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domingo, 20 de maio de 2018

Onde ficam o novo Céu e a nova Terra?

“Desde a antiguidade fundaste a terra; os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas, tu permanecerás; todos eles envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás...” Salm 102;25 e 26

Quando ouvimos falar na promessa de novo Céu e nova Terra, tendemos a imaginar outro lugar no espaço, dado que, nosso conceito de “novo” abarca também a ideia, de, outro.

No decurso do Sermão Profético O Salvador adjetivou Céu e Terra como efêmeros; Suas Palavras, como eternas; disse: “O céu e a terra passarão, mas, minhas palavras não hão de passar.” Mat 24;35
Já dissera antes; “Porque, como os novos Céus, e a nova Terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim também há de estar vossa posteridade e vosso nome.” Is 66;22 Então, era um projeto; algo que O Senhor ainda faria.

Em II Pedro, A Palavra acena com tais lugares adjetivados como, “onde habita a justiça”. Cap 3;13

Deus apresentara a Terra adoecida, por causa das rebeldes escolhas humanas; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna.” Is 24;5
Porém, espera redenção, fiada na imensa Misericórdia Divina; “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas, por causa do que a sujeitou, na esperança de que a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda criação geme, está juntamente com dores de parto até agora.” Rom 8;20 a 22
Será que a ideia de novo Céu e nova Terra implica a implosão, destruição dos atuais ou, simples abandono, numa migração sideral para outro planeta?

No texto inicial, numa linguagem antropomórfica, (na forma humana de falar) Terra e Céu serão mudados como se mudam vestes. Assim, o “novo” não seria outro lugar, mas, outra condição do mesmo lugar.

Vejamos o Apocalipse: “O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. Disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Cap 21;5 Ele não diz, faço tudo de novo; antes, “Faço novas todas as coisas.” Isto é, renovo.

Na epístola aos Hebreus encontramos mais; “... Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão, também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.” Heb 12;26 e 27

Se, o que faz a Terra manquitolar como ébrio é a consequência da maldição por causa da rebelião, as “coisas feitas” que incomodam ao Senhor e carecem ser abaladas são feitas pelo homem. Das feitas por Deus, aliás, A Palavra assegura: “... tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante dele.” Ecl 3;14

A perfeição Divina que prescinde de retoques em Seus Feitos deveria nos assustar um pouco, levar a temê-lO; mas, nem sempre é assim; há quem duvide, escarneça, ignore, ou, se oponha.

Mas, voltando ao planeta, assim como, na conversão quem abandona os modos egoístas de viver em troca da submissão a Cristo, dele se diz com acerto que é “nova criatura”; também a Terra, após os abalos purificadores previstos, riscadas dela, todas as coisas feitas por mãos ímpias, que na sua diabólica autonomia deram azo a extinção de espécies e poluição, sobretudo, será a Terra de “roupa nova”; mais; será nova Terra.

Igualmente o Céu, ora, poluído, física e espiritualmente com lixo humano e demoníaco, com a prisão dos anjos caídos, e remoção das nossas coisas, também será novo Céu. O Céu de Deus vai bem obrigado; o que está sujo é o nosso.

Pedro anteviu; “Os Céus e a Terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro; se guardam para o fogo, até o dia do juízo, da perdição dos homens ímpios... o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, os elementos ardendo se desfarão; a terra e as obras que nela há se queimarão.” II Ped 3;7 e 10

Depois propôs a questão: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser...? A bola está conosco. Digo, cada um de nós fará bem em refletir sobre isso. A nova Terra o Senhor fará durante, e, após o Juízo; as novas criaturas para habitar nela Ele está fazendo desde o Calvário.

