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terça-feira, 23 de junho de 2020

Arrebol


“Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro; uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala, mas onde não se ouve sua voz? Sua linha se estende por toda a terra, e suas palavras até ao fim do mundo.” Sal 19;1 a 4


Essa tardinha nos brindou com um arrebol que merecia ser fotografado, impresso e conservado numa moldura.

As nuvens encenavam uma espécie de cordilheira cinza-escuro, os raios do sol, por sua vez, plasmavam um incêndio na costa oeste dos “montes”, formando um quadro de rara beleza.

Alguém ilustrou que um homem/mulher de boa índole é mais ou menos assim. Como o sol inevitavelmente se põe com o advento da noite, todos, achamos nossos “ocasos” quando a morte visita.

E como aquele sai de cena atirando; digo, seus raios antes de se despedir ainda pincelam as nuvens com tinta laranja para deleite de quem pode ver, uma pessoa boa quando morre não morre totalmente; seus feitos, exemplos deixados, ainda pintam as nuvens na memória de quem conviveu consigo. Ou, além disso até.

Um bom exemplo, um feito virtuoso vence, mesmo ao tempo. De Abel e seu culto aceitável a Deus, cuja inveja de Caim lhe custou a vida, a Bíblia apresenta como algo capaz de falar até hoje; “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons; por ela, depois de morto, ainda fala.” Heb 11;4

No entanto, depois do Feito Majestoso do inocente Cordeiro de Deus em favor dos pecadores, nenhum sangue fala mais alto; (chegamos) a Jesus, Mediador de uma Nova Aliança, e ao Sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.” Heb 12;24

Que triste quando alguém vive tão mal, que, mesmo encontrando a morte ainda jovem, alguns que o conheceram dizem: Já foi tarde! Certamente não chegou a viver, embora tenha existido durante certo tempo.

Demócrito, um pensador da antiguidade dizia: “Viver mal, não refletida, sóbria e justamente, não é viver mal; mas, ir morrendo durante muito tempo.”

Então quando O Salvador chamou a quem lhe ouvia, da morte para a vida, além da salvação, óbvio, dádiva para ser recebida já, embora, ser desfrutada plenamente no porvir, trazia anexo uma mudança na qualidade de vida ainda aqui; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e ‘agora é’, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Vida eterna não tem a ver com duração da mesma, apenas, mas com a qualidade de vida, desde que, remida em Cristo.

Quando Paulo exortou a Timóteo, “Toma posse da vida eterna”, não o aconselhou a morrer, antes a viver conforme a Chamada, cuja transformação é necessária em quem recebe; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Embora a maioria se porte como se a vida fosse um convite para festa, onde devem se esbaldar, curtir, fazer e acontecer, a despeito do haja do outro lado, a coisa não é tão simples e inconsequente assim; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Quando O Criador recheou nosso crânios com cérebros fez isso tencionando que usássemos a massa cinzenta; nossas mentes cheias de maldades eram lousas todas rabiscadas de coisas indecentes; aos arrependidos o Salvador apaga e começa nova escrita segundo Deus; por isso, dos salvos Paulo diz que têm a Mente de Cristo.

Não que os cérebros possam algo autonomamente mas, em submissão ao Senhor, deixamos os raios do “Sol da justiça” pintar em nós o belo quadro de um caráter regenerado; de alguém que vivendo se torna sal e luz; e morrendo não morre tudo de uma vez, antes, ficam vivos todos os seus feitos segundo Deus; “... Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; suas obras os seguem.” Apoc 14;13

Assim, se a salvação não é pelas obras, mas pelo Sangue de Cristo, os remidos, necessariamente farão obras de salvos. “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Assim como nuvens obscuras ganham beleza com os raios do sol, nós pecadores contumazes podemos ser santificados, se a Luz de Cristo incidir sobre nós.

domingo, 26 de abril de 2020

O Rebanho e o Zoológico


“Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.” Jo 10;8

A Bíblia menciona pelo menos dois “Messias” que vieram antes e tiveram alguns seguidores, até; “Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; foi morto e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos, reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento; levou muito povo após si; mas também este pereceu e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37

Nos dias do alistamento foi quando Jesus nasceu; quiçá, informado do incidente dos sábios, algum aventureiro tenha pensado aproveitar-se do clima e se fazer líder de uma revolta; deu em nada.

