Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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sábado, 20 de junho de 2020
O quê tem no fim do caminho?
“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12
Se, aos nossos olhos até os caminhos da morte conseguem a façanha de parecer direitos, necessária a conclusão que, a contribuição dos olhar pouco vale, nos domínios espirituais.
A sugestão independentista do traíra, “vós mesmos sabereis o bem e o mal” se revelou uma farsa que, deveria ser parafraseada assim: A vós parecerá bem o que é mal, ou, reféns das aparências, doravante, não mais podereis discernir as coisas.
Se, na essência as coisas são o que são, a despeito de apreços externos, nesses, podem ser mudadas mediante artifícios, visíveis ou interpretativos. O truque pode estar na alegoria, ou, no enredo.
Normalmente é nessa área, do sentido das coisas, que o inimigo trabalha. Quando cega suas vítimas não o faz atingindo retinas, antes, neurônios; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4 Se, a fé pode ser alegorizada como olhos, a incredulidade como derivada da cegueira, ou quiçá, a causa; ambas estão interligadas.
Paulo disse que orava pelos cristãos efésios pedindo “... que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento...” Ef 1;17 e 18
Por isso, quando A Palavra menciona os “olhos da fé” evoca, antes, uma convicção interior do que, algo visível; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1
Desse modo, se meus olhos naturais são potenciais vítimas de engano ao escolher um caminho, os da fé, que necessariamente serão obedientes ao Senhor, delegam a Ele a escolha dos rumos; “Confia no Senhor de todo o teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos...” Prov 3;5 a 7
Mediante Isaías O Eterno expusera que a escolha pelos Seus caminhos é necessária pela excelência que eles encerram, mais que, pelo estabelecimento de hierarquia; “Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, assim são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55; e 9
Mesmo aqueles que conhecem na íntegra a Palavra de Deus, não terão em cada vicissitude da vida um preceito bíblico estrito, para tomar uma decisão; todavia, terão um princípio que norteará a mesma deixando-a adequada perante a justiça Divina.
Um princípio que legisladores e políticos mencionam seguido e quase nunca observam: Isonomia. “Portanto, tudo que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12
O que tem causado tantas diatribes e protestos contra o famigerado STF? Processos contra corruptos célebres, amigos dos ministros caducam e prescrevem ser ir a julgamento; insinuações de delitos contra desafetos do tribunal (que se porta como opositor do Governo, não imparcial como deveria ser) já são alvo de buscas e apreensões ao arrepio das competências e do rito legal.
Esse tipo de coisa não se verá no Tribunal de Deus. Dois pesos e duas medidas perante O Santo é algo abominável; “Seria eu limpo com balanças falsas, com uma bolsa de pesos enganosos?” Miq 6;11
Se, a proteção Divina é assegurada aos fiéis, passando esses pela água ou pelo fogo, a própria fidelidade também é uma proteção quando tiverem que passar pelo escuro; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, e firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10
Afinal, caminhar “no escuro” nem é tão escuro assim, se armazenamos em nós porções necessárias da Palavra da Vida; “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, luz para meu caminho.” Sal 119;105
Não significa que os olhos não sirvam para nada na senda eterna; podem ver coisas que testificam do Criador; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu eterno poder, quanto Sua Divindade, se entendem e claramente se veem, pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20
Nosso problema não é falta de luz, mas de paladar, sentimento por ela; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz...” Rom 3;19
Para quem, “parece direito” fugir da luz, onde reclamará se acabar em trevas eternas?
“Trágico não é as crianças com medo do escuro a verdadeira tragédia são os adultos com medo da luz;” Platão.
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Os milagres e a vida
“Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis.” Jo 4;48
Muitos que viveram nos dias do Salvador mesmo vendo sinais e milagres extraordinários não creram; pior; entregaram O Senhor à morte, temendo mais indispor-se com o Sinédrio que os instigava a gritar: Crucifica-o! ou, com os romanos; noutras palavras, temeram mais aos homens que a Deus.
Embora um milagre tenha esse efeito colateral de despertar a fé em alguns, em muitos casos, a má índole está entranhada de modo tal, que milagre nenhum consegue desentocá-la.
Como dissera Platão: “Trágico não é as crianças temerem o escuro; a real tragédia é os adultos terem medo da luz.”
A verdadeira fé repousa sobre a Palavra, não necessita de milagres. Se, a mesma ensina que tudo o que há foi criado pelo Eterno, então, a fé pode fartar-se de milagres apenas abrindo os olhos; “Os céus declaram a Glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala onde não se ouça sua voz. A sua linha se estende por toda terra, suas palavras até ao fim do mundo...”
Charles Spurgeon comentando isso disse algo que convém lembrar; depois de elencar as obras maravilhosas do Criador luzindo diuturnamente nos céus afirmou: “Se, alguém contemplando isso tudo, ainda se apresenta como ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso.” A coisa é de uma evidência tal, que o sujeito precisaria mentir para si mesmo traindo seus olhos e consciência para negar.
