo; qual bicho combina consigo; qual seu anjo da guarda; etc. A lorota é infinda.

A alma doentia que deseja facilidade pode se abrigar atrás desse biombo enganoso; mas, o Espírito tem sede de Deus, Água da Vida; não, insossas águas de satanás. Até quando seremos presas fáceis assim? “Desperta tu que dormes...!”

A Bíblia não acena com facilidades, desejos rasos; na verdade sua mensagem é bem sisuda; mas, invés de enganar na avenida da morte, dela desvia para a senda da vida.

Nossos antepassados resistiram martírios por amor à vida, à verdade; nós capitulamos à sedução de algodões doces, que vergonha!!

Não precisamos facilidades enganosas, mas, desesperadamente conhecer os Divinos Juízos para aprender justiça. Cristo não morreu para que a gente se divertisse; Pagou alto preço para nos levar da morte para a vida. Tome tenência!

sábado, 9 de junho de 2018

A Segunda Casa

“Então Salomão congregou em Jerusalém... para fazerem subir a Arca da Aliança do Senhor, da cidade de Davi, que é Sião.” II Crôn 5;2

Então, isto é, após acabar o Templo, bem como, seus móveis necessários ao serviço; depois de tudo pronto, a Arca da Aliança foi buscada por ordem de Salomão. Ainda que, “Deus não habita em templos feitos por mãos humanas;” a Arca era um objeto sagrado, símbolo da Santa Presença; deveria sim, ser tratada com mais alta reverência.

As paredes da “casa” onde O Eterno anela habitar são revestidas com amor; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Diferente das falas vazias que ouvimos alhures pretendendo falar de amor, esse não é tão sentimento assim, que possa existir prescindindo de um comprometimento com o seu objeto; “... se alguém me ama guardará Minha Palavra...” Assim, se, o amor a Deus é o primeiro mandamento, tanto na Antiga, quanto, na Nova Aliança, esse demanda como demonstrativo de autenticidade o compromisso com a Palavra.

Alguns afirmam amar a Deus, entretanto, confrontados com justas demandas da Sua Palavra, presto dizem ser apenas um livro humano. Assim, na calmaria da conveniência acham Deus amável; nos ventos da responsabilidade evadem-se e blasfemam fazendo-O Mentiroso.

Entretanto, diverso do templo feito por Salomão, a vida espiritual após o novo nascimento em Cristo, não carece ser uma obra acabada, perfeita, para que, então, Deus nela habite. É justo, Sua Habitação Bendita, que aviva-nos na consciência, edifica possibilitando conhecer Seu Ensino, consola nas nossas dores, e nos garante Sua assídua presença, quer, passemos pela água, quer, pelo fogo.

Como dissemos, a Arca era símbolo da presença, não, estrita habitação do Senhor, que, certa vez permitiu que fosse tomada pelos inimigos de Israel, quando, fizeram dela um ídolo, invés de um símbolo como era.

Assim, se, a presença da Arca contendo A Palavra do Senhor estava vinculado aos que pretendiam compromisso com Ele, igualmente agora, um mínimo de conhecimento e prática da Palavra se espera de quem pretende ser servo do Senhor. Essa balela do “sirvo a Deus do meu jeito” atua do jeito de Satanás, pois, foi ele que sugeriu e “facultou” tal “autonomia”, ensejando a queda.

Não nos enganemos, pois; quem não tem paladar para a Palavra de Deus, não tem Deus habitando em si. Escrevendo aos “recém nascidos” Pedro ordenou que buscassem a devida “amamentação natural”, para que o bebê não morresse; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

E, habitados pelo Santo já, foram comparados a obras em andamento; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” V 5

Assim, o “leite” é para os novos convertidos; os edificados um tanto já precisam dieta mais sólida; aprofundamento; “Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;13

Esse aprofundamento certamente nos enriquecerá com o Conhecimento de Deus; necessariamente impactará nossas vidas, de modo a exceder nossos limitados templos, em busca de novos servos para Deus. “Vós sois a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz;” I Ped 2;9

Tendo já feito pelo Espírito Santo, o ditoso percurso, “das trevas para a Luz”, o mínimo que se espera é que sejamos cooperadores para indicar o caminho a outros alvos do Amor Divino.

Esses que acenam a conversão como bilhete lotérico para “melhorar de vida,” a rigor, são patifes mentirosos que jamais conheceram Deus.

No âmbito pessoal passamos da morte para a vida; ou seja, recebemos vida nova; no funcional, no Corpo de Cristo, é para que laboremos pelo Reino Daquele que “nos amou primeiro” como forma de correspondência e gratidão por Seu amor; assim, “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça...” a busca prioritária das demais coisas é indício de alienação do Deus Provedor.

Enfim, se no primeiro Templo era preciso acabar antes da Santa Presença, agora, carecemos dela desde o início, para que haja templo e sejamos aperfeiçoados. “Tendo por certo isto mesmo, que, aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

A primeira casa, a natural foi edificada com os refugos do mundo ímpio; a segunda, após o novo nascimento em Cristo, precisa ser feita nos Divinos parâmetros da Sua Palavra, só assim, “A glória da última casa será maior do que a da primeira...” Ag 2;9

sábado, 7 de abril de 2018

Habeas Animus

Mesmo quem não liga para termos jurídicos, tampouco, se interessa em entendê-los, nos últimos dias ouviu muito sobre “Habeas Corpus”, dada a repercussão que alcançou o pleiteado pelos advogados de Lula.

Habeas corpus significa "que tenhas o teu corpo"; é uma expressão originária do latim. Uma medida jurídica para proteger indivíduos que estão tendo sua liberdade infringida; é um direito constitucional.

Tanto pode ser liberatório, caso o postulante esteja preso, quanto, preventivo. Em razão dos argumentos usados para tal, os juízes avaliam se, o pleito procede ou, não; julgam deferindo, ou, indeferindo-o.

Pois bem, se, no âmbito da liberdade civil “que tenhas o teu corpo” com total liberdade de locomoção é o melhor que se pode, no prisma espiritual carecemos restringir, mortificar as demandas dos corpos, se, queremos nossas almas livres em Cristo.

Paulo ensinou: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O “sacrifício vivo” das vontades naturais é o nosso “culto racional”; Pois, a razão do Espírito não é dar vazão às nossas vontades, antes, conhecer e praticar à de Deus.