Se, as ovelhas não seguiram aos ladrões e salteadores pretéritos, quem os seguira?

Pessoas que se identificavam com os tais. Afinal, não era a identificação que ligava “O Bom Pastor” às Suas ovelhas? “Quando tira para fora Suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem Sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;4 e 5

É natural alguém seguir a outrem, com o qual se identifica. Sócrates, o filósofo dizia que, quando aplaudimos alguém o fazemos por identificação, por esse alguém representar nossos anseios de beleza, talento, virtude... no fundo, aplaudimos nós mesmos. Acaso não vaiamos aquilo do qual discordamos?

Pois, mesmos cabritos com presunções ovinas também seguem mercenários com pretensões pastorais; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Como o chamado do Messias começa com o “negue a si mesmo”, nosso “aplauso” necessariamente será Dele, se, de fato somos ovelhas Suas. Nossa forma de pensar, sentir, desejar a vida, já não conta; antes, Sua mente deve ser a nossa; segui-lo não é caminhar estritamente, mas agir conforme Ele agiria estando em nosso lugar.

Não que alguém já fosse ovelha, e finalmente achasse um pastor pra seguir; antes, um predador foi deixado na cruz, convencido pela Palavra da Vida; uma ovelha gestada mediante novo nascimento, a qual, pelo Espírito consegue identificar-se com a Voz do Pastor.

O desafio do convertido que conserva a antiga natureza rapace é crucificá-la a cada a dia, mediante renúncia, não agindo conforme seus reclames, mas conforme a Voz do Pastor. Assim, se o predador deseja carne, a ovelha renascida é gerada do Espírito; seguir segundo Ele é sua dieta normal; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a Lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Duas leis; uma para julgar o mundo, outra para justificar os salvos. Aquela com dez mandamentos escritos; essa com uma síntese de dois, amar a Deus e ao próximo, coisas possíveis ouvindo a Voz do Pastor.

Por isso a transformação deve ser radical; novidade de valores, atitudes, de vida. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Se, somente andando em espírito não haverá condenação, como seríamos salvos seguindo a outrem que não fosse O Bom Pastor? Como disse Pedro: “Para quem iremos nós se só Tu Tens as Palavras de Vida Eterna”, ou, Ele: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”.

Portanto, mensagens de “tolerância e inclusão” tão em voga, o dito ecumenismo que considera válidas todas as crenças, a despeito dos ensinos, invés de “Um rebanho e Um Pastor” como tenciona O Eterno, se faz uma arca de Noé, um amontoado de todos os bichos, onde deveria existir ovelhas apenas.

Ainda que o Amor Divino seja universal, não morreu para salvar sistemas políticos, nem a sociedade; mesmo que Sua eficácia e propósito atinjam o mundo todo, morreu para salvar pecadores arrependidos, coisa que se verifica caso a caso, segundo a resposta de cada um. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

A Voz do Pastor é única; nos separa das demais; “... não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na Lei do Senhor...” Sal 1;1 e 2

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A Força Desejável


“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Notemos que esse venturoso, “forte no Senhor,” não é um brutamontes; antes, um de caráter reto, ou de caminhos íntimos, aplanados. Necessário entender que O Senhor nos fortalece para que sejamos santos, não fortes, segundo os conceitos vulgares de força.

O poder legado ao salvo não é para que vença outros, mas a si mesmo, em suas tendências à corrupção latentes na natureza caída; “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12 “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;20 e 21 Notemos que essa libertação guinda da condição de criaturas, para a de filhos de Deus.

Quando citamos, “posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”, o contexto imediato ensina que o “poderoso” em questão pode permanecer, tanto em momentos propícios, quanto, adversos, não mais; “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto a ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

Manter-se fiel nos dois lados da moeda: “No dia da prosperidade goza do bem, mas no da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14

“Todas as coisas” não deve ser levado ao pé da letra como se, o que alguém desejar, por insano ou imoral que seja, estará ao seu alcance se ele estiver “em Cristo”.

