Mostrando postagens com marcador manipuladores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador manipuladores. Mostrar todas as postagens

sábado, 22 de julho de 2017

Conversão; relacionamento desprezado

“Crescia a palavra de Deus, em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos; grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Atos 6;7

Dois aspectos que vale realçar: Os convertidos chamados à escola, discípulos; os já religiosos, à obediência. “grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.”

Contudo, nem sempre o discipulado foi tratado com a devida seriedade. Por isso alguns dizem que a fé é cega; muitos satisfazem-se em dizer que creem em algo que não entendem; descansam nisso, como se estivessem seguros debaixo de mera sentença, eu creio. Ora, conversão requer relacionamento, esse, conhecimento daquele com quem vamos nos relacionar. Por isso, o discipulado, o conhecimento de Deus é indispensável para quem crê, deveras.

O conhecimento espiritual não nos é proposto como um hobby, algo que acrescento à minha crença já salvadora, uma espécie de salto, que, mesmo não necessário, embelezaria minha profissão de fé. Antes, é vital. “A vida eterna é esta: que conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro, e, Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17;3

Já nos dias do Antigo Testamento era posto em termos de vida, ou, morte. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim...” Os 4;6 Mesmo a um rei gentio, o babilônio Belsazar foi denunciado pelo profeta Daniel que ele conhecia e cultuava uma série de deuses alternativos, enquanto, profanava Ao Senhor, de quem dependia sua vida. “...deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas, a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos teus caminhos, a ele não glorificaste.” Dn 5;23

Assim, sendo o conhecimento de Deus, de tal relevância, que dizer dos pregadores que desafiam o povo a fazer mandingas demandando coisas que desejam, como se O Todo Poderoso estivesse no mesmo nível desses que trocariam favores por despachos?

Pois, se aos convertidos foi ordenado o conhecimento, e aos religiosos, obediência, a primeira coisa que devem obedecer é que o chamado do Alto é para que ensinem. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...” Mat 28;19 e 20

A conversão requer que capitulemos em nossa vontade natural, trocando-a pela Divina; isso demanda uma mudança de alvos e comportamento que nos faz estranhos no mundo, como disse Pedro: “Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; eles acham estranho não correrdes no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.” I Ped 4;3 e 4

A Divina Vontade nos será cada vez mais clara, à medida que vejamos os apelos do mundo como escuros, desprezíveis. Por isso somos desafiados a renunciá-los; só então, conheceremos Deus e Sua Boa Vontade. “Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;2

Assim, saltamos do degrau inicial do conhecimento, para o entendimento, que já nos faz, em parte, usuários do conhecimento, uma vez que, o mesmo passa a moldar nosso pensar e agir. Se não for assim, nossa fé será morta, como aquela que denunciou Tiago.

Em suma, conversão não é mudar o método para perseguir os mesmos fins; antes, mudar o alvo, pela Excelência Suprema do conhecimento de Deus.

A má inclinação da carne é notória, necessita da cruz para tratar; agora, a má inclinação dos ministros mercenários que, invés de obedecer e ensinar obediência manipulam incautos por interesse é assassina. “...percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” Mat 23;15

Concluindo, a conversão não me guinda de uma opinião para outra, uma troca de religião como pensam alguns; antes, é bem mais radical que isso. “Para lhes abrires os olhos, das trevas os converteres à luz, do poder de Satanás a Deus...” Atos 26;18

Como, a luz não existe para si estritamente, antes, para proveito de outros, nossa mudança em Cristo deve ser tal que se faça um apelo mui visível aos que nos conhecem. Inda que a mudança seja interior, seus reflexos se veem de longe; “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte. Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.” Mat 5;14 e 15