Desse modo, abdicando do “Habeas Corpus” teremos um “Habeas animus” (espírito, alma) em latim. De outro modo; andando segundo o Espírito, não, segundo reclames do corpo, alcançaremos um modo de vida agradável diante de Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;1

Nosso passado ruim, de pecados, quando andávamos segundo a carne foi perdoado; mas, isso não deve ser estímulo para seguirmos atuando ainda daquele modo; antes, somos exortados a valorizar a graça que nos livrou, mudando o modo de viver. “... Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Cap 6;2 e 3

Nossa identificação com Cristo demanda o fim do “Habeas corpus”; não que nossos corpos deixem de desejar às mesmas coisas, apenas, que em Cristo somos capacitados a resistir, o que, antes era-nos impossível. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; tampouco, apresenteis vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas, apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e, vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois, não estais debaixo da lei, mas, debaixo da graça. E daí? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas, debaixo da graça? De modo nenhum. Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” VS 12 a 16

A Liberdade de Cristo é podermos escolher a quem obedecer; não se trata de liberdade absoluta, mas, capacitação para atuar segundo Deus, o que antes da conversão não tínhamos; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Se, é a Vontade de Deus que deve pautar nosso agir, foi essa mesma Vontade Graciosa que possibilitou-nos o novo nascimento mediante Cristo.

Sintetizando: Em Cristo fomos libertos da escravidão do pecado para podermos fazer o que devemos, não, o que queremos. Ainda presos em um corpo, vítima da queda e das ímpias inclinações decorrentes, mas, com liberdade condicional, onde, podemos desfrutar vida espiritual mortificando-o.

Antes de Cristo a vontade boa estava presa, subjugada pela habitação do pecado; o “eu”, alma, estranho no próprio corpo, escravizado e preso pelo intruso. “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem.” Rom 7;17 e 18

"De boas intenções o inferno está cheio”; diz o adágio. Pois, escravos do pecado, nossas boas intenções não passam disso; “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus...” Rom 8;7

A mensagem evangélica sadia é, antes de tudo, de reconciliação; “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se, Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

sábado, 10 de março de 2018

À Nossa Imagem e Semelhança

"... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7

O determinismo biológico é realidade visível, comprovável no campo do fenômeno, ou, no ser, das coisas com a descoberta do DNA.

Amiúde, não há transformação nenhuma que faça uma espécie tornar-se outra. Pequenas variações dentro da mesma espécie. Pois, a ordem foi precisa: “... Produza a terra alma vivente conforme sua espécie; gado, répteis e feras da terra conforme sua espécie; assim foi.” Gên 1;24

O homem foi criado dotado de razão, espírito, e, dele Deus disse: “Façamos o homem à Nossa imagem...” A Pluralidade Singular do Deus Trino e Seus Atributos comunicáveis como parâmetro. O ser criado era perfeito, gerado para ter comunhão com O Criador.

Mas, por ter aceitado a sugestão da oposição caiu; a morte espiritual foi consequência imediata; enfermidades, decrepitude, e, por fim, morte física, um processo mais lento.

O modelo original veio com airbag, digo, itens de segurança necessários em caso de acidente. (tentação) Para estar seguro bastava seguir fiel à Palavra de Deus; não tocar onde Ele vetou. Mas, não foi assim.

Desde então, há um vazio existencial no homem que, nada pode preencher, exceto, Aquele que o criou assim, reservando no intimo da criatura um lugar para Si. Ciente disso, mas, alienado de Quem o preenche, o homem cria credos alternativos, camufla angústias com drogas, promiscuidade, fama, dinheiro, mas, no fundo, nada resolve; o vazio segue lá.

Todos têm fé; fomos criados para ter; até o ateísmo é uma fé, embora, pervertida; uma forma de crença, não, algo que se possa demonstrar. E, nasce dessa fé desorientada um mosaico de credos, mesmo, perversões da Palavra de Deus, onde a sede espiritual humana é enganada com simulacros que não conseguem saciar.

Tudo o que verte de fonte humana, ou, maligna, trará necessariamente essas imagens. Do homem caído, ou, de seu mentor. Aí, os que ousam manusear A Palavra do Santo sem ter passado pela cruz, invés da regeneração à Imagem Divina, reduzem O Criador à sua imagem perversa.

O que tem um viés meritocrata acha que Deus aceita propina para abençoar; aí planta suas “sementes de fé” nome bonito que dá à ganância, e espera a contrapartida da sua “fé”. Outros pensam que O Eterno seja comunista; de modo que, ama tanto a “justiça social” que não se importaria de cometer injustiças pontuais, contra o mérito ou, a propriedade, para o implemento do “Seu Reino”.

Os que se inclinam às comichões homossexuais enfatizam o Amor Divino, em detrimento da justiça; omitem certos textos que vetam isso como abominável, paixão infame, erro, e tocam suas vidas de modo alheio a Deus fazendo tudo tendo “Jesus” por guia. Seus argumentos é que “nasceram assim;” portanto, se Deus os criou assim, assim, os aceita.

Ora, o ser que resultou após a queda está morto, “conforme sua espécie”; a coisa é tão cabal no prisma espiritual, que, malgrado a maior boa vontade possível, nada de vivo pode resultar de sua fonte. Tiago ensina algo sobre a fidelidade das fontes: “Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial, água doce e água amargosa?” Tg 3;11

Então, sabedor de nossa sede e compadecido de nossas misérias O Eterno enviou Seu Filho, trazendo a Água da Vida. “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte d’água que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Todos nós nascemos assim, inclinados ao pecado, cuja inclinação varia de um para outro no varejo, mas, no atacado é a mesma. Não sem razão, pois, Aquele que veio regenerar colocou o novo nascimento como indispensável. “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Novo nascimento requer a mortificação do velho homem para que outro seja criado; “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também, em novidade de vida.” Rom 6;4

Quem se diz cristão, regenerado, mas, invés de refletir o caráter Santo de Cristo, inda exibe o fermento da velha natureza sequer chegou perto do Salvador, pois, “...se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Todos nós nascemos mortos; mas, se renascemos, seremos de novo, paulatinamente, regenerados conforme a Imagem Dele. Senão, tanto faz. Ativismo religioso, cultos aqui, acolá; boas obras. Deus não é Deus de mortos. Ou, nossas fontes estão Nele, Sua Palavra, integralmente, ou, serão nossas, apenas.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Coisas velhas e novas

“...todo o escriba instruído acerca do Reino dos Céus é semelhante ao pai de família que tira do seu tesouro, coisas novas e velhas.” Mat 13;52

Mudança está impregnada no coletivo como sinônimo de algo bom, necessariamente; políticos em campanha dizem: “É hora de mudar”; se, estão já no poder; “para continuar mudando”. Então, como disse alguém, “Sentimos nas mudanças certo alívio mesmo que estejamos mudando para pior”.