Paulo ampliou: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20
Resumindo: Para quem crê O Senhor não precisa provar nada; para quem duvida, mesmo falando de modo audível desde os Céus não bastará. “Pai, glorifica Teu Nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei. Ora, a multidão que ali estava, e que ouvira, dizia que havia sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou.” Jo 12;28 e 29
O Eterno acabara de falar dos Céus, a Voz foi ouvida, tanto que, registrada; mas, uns disseram: Não foi Deus, foi um anjo; outros, nem tanto; foi apenas um trovão. Não importa se o céu está azul; a tempestade da incredulidade sempre dará um jeito de produzir seus trovões.
Não significa que não creiamos em milagres, nem que não oremos por eles; os vivenciamos já; apenas, que nossa fé não se estriba sobre eles, antes, sobre O Senhor e Sua Palavra mesmo que não vejamos mais nenhum deles. Ademais, as mudanças operadas dentro de nós depois que cremos são milagres mais eloquentes que eventuais portentos que apelem às nossas ludibriáveis vistas.
Milagres ostensivos podem ser falsos, “prodígios da mentira”, ou, de origem maligna, como o “fogo de Deus” que queimou aos rebanhos de Jó.
Embora O Senhor tenha zelo pelos Seus e os abençoe ainda nesta vida, os verdadeiros fiéis se manterão assim, pelo relacionamento vivido; quando pedem por um milagre para si, ou, para outrem mais necessitado, não o fazem para crer, como se, o relacionamento com O Santo demandasse alguma “prova de amor” mais, depois do Calvário. Pedem por conhecer ao poder e amor do Pai, todavia, aceitam submissos, se ao Altíssimo parecer bem não atender ao que pediram. “Seja feito como Tu queres, não como eu quero.”
Muitos que viveram nos dias do Salvador mesmo vendo sinais e milagres extraordinários não creram; pior; entregaram O Senhor à morte, temendo mais indispor-se com o Sinédrio que os instigava a gritar: Crucifica-o! ou, com os romanos; noutras palavras, temeram mais aos homens que a Deus.
Embora um milagre tenha esse efeito colateral de despertar a fé em alguns, em muitos casos, a má índole está entranhada de modo tal, que milagre nenhum consegue desentocá-la.
Como dissera Platão: “Trágico não é as crianças temerem o escuro; a real tragédia é os adultos terem medo da luz.”
A verdadeira fé repousa sobre a Palavra, não necessita de milagres. Se, a mesma ensina que tudo o que há foi criado pelo Eterno, então, a fé pode fartar-se de milagres apenas abrindo os olhos; “Os céus declaram a Glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala onde não se ouça sua voz. A sua linha se estende por toda terra, suas palavras até ao fim do mundo...”
Charles Spurgeon comentando isso disse algo que convém lembrar; depois de elencar as obras maravilhosas do Criador luzindo diuturnamente nos céus afirmou: “Se, alguém contemplando isso tudo, ainda se apresenta como ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso.” A coisa é de uma evidência tal, que o sujeito precisaria mentir para si mesmo traindo seus olhos e consciência para negar.
Paulo ampliou: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20
Resumindo: Para quem crê O Senhor não precisa provar nada; para quem duvida, mesmo falando de modo audível desde os Céus não bastará. “Pai, glorifica Teu Nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei. Ora, a multidão que ali estava, e que ouvira, dizia que havia sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou.” Jo 12;28 e 29
O Eterno acabara de falar dos Céus, a Voz foi ouvida, tanto que, registrada; mas, uns disseram: Não foi Deus, foi um anjo; outros, nem tanto; foi apenas um trovão. Não importa se o céu está azul; a tempestade da incredulidade sempre dará um jeito de produzir seus trovões.
Não significa que não creiamos em milagres, nem que não oremos por eles; os vivenciamos já; apenas, que nossa fé não se estriba sobre eles, antes, sobre O Senhor e Sua Palavra mesmo que não vejamos mais nenhum deles. Ademais, as mudanças operadas dentro de nós depois que cremos são milagres mais eloquentes que eventuais portentos que apelem às nossas ludibriáveis vistas.
Milagres ostensivos podem ser falsos, “prodígios da mentira”, ou, de origem maligna, como o “fogo de Deus” que queimou aos rebanhos de Jó.
Embora O Senhor tenha zelo pelos Seus e os abençoe ainda nesta vida, os verdadeiros fiéis se manterão assim, pelo relacionamento vivido; quando pedem por um milagre para si, ou, para outrem mais necessitado, não o fazem para crer, como se, o relacionamento com O Santo demandasse alguma “prova de amor” mais, depois do Calvário. Pedem por conhecer ao poder e amor do Pai, todavia, aceitam submissos, se ao Altíssimo parecer bem não atender ao que pediram. “Seja feito como Tu queres, não como eu quero.”