Acontece que esse “estar” demanda um câmbio radical no “ser”, o que reduz drasticamente “todas as coisas” ao escopo das que são lícitas e probas; pois, “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17 Portanto, “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

A “força” dos regenerados nem é força, estritamente; na verdade, algo superior; “... melhor é a sabedoria do que a força...” Ecl 9;16

Se temermos ao Senhor abraçaremos Nele uma vida de retidão, e seremos fortalecidos inda mais; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo.” Prov 2;7

Quando Paulo nos desafia a nos fortalecermos no Senhor, na força do Seu Poder, coloca em relevo verdade, justiça, fé, preparação do Evangelho e a “Espada do Espírito”, A Palavra de Deus. Essas armaduras não são para derrotar pessoas, antes, pecados.

Os pecados que estão no outro, num primeiro momento não me dizem respeito; preciso lutar contra os que estão em mim. Ainda que deva anunciar a salvação em Cristo a quem estiver ao alcance, a opção por tomar a cruz ou não, sempre será escolha arbitrária de cada um.

Para o enfrentamento às nossas próprias misérias latentes na natureza carnal carecemos da cruz; para o combate aos ardis do inimigo em disseminar enganos, ai sim, a Espada aludida. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Resulta que os “fortes” no Senhor, são cativos em seus entendimentos; invés do profano, “vós mesmos sabereis o bem e o mal”, somos fortalecidos para dizer não à ímpia sugestão e nos amoldarmos em espírito à obediência do Senhor.

Então, quando se diz que a fé remove montanhas, também aí cabe uma hermenêutica pontual; pois, se os fortalecidos no Senhor têm corações aplanados, parece que foi aí que, a fé, ensejando obediência removeu montes de obstáculos que separavam de Deus. “Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará; o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

O Eterno nunca nos desafiou: “Sejais fortes porque Eu Sou Forte;” Antes, “sede santos porque Eu Sou Santo.” Em suma, se o Reino é tomado com esforço, esse sempre será no sentido de sermos santos, pois é essa “força” que o Todo Poderoso deseja.

sábado, 22 de junho de 2019

A Gloriosa Leveza do Ser

“... se, alguém está em Cristo, nova criatura é ...”

Fazemos distinção entre filhos e criaturas; essas atinam a origem Divina da existência; terem sido criadas, apenas; os filhos o são pelo novo relacionamento, pela adoção mediante Cristo.

Isso não é mera “teologice” para impor dogmaticamente algo que queremos; a própria Palavra versa a necessária adoção para sermos filhos e apresenta as criaturas na servidão ao pecado.

“Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21

A distinção entre filhos e criaturas não é física, racial, religiosa... Uns são servos da corrupção, as criaturas; os filhos desfrutam gloriosa liberdade. Quando se fala em corrupção aqui, nada a ver com Brasília e afins. Corrupto é a aglutinação de duas palavras; romper e com. É uma ruptura a dois ou mais. Todo aquele que, confia em si mesmo em lugar de Deus, rompe com Ele associado ao mentor disso: O Capiroto. É um corrupto espiritual.

Não por seus méritos os filhos são espiritualmente livres; por não confiarem na sabedoria nem justiça próprias encomendam-se a Cristo, na ditosa segurança de servos Seus; aí, “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Outro dia ouvi uma acusação feita a mim e mais dois irmãos naturais e espirituais: “Vocês pensam que são os bons; que só vocês conhecem a Deus.” Isso de alguém que, bebendo de outras fontes, não da Palavra de Deus se pretende igualmente, filho do Eterno.

Na verdade é justamente o contrário. Sabemos que somos maus, indignos de confiança em nossas opiniões e percepções da vida; de modo que tentamos, embora falhos, pautar nossas vidas pelo que O Santo revelou em Sua Palavra. Quem reconhece que carece do Salvador não o faz por pensar que é bom; antes, por saber que é mau e se não for salvo estará eternamente perdido.

Os que escolhem o mal não fazem por questões morais, espirituais; antes, por vínculo afetivo. Os ouvintes de Cristo sabiam que comprometer-se com Ele demandava uma mudança no ser; eram tão afeiçoados aos seus pecados favoritos que não estavam dispostos a largá-los. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19

Se, “estar em Cristo” é um sinônimo do “Novo nascimento”, e esse nos transforma em filhos de Deus, como se diz que, nova “criatura” é? Simples: Todo o filho, exceto Cristo, é também criatura; embora, a maioria das criaturas, pela escolha resiliente das obras más se recuse a andar como filho.