Os versados no Reino são uma mescla de coisas velhas e novas; uma porção de atavismo, outra, de aprendizado.

Mas, o que chamamos novo? Vejamos algumas situações;
- Inexperiente = O neófito, cujos erros se atribuem ao fato de ser novo; ele vai aprender, dizemos;
- Desconhecido = Fato que ignoramos; quando nos é apresentado observamos: Essa é nova para mim;
- Recém nascido = Por motivos óbvios não demanda explicações;
- Sem uso = um produto que, mesmo tendo sido fabricado há dez, vinte anos, se, jamais foi usado, está novo;
- Posterior = Pouco importa a idade; cotejado com um que veio antes ele é novo; Por exemplo: O Novo Testamento já tem uns dois mil anos, porém, é novo em face ao que veio antes;
- Transformado = Um carro levado à oficina para retífica de algumas peças, uma vez que volta a funcionar perfeito se diz: Está novo; quem se converte torna-se “nova criatura”;
- Repetido = Quando se faz outra tentativa em algo que falhamos se diz: de novo, ou, novamente; etc.

Somos lentos para entender as coisas espirituais; muitas das apresentadas por Cristo que soaram novas eram antigas. “Ama teu próximo como a ti mesmo.” Vem desde Moisés; “Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas, ame cada um, seu próximo como a si mesmo...” Lev 19;18 Preferiram dente por dente, olho por olho, contra inimigos, ignorando o ensino de amar o próximo.

Jesus era rejeitado, entre outras coisas, por ser Galileu; oriundo de lugar vil; “... Vem, pois, o Cristo da Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, de Belém, aldeia d’onde era Davi?” Jo 7;41 e 42 “...És tu também da Galiléia? Examina, e verás que da Galiléia nenhum profeta surgiu.” V 52

É vero que o Messias nasceria em Belém, “... de ti me sairá o que governará em Israel, cujas saídas são desde tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miq 5;2

Seu surgimento ministerial, porém, foi predito que seria na Galiléia; “A terra, que foi angustiada, não será entenebrecida; envileceu nos primeiros tempos, a terra de Zebulom, e de Naftali; mas, nos últimos tempos a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, na Galiléia das nações. O povo que andava em trevas, viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” Is 9;1 e 2

Mais uma “novidade” que não era tão nova assim.

É grave nossa preguiça mental que enseja uma compreensão parcial das coisas espirituais. O evangelho é a Boa Nova para quem desconhece; mas, traz o cumprimento de antigas promessas, e acena com o porvir de modo tal, que alguém devidamente instruído não se surpreende com nada; antes, espera o cumprimento.

Os meios de difusão se renovam cada dia nas asas da tecnologia; entretanto, o conteúdo é eterno, não comporta novidades. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas...”

Então, quando alguém se escandaliza com pilantras que furtam falseando A Palavra, e usa isso como “justificativa” para seu distanciamento de Deus trai a si mesmo na conveniência preguiçosa de desconhecer o que a mesma Palavra adverte.

Pois, “Haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas, negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3;2 a 5

Devemos nos afastar de hipócritas, não, de Deus. Não consigo encontrar em lugar nenhum do espaço, sequer, do tempo, um argumento que justifique perder minha salvação porque outros estão perdendo a deles. Uma antiga canção dizia: “Você quer a frente das coisas olhando de lado.”

Alguns se iludem com mudanças de calendário. Coisa nova, a data; coisas velhas, os mesmos vícios desejos, evasivas, fugas, justificações... Quer algo novo deveras? Receba a Cristo como Senhor. O novo nascimento será fruto do Dom do Espírito; com Ele, nova luz, compreensão da Palavra. As “coisas Velhas” do amor Divino te darão novidade de vida.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Monólogo da alma aflita

“Por que estás abatida, ó minha alma, por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois, ainda o louvarei...” Sal 42;5

Interessante monólogo; inquirição e resposta brotando da mesma fonte; pelo menos, vertendo dos mesmos lábios. “por que estás abatida ó minha alma...espera...” Parece que o abatimento derivava da pressa; a receita seria esperar o tempo de Deus para o socorro.

Acontece que, o homem é corpo, alma e espírito; a distinção entre os últimos é mui sutil, mas, existe. Ele fala com sua alma como se, de fora dela, ou, de uma posição independente.

Qualquer pessoa que tenha sofrido uma tentação identificou em si certa ambigüidade; um aspecto ressaltando vantagens, prazeres de pecar, outro, sóbrio, apontando às consequências os riscos. O corpo essa massa pesada, inclinada ao pecado envia estímulos à alma para dobrá-la em direção aos seus anseios; o espírito, mediante a consciência uma de suas faculdades, peleja para que a alma se abstraia aos anseios da carne; atue de modo coerente com a justiça.

Assim, mesmo os que, por alheios, ignorantes, ou, outra razão qualquer não podem distinguir alma e espírito, ainda podem sentir suas influências concomitantes, que, além de distintas, geralmente são opostas, como ensina a Palavra. “... Andai em Espírito, não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito; o Espírito contra a carne; estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” Gal 5;16 e 17

Dentro de nós, uma disputa por nós; carne e espírito tentando “vender seu peixe” pra alma; ou seja, levá-la a agir conforme a inclinação de cada um. A carne, sabemos, dobra-se ante o pecado, porém, o Espírito tenciona agradar a Deus. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas, os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas, a do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;5 a 7

Conclusão necessária, que o Espírito tenta nos inclinar à obediência, a carne, à rebeldia. Claro que falo aos renascidos, os que têm vida espiritual em si. Sem o novo nascimento, que, no fundo não é o surgimento de um novo ser, antes, reconciliação com Deus, de um que estava morto em pecados e, em Cristo é regenerado e fortalecido, para poder, enfim, agir como filho de Deus; “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Se, no início da obra O Criador Soprou Seu Espírito para que o homem recebesse vida, o novo nascimento também é um “sopro” do Espírito Santo, que ilumina e convence o pecador, ao concurso da Palavra de Deus. “O vento assopra onde quer, ouves sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8

Os renascidos passam a ter dupla identidade; natural e sobrenatural; aquela precisa ser pregada na cruz, mortificada; essa, deve pautar nossa nova vida, para que não pese nenhum juízo mais, sobre nós. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Embora muitos pensem que Vida Eterna seja só uma quantidade, algo que herdaremos depois da morte, na verdade é uma qualidade, um modo de vida que nos convém abraçar agora. “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12

Claro que, também se refere à quantidade; tempo infindo de paz com Deus, mas, devemos entrar nesse tempo com nossas pernas enquanto vivos e arbitrários. E, nossos anseios, por legítimos que sejam se, vistos pelo prisma eterno desqualificam a pressa, essa enxerida que fica cutucando o tempo com vara curta.

