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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O Homem e o Tempo

“Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado.” Prov. Chinês

Não só o tempo gasto será maior, como o esforço, segundo Salomão; “Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve redobrar a força; mas a sabedoria é excelente para dirigir.” Ecl 10;10

Mais força e tempo empreendidos para o mesmo fim, por não estar, a ferramenta, devidamente afiada.

Todavia, o mais grave que se observa nem é o desleixo para com a ferramenta, mas a falta de objetivo, foco; de saber qual árvore convém derrubar.

Muitos tentam ludibriar ao tempo mentindo para si mesmos; demasiado afeitos às paixões da mocidade presumem-se ainda jovens, quando o viço da juventude escoou há muito entre os dedos do tempo.

Ostentam-se com vestes desproporcionais aos dias, usam “desfibriladores” químicos tentando trazer o corpo dos desejos de volta à vida; em cumplicidade coletiva chamam de “melhor idade” seus dias onde, tentam aparentar outra idade, “pior” que já passou.

“Muitos de nós lamentam-se, recordam os prazeres da juventude e, ao lembrar do amor, da bebida, da boa comida e outros prazeres, atormentam-se como pessoas privadas de bens notáveis, que em outra época viviam bem e, agora, nem ao menos vivem. Vários manifestam pesar pelas ofensas oriundas dos parentes e imputam à velhice a causa de tantos sofrimentos. Contudo, em meu modo de ver... se enganam a respeito da verdadeira causa de suas misérias... No que diz respeito aos desgostos, aos aborrecimentos domésticos, estes têm apenas uma causa, Sócrates, que não é a velhice, mas o caráter dos homens. Se eles tiverem bom caráter e espírito equilibrado, a velhice não lhes será um fardo insuportável. Para os que não são assim, tanto a velhice quanto a juventude lhes serão desgostosas.” (A República)
Palavras ditas há dois milênios e meio, que não sofreram a ação do tempo; a sabedoria sempre vive na “melhor idade”.

Se, “tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do solEcl 3;1 Parece que uma visão extática que não se amolde à marcha temporal, a rigor, nem é visão, mas privação dela.

Paulo aludiu à adequação necessária; “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11
Seu escopo era o crescimento espiritual, que, nem sempre é automático ao decurso do tempo; requer diligência para crescimento; “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus...” Heb ;11 e 12

Quando alguém se faz indiferente, ou negligente à Palavra, por certo usa seu tempo para coisas “mais importantes”.

Cada dia vivido é um dia morrido em nosso tempo terreno, como disse o poeta Fernando Pessoa. Ah, ocorre-me Demócrito, um pré-socrático que viveu antes daquelas falas de “A República”. “viver mal, não refletida, justa e piamente, - disse – não é viver mal, mas ir morrendo durante muito tempo.”

Os antigos, não dispondo de um milionésimo dos recursos didáticos nem, da Revelação que temos sabiam mais que nós. Quem não tem sede de saber bebe de outras fontes e, em geral, não temos; eles tinham.

Somos chamados em Cristo a não mais valorarmos o tempo como se, restrito ao prisma natural; “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna...” I Tim 6;12

Então, os espiritualmente cegos que, tentam colocar mil toneladas dentro de um litro, além de insensatos se fazem miseráveis; “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Comamos e bebamos que amanhã morreremos”, a “filosofia” dos céticos Saduceus ainda norteia o viver de muitos “cristãos,” cujo bem é o prazer imediato; o mal, a renúncia dele. Usam seus “machados” contra a Árvore da Vida,” quando, deveriam fazê-lo contra a da ciência que enseja pretensa autonomia ao Criador.

Acontece que, também Ele dispõe de uma ferramenta assim, bem afiada. “... agora está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” Mat 3;10

Os frutos que O Agricultor demanda das Suas Árvoresnão sofrem restrições ante à decrepitude; O Espírito Eterno jamais perde Seu Vigor; “Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é Reto. Ele é minha Rocha; Nele não há injustiça.” Sal 92;13 a 15
“Muitos pretendem aprender viver melhor, quando deveriam aprender a morrer melhor”. Watchman Nee

domingo, 27 de maio de 2018

A Bíblia é verdade?

