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sábado, 9 de junho de 2018

A Segunda Casa

“Então Salomão congregou em Jerusalém... para fazerem subir a Arca da Aliança do Senhor, da cidade de Davi, que é Sião.” II Crôn 5;2

Então, isto é, após acabar o Templo, bem como, seus móveis necessários ao serviço; depois de tudo pronto, a Arca da Aliança foi buscada por ordem de Salomão. Ainda que, “Deus não habita em templos feitos por mãos humanas;” a Arca era um objeto sagrado, símbolo da Santa Presença; deveria sim, ser tratada com mais alta reverência.

As paredes da “casa” onde O Eterno anela habitar são revestidas com amor; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Diferente das falas vazias que ouvimos alhures pretendendo falar de amor, esse não é tão sentimento assim, que possa existir prescindindo de um comprometimento com o seu objeto; “... se alguém me ama guardará Minha Palavra...” Assim, se, o amor a Deus é o primeiro mandamento, tanto na Antiga, quanto, na Nova Aliança, esse demanda como demonstrativo de autenticidade o compromisso com a Palavra.

Alguns afirmam amar a Deus, entretanto, confrontados com justas demandas da Sua Palavra, presto dizem ser apenas um livro humano. Assim, na calmaria da conveniência acham Deus amável; nos ventos da responsabilidade evadem-se e blasfemam fazendo-O Mentiroso.

Entretanto, diverso do templo feito por Salomão, a vida espiritual após o novo nascimento em Cristo, não carece ser uma obra acabada, perfeita, para que, então, Deus nela habite. É justo, Sua Habitação Bendita, que aviva-nos na consciência, edifica possibilitando conhecer Seu Ensino, consola nas nossas dores, e nos garante Sua assídua presença, quer, passemos pela água, quer, pelo fogo.

Como dissemos, a Arca era símbolo da presença, não, estrita habitação do Senhor, que, certa vez permitiu que fosse tomada pelos inimigos de Israel, quando, fizeram dela um ídolo, invés de um símbolo como era.

Assim, se, a presença da Arca contendo A Palavra do Senhor estava vinculado aos que pretendiam compromisso com Ele, igualmente agora, um mínimo de conhecimento e prática da Palavra se espera de quem pretende ser servo do Senhor. Essa balela do “sirvo a Deus do meu jeito” atua do jeito de Satanás, pois, foi ele que sugeriu e “facultou” tal “autonomia”, ensejando a queda.

Não nos enganemos, pois; quem não tem paladar para a Palavra de Deus, não tem Deus habitando em si. Escrevendo aos “recém nascidos” Pedro ordenou que buscassem a devida “amamentação natural”, para que o bebê não morresse; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

E, habitados pelo Santo já, foram comparados a obras em andamento; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” V 5

Assim, o “leite” é para os novos convertidos; os edificados um tanto já precisam dieta mais sólida; aprofundamento; “Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;13

Esse aprofundamento certamente nos enriquecerá com o Conhecimento de Deus; necessariamente impactará nossas vidas, de modo a exceder nossos limitados templos, em busca de novos servos para Deus. “Vós sois a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz;” I Ped 2;9

Tendo já feito pelo Espírito Santo, o ditoso percurso, “das trevas para a Luz”, o mínimo que se espera é que sejamos cooperadores para indicar o caminho a outros alvos do Amor Divino.

Esses que acenam a conversão como bilhete lotérico para “melhorar de vida,” a rigor, são patifes mentirosos que jamais conheceram Deus.

No âmbito pessoal passamos da morte para a vida; ou seja, recebemos vida nova; no funcional, no Corpo de Cristo, é para que laboremos pelo Reino Daquele que “nos amou primeiro” como forma de correspondência e gratidão por Seu amor; assim, “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça...” a busca prioritária das demais coisas é indício de alienação do Deus Provedor.