Fé não é cartão de crédito com saldo infindo, nem Deus um caixa eletrônico; antes, uma confiança inabalável, que, vendo o invisível permite a falência da “conta” terrena, se Deus assim permitir, sabendo que Cristo pagou já o que era necessário e garantiu-nos um depósito eterno.
Milagres fazem parte relacionamento com Deus por causa do Seu Ser e Seu Amor; mas, não são o preço. Até porque, se tivesse um custo para nós não o poderíamos pagar. “Deus prova Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8
Satanás não fez milagre para separar ao primeiro casal de Deus; bastou torcer à Sua Palavra; Cristo veio para desfazer isso: “Todo o vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará e o que é áspero se aplainará.” Is 40;4
Quem quer ver o milagre da vida, pois, abandone aos contorcionismos malignos que fogem da luz e deixe-se moldar pela Palavra. Quem um dia moldou o barro, agora quer regenerar ao espírito.
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quinta-feira, 9 de maio de 2019
A descida por onde se sobe
“A gente não se liberta de um mau hábito atirando-o pela janela; é preciso abrir a porta, tomá-lo pela mão e descer a escada, degrau por degrau.” Mark Twain
Veraz a frase do comediante, que falou mui sério na ocasião. Hábito vem de habitar, residir. Modo de ser que nos habita; esse “inquilino” não pode ser despejado de modo abrupto, pois, seu domínio demorado sobre nossa vontade tem raízes fundas que não podem ser erradicadas facilmente.
Abrir a porta seria raiar a vontade de ser liberto do mau hábito; fazê-lo descer degrau por degrau, a perseverança no processo de libertação. Parece simples, mas não é. Muitos homens são capazes de persuadir uma multidão e impotentes para enfrentar às próprias vontades.
Como um drogado prefere tontear as angústias de viver a enfrentá-las, muitos optam por desvios sabidamente insanos pelo medo do preço a pagar na senda da virtude. Os ouvintes de Jesus agiram assim. “... a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19
Qual a ameaça da luz? Traz reprovação à maldade; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” V 20
O ímpio habitado pelo orgulho prefere reprovar Jesus Cristo a ser reprovado. Assim, a sugestão diabólica de decidirem por si, os pecadores sobre bem e mal, os levou a ver o bem, nas trevas, e o mal, na luz. Toda inversão de valores que grassa destruindo famílias e a sociedade é derivada dessa poluída fonte.
A mensagem de Cristo era um convite a abrirem a porta para o despejo paulatino do intruso; mas, isso requeria receber O Senhor; essa troca eles não queriam fazer. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa; com ele cearei, e ele comigo.” Apoc 3;20
Orgulho é a imposição do “si mesmo” onde deveria ser Assento de Deus; o abrir-se à salvação necessariamente bate a porta na cara do “si mesmo”. “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23
A escada da salvação ruma para baixo. O homem alienado do Criador endeusou paixões e subiu alto no trampolim do engano de onde se mergulha na perdição. O Espírito Santo obra concomitante à Palavra tentando convencer ao incauto que a piscina está vazia, antes que seja tarde e ele salte para a Eternidade sem Deus.
Se, convencido será tomado na mão pelo Espírito Santo que o ajudará no processo de libertação. “... aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6
O caminhar com O Senhor não é algo tão romântico como em “rastros na areia”; Ele leva aos Seus pelas veredas da justiça e do aprendizado; “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim...” Mat 11;29 “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade...” Jo 8;31 e 32
O aprender não será diretamente Dele; mas, de vasos fracos que escolheu e capacitou; um teste e tanto pro finado (?) orgulho; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.” Ef 4;11 e 12
Assim, descer a escada da libertação de mãos dadas com Jesus, O Libertador, muitas vezes equivale a dar ouvidos pra alguém comum, outro pecador que já fez esse caminho e Dele aprendeu.
Quem já provou e viu que “O Senhor é bom”, pode com conhecimento de causa falar da libertação que Ele propicia; desde que, seu novo modo de viver fale junto com suas palavras. Sua transformação deve ser visível; “Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Salm 40;3
Os pregadores de soluções fáceis nunca foram libertos deveras; se, tivessem sido deixariam de vez à mentira. Pois, como disse alguém; o que nos está proposto é “Glorioso demais para ser fácil.” Ou, como diz A Palavra, “O Reino de Deus é tomado com esforço.”
A salvação demanda descer ao pé da cruz e nela mortificar todos os ditames do si, até o menor resquício encomendando-se irrestritamente à Bendita Palavra de Deus. Fora disso, por piedoso ou, religioso que alguém pareça apenas enverga mais uma das tantas vistosas máscaras do orgulho.
A mais eficaz é a que se traveste humildade; “o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz... seus ministros... em ministros da justiça;” II Cor 14 e 15
Veraz a frase do comediante, que falou mui sério na ocasião. Hábito vem de habitar, residir. Modo de ser que nos habita; esse “inquilino” não pode ser despejado de modo abrupto, pois, seu domínio demorado sobre nossa vontade tem raízes fundas que não podem ser erradicadas facilmente.