“... Como sabe este, letras, não as tendo aprendido? Jesus lhes respondeu, e disse: Minha doutrina não é minha, mas, daquele que me enviou. Se, alguém quiser fazer a Vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus, ou, se falo de mim mesmo.” Jo 7;15 a 17

O existenciário comum do Salvador, de família conhecida, mãe doméstica, pai carpinteiro, Ele, idem, não combinava com toda sabedoria que vertia dos Seus lábios. Como sabe isso se jamais estudou? Questionavam.

Invés de apresentar um diploma superior, Ele desafiou Seus ouvintes a descobrirem por si mesmos a origem do Seu Saber. “Se, alguém quiser fazer a Vontade Dele... conhecerá...” Acontece que o Testemunho de Deus não é algo externo que ondule nas cores de uma bandeira, soe na monotonia de um mantra, figure na confecção de um amuleto, ou possa ser plasmado na forja de um ídolo qualquer.

“Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão, o espírito do homem, que nele está? Assim, ninguém sabe as coisas de Deus, senão, O Espírito de Deus. Nós não recebemos o espírito do mundo, mas, o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Ele.” I Cor 2;11 e 12

A purificação que A Palavra e O Espírito obram só pode ser “vista” por dentro, pois, é ali, na consciência, antes, culpada, que se dá a “Lavagem da regeneração”; “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências...” Heb 9;14

Assim, somos constrangidos por Seu Amor a crer para aceitar; obedecer para conhecer. Crendo se dá o novo nascimento da água e do Espírito; o recém nascido recebe um “tradutor” que simplifica o idioma celeste, onde, a Divina Vontade se lhe faz compreensível. Sem isso, nada feito.

Às vezes leio alguns ensaios “espirituais” pretendendo aprender algo; malgrado, as credenciais do autor, doutor em teologia, professor da PUC etc. frustro-me, pois, deparo com um portentoso arranjo de rebuscadas expressões filosóficas, que, como flores de plástico padecem da ausência de vida.

Não existe tratado espiritual vivo, nem vivificante, se, sua fonte não derivar da Bendita Palavra de Cristo. Pois, como vimos acima, não são os que estudam que conhecem, mas, os que praticam. A forja da teoria em seus melhores produtos faz apenas lustrosos hipócritas.

Nunca houve uma geração com tanta dificuldade ante os fatos. Tudo melindra, ofende, causa danos psicológicos, sobretudo, a verdade. Quando os corpos acusam a olhos vistos o peso da decrepitude, a geração de imbecis que cultua a mentira sentencia: “A melhor idade”. Melhor para quê, se, os corpos já não respondem aos anseios das almas que embainham?

Deus não se ocupa em dourar pílula nenhuma, antes, toca o dedo na ferida: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;” Ecl 12;1

Claro que se pode ser feliz na velhice, ser frutífero vivendo com sabedoria; mas, essa deriva apenas da fonte aquela; “Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos, vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto...” Sal 92;13 a 15

Quando apresentamos a Palavra, os que a resistem escudam-se em suas religiões como um direito seu; equalizar religião seja a qual for, com salvação, relacionamento com Deus é um traço indelével de quem ainda ignora o idioma do Céu.

Outros alinham o Evangelho à condição social; vertem “pobres de espírito” que significa humildes, em, pobres, simplesmente, como se fosse a mesma coisa. Não é. Conheço gente que precisa morrer em pé para não invadir propriedade e é orgulhosa.

A salvação nos desafia à loucura de crer, não à “Lógica” dos que tropeçam em coisas banais. “Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;20 e 21

Enfim, não que a fé seja cega como se diz, mas, ousa o primeiro passo apenas crendo; à medida que começa andar na senda espiritual começa a ver cada vez mais, onde o incrédulo nada vê; “A vereda dos justos é como luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Os que dizem que a fé é cega julgam olhos alheios pelos seus, pois, “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1