Desde sempre deparamos com as oposições entre o ter e ser. Todavia, eu suspeito que essas não são, estritamente, coisas opostas. A oposição veraz consiste no confronto de dois seres; um, em Deus, o filho; outro, em si mesmo, a criatura.

Se, o homem natural tem sua “fé” nas coisas visíveis que faz de sua “filosofia” de vida a aquisição interminável de bens materiais, isso não o faz um “ter”. Antes, o desejo instante de ter revela um ser que ainda não é o que foi criado para ser. 


E como disse Spurgeon: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Malgrado a sua origem em Deus, como o pródigo pode estar entre porcos, distante de casa.

O colocar-se como Deus, sugestão da oposição, pela simples origem do ensino já nos joga nas areias movediças da maldição, da separação do Senhor. “... Maldito o homem que confia no homem; faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor!” Jr 17;5


Hoje ainda deparei com a ufanista frase: “Não espere coisas pequenas de um Deus tão grande”. Quisera saber em qual dos versos bíblicos isso se encontra. A Bíblia nos desafia à humildade; “... Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” Tg 4;6 Não consigo ver a humildade pleiteando coisas grandes.

Seremos testados no pouco; e nele sendo fiéis, um dia seremos colocados no muito; quando estamos privados é hora de sermos fiéis, não, arrogantes.

Quem se alegra em coisas mais que em Deus deveria suspeitar que ainda é velha criatura. Nosso ter, farto ou módico é a academia onde Deus exercita o ser. Quando ganharmos asas não mais careceremos muletas.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Servos da Ignorância

“Muitíssima gente estendia suas vestes pelo caminho; outros cortavam ramos de árvores, e espalhavam pelo caminho. A multidão que ia adiante, e a que seguia, clamavam dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!” Mat 20;8 e 9

O Salvador jamais buscou popularidade, sucesso terreno entre os homens, mas houve momentos como o relatado acima, em que foi ovacionado; recebido com festa. A dita Entrada Triunfal.

No entanto, a massiva aprovação que O saudava derivava da ignorância, não de uma compreensão clara da Pessoa, nem da missão do Salvador.

A excitação popular vinha da errônea expectativa que, O Senhor estabeleceria Seu Reino, então, livrando-os do jugo romano. Nessa enganosa esperança fizeram a coisa certa; Receberam-no como Rei, embora, não entendendo a natureza do Seu Reino, tampouco, as circunstâncias.

Engana-se quem pensa que a fé saudável seja como pipoca; que, a um breve calor espoca e saltita crescendo em estatura e leveza; muda sua cor opaca por uma nova alvura. Tendemos a “canonizar” nossos desejos quando devaneamos que cumpri-los para nós seria o alvo Divino. Nesse caso nós seríamos deuses e, O Eterno não passaria de nosso servo. O rabo abanaria o cachorro.

Crer em Deus não é mero acreditar na Sua Existência e tê-la como patrocinadora das minhas ambições naturais pecaminosas.

Antes, requer que eu abdique meus caminhos tortuosos, meus pensamentos viciosos e me submeta ao Santo que primeiro de tudo deseja mudar minhas mesquinharias rasteiras por valores melhores.

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio seu caminho; o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são os meus caminhos mais altos que os vossos; e meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;6 a 9

Conversão demanda que troque meus pensamentos pelos Divinos, “a Mente de Cristo;” minhas antigas aspirações não terão importância, uma vez que fui inserido numa dimensão superior que busca por coisas melhores, como exortou Paulo: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos; vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Veraz mudança de pensamento fatalmente ensejará mudança de atitudes; “... como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

E, o câmbio de ações mudará o ser; a regeneração à Imagem e Semelhança do Santo; fim da Obra do Salvador. “... daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;16 e 17

Então, o Ministro idôneo de Cristo, antes de tudo é um ensinador de justiça; labora pela conversão dos perdidos e edificação dos salvos, não, para legar “facilidades” em “Nome de Jesus” a gente de entusiasmo carnal que vibra na ignorância de Cristo e de si mesma, não discernindo entre trevas e luz.