Abrir a porta seria raiar a vontade de ser liberto do mau hábito; fazê-lo descer degrau por degrau, a perseverança no processo de libertação. Parece simples, mas não é. Muitos homens são capazes de persuadir uma multidão e impotentes para enfrentar às próprias vontades.
Como um drogado prefere tontear as angústias de viver a enfrentá-las, muitos optam por desvios sabidamente insanos pelo medo do preço a pagar na senda da virtude. Os ouvintes de Jesus agiram assim. “... a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19
Qual a ameaça da luz? Traz reprovação à maldade; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” V 20
O ímpio habitado pelo orgulho prefere reprovar Jesus Cristo a ser reprovado. Assim, a sugestão diabólica de decidirem por si, os pecadores sobre bem e mal, os levou a ver o bem, nas trevas, e o mal, na luz. Toda inversão de valores que grassa destruindo famílias e a sociedade é derivada dessa poluída fonte.
A mensagem de Cristo era um convite a abrirem a porta para o despejo paulatino do intruso; mas, isso requeria receber O Senhor; essa troca eles não queriam fazer. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa; com ele cearei, e ele comigo.” Apoc 3;20
Orgulho é a imposição do “si mesmo” onde deveria ser Assento de Deus; o abrir-se à salvação necessariamente bate a porta na cara do “si mesmo”. “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23
A escada da salvação ruma para baixo. O homem alienado do Criador endeusou paixões e subiu alto no trampolim do engano de onde se mergulha na perdição. O Espírito Santo obra concomitante à Palavra tentando convencer ao incauto que a piscina está vazia, antes que seja tarde e ele salte para a Eternidade sem Deus.
Se, convencido será tomado na mão pelo Espírito Santo que o ajudará no processo de libertação. “... aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6
O caminhar com O Senhor não é algo tão romântico como em “rastros na areia”; Ele leva aos Seus pelas veredas da justiça e do aprendizado; “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim...” Mat 11;29 “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade...” Jo 8;31 e 32
O aprender não será diretamente Dele; mas, de vasos fracos que escolheu e capacitou; um teste e tanto pro finado (?) orgulho; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.” Ef 4;11 e 12
Assim, descer a escada da libertação de mãos dadas com Jesus, O Libertador, muitas vezes equivale a dar ouvidos pra alguém comum, outro pecador que já fez esse caminho e Dele aprendeu.
Quem já provou e viu que “O Senhor é bom”, pode com conhecimento de causa falar da libertação que Ele propicia; desde que, seu novo modo de viver fale junto com suas palavras. Sua transformação deve ser visível; “Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Salm 40;3
Os pregadores de soluções fáceis nunca foram libertos deveras; se, tivessem sido deixariam de vez à mentira. Pois, como disse alguém; o que nos está proposto é “Glorioso demais para ser fácil.” Ou, como diz A Palavra, “O Reino de Deus é tomado com esforço.”
A salvação demanda descer ao pé da cruz e nela mortificar todos os ditames do si, até o menor resquício encomendando-se irrestritamente à Bendita Palavra de Deus. Fora disso, por piedoso ou, religioso que alguém pareça apenas enverga mais uma das tantas vistosas máscaras do orgulho.
A mais eficaz é a que se traveste humildade; “o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz... seus ministros... em ministros da justiça;” II Cor 14 e 15
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
O Medo da Luz
“Porque seus olhos (de Deus) estão sobre os caminhos de cada um, e Ele vê todos seus passos. Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;21 e 22
Os saberes do entendimento, nem sempre ecoam na vontade. Ou, não necessariamente a luz basta para pautar nosso agir. Podemos conhecer bastante sobre determinado assunto e ainda assim, atuar nas trevas. Cantar loas à Onisciência Divina e ao mesmo tempo, agir como se pudéssemos ocultar algo do Santo.
O Salvador denunciou a atuação nas trevas como uma opção por falta de vontade, de amor pela Luz. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21
O salmista foi cabal: “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se, subir ao céu, lá Tu estás; se, fizer no inferno minha cama, eis que tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali Tua mão me guiará e Tua destra me susterá. Se, disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti, a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12
Não que O Altíssimo esteja necessariamente nesses lugares todos; mas, estando no espírito do homem, onde esse for Ele também irá, pois, “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27
O resumo da ópera é que: “... a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13
Até o mais obstinado pecador tem lampejos de Luz Divina na consciência que o incomodam durante seus maus atos; de tanto abafar essa voz, por fim, cauteriza. Denunciando à apostasia, então, por vir, Paulo disse a Timóteo que a mesma viria “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada sua própria consciência;” I Tim 4;2 A consciência cauterizada não é “privilégio” de quem descrê; ministros do engano padecem disso também, malgrado, digam crer.