A imensa maioria dos nossos erros são filhos da pressa, por não sabermos esperar. Deus não faz rascunhos, nem nos oferece frutos imaturos. 

Então, seja nosso também o monólogo de Davi; saibamos esperar na Sabedoria e Bondade Divinas. “Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face e Deus meu.” Sal 43;5

sábado, 19 de agosto de 2017

Livre Arbítrio; só que não

“Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

Uma aparente contradição de Jeremias, bem como, a negação do livre arbítrio.

“Não é do homem o seu caminho...” Ora, parece dizer que não; outra, que sim, que é “seu”; temos um problema que provoca os dois neurônios. Afinal, somos arbitrários, ou, não? Digo, temos escolha ou, “maktub” está escrita nossa sina, a ela estamos fadados?

Salomão disse: “Do homem são as preparações do coração, mas, do Senhor a resposta da língua. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas, o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos.” Prov 16;1 a 3

Visto dessa forma se amplia um pouco. Não se trata de negar o direito de escolha; mas, fazer escolhas que serão bem sucedidas. Associa-te ao Senhor, para o êxito, ou, “Confia ao Senhor tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos.”

Ouçamos Cristo: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Jo 15;5

Esse “nada” não se refere à negação funcional do homem alienado de Deus; mas, à valoração do produto final das conquistas na vigência dessa alienação. Paulo evocou o pretérito de certos pecadores querendo conhecer o saldo: “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21

Assim, seus feitos eram “coisas,” não, nada. Contudo, coisas que nada valiam, pois, pereceriam na morte. É esse nada, pelo qual laboram aqueles que se atrevem a tentar desbravar a vida sem Cristo.

Desse modo, o meu caminho é meu, porque sou um indivíduo; não é o seu. Mas, se pretendo ser servo de Deus, não é tão meu assim, que me permita andar a revelia, em oposição à Sua Palavra, ou, Seu Espírito. Se eu fizer isso, o resultado final será nada; mesmo que, eu ganhe o mundo. “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder sua alma?” Mc 8;36

Então, se desejo intimidade com Deus e persevero na observância da Sua Palavra serei guiado por Ele, de modo que, meu caminho será estabelecido rumo ao Divino Propósito. “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Logo, nosso livre arbítrio se reduz a uma dualidade simples: Obedecer ou não, com seus desdobramentos que vão mui além de nossa possibilidade, mensurar. Aliás, desde o início, O Eterno sempre colocou a coisa como dual, e desafiou os Seus à melhor escolha. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e morte, a bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência...” Deut 30;19

Entretanto, nossa escolha não é feita de uma vez por todas. Tipo; escolhi ser servo de Deus, xô Satanás, e o bicho ficará longe; não é tão simples assim. Cada tentação é um desafio, uma escolha. Sempre poderemos optar entre obediência ou, rebelião. É o livre arbítrio que temos.

Schopenhauer negava que o tenhamos. Dizia: “Dado o motivo e o caráter a ação resulta necessária”. No princípio discordei dele; mas, pensando melhor, ele está certo. Ele não estava defendendo que a ocasião faz o ladrão como vulgarmente se diz. Antes, que era o concurso do motivo e o caráter que patrocinavam a escolha, e assim é.

Por isso a necessidade do Novo Nascimento, pois, “o que nascido da carne é carne;” e “... a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

Assim nosso arbítrio se resume ao reconhecimento de nossa falência espiritual, coisa que a pregação da Palavra e a cooperação do Espírito Santo persuadindo ao pecador, deixam claro; visto isso, aceitarmos O Único livramento possível; Jesus Cristo. Após, já não seremos autômatos do pecado, antes, pela cooperação do Espírito Santo, teremos escolha que antes, a natureza caída não tinha.

Esse caminho bendito que conduz à Vida Eterna não é do homem; é do Espírito. Desse modo voltamos em parte ao dilema do Éden. Deus dissera: “Desfrutem tudo, menos isso”. O inimigo: “Decidam vocês mesmo, sejam como Deus.”

Enfim, podemos segundo conselho do diabo seguirmos sendo senhores dos nossos caminhos rumando ao nada; ou, voltarmos à casa paterna como o pródigo; o que só é possível pelos Caminhos do Senhor. Façamos nossa escolha!

sábado, 25 de março de 2017

A Dracma e a luz

“Qual mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa, busca com diligência até achar?” Luc 15;8

Lucas registra em sequência três parábolas do Salvador: A ovelha perdida, a dracma perdida, e o Filho perdido, chamado, pródigo. Em comum, três perdas, porém, cada uma com suas peculiaridades.

Ovelha perde-se pelas asperezas do caminho, fragilidade do bicho; dracma, por desleixo da dona de casa, sujeira acumulada; o pródigo, pela independência, arroubos insubmissos da juventude.

A dona da casa da minha salvação é minha própria alma, que, por descuidar de sua mordomia, acostumar com sujeira, acaba se perdendo em ambiente impensável, pois, diverso dos predestinacionistas, somos exortados à perseverança na fé, para certeza de salvação, não herdamos sem participação. Ainda que, seja graça, daí, totalmente alheia ao mérito, vinculada apenas aos Méritos do Salvador, deriva da Soberania Divina, que, possamos escolher entre vida e morte, bênção e maldição.

Deixemos a ovelha, por ora, cotejemos a dracma com o Pródigo. Esse, malgrado sua rebeldia que o instigava a viver à sua maneira, tinha certos pruridos, que o enviaram para longe, para evitar constranger aos seus, se, vissem sua dissolução. A Dracma, contudo, tipifica o hipócrita, que, mesmo estando desviado, no coração, seu anelo pelo aplauso humano é tal, que não se furta à encenação, buscando parecer com um salvo, sabendo, no fundo, que não é.

Estar perdido, espiritualmente, sempre é trágico, quaisquer que sejam as circunstâncias; entretanto, vivendo no ambiente dos salvos, é uma patologia espiritual difícil de entender, explicar.