Nosso labor, dos ensinadores da Palavra é para o “... aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes...” Ef 4;12 a 14

Infelizmente, na maioria dos lábios O Nome do Todo Poderoso é um conceito oco; uma ideia piedosa para compartir em redes sociais, tipo: “Quem tem Deus tem tudo, alcança tudo, conquista tudo.”

Primeiro, O Santo não é nossa propriedade, algo que possamos ter; É Nosso Senhor ao Qual nos cumpre servir. Isso, nos Seus Termos, segundo Sua Palavra. E, quem O serve deveras, nem precisa tocar trombetas sobre isso; as pessoas que o (a) conhecem presto identificarão, pois, “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14

Os demais, apenas tomam O Santo Nome em vão, excitados pela própria ignorância. Muitos dos que aclamaram ao Rei dos Reis na Entrada Triunfal, depois se juntaram a outra multidão que gritava: Crucifica-o! Pois suas doentias expectativas foram frustradas.

Deixemos vãs esperanças na cruz para que, na consumação do Reino, dele façamos parte.

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Direitos Autorais de Deus

“Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

Uma aparente contradição na questão do arbítrio aqui. Por um lado, “não do é homem...”; por outro, “... o ‘seu’ caminho”... Ora parece ter escolha, ora, não. Muitos já queimaram pestana tentando entender até onde somos arbitrários, e, desde onde, não.

Quando escolho algo, indiretamente escolho também os efeitos colaterais. Mesmo que, tais, não tencione. Por exemplo: Um nubente que escolhe seu par; querendo ou não, escolhe junto, sogros, cunhados, tios, avós, etc. Sua escolha prioritária foi de um cônjuge; os demais, que faziam parte do pacote foram consequência necessária da predileção primeira.

Então, há escolhas primárias, voluntárias, ativas; outras, secundárias, compulsórias, passivas. Simplificando: O que quero, e o que me disponho a aceitar pra ter o que quero.

Afinal, a liberdade proposta pelo Criador era limitada. “De toda árvore do jardim comerás livremente; mas, daquela...” Simplificando; somos livres em Deus dentro de certos limites; pois, mesmo francos temos que observar deveres.

Logo, o caminho é meu, no sentido de que posso escolher andar por ele, ou, não; mas, é do Senhor; a Ele compete estabelecer limites do probo, lícito, e aceitável na caminhada.

A rota alternativa proposta pelo inimigo; “Sereis como Deus sabendo o bem e mal”; exclui a ideia de limites; faz da doentia vontade humana o “parâmetro” às nossas ações. “Faça o que tu queres, pois, é tudo da lei”.

Não parece melhor esse? Inicialmente sim. Mas, suponhamos que iniciemos uma jornada rumo a determinada cidade; o fazemos pelo início, ou, pelo fim? Digo, caminhamos pela caminhada em si, ou pelo lugar aonde queremos chegar? Qualquer mente sadia dirá que é pelo fim, não, pelo começo que se avalia o proveito de um caminho.

E, “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, no fim são os caminhos da morte.” Prov 14;12

A autonomia proposta por Satã nos faz deuses alienados de Deus; se, durante o processo, nos deixa “soltos” para fazer o que quisermos, na hora da morte nossa “divindade” se revelará falsa, impotente; no juízo será rasgada a capa da “liberdade”; veremos que escolhemos à maldição, a morte. “Céus e Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência”. Deut 30;19

Assim, fica patente que temos direito de escolha; mas, do caminho apenas, cujos “efeitos colaterais” dependem do Senhor.

Pode parecer pouco a um mais exaltado concluir que nossa liberdade de escolha se restringe a podermos escolher fazer o que devemos perante O Criador; mas, pergunte-se a um anjo caído detido em prisões eternas que, não conta mais com essa liberdade, o quanto ela vale; ou, o quanto daria para tê-la ainda uma vez?

Nossa liberdade deriva do Amor de Deus, que, Sendo Amor, não deseja nenhum afeto forçado, pois, tal não existe. O único sentimento que pode ser gestado à força é o medo, jamais o amor. Galardoar com a vida eterna apenas ao amor sadio que corresponde ao Seu, são os “direitos autorais” do Criador, que, para esse fim nos gerou.