A Palavra denuncia, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4 Essa cegueira tem a cumplicidade humana. A resiliência duma vontade rebelde que, por comodismo, prazeres, orgulho, ou tudo isso no pacote, prefere fingir não ver o que está patente, cegado pela própria hipocrisia.
O Salvador chamou aos Seus de Luz do Mundo; ser luz nos domínios espirituais não é um dom ministerial, antes, necessidade funcional; para a purificação carecemos andar segundo vemos, em Cristo; “Se, andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7
O efeito colateral disso testemunha aos que nos observam; “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16
Embora, salvação derive da fé, não, das obras, a fé saudável necessariamente nos instigará a agirmos conforme cremos; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10
Fé e obras são duas testemunhas necessárias para que seja firme nossa conversão; inúteis, tanto o “ateu que faz o bem” quanto, o “crente” omisso, egoísta que ignora as carências alheias. Ouçamos o rabino Israel de Salant, “As necessidades materiais do teu próximo são tuas necessidades espirituais.”
Em suma, os que dizem que a fé é cega apenas furam os próprios olhos pelo medo do que veem. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1
Os saberes do entendimento, nem sempre ecoam na vontade. Ou, não necessariamente a luz basta para pautar nosso agir. Podemos conhecer bastante sobre determinado assunto e ainda assim, atuar nas trevas. Cantar loas à Onisciência Divina e ao mesmo tempo, agir como se pudéssemos ocultar algo do Santo.
O Salvador denunciou a atuação nas trevas como uma opção por falta de vontade, de amor pela Luz. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21
O salmista foi cabal: “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se, subir ao céu, lá Tu estás; se, fizer no inferno minha cama, eis que tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali Tua mão me guiará e Tua destra me susterá. Se, disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti, a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12
Não que O Altíssimo esteja necessariamente nesses lugares todos; mas, estando no espírito do homem, onde esse for Ele também irá, pois, “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27
O resumo da ópera é que: “... a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13
Até o mais obstinado pecador tem lampejos de Luz Divina na consciência que o incomodam durante seus maus atos; de tanto abafar essa voz, por fim, cauteriza. Denunciando à apostasia, então, por vir, Paulo disse a Timóteo que a mesma viria “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada sua própria consciência;” I Tim 4;2 A consciência cauterizada não é “privilégio” de quem descrê; ministros do engano padecem disso também, malgrado, digam crer.
A Palavra denuncia, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4 Essa cegueira tem a cumplicidade humana. A resiliência duma vontade rebelde que, por comodismo, prazeres, orgulho, ou tudo isso no pacote, prefere fingir não ver o que está patente, cegado pela própria hipocrisia.
O Salvador chamou aos Seus de Luz do Mundo; ser luz nos domínios espirituais não é um dom ministerial, antes, necessidade funcional; para a purificação carecemos andar segundo vemos, em Cristo; “Se, andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7
O efeito colateral disso testemunha aos que nos observam; “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16
Embora, salvação derive da fé, não, das obras, a fé saudável necessariamente nos instigará a agirmos conforme cremos; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10
Fé e obras são duas testemunhas necessárias para que seja firme nossa conversão; inúteis, tanto o “ateu que faz o bem” quanto, o “crente” omisso, egoísta que ignora as carências alheias. Ouçamos o rabino Israel de Salant, “As necessidades materiais do teu próximo são tuas necessidades espirituais.”
Em suma, os que dizem que a fé é cega apenas furam os próprios olhos pelo medo do que veem. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
As luzes escuras
“Se, porém, teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Portanto, se, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23
A princípio parece contraditório que a luz seja também o seu oposto, trevas. Precisamos investigar e tentar entender melhor.
Luz aqui deve ser equacionada com, entendimento, percepção da vida; não, o elemento estritamente. Pois, é nesse sentido que O Salvador disse dos Seus: “Vós sois a luz do mundo...”
Assim, o que faria a luz ser trevas, seria uma percepção da vida tendo a maldade como motriz. “Se... os teus olhos forem maus...” Paulo aconselha: “Não te deixes vencer do mal, mas, vence ao mal com o bem.” Rom 12;21
A luz, pois, é uma propriedade intelectual, inicialmente; a opção pelo bem em detrimento do mal é um patrimônio moral, espiritual. Fazendo isso, e somente assim, a eficácia do Feito de Cristo incidirá sobre nós e terá reflexos horizontais também; “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7
É justamente o entendimento do que é certo, reto, justo, probo, que faz culpados aos que agem divorciados disso; “Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas, como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41
Acaso não nos irritam todos os dias feitos de homens de “notável saber” que, devedores à justiça pela posição se fazem cúmplices de bandidos por opção? Há neles luz, entendimento acerca da justiça, mas, suas atuações majoritariamente têm sido pautadas pelas trevas.