Quem tem uma consciência viva no Espírito, “varre a casa” todos os dias, e confessando as culpas cotidianas, abandonando-as paulatinamente, vai sendo limpo, a santificação. Na celebração da Ceia do Senhor, somos exortados a uma “varrição” solene, cerimonial antes de agirmos como membros. “Examine o homem a si mesmo, assim, coma do pão; pois, quem come indignamente, o faz para própria perdição, não discernindo O Corpo do Senhor.”

Se, adotamos o erro como modo de vida, de maneira tal, que, nem o exame de consciência diário, nem o cerimonial nos acusam mais, então, malgrado, toda nossa aparência espiritual, estamos mortos, perdidos, dentro da casa.

Uma coisa que o “Novo Nascimento” propicia, necessariamente, é a revitalização da consciência, antes, morta, cauterizada pelo pecado. Falando do Advento do Espírito, O Senhor disse que Ele nos convenceria do pecado, da justiça e do juízo. Ora, esse tríplice convencimento se dá em nossas consciências, que, antes dormiam na rede confortável da impureza, mas, uma vez despertas, cientes do que está em jogo, anseiam ser purificadas, coisa que só O Sangue de Cristo, consegue. “...o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo.” Heb 9;14

Embora sejamos atores comuns no teatro da vida, dentro de nosso ser há um combate espiritual, primeiro, no âmbito do entendimento da Vontade do Pai, depois, na disposição de cada um, ajudado pelo Espírito, passar a agir como pode, como, filho de Deus. “A todos que O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus.” Jo 1;12

O inimigo atua para escurecer mentes; “...o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4 Porém, O Espírito Santo reage em nós, fazendo discernir a Vontade Divina, e instando para que escolhamos obedecê-la; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Aqui cai por terra a ideia vulgar que liberdade seja o direito de fazer o que queremos. Não. A libertação propiciada por Cristo nos dá a possibilidade de fazer o que devemos. A diferença é que, antes Dele, nem que eu quisesse agradar a Deus, poderia, pois, estava morto em delitos e pecados. Agora, sou livre, à medida que, desfrutando vida espiritual, e, auxílio do Espírito Santo, posso obedecer, porém, não sou forçado a fazê-lo. Serão compulsórias apenas as consequências, escolhas são livres.

Como saberei, se, como a dracma, estou perdido dentro de casa? Basta fazer a prova da luz. Tens ainda coisas a esconder? Ousas a exposição, mesmo com algumas falhas? “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que, suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;20 e 21

quarta-feira, 22 de março de 2017

De volta pra casa

“Fez Deus as feras da terra conforme sua espécie, gado conforme sua espécie, todo réptil da terra conforme sua espécie; e viu Deus que era bom. Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança;...” Gên 1;25 e 26

Vemos o divórcio entre criacionistas e evolucionistas. A Bíblia insiste em ser categórica na exposição da Criação. Invés de apresentar a natureza evoluindo; a põe como obra acabada, “presa” ao determinismo biológico, onde, cada ser criado está fadado reproduzir-se, não, evoluir.

A sentença, “conforme sua espécie” limita-os ao que são, invés de se transformarem. Afinal, como foram criados, “Viu Deus que era bom.”

Entretanto, do ser humano foi dito: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança...” Diferente dos demais seres, acabados em si, o homem foi feito “espelho” para reflexo de Deus.

Nos soa normal, natural, vermos as demais espécies da criação, comportando-se segundo suas características próprias. Estranharíamos se fosse de outro modo. Como seria se de repente os porcos voassem? Aves se comportarem como roedores, peixes saíssem da água, etc.? Seria mui estranho, impensável, uma vez que, exibiriam qualidades alheias à espécie.

Entretanto, o homem, após a queda que o privou da comunhão com Deus, tem agido completamente alheio ao propósito original, e, pior, nem se dá conta, na maioria das vezes, que está fora do lugar.

Muitos engenhos da tecnologia podem ser adaptados para funcionarem em coisas diversas do propósito primeiro, para o qual foram criados. Porém, tais adaptações serão meras “gambiarras” de funcionamento inferior, durabilidade, também.

De igual modo, o homem, despido da Imagem Divina, ainda “funciona” por breve tempo, porém, com escala de valores muito inferior; o produto do seu agir muito aquém das possibilidades do “Modelo Original” forjado pelo Criador.

Embora, a morte espiritual não equivalha à não existência, para Deus, a perfeição que criara à Sua Imagem, deixou de existir desde a queda. Ao longo do tempo, os melhores homens que viveram, ainda foram distantes de beleza espiritual e moral legada pelo Senhor. Quando viu alguns de nobre caráter, como Samuel, Jó, por exemplo, O Criador poderia pensar: Parece um pouco, com o filho que criei, mas, está longe de exibir a face do Pai.

A nostalgia Divina em ver o filho amado na pureza que formou, durou uns quatro milênios, até que, Ele mesmo, que criara com Suas Mãos e soprara O Espírito, serviu-se do molde de barro que seguiu reproduzindo conforme a espécie, soprou outra vez Seu Espírito, para regeneração da vida perdida, e ao ver o resultado da Nova Criação, matou, enfim, a saudade. “Sendo Jesus batizado, saiu logo da água, eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E, uma voz dos céus dizia: Este é O Meu Filho Amado, em quem me comprazo.” Mat 3;16 e 17

Foi como se dissesse: Os melhores homens que viveram até agora, são meros simulacros do que criei; arremedos pobres que não fazem jus à Minha Obra; Esse sim, é Meu Filho. Paulo O chamou de Segundo Adão, atentando ao Seu aspecto funcional, não, O querendo reduzir a mera criatura, pois, disse: “Porque, assim como todos morrem em Adão, também, todos serão vivificados em Cristo.” I Cor 15;22

Esse “todos” porém, é condicional, todos que O receberem como Senhor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que, todo aquele que nele crê não pereça, mas, tenha a vida eterna.”Jo 3;16

Assim, a “nova criação” precisa se dar com cada um, individualmente, pois, foi a vontade humana que separou Adão do Criador; a mesma vontade, é desafiada agora, a escolher O Salvador como Senhor, não mais certa cobra profeta, para, mediante novo nascimento, recebermos junto, novo espírito, e por ele, sermos transformados paulatinamente, à Imagem que O Senhor deseja. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3

Na Cruz de Cristo é desfeita a gambiarra do inimigo, e cada um que se converte volta a funcionar pouco a pouco, segundo o “Manual do Fabricante”.