Enfim, se no primeiro Templo era preciso acabar antes da Santa Presença, agora, carecemos dela desde o início, para que haja templo e sejamos aperfeiçoados. “Tendo por certo isto mesmo, que, aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

A primeira casa, a natural foi edificada com os refugos do mundo ímpio; a segunda, após o novo nascimento em Cristo, precisa ser feita nos Divinos parâmetros da Sua Palavra, só assim, “A glória da última casa será maior do que a da primeira...” Ag 2;9

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Inimigos Íntimos

“Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora contra sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.” Miq 7;6

A Bíblia é recorrente em apresentar casos de inimigos oriundos do mesmo sangue; Caim matou seu irmão Abel; Esaú odiava ao gêmeo Jacó; os irmãos de José fizeram o mesmo, etc.

Embora, nosso senso lógico tenda a ver em estranhos, ameaças, e na família, o porto seguro, muitas vezes as coisas não são assim.

Infelizmente, até na família da fé, a igreja, são os de dentro que nos fazem dano. Os de fora, embora haja escarnecedores também, a maioria nos respeita, sobretudo, se tivermos bom testemunho ante eles.

Aliás, essa é a ideia quando Cristo diz que somos “O sal da Terra e a luz do mundo”, pois, amplia: “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

Muitos textos acabam sendo necessários, para correção das heresias que são compartilhas por gente que se diz, cristã. Pior, não só heresias, há os “memes” essas zombarias virtuais que fazem sobre os nossos problemas, que existem, coisa para consumo de todos, mesmo sendo a maioria dos nossos contatos de gente não convertida.

Ora, A Palavra ensina: “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu... Tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;” Ecl 3;1 e 7

Se, há um tempo em que o cristão maduro deve estar calado sobres assuntos internos da Igreja é quando está perante aqueles que não compartilham de sua fé; Não que deva ser hipócrita fingindo não haver problemas onde há; mas, deve ser prudente e perante aqueles que deveria apresentar a Luz de Cristo, jamais acenar com as baixarias da carne.

Um exemplo: Muitos compartilham um chiste que diz que certos crentes precisarão dois caixões quando morrerem; um para o corpo, outro, para a língua; dado, serem muito fofoqueiros. Mas, esse “irmão” que lança esse lixo numa rede social que pode ser acessada pelo mundo inteiro é o quê? Não existe língua maior que essa, que demandará um contêiner para ser enterrada. Mas, o sem noção se sente “espiritual” fazendo isso.

Outros mostram o culto do “Show Gospel” hiperlotado, e o de estudo da Palavra de bancos vazios. A conclusão que meu cavalo chega, ele usa certa lógica, é que o irmão que posta isso deprecia o oba-oba na Igreja e ama estudar a Palavra; mas, se é mesmo assim, por que não aprende e pára de postar estrume e começa a mostrar seu conhecimento escrevendo, ou, partilhando coisas que sirvam para edificação, salvação? Meu cavalinho rumina até agora sem entender.

Nunca vivemos um analfabetismo Bíblico tão engajado como o atual. É tanta porcaria escrita, ou, compartilhada, que o diabo poderia tirar férias; esses “crentes” se encarregam de dar trabalho e envergonhar aos que amam a Obra e labutam com seriedade. Por que não aprendem a calar a boca já que não sabem o que falam?

Crescimento físico é algo espontâneo, quase imperceptível; o corpo alimentado, hidratado, certo curso de tempo e logo, um que era infante assoma como adulto no palco da vida.

Entretanto, o crescimento espiritual não é assim. Depende de quanto nos alimentamos da Palavra. Ou seja: Ouvir com diligência, e pautarmos nosso ser, nosso agir, pelo que aprendemos. 

Senão, o tempo passará e não seremos mais que meninos velhos. Alguns Hebreus padeceram esse mal, vejamos: “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;11 a 13

Ser menino é uma coisa boa, no prisma espiritual; se, meninice significar pureza, inocência, dependência do Pai, humildade; agora, pretender falar como mestre e se portar como menino que é problemático. Paulo sintetiza: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas, sede meninos na malícia e adultos no entendimento.” I Cor 14;20

Ele, no início com zelo sem entendimento servia ao inimigo pensando servir a Deus; esses fazem o mesmo. Uma hora O Senhor os chamará e perguntará: Fulano, por que me persegues?