Acontece que, luz espiritual não é derivada de intelectos privilegiados; O Senhor faz uso, de coisas vis, até; “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1;27 e 28
Porém, não tão frágeis a ponto de sonegaram a necessária obediência. Esses, desafiados ao Temor do Senhor, aceitando o desafio deixam a sendas tortuosas e são ensinados por veredas direitas. Assim, a vera luz consorcia-se com o bem, os bons valores, a retidão; “Ele (Deus) reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade;” Prov 2;7
Andar na luz é um crescimento paulatino; à medida que ousamos andar conforme vemos, nossa visão é ampliada para que vejamos um tanto mais; Como dirigir sob neblina cerrada; enxergamos uns cinquenta metros à frente; mas, não temos apenas eles para andar, pois, percorrendo-os, outros cinquenta se mostrarão. “A vereda dos justos é como luz da aurora, que, vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18
Desse modo, desfaz-se a contradição, uma vez que, a luz é um Dom Divino que repousa no intelecto, e, as trevas, são um apreço moral, espiritual, da escolha de um que recusa trilhar conforme vê.
Certa vez quando questionaram a Autoridade do Senhor Ele redargüiu sobre a origem do batismo de João; eles consideraram as duas respostas possíveis, e vendo-as ambas, inconvenientes, hipocritamente disseram não saber. Eles tinham luz, mas, eram movidos pelas trevas, pela inveja.
Enfim, a pessoa que finge ignorar o que sabe pelo comodismo hipócrita de desobedecer “justificadamente” é apenas um imbecil que trai a si mesmo. A luz de um que assim age são trevas.
A rejeição à Luz Verdadeira não é por impossibilidade intelectual; antes, uma escolha moral, afetiva; se fosse apenas ignorância seríamos reputados inocentes, dado que, “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”;
Como se trata de rejeição voluntária redunda em condenação. “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21
A verdade excede ao conhecer a essência das coisas; demanda ser praticada também. Por recusarem-se a isso, muitos cínicos colocam-na como, inacessível, intangível; como se, fosse possível serem justificados pela própria hipocrisia.
Não poucos “ateus” que dizem que a fé é cega na verdade viram suas demandas; fingiram não ver, escudados em falsas justificativas, pois, justificação verdadeira demanda uma cruz.
Impossível, pois, terminar essas considerações sem evocar uma frase de Platão: “É compreensível que as crianças tenham medo do escuro; a verdadeira tragédia é quando os adultos temem à luz”.
A princípio parece contraditório que a luz seja também o seu oposto, trevas. Precisamos investigar e tentar entender melhor.
Luz aqui deve ser equacionada com, entendimento, percepção da vida; não, o elemento estritamente. Pois, é nesse sentido que O Salvador disse dos Seus: “Vós sois a luz do mundo...”
Assim, o que faria a luz ser trevas, seria uma percepção da vida tendo a maldade como motriz. “Se... os teus olhos forem maus...” Paulo aconselha: “Não te deixes vencer do mal, mas, vence ao mal com o bem.” Rom 12;21
A luz, pois, é uma propriedade intelectual, inicialmente; a opção pelo bem em detrimento do mal é um patrimônio moral, espiritual. Fazendo isso, e somente assim, a eficácia do Feito de Cristo incidirá sobre nós e terá reflexos horizontais também; “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7
É justamente o entendimento do que é certo, reto, justo, probo, que faz culpados aos que agem divorciados disso; “Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas, como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41
Acaso não nos irritam todos os dias feitos de homens de “notável saber” que, devedores à justiça pela posição se fazem cúmplices de bandidos por opção? Há neles luz, entendimento acerca da justiça, mas, suas atuações majoritariamente têm sido pautadas pelas trevas.
Acontece que, luz espiritual não é derivada de intelectos privilegiados; O Senhor faz uso, de coisas vis, até; “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1;27 e 28
Porém, não tão frágeis a ponto de sonegaram a necessária obediência. Esses, desafiados ao Temor do Senhor, aceitando o desafio deixam a sendas tortuosas e são ensinados por veredas direitas. Assim, a vera luz consorcia-se com o bem, os bons valores, a retidão; “Ele (Deus) reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade;” Prov 2;7
Andar na luz é um crescimento paulatino; à medida que ousamos andar conforme vemos, nossa visão é ampliada para que vejamos um tanto mais; Como dirigir sob neblina cerrada; enxergamos uns cinquenta metros à frente; mas, não temos apenas eles para andar, pois, percorrendo-os, outros cinquenta se mostrarão. “A vereda dos justos é como luz da aurora, que, vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18
Desse modo, desfaz-se a contradição, uma vez que, a luz é um Dom Divino que repousa no intelecto, e, as trevas, são um apreço moral, espiritual, da escolha de um que recusa trilhar conforme vê.
Certa vez quando questionaram a Autoridade do Senhor Ele redargüiu sobre a origem do batismo de João; eles consideraram as duas respostas possíveis, e vendo-as ambas, inconvenientes, hipocritamente disseram não saber. Eles tinham luz, mas, eram movidos pelas trevas, pela inveja.