Óbvio que, pelo hábito, estamos treinados nas coisas do mundo, e precisamos reaprender as de Deus, mortificando nossa natureza, para vivermos em Espírito, e refletirmos outra vez, o Caráter do Criador. “...apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 1 e 2

Quem faz isso, não evolui, mas, como o pródigo, sai do lixo e retorna ao Pai.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

O Caminho; os descaminhos

“Faze-me saber os teus caminhos, Senhor; ensina-me tuas veredas. Guia-me na tua verdade, ensina-me, pois, tu és o Deus da minha salvação; por ti estou esperando todo dia.” Sal 25;4 e 5

No primeiro momento parece que Davi está apenas pedindo informação; “Faz-me saber os teus caminhos...” Porém, adiante, ele deseja a companhia do Senhor; “Guia-me...” Pois bem, a Água da Vida, tanto sacia uma sede, quanto, a outra. Digo, Jesus Cristo, tanto nos ensina Seus Caminhos, quanto, nos precede neles. Ele não diz: Vão por ali, antes, “vinde após mim...” ou, “minhas ovelhas ouvem minha voz e me seguem.”

Saber o que é certo é um patrimônio do intelecto; escolher praticar isso, uma prerrogativa da vontade. A mudança de mentalidade que cambia pensamentos mundanos pelos celestiais, implica mais que saber, requer, abdicar da minha vontade, para em seu lugar habitar a Divina, como ensinou Paulo: “não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, perfeita, Vontade de Deus.” Rom 12;2
Como todo mundo é rei no império das escolhas, a certa, não acontece, sem que, decidamos crucificar a carne, negando-a, mortificando-a, pois, sua índole perversa luta ferrenhamente contra o anelo Divino. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas, os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito, vida e paz.” Rom 8;5 e 6

O Salvador apresentou o novo nascimento como, imprescindível, se, alguém tenciona trilhar os caminhos de Deus. Sem ele a pessoa não vê na dimensão espiritual, tampouco, pode fazer escolhas dessa estirpe. “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Tanto se fala no meio cristão em, poder; pois bem, recebendo a Cristo, e, apenas fazendo isso, somos capacitados a ver, andar nos caminhos espirituais. “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da carne, nem do homem, mas, de Deus.”Jo 1;12 e 13

Assim, se receber ao Senhor não pode ser obra da carne nem do sangue, o primeiro passo da conversão é já a negação da própria vontade; a persuasão do Espírito Santo, atuado junto à Palavra, convence e capacita o pecador à boa escolha.

No Velho Testamento Deus apresentara a Caim a “missão impossível”: “O pecado está na porta, domina-o”. Basta ver o curso da história de Israel, para constatar que isso nunca foi feito. Porém, após o Calvário vemos algo alentador pelo “olho mágico”: “Eis que estou à porta, e bato; se, alguém ouvir minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele comigo.” Apoc 3;20

Aquele intruso primeiro ainda está à porta, contudo, agora pode ser vencido se, escolhermos a Graça de Deus. Ele mesmo disse: “Eu Sou O Caminho...” Jo 14;6

Se, para ganharmos a vida natural demanda que matemos um leão por dia, como se diz, a preservação da vida espiritual requer que crucifiquemos um pecador por dia. Daí, “Tome cada dia sua cruz e siga-me.” É precisamente isso que faz a vida do renascido, mais difícil que a natural. Esgueira-se por um caminho estreito, e carrega o peso de uma cruz. Enquanto, “...larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição, muitos são os que entram por ela;” Mat 7;13

O que o Evangelho sadio traz, pois, é dual e categórico; não há múltipla escolha. Ou, uma vida fácil cujo final será a perdição, a morte espiritual; ou, outra, de renúncias, obediência, cujo “término” será o ingresso glorioso na vida eterna com Deus. Qualquer pregador que acenar com algo diverso disso, por agradável que pareça, é só um assassino fantasiado de guia. Seus conduzidos rumam à morte.

Portanto, sem essa que religião não se discute, todas são boas, está todo mundo certo, etc. uma ova! Quem ensina a Palavra por interesse material é ladrão, mercenário; quem ensina correto e não pratica é hipócrita; quem acrescenta algo ou perverte a interpretação é profano; quem cultua imagens é idólatra; O Senhor passou boa parte de Seu ministério discutindo com escribas, fariseus, saduceus sobre interpretação da Lei.

Claro que, onde a vontade natural prepondera ainda, cada um tende a defender como certos seus caminhos, suas escolhas, entretanto, sem O Caminho, Jesus Cristo, todos rumam à perdição. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

sábado, 24 de dezembro de 2016

O Senhor do Natal

“Toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles; porque estavam possuídos de grande temor. Entrando ele no barco, voltou.” Luc 8;37

O temor do Senhor é preceito bíblico, mas, o que pede que Ele se afaste é medo, apenas. Se, Jesus menino é bem vindo em todas as casas, como indica a comemoração generalizada do Natal, parece que, Cristo homem, O Senhor, não é tão bem vindo, assim.

Existe duas formas distintas de dar; uma, tendo minhas conveniências como alvo, a egoísta; outra, que tem as necessidades alheias como motor, a amorosa, altruísta. O Senhor jamais priorizou quantidade, antes, qualidade da doação, do sentimento que a moveu; deixou isso patente, quando afirmou que uma viúva pobre, que dera duas moedas, dera mais, que os ricaços que despejavam suas sobras.

Por isso, disse que seus opositores deveriam aprender o real significado do “Misericórdia quero, não, sacrifício.” Na misericórdia, busco o bem alheio; no sacrifício, recompensa própria. Assim, dar tudo que tenho, mesmo que sejam duas moedas, pode ser mais que centenas de moedas, se, o fim da primeira ação foi ajudar quem precisa, da segunda, ostentar a própria “bondade”.

Deus sempre foi cioso de tempos, datas, no que tange à Sua Obra, tanto que, O Messias só veio, “cumprida a plenitude do tempo” como ensinou Paulo. Vejamos um exemplo mais: “...todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações.” Mat 1;17

Assim, se, O Santo quisesse que comemorássemos o Natal, teria deixado registrada sua data precisa, que, certamente, não é dezembro, pois, nesse tempo, cai pesadas nevascas em Israel, auge do inverno, o que faz impossível a presença de pastores no Campo, e, duro a uma grávida, a peregrinação de Nazaré a Belém, como se deu, então.

Sua morte ordenou que fosse rememorada, “fazei isso, em memória de mim.” Deus É Eterno, e, a vida que propõe aos Seus, igualmente; desse modo, pouco contam efemérides, numa dimensão que, de certa forma, o tempo não passa.


O problema que faz infinitamente mais fácil comemorarmos o Natal, que a morte, é que, naquele caso, basta enchermos nossos átrios de luzinhas pisca-pisca, alguns penduricalhos numa árvore, ao som do mantra: “Feliz natal”!