Não há uma super nave criada para preservação da vida em eventos cataclísmicos; antes, a preservação será dos que estão refugiados numa Pessoa; “... se, alguém está em Cristo, nova criatura é...” II Cor 5;17

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Em Nome da Lei

“... vos é lícito açoitar um romano, sem ser condenado? ... Então Paulo disse: Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e, contra a lei me mandas ferir?” Atos 22;25 e 23;3

Dois momentos. Um, perante autoridades civis do Império; outro, diante dos líderes espirituais da sua nação. No primeiro, o apóstolo evocou as leis romanas e lembrou sua cidadania para preservar seus direitos; no segundo, denunciou a hipocrisia do Sumo Sacerdote que, invés de um julgamento lícito, imparcial, usou de autoritarismo ferindo a própria Lei que deveria representar ao mandar agredi-lo.

Depois refez seu comentário sabendo de quem se tratava; “...Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.” V 5 Se, para aqueles não importava a Lei, para Paulo era o seu tribunal de apelação; seu abrigo, não, algo a ser manipulado.

As leis humanas são fruto de pactos sociais baseadas em certos princípios como, justiça, direito de defesa, proteção da dignidade humana, isonomia... Normalmente são forjadas em contextos de calmaria, para a vigência em horas de embates; exceto casuísmos políticos tão em moda, que fazem os interesses escusos patrocinarem a homizia de corruptos às sombras de casamatas suspeitas que eles chamam de leis.

Acima dos legisladores humanos há Outro, Absoluto, que tem consigo todo poder para estabelecer valores probos e ímprobos; essa história que nós mesmos decidimos acerca do bem e do mal vem de outra fonte; O Eterno sabe quando uma lei é uma “cerca” em salvaguarda da justiça, e, quando é mero pretexto, verniz para pintar o mal em cores lícitas. “Poderá um trono corrupto estar em aliança contigo um trono que faz injustiças em nome da lei?” Sal 94;20

O divórcio entre a Lei de Deus com Seus valores Eternos e os efêmeros arranjos humanos que cambiam sempre ao açodo das paixões, invés de atinarem estritamente às demandas da justiça.

Mediante Isaías esse vício foi equacionado com a maldição Divina sobre o planeta: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra;...” Is 24;5 e 6

Uma sociedade alienada de Deus tende a adotar o conselho da oposição; fazer do homem a “medida de todas as coisas”, o que, invés da Eterna e perfeita Lei alicerçada na Rocha, dá azo a novos arranjos conforme os pendores das fétidas águas do pântano das paixões.

Desse modo, se, nos dias de Paulo evocar as Leis era o refúgio de um justo, em nosso tempo tem muito canalha fazendo isso; pois, legitimamos uma série de aberrações, num autofágico sistema que potencializa ao superlativo os direitos de gentalha sem valor que desconhece os deveres.

A inversão não é nova, vem desde o “sereis como Deus”, porém, em dados momentos a coisa extrapolou. Isaías denunciou: “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce e do doce, amargo!” Is 5;20

Se, minha paixão insana me inclina a determinado comportamento ilícito, invés, de lutar contra os maus pendores luto contra a sociedade para que essa legitime minhas estranhas comichões sob o tacão da Lei. Assim, a Lei migrou da honrosa condição de “cidade de refúgio” dos inocentes, para patrocinadora dos desvios de caráter de gente imoral.

Além disso, a inversão, fruto de uma geração abaixo da linha de pobreza moral e espiritual tem gerado certos Frankensteins que nos assombram; gente que a dignidade do cargo requer o tratamento de “Excelência”; e a indignidade do caráter demanda que se lhes chame de canalhas!
Desse calibres certos da Corte Suprema, Senadores, Deputados, Ministros, Presidentes...

Paulo lidou com isso; o sujeito era um hipócrita; o poético, “parede branqueada;” porém, era Sumo Sacerdote. O inglório encontro da dignidade da função com a atuação indigna.

Então, carecemos como nunca, um apego irrestrito aos Divinos valores; pautarmos nossas decisões pelos Eternos Preceitos, não, pelas inclinações de uma sociedade apodrecida, volátil, deletéria.

Invés da “vergonha de ser honesto” na sutil ironia de Ruy