“A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver.” Bertrand Russel

sábado, 2 de dezembro de 2017

A pequena grande estatura

“Até que todos cheguem à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina...” Ef 4;13 e 14

Quando Paulo alude à Estatura de Cristo como alvo, de certa forma soa-nos a missão impossível. E, essencialmente é. Nenhum de nós, o mais santo dos homens que já viveu, vive, ou, viverá atingirá tal esplendor.

Contudo, a “perfeição” desejada é antes, funcional que essencial; ou seja, mesmo que fiquemos a anos-luz do Ser, do Senhor, Ele É Criador, nós, criaturas podemos agir como Ele agiria em termos de maturidade, diante de eventuais embates; heresias, sobretudo. “... não sejamos mais meninos inconstantes levados em roda por todo vento de doutrina...”

A Epístola aos hebreus cobrou daqueles, exatamente, essa “perfeição”; maturidade espiritual, discernimento. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos ensine os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não, de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas, o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.” Heb 5;12 a 14

Invés de, decidir sobre o bem e o mal, discernir a ambos; identificá-los mesmo quando se acham camuflados. Coisa que Paulo declarou impossível aos homens naturais, e, “natural” aos espirituais. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Se, pois, em antítese à perfeição colocou “meninos inconstantes”, óbvio que sua ideia é mesmo a maturidade espiritual. Quando escreveu seu célebre texto sobre o amor, equacionou a vaidade frívola dos dons em si e disputas parciais com meninice; por fim, evocou seu próprio crescimento como uma sutil exortação a que o imitassem; “Quando eu era menino falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

Por que o homem natural não consegue ver espiritualmente? Duas razões concorrem; um lapso e uma barreira. Após a queda todos resultaram espiritualmente mortos, daí, “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 Além disso, “...o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho...” II Cor 4;4

Entretanto, mesmo os renascidos por sonolentos, omissos, podem ser enganados pelos ministros de Satanás transfigurados em ministros de justiça. Desgraçadamente essa geração “fast food” não tem paladar para a Palavra de Deus; é presa fácil dos enganadores, pois, a identificação do falso requer conhecimento do verdadeiro.

O “cristianismo” de muitos se limita a compartilhar e dar seus améns às “orações poderosas” que circulam; porém, conhecer À Palavra do Todo Poderoso, por ela, Sua Vontade, aí são poucos. Os ministros da moda desafiam os incautos a fazer grandes sacrifícios como prova de fé; quanto maiore$ o$ $acrifício$, mais fé. Ora a Palavra de Deus é categórica: Deus não quer isso; antes, deseja ser conhecido, amado. “Pois desejo misericórdia, não, sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos.” Os 6;6

Por isso, Pedro desafiou aos nascituros que tivessem apetite pelo seio materno; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

Muitos devaneiam em vestir roupas novas sem tomar banho; querem o exercício dos dons espirituais, sem se deixar ser purificado pela ação do Espírito. A primeira mudança se requer em nós, nosso caráter, para sermos capacitados pela Sabedoria Divina a ajudar outros; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;7

Em outras palavras: Só receberemos autoridade espiritual após sermos devidamente exercitados na submissão; “Estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” II Cor 10;6

Enfim, a Estatura de Cristo de nós requerida nada tem com grandeza; antes, com maturidade, humildade. “haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas, esvaziou-se, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana humilhou a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;5 a 8
Os maiores espiritualmente não se fazem notar; contribuem para que Deus seja notado.

domingo, 24 de setembro de 2017

Os Meninos Velhos

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, feito homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

O mau proceder no exercício dos dons espirituais; as “coisas de menino” a que Paulo se referia; identificara os tais, divorciados do amor, portanto, inúteis. Porém, deixando isso, consideremos quais os insumos necessários ao crescimento espiritual.

O Salvador não comissionou apenas para pregar o Evangelho; antes, disse: “Fazei discípulos”; Logo, dos salvos se requer algo mais que crer, simplesmente; que aprendam as razões da esperança, como disse Pedro; ou, entendam a teor da sua fé.

Acontece que, temos “outro Evangelho”, ou seja: O mesmo, transtornado por mercenários. Se, são meros interesseiros materiais no conteúdo de suas mensagens, por que seriam altruístas, espirituais, pastorais na forma? Digo; se, miram dinheiro apenas, tudo que precisam é convencer seus manipulados a desembolsá-lo, por que perderiam tempo ensinando?

Desse modo, não se furtam a oferecer de modo imediato, pontual, algo que depende de um processo longo. “Receba hoje tua vitória! Tua vida nunca mais será a mesma, Deus entrou com providências hoje, receba!” São alguns bordões de gente leviana, inconsequente, travestida de obreiros.

O Salvador não era tão veloz assim; “Vinde a mim... tomai meu jugo... aprendei de mim...” Dizia. Claro que, para alguém ser discipulado carece que tenha se convertido de fato; senão, o labor do mestre será inútil como tentar verter lobos em herbívoros.

Ainda assim, convertidos, não crescem quando são preguiçosos em assimilar o ensino; se fazem resilientes ao novo, ao conhecimento; fecham-se em limitações bitoladas, fanáticas, dando ao emocional a prioridade em lugar do racional. “Eu gosto assim, aprendi assim, nem tente me mudar”; já ouvi tanto isso de gente que carece desesperadamente crescer um pouco.

Caso semelhante foi identificado em crentes hebreus: “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não, de sólido mantimento.” Heb 5;12 Tendo “idade” para ser mestres ainda eram meninos.

Estudar não é uma coisa agradável, mas, são preciosos os frutos que produz. Entre eles, um discernimento tal, que deixa os hereges falando sozinhos, invés de segui-los. O mesmo Paulo disse noutra parte que o ensino era “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo erro dos homens que com astúcia enganam...” Ef 4;14

Ora, precioso é sinônimo de alto valor, preço; e preço, sinônimo de custo. Querer de modo imediato e sem custo, coisas que demandam tempo e esforço seria anelar que a semente nasça e frutifique no mesmo dia.

Nos anos 50 a indústria farmacêutica descobriu uma droga chamada Talidomida, que, entre outras coisas acabava com o enjoo durante a gestação; foi um achado para as mulheres. Porém, mais tarde se descobriu que interferia na formação dos membros dos fetos que nasciam com defeitos nos mesmos e até, faltando braços, pernas; quando médicos japoneses identificaram que era a droga que causava aquilo, havia mais de dez mil crianças atingidas.

Assim, na inocente intenção de encontrar alívio para um desconforto eventual, as mães eram levadas ao encontro de males muito maiores.

De modo semelhante, a igreja atual tem tomado a droga do comodismo, da negligência no ensino; esse “alívio” de trabalho tem ensejado a má formação dos membros; uma geração de mutilados espirituais, que, não é capaz de andar sem algum engenho acessório; shows carnais, luzes, fumaça colorida, fama, fetiches, charlatanismo, idolatria de cantores e obreiros, como se, a Presença Bendita do Senhor não bastasse.

O estudo parece pesado no princípio, à medida que nos exercitamos nele se torna natural. “Se como a prata a buscares (a sabedoria) como a tesouros escondidos procurares, então entenderás o temor do Senhor, acharás o conhecimento de Deus... quando a sabedoria entrar no teu coração o conhecimento será agradável à tua alma.” Prov 2;4, 5, e 10

Quantos por cento dos crentes atuais leram a Bíblia de capa a capa? Cinco? Lendo entenderam? Duvido. No entanto todos eles colocam em algum lugar, geladeira, carro, “O Senhor é O Meu Pastor.” Embora não estejam muito aí, para o que O Pastor Falou. Depois tornam-se alimento de lobos e não sabem por que.

Nosso país nunca esteve tão imbecilizado como agora; basta ver as produções “artísticas” da moda; lixo. Mas, os cristãos são chamados à sabedoria; não descansemos enquanto não tivermos conseguido.

O adulto espiritual não é identificado pelo tempo; antes, pelo paladar, discernimento, valores; “o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.” Heb 5;14

sábado, 2 de janeiro de 2016

Meu saldo, por favor!

“Se te mostrares fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.” Prov 24; 10

Diverso da força física, cuja aferição deriva da capacidade de suportar, ou, mover determinados pesos, a têmpera da alma se prova em face às angústias. Além de provar à existente, pode forjar a que falta, dependendo de nossa reação. “Tribulação produz paciência... perseverança.”

Tendem as pessoas, a serem cordatas, pacíficas, equilibradas, quando tudo vai bem; mas, ao menor sinal de angústia, fraquezas vêm à tona. Portam-se de modo queixoso, vitimista, como se a vida lhes estivesse negando um direito, devendo algo.

Em nossos bens financeiros, achamos normal irmos ao Banco e conferir o saldo para sabermos do quê, dispomos. Contudo, já nos ocorreu que as adversidades, tribulações, pode ser Deus evidenciando nosso saldo de têmpera psíquica, espiritual, para que, uma vez negativo, nos preocupemos em buscar o que falta?

Se, a compleição física, e consequente força, se aperfeiçoa mediante exercícios, nas coisas da alma, não é diferente. Paulo disse: “Todo aquele que luta, de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Assim corro, não como a coisa incerta; combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo meu corpo, o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Cor 9; 25 a 27 A abstenção dos apelos naturais era sua “academia” para fortalecimento da alma.

A Timóteo, reiterou a ideia com outras palavras: “...exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas, a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4; 7 e 8

Na epístola aos Hebreus, há uma reprimenda porque, malgrado os anos de “malhação”, suas almas ainda eram frágeis, em discernimento, sobretudo; “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais que se vos torne a ensinar quais os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não, de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, é menino. Mas, o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5; 12 a 14

Que prazeroso deve ser para Deus, quando verifica nossas contas no Banco dos Céus, e depara com vultosos depósitos de fé, confiança irrestrita!

Pensemos num grande exemplo de fé, da Bíblia: cinco entre dez, lembrarão Jó. O quê evidenciou o calibre de sua fé, senão, a grandeza da angústia na qual foi testado? Se, dadas as enormes injustiças que sofreu, fraquejou em compreender os motivos, em momento algum duvidou de Deus, a ponto de negar a fé, antes, disse: “...eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois de consumida minha pele, contudo, ainda em minha carne verei a Deus; vê-lo-ei, por mim mesmo, os meus olhos, não outros, o contemplarão; por isso os meus rins se consomem no meu interior.” Cap 19; 25 a 27

A têmpera espiritual demanda exercícios pesados. Camões, o poeta, disse: “A verdadeira afeição, na longa ausência se comprova”, Digamos que, Deus quisesse mensurar nossa afeição, e se “ausentasse” durante vasto tempo; não respondendo nossas orações, não realçando a alegria da salvação, tampouco, livrando das dores da vida: Como seria nossa reação?

A força se armazena precisamente para horas de luta. Imaginemos um campeão de MMA, em casa, com seu filho no colo, brincando. Sua força descomunal existe, mas, sequer faz sentido naquele contexto; contudo, entrando no octógono é preciosa, depende dela pra manter seu cinturão.

Assim, nós, quando tudo vai bem, ainda devemos ter nossa reserva, para as lutas que, inevitavelmente virão. O guarda-chuva serve quando chove. Num mundo maligno onde somos estranhos, peregrinos, “chove” todo dia; digo, nossa fé é testada, bem como, nossa perseverança.

Na verdade, à luz de alguma maturidade espiritual, invés de estranharmos o concurso das angústias, deveríamos estranhar sua ausência. A calmaria se dá, porque não incomodamos ao inimigo, sequer, salvos somos, ou, pode ser que o recuo das ondas seja o movimento lógico do mar preparando uma tsunami.


À medida que o tempo se afunila, tendem a viçar as angústias; diferente do que ensinam muitos imbecis da praça, a fé não é gritar meus temores “ordenando” que Deus faça que eu quero; antes, submeter-me incondicionalmente a Ele, não obstante, permita que eu sofra o que não quero. Se às circunstâncias, parece distante, a fé reaproxima. “invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” Sal 50; 15