Quem já logrou corresponder ao Amor Divino e hauriu o gozo que isso traz jamais acusará ao Santo, como fez o inimigo de ter guardado o melhor para si. O perfeito amor enseja uma fusão Divino-humana e, deleite mútuo.

Por fim, se, até nas relações interpessoais a liberdade é limitada; como se diz, a minha termina onde começa a de outrem, por que em relação a Deus seria irrestrita?

De certa forma estamos condenados a ser livres, uma vez que, cada passo é uma escolha; de outra, somos desafiados a ser prudentes, pois, cada escolha trará consequências. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Semear na carne, sugestão do Traíra é endeusar minhas próprias predileções; no Espírito; reconhecer o Governo do Senhor e deixá-lo dirigir meus passos. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que, não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus livrou-me da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Como o inimigo estragou tudo em suas perversões inoculadas na espécie caída, a regeneração de Cristo muda tudo, outra vez; “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

sábado, 6 de outubro de 2018

Reengenharia Divina

“Porque, eis que eu crio Novos Céus e Nova Terra; não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. Mas, vós folgareis e exultareis perpetuamente no que Eu Crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, para o seu povo, gozo.” Is 65;17 e 18

A criação de Novos Céus e Nova Terra não deve ser entendida literalmente; digo, não, como se, O Criador implodisse aos existentes e, do nada criasse outros. Ainda que possa, não fará assim.

Vejamos o que diz A Palavra: “O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. Disse mais: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Apoc 21;5

Há uma diferença grande entre “faço novas” e, faço de novo; O primeiro caso significa renovar; o segundo, recriar.
Em que base se dará tal renovo? O juízo e a purificação das coisas erradas; após, total esquecimento delas. “... não haverá mais lembrança das coisas passadas...”

Ora, esse é o mesmo método pelo qual O Senhor nos faz novas criaturas, embora, de certa forma, sejamos as mesmas; Faz-nos renascer em Cristo, Seu juízo e misericórdia, depois, inocula em nosso espírito Sua Lei; “... Porei minhas leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus e eles me serão por povo.” Heb 8;10

Quanto às máculas da nossa vida pretérita diz: “Sujeitará nossas iniquidades; tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.” Miq 7;19 Ou seja: No tocante aos salvos também não há mais lembrança das coisas passadas. Não no sentido estrito de esquecimento, mas, de perdão, de não mais incidirem sobre nós as consequências dos erros.

A base para a gestação da nova criatura é estar em Cristo; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Do mesmo modo, os Novos Céus e a Nova Terra terão que estar absolutamente sob Seu Governo, para serem, enfim, renovados aos Divinos Padrões. Nós os convertidos podemos nos evadir ao juízo graças aos Méritos do Salvador atribuídos aos que se arrependem e se lhe submetem. Os demais serão julgados. Todas as coisas feitas sobre a Terra derivadas da maldição, digo, das escolhas avessas ao Santo serão desfeitas no juízo. A Nova Terra não herdará nenhum fruto da iniquidade.

“A voz do qual moveu então, (nos dias de Moisés) a Terra, agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão, também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam. Por isso, tendo recebido um Reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;” Heb 12;26 a 28

Notemos que A Palavra apresenta Céus e Terra como coisas móveis; O Reino como algo que “Não pode ser abalado.” Isso se alinha com o dito do Salvador; “O Céu e a Terra passarão, mas, minhas palavras não hão de passar.” Mat 24;35

Então, quando Pedro apresenta uma nuance do Juízo, o “fogo” deve ser entendido como a Ira do Senhor contra a iniquidade; “Mas, os céus e a terra que agora existem pela mesma Palavra se reservam como tesouro; se guardam para o fogo, até o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios.” II Ped 3;7

Não significa que o elemento fogo não faça parte do juízo; mas, esse “fogo” pode incluir terremotos, tsunamis, e outras formas cataclísmicas impensadas; tudo terá como motor a Ira Divina contra a rebelião pecaminosa; “Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23;20

Pois, além de redimir às criaturas que se perderam, também planeja O Altíssimo a redenção da Sua Obra; “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. Não só ela, mas, nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” Rom 8;22 e 23