No caso da morte Dele, convém, a quem rememora, uma identificação, e nova vida: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

O batismo na morte Dele é figura da renúncia que espera dos Seus, em prol da Divina Vontade, que, A Palavra chama de cruz; dado esse passo, pós arrependimento, lega Seu Bendito Espírito Santo, evento que chamou, “Novo Nascimento”, sem o qual, disse, ninguém pode entrar, sequer, ver, O Reino de Deus.

Se, o juízo começa por nós, como disse mediante Ezequiel, e reiterou por Pedro, os que celebram Sua morte, na Santa Ceia, são exortados a um autojulgamento segundo a “mente de Cristo”, Sua Palavra: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, assim, coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
Por causa disto há entre vós muitos fracos, doentes, e muitos que dormem. Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” I Cor 11;28 a 32


Discernir o Corpo de Cristo, não tem a ver com o pão que comemos, como ensinam alguns; antes, O Corpo de Cristo é a igreja, da qual, somos células, então, ao participar do Santo Ritual, encenamos ser, “um dos tais”; sejamos e participemos, senão, melhor evitar, pois, profanaria ao Santo.

João Batista, o “amigo do Noivo” disse: “Convém que Ele cresça, e eu, diminua.” “Papai Noel”, o fantoche espetaculoso cresce tanto, que atrai todos os holofotes para si, e ofusca ao Senhor.

Se, por um lado somos todos iguais, em direitos, dignidade, todos somos alvos do Amor Divino, nossas ações no que tange a Ele, nos diferenciam. Se, posso e devo abençoar a todos, Ele, “reserva a verdadeira sabedoria para os retos...” Prov 2;7

E enquanto o mundo envia seu “Feliz Natal” a toda sorte de corruptos, ladrões, promíscuos, adúlteros, etc. O Senhor do Natal é mais seletivo em Seus votos: “Felizes os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” at 5;8

domingo, 4 de dezembro de 2016

Queima de arquivo

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” Tito 3;5

Paulo realçou a benignidade de Deus em salvar-nos, e, pintando o que foi necessário, mostrou como éramos antes. Se, careceu lavagem, óbvio, estávamos sujos; regeneração, renovação, porque, degenerados, velhos. Assim, pecadores não convertidos estão sujos, degenerados, envelhecidos.

Sujeira espiritual decorre de nossa incapacidade para justiça, sem O Espírito de Deus. João usa a mesma linguagem: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda...” Apoc 22;11

Isaías acentua mais a inépcia da pretensa justiça própria dizendo que ela, nos exclui da sociedade dos santos, como a lepra excluía suas vítimas da sociedade dos homens; “Todos nós somos como o imundo, nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, nossas iniquidades, como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Então, Graça não é uma alternativa de salvação, antes, a única possibilidade, pois, sem ela, restaria a justiça, nosso salário apenas. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna...” Rom 6;23

Se, a ideia de estar espiritualmente, moralmente sujo, fere os brios de alguém, que pretenda méritos próprios, sem entrar em minúcias, Jesus diria a ele o mesmo que disse a Pedro: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo.”

O lavar resolve a questão de nossa sujeira pretérita, pois, uma vez, dela convencidos, pela ação do Espírito Santo, em consórcio com a Palavra, somos instados ao arrependimento; logrado isso, recebemos perdão, nossa sujeira desaparece dos arquivos de Deus. Entretanto, essa “queima de arquivo” não basta, pois, habituados que estávamos à prática do pecado, tendemos a incorrer nos mesmos, muitas vezes, ainda.

Porém, além de lavar-nos, O Espírito Santo nos fez nascer de novo, regenerou.

O que era impossível ao homem natural, agir como filho de Deus, Ele faz mais que possível, desejável. “...a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus...” Jo 1;12 “Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;3 e 4

A justiça da Lei demandaria a morte; porém, na conversão, o preço pago por Jesus é atribuído a todos que O servem, que aceitam a renúncia do antigo modo de vida, a cruz, e negam-se. Para os tais, O Eterno considera que foi feito justiça, pois, a Justiça do Salvador lhe basta, desde que, os salvos se identifiquem com a morte do Senhor, mortificando, pelo Seu Espírito, as más inclinações. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6;3

Assim, o “velho” que nos habitava não é renovado, antes, é morto, para dar espaço, pro novo, oriundo da regeneração. “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.” Rom 6;6 Antes, dissera: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos nós também em novidade de vida.” V 4

O novo homem, lavado, regenerado, ainda peca; entretanto, agora, com nova consciência no Espírito, identifica presto seu pecado, e corre buscar socorro onde há. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” I Jo 1;9

Com certo discernimento, fica fácil identificarmos onde houve novo nascimento, pela dieta de cada um. Quem se diz convertido e vai aos encontros espirituais com motivações carnais, do velho homem, não chegou nem perto da cruz. A alimentação do novo é distinta: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

Paulo, que, perseguira a Cristo, precisou três anos de isolamento para reaprender o que, pensava saber; foi ele que apregoou uma mudança cabal como necessária.

Conversão que não rompe com o passado, não tem futuro. Quem nasce de novo, não quer mais do mesmo. “Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos. Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e queimaram na presença de todos...” Atos 19;18 e 19 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis, que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Vacas carnívoras

“Subiam do rio sete vacas, formosas à vista, gordas de carne, e pastavam no prado. E subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; paravam junto às outras vacas na praia do rio. As vacas feias à vista e magras de carne, comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó.” Gên 40 ; 2 a 4

A linguagem poética que lança mão de metáforas, alegorias, num primeiro momento pode soar ilógica, uma afronta à razão. Todavia, após um olhar mais apurado revelará grande eloquência, poder de síntese, qualidades apreciáveis na arte da comunicação.

Sendo as vacas animais herbívoros, a ideia de uma devorar outra soa absurda. Contudo, as “vacas” em questão tinham apetite voraz, devorador.

Os animais eram meras figuras que representavam anos; seus adjetivos, gordas, magras, fartura e carência, respectivamente. Assim, a comunicação usada pelo Espírito Santo tem sua “lógica” mui peculiar, que, não raro, escapa aos homens naturais.

Paulo desenvolveu isso, disse: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.” I Cor 2; 14 e 15

Ensinando ao príncipe Nicodemos, sobre o “Novo nascimento” onde o Espírito Santo passa a habitar nos salvos, O Mestre colocou dois obstáculos intransponíveis sem Ele, no que tange ao Reino. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3; 3 e 5 Sem essa ajuda, pois, o homem não vê, ( entende ) nem entra, ( converte-se ) ao Reino de Deus. Mesmo a ideia do Novo Nascimento foi difícil para Nicodemos, pois, a viu pelo prisma natural.

Claro que, no exemplo do sonho de Faraó, deve ter sido deveras humilhante constatar que todos os “sábios” do reino eram incapazes de entender, pior, ter que pedir auxílio a um estrangeiro que mofava na prisão. Um dos vícios mais latentes na natureza humana após a queda é o orgulho; assim, ao colocar-nos totalmente dependentes de outro demonstra que, antes mesmo de nos salvar, O Senhor começa a cuidar de nossas enfermidades da alma.

Afinal, o início de todo o drama foi ao revés disso, digo, a “serpente” propôs motim, independência, ao casal edênico. Dissera: “Dependam apenas de si mesmos, rompam com Deus.” O Salvador recolocou os pingos nos is; “Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” 

O inimigo prometera “vacas gordas”; divinização, independência, poder, orgulho, mas, toda essa pompa era mero “estoque de vento” sonho de nossa Presidente; Na real, o que se viu foi a morte, a perda do paraíso, alienação do Criador.

O Salvador, por Sua vez, propõe “Vacas magras”; autonegação, submissão, cruz. Contudo, lega a vida eterna, ressuscita ao espírito humano, reconcilia com Deus, regenera. Nesse prisma, não seria má ideia deixarmos que as vacas magras devorassem às gordas uma vez mais.

O espírito do não convertido é morto, não no sentido de não existência; antes, de não comunhão com Aquele que dá a vida. O Novo nascimento não é uma geração do nada, antes, reconciliação. Essa ação enseja a luz espiritual, e o ingresso para o Reino de Deus.

Sem isso, tal espírito não passa de um estrangeiro prisioneiro, esquecido e alienado, qual estava, então, José. Mas, uma vez chamado, ao corresponder uma expectativa do Rei, acabou herdando imensa glória imerecida para si.

De igual modo, o Reis dos Reis, posto que não precisa, anseia algo de nós, arrependimento, contrição; feito isso, também se dispõe a nos dar coisas imerecidas, em vista do que Ele é; amor. 

Naquele caso, José era a exceção; “Acharemos em todo o Egito um homem como esse, no qual haja o Espírito de Deus?” Dissera Faraó; no prisma da conversão é a regra; digo, a mesma só é possível mediante ação do Espírito de Deus.

Afinal, aos convertidos se reserva como estoque de alimento os ricos celeiros da Palavra de Deus; Palavra essa, que tanto para entender, quanto, cumprir, só é possível quando somos assistidos pelo Bendito Espírito Santo.

Nele, não há contradições intransponíveis, figuras indecifráveis, antes, a luz é progressiva e constante. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. ”Prov 4; 18

E os “justos” de Deus não são aqueles que têm a ficha mais limpa no passado, antes, aqueles que recebem como Senhor a Cristo, que apaga tudo, e cria uma ficha nova.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Naturalmente mortos

“Mas, estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem perecerão na sua corrupção.” II Ped 2; 12

Depois de adjetivar alguns como falsos, dissolutos, avarentos, irreverentes, blasfemos, em sua dura diatribe Pedro os coloca no vale da irracionalidade; como animais, simplesmente; por fim, corruptos.

Antes de maior escrutínio cabe lembrar que, tais, circulam no meio cristão, como sendo dos tais, invés de uma postura de indiferença, oposição. Pode parecer insensato apreciar como mau, o domínio natural; afinal, acostumamos com expressões tipo: “A ordem natural das coisas”; “essa é a natureza do fulano”; “ Faz aquilo naturalmente”, etc. de modo que, seguir o curso da natureza parece ser a coisa certa. 

Entretanto, houve um “acidente” que trouxe  o homem, então, espiritual, ao domínio natural. Embora a primeira negociata corrupta feita no Éden prometera a divinização da espécie, na hora da “entrega” do que o homem comprara recebeu mera estatura animal, desprovido da vida espiritual, que tivera inicialmente, quando inda era “imagem e semelhança” de Deus. 

Salomão cogitou  do homem alienado de Deus, e chegou a conclusão semelhante; “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, também sucede aos animais, a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro;  todos têm o mesmo fôlego; a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.” Ecl 3; 18 e 19 

Desse modo, agir “naturalmente” preserva o “status quo” pós queda, que não é o objetivo Divino, antes, regeneração. A “carne” forma que a Bíblia usa para descrever a inclinação natural tende sempre ao seu curso, que, naturalmente, se opõe a Deus. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas, os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito, vida e paz.” Rom 8; 5 e 6 

Vemos que, em oposição aos que são segundo a carne há outros,  segundo o Espírito. De onde vieram tais? “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3; 5 e 6 

Só o novo nascimento faculta a vida espiritual; essa demanda submissão a Cristo para que sejamos guindados ao sobrenatural de Deus. Claro que andar contra a corrente requer uma constituição diversa da natural. Precisamente aí o Senhor começa o suprimento dos Seus. Digo, capacita-os a andarem segundo inclinação espiritual. “Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes  poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas, de Deus.” Jo 1; 12 e 13 

Claro que nova natureza requer igualmente nova, mentalidade. “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” I Cor 2; 16 Uma mentalidade de cunho espiritual, advinda de dimensão superior, necessariamente há de se opor à do mundo natural. “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 2 

Vemos que o alvo dessa mente transformada pelo Espírito não mais é a “ordem natural das coisas,” antes, a Vontade de Deus.  Nele carecemos renovação de entendimento por que o jeito desse mundo entender as coisas está obsoleto, ultrapassado. 

Assim, o pretenso homem espiritual que transita  sem contradições, com “bom encaixe” entre os naturais, não passa de  fraude, engodo; longe está de ter renascido. Num prisma oposto à criação a teoria de Darwin é engano; mas, esses semoventes que gravitam no éter das paixões naturais não passam de “animais evoluídos”, alienados da regeneração anelada por Jesus Cristo. 

Em suma: Se, em face aos animais são “evoluídos”, ante O Espírito não passam de ignorantes. Pedro os apresenta “blasfemando do que não entendem.” 

Um bom entendimento do caminho Excelso, forçosamente há de ensejar um novo modo de ser, como ensinou Paulo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17 

Não que um renascido não peque, não caia. Mas, quando isso acontecer, como o pródigo saberá a diferença de estar entre os porcos e a casa do Pai.