Enfim, a pessoa que finge ignorar o que sabe pelo comodismo hipócrita de desobedecer “justificadamente” é apenas um imbecil que trai a si mesmo. A luz de um que assim age são trevas.
A rejeição à Luz Verdadeira não é por impossibilidade intelectual; antes, uma escolha moral, afetiva; se fosse apenas ignorância seríamos reputados inocentes, dado que, “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”;
Como se trata de rejeição voluntária redunda em condenação. “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21
A verdade excede ao conhecer a essência das coisas; demanda ser praticada também. Por recusarem-se a isso, muitos cínicos colocam-na como, inacessível, intangível; como se, fosse possível serem justificados pela própria hipocrisia.
Não poucos “ateus” que dizem que a fé é cega na verdade viram suas demandas; fingiram não ver, escudados em falsas justificativas, pois, justificação verdadeira demanda uma cruz.
Impossível, pois, terminar essas considerações sem evocar uma frase de Platão: “É compreensível que as crianças tenham medo do escuro; a verdadeira tragédia é quando os adultos temem à luz”.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Fugitivos da Luz
“Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que
praticam a iniquidade.” Jó 34;22 Não diz, o texto, que os iníquos não tentam se
esconder; antes, que é inútil.
O avestruz
quando sente-se ameaçado enterra a cabeça na areia, não vendo, sente-se seguro.
De certo modo agem assim, os que imaginam se esconder de Deus. Sua “segurança”
deriva da ignorância, não dos fatos.
“Não há
criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas, patentes
aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13
Sobre
Onisciência Divina o salmista disse: “Para onde irei do teu espírito, para
onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno
minha cama, tu ali estás também. Se tomar asas da alva, habitar nas
extremidades do mar, até ali tua mão me guiará; tua destra me susterá. Se
disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz ao redor de
mim. Nem trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas
e luz são para ti a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12
Diz certo
provérbio que, quando não podemos combater um mal, o melhor é nos unirmos a
ele. Nudez ante O Eterno é um “mal” inelutável, do qual não podemos escapar. Como
faríamos para nos unirmos à tal luz que tudo perscruta? Ora, arrependimento e
confissão existem pra isso; pra que tragamos nossos males Àquele que os pode
perdoar. Não confessamos culpas para que Deus saiba, Ele já sabe; o fazemos para patentear nossa admissão quanto
a elas, e, eventual arrependimento.
Entretanto,
as pessoas tendem a buscar aceitação social, antes, que aprovação Divina.
Assim, ocultando erros de nossos semelhantes já estará “de bom tamanho”,
pensam. O Salvador denunciou essa escolha doentia como consorte da condenação
dos ímpios: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram
mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que
faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam
reprovadas.” Jo 3;19 e 20
Esse é o “mal”
da Luz; a reprovação dos ímpios. Nenhum livro da Terra é como a Bíblia, que
gera amor e ódio tão intensos. Aos que se deixam por ela iluminar e corrigir,
traz segurança; aos que resistem, anuncia condenação.
Alguns entendem
mal, como se fosse mero compêndio de conselhos para bem vivermos, não! Além de
muitos conselhos sábios, óbvio! Traz a jurisprudência do Juízo Divino. Como
assim? Simples, não haverá sentenças novas no julgamento; só, menção do quê,
está escrito será contraposto às escolhas de cada um, eis o Juízo! “Quem
rejeitar a mim, não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra
que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12; 48
Os que
aceitam a Luz e suas implicações, desnudam-se do orgulho, buscam o perdão
Divino; entregam sua causa a Jesus Cristo, advogado que jamais perde; os demais
serão acusados pelas consciências, terão contra si o testemunho dos fatos, e o
Juízo da Palavra.
Se, é da consciência que vem a
acusação, os que, arrependidos são perdoados, carecem remover máculas daí, como
fazer? Cristo já fez: “...o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu
a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas,
para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9; 14
Afinal, o que
leva alguém a esconder o que pratica, senão, a ciência de sua atitude é
reprovável? Todavia, muitos, uma vez cauterizada a consciência, descambam pra dissolução;
praticam o mal ante todos, alardeiam até “orgulho” disso, como se, assumir
publicamente fosse mérito, sem o concurso do arrependimento; ante O Santo, é
mero marketing do pecado: “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; publicam os
seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal
a si mesmos.” Is 3;9
Denunciar erros
equacionam à falta de amor, tolerância; contudo, a eles falta amor próprio,
pois, tentamos lhes fazer bem, anunciar a salvação, mas, preferem a sina onde, “fazem
mal a si mesmos.” Em suma, impor na marra à sociedade posturas adversas à
Palavra de Deus, no fundo, é um modo sutil de se esconder também; a paciência Divina
não é cumplicidade, antes, longanimidade, mas, mesmo essa, termina: “Estas coisas
tens feito, e me calei; pensavas que era como tu, mas, eu te arguirei, porei
por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50; 21
Triste sina
dos ímpios! Fugir por toda a vida da Luz, e desejá-la na eternidade, onde só haverá
trevas! Agora, arbitrários, fazemos escolhas, as consequências já não
dependerão do arbítrio.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
A fraude dos debates políticos
Embora os medos, adulto e
infantil cotejados na frase do filósofo pareçam antagônicos, são facetas do
mesmo drama. Uma criança teme o escuro por sentir-se sozinha, desprotegida;
depende da informação visual sua segurança. Um adulto teme à luz, pois, essa
também o põe inseguro, dado que rasga a máscara do teatro comum que encena.