O diferencial do Novo Céu e da Nova Terra não atina aos astros, clima, acidentes geográficos, mas, à certa “habitante” que O Eterno Ama; “Mas nós, segundo Sua promessa, aguardamos Novos Céus e Nova Terra, em que habita a justiça.” II Ped 3;13

Desse modo, quem quer se candidatar ao Reino credencie-se a tempo, em Cristo e Seus valores; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Materialismo "Cristão"

“Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono e adoravam ao que vive para todo o sempre; lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas; por tua vontade são e foram criadas.” Apoc 4;10 e 11
Para a reflexão em curso, não é prioritário saber quem eram os vinte e quatro; antes, qual sua estatura, e como se portavam diante do Todo Poderoso. Se, usavam coroas tinham recebido dignidade real; entretanto, diante do Rei dos Reis abdicavam delas, se inclinavam reverentes.

Tal postura nos parece mui lógica; é esse mesmo o lugar das coisas. Entretanto, nós, reles pecadores sem coroa nenhuma, sequer, da justiça, nos portamos muitas vezes como se O Senhor estivesse a postos para nos servir, aguardando ordens que lhe daremos em nossas “orações”.

Ora, o cerne do Evangelho é renúncia das humanas tendências, mortificação da carne, sujeição de corpo e alma ao Senhorio de Cristo; o “negue-se”; enfim, a cruz. Todavia, analisando muito do se canta ou prega, invés de cristianismo bíblico, hígido, transformador, temos a doentia febre antropocêntrica envernizada, sem noção.

Antropocentrismo, para quem não sabe, quer dizer, o homem no centro, invés de Deus; Ele chama-se Teocentrismo.

Deparo seguidamente com eufônicas mensagens baseadas na passagem da viúva pobre abençoada mediante o ministério de Eliseu; ou, a saga de José, como estímulos para que acoroçoemos sonhos grandiosos, pois, Deus “está pronto para realizá-los”. Cáspita! Que gente sem noção!!

Estão sujos, cagados, e invés de se lavarem se supõem em trajes de gala, perfumados, prontos pro baile. Se, pelo menos alimentassem suas cobiças em particular para evitar danos a terceiros; mas, pretendem ser expoentes da vontade Divina, despertando com suas heresias imodestas, as cobiças de outras vítimas das mesmas paixões.

Suas mensagens, abortos espontâneos; nascem mortas. Se, alguém inda não é convertido carece desesperadamente salvação; nada pode ser mais importante ou urgente. Invés de mandar sonhar coisas grandes, que tal acionarmos o “despertador” paulino? “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Porém, se alguém está abrigado em Cristo deve ser ensinado a mirar alvos que se coadunem com sua de fé. Paulo ensinou: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos; vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

O mesmo Salvador, aliás, entre outras coisas disse: “Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si. Basta a cada dia seu mal.”Mat 6;33 e 34

Ora, há sonhos que nos vêem que nada temos com eles, pois, estamos dormindo; desse calibre foram os proféticos, de José. Não desejou aquilo; sequer, entendeu; senão, nem teria corrido risco e contado aos invejosos irmãos. Foi iniciativa Soberana de Deus, tanto, dar os sonhos, quanto, seu cumprimento. Portanto, alimentar a fogueira da cobiça material com essa lenha, só perante incautos.

Por ser um convertido, e conviver com muitos deles, Paulo o apóstolo sabia bem o que esse milagre opera nas vidas em que se realiza; “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Desse modo, ouvir esses mensageiros presumindo e ensinado que, a ovelha come carne, soa lógico, como comprar gás para alimentar fogão à lenha. Não conhecem a Salvação; se, um dia conheceram, são, na linguagem bíblica, como cães que volveram ao próprio vômito.

Ora, Cristo se deu pelos pecadores para os regenerar; salvar o que se havia perdido, não, para alimentar cobiças de zumbis, mortos-vivos sem noção que profanam ao santo e nem percebem, tal, sua cegueira.

Vejo muitos pregadores nos púlpitos por aí que sonham com vida mansa, dinheiro fácil “em nome de Jesus” Claro! Vão trabalhar vagabundos, parem de mentir e explorar incautos!Quem sabe entrem pra política, filiem-se ao MST.