O “escuro”
de sua dissimulação que o protege. A criança quer companhia, cumplicidade; o
adulto também. Aquela depende de ver; esse, de não ser visto como realmente é.
A
visão que conta, em última análise, ao curso do tempo prescinde dos olhos;
abriga-se nos domínios do entendimento, compreensão. Daí se diz que “O pior
cego é o que não quer ver”. Noutras palavras, o que voluntariamente priva-se do
que lhe está ao alcance, por temer às consequências da luz.
Cristo acusou seus
coevos de uma fuga dessas. “E a condenação é esta: Que a
luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas
obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a
luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3; 19 e 20
Assim como a
solidão de um infante seria sentir-se isolado em ambiente espacial, a solidão
adulta se dá do mesmo modo em “ambiente” moral, espiritual.
Essas inquietações “luminosas”
me assaltam nesse tempo, dado que, está em curso a propaganda eleitoral, eventualmente, se promovem debates; e recuso
terminantemente assistir tanto aquela, quanto esses.
Não sei se um anjo,
capetinha, ou, alter ego me acusou de evitar à luz, de fugir ao conhecimento por
recusar ouvir o que os postulantes têm a dizer. Assim, como desconheço quem é o
que me acusa, dirijo minha diatribe ao que servir o chapéu.
Primeiro: Não acho
que uma pessoa vale pelo que diz; antes, pelo que é. O seu ser demonstra-se
mediante ações, não, palavras. Como 99% dos postulantes já são pessoas
públicas, sei o que fizeram; isso me
vale muito mais que o que dizem.
Segundo: Um debate demonstra apenas que se dá
melhor na retórica, no uso das palavras. Quem é mais hábil tanto em urdir,
quanto, evadir-se a uma saia justa. Não há concessões à verdade; antes, erística
pura e simples, com fito de puxar o tapete alheio.
Quem for mais hábil nisso, a
meu ver, é o mais velhaco; mais capaz de enganar ao povo, uma vez que triunfa
publicamente a um oponente de nível semelhante. Desse modo, o “vencedor” num
debate pode ser o pior para a sociedade. Capaz das mais grandiloquentes promessas
e das mais esmeradas escusas para justificar-se por não tê-las cumprido, ao seu
tempo.
Um homem público, digo, um homem qualquer, vale por seu caráter, não, sua lábia.
Se acreditasse deveras, que seu compromisso é com a luz, seja, a
verdade, não me furtaria a ver tais coisas.
Mas, quando “en passant” ouço Dilma
apregoando sua “tolerância zero” à corrupção; Lula em ato de “desagravo” à
Petrobrás, acho que minha criança perde o medo do escuro e rapidamente fujo
dessa “luz”.
Lembrei certo espanto manifestado por Isaías referente à Jerusalém
de seus dias; “Como se fez prostituta a cidade fiel!” Como baixou o nível nossa
sociedade na arte, esportes, política, costumes, valores...
O humorista “Batoré”
usava um bordão que me ocorre: “Pensa que é bonito ser feio?” Pois, é
precisamente o que parece em nosso tempo. Quanto mais safado, corrupto, sem
vergonha for, mais chances de triunfar nesse balaio de gatos onde conta o
berro, marketing, a cara de pau e os
frutos somem nas brumas da mentira.
Não sei o quê Ruy Barbosa viu quando
escreveu sua célebre frase em que o triunfo das nulidades, mentira, maldade, ensejavam
vergonha de ser honesto. Mas, é precisamente o cenário que assoma nesse tempo;
talvez o mesmo daquele do Ruy, porém, no superlativo.
Pra meu gosto, aliás, sequer deveria existir
propaganda política. Nos moldes em que é feita, além de custos elevadíssimos,
alimento certo da corrupção, seu fim é enganar, não, iluminar. Bastaria que o
próprio Tribunal Eleitoral desse número e currículo dos postulantes. A gente
escolheria quem votar baseado nisso; em fatos, não, mirabolâncias utópicas e
safadas mentiras.
A divulgação sistemática de pesquisas também presta
desserviço à democracia. Induz candidatos a mentirem mais se estão desagradando, e eleitores incautos a votarem em quem está melhor.
A sociedade acaba traindo a
si mesma refém de tais meios. "O povo
não tem discernimento, apenas repete o que seus dirigentes julgam conveniente
dizer-lhe." Platão
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