Por que olhamos para tão longe? Na era da Igreja temos ensinos claros sobre nossa relação com a matéria? “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e em muitas concupiscências loucas, nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e tranpassaram a si mesmos com muitas dores. Mas, tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6;9 a 11

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Se nascer de novo nasce gay?



“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos  também em novidade de vida. Sabendo isto, que  nosso homem velho foi com ele crucificado...” Rom 6; 4 e 6

Paulo ilustra os salvos como ressuscitados; não são outros, estritamente; os mesmos com outro modo de vida. Radical. Velhas tendências são reputadas como crucificadas, mortas. 

O Salvador ensinou o novo nascimento; Paulo explicou minúcias. Embora o apelo de Cristo seja à liberdade, tal é com limites; podemos escolher a quem servir. Evocando o passado dos crentes de Roma, o apóstolo os colocou sob certo senhorio; “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais?...” Rom  6; 20 e 21 Servos do pecado; a condição pregressa. Após Cristo, novo Senhor; “Mas agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação; por fim, a vida eterna.” V 22  

A liberdade preceituada é em relação ao domínio do pecado; servir a Deus traz, invés de vergonha, santificação,  vida eterna. Depois, concluiu a ideia dizendo que a condenação primeira era questão de justiça; a salvação, graça. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” V 23

Daí, como nascemos em nosso berço natural perde a relevância em face ao novo nascimento. Todos nascem iguais em relação ao pecado; ou seja: Inclinados a ele. “O que é nascido da carne é carne...” Jo 3; 6 “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8; 7

Desse modo, os que pleiteiam a aceitação do homossexualismo na igreja com o argumento que “nasceram assim”, se, acolhido seu pleito, também deve ser o de eventuais adúlteros, promíscuos, heterossexuais, pois, eles igualmente nasceram assim; digo, inclinados a isso.   

Onde ensinou o novo nascimento, O Salvador advertiu que ele se dá à partir da água e do Espírito. Uma vez mais é Paulo que interpreta em quê consiste a “água”. “Para  santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,...” Ef 5; 26  Enfim, nascer da água e do Espírito equivale a, da Palavra de Deus e do Espírito Santo. 

Pedro compara a vida natural com a espiritual realçando a superioridade dessa. “Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus; viva,  que permanece para sempre. Porque Toda a carne é como  erva; toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva,  caiu a sua flor; mas, a Palavra do Senhor permanece para sempre...” I Ped 1; 22 a 25 

Em suma, se o novo nascimento se dá à partir da Palavra com auxílio do Espírito Santo, eles, “Pai e mãe” devem escolher como amamentar ao infante. Ainda Pedro: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” Cap 2; 2 O contexto imediato ensina que esse “leite” é a Palavra de Deus. 

Paulo, posto que chegou a conhecer Jesus fisicamente disse que tal predicado não tinha valor; pra ele, nem pra ninguém. “Assim, daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, ainda que  tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, já não o conhecemos deste modo.” II Cor 5; 16  

Então, nem a “herança maldita” de Adão, nem eventuais laços sanguíneos seriam considerados; antes,  quem postulasse ter renascido, que produzisse frutos condignos à profissão de fé; “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas  passaram; eis que tudo se fez novo.” V 17.

Desse modo, quaisquer que sejam as “coisas velhas” que venhamos acarinhar; adultério, mentira, engano, promiscuidade, homossexualismo... morreram com o velho homem.   

Mas, se estão atuantes ainda, no jeito de ser do “novo”, há fortes indícios que não há novo nenhum; apenas, um verniz tentando pintar ao morto, de vivo. Claro que a santificação é gradual; mesmo os convertidos verazes ainda recaem em erros dos velhos hábitos. Porém, se pleitearem pela “canonização” do erro, invés de perdão, certamente, entre os salvos, estão no lugar errado. 

Não estou dizendo que alguém não pode ser gay, se desejar; mas, tal qual, se eu fosse torcer pelo Corinthians não deveria usar bandeira verde, por respeito aos demais corintianos; se alguém quiser ser gay, que não imponha tal postura onde é tida por erro abominável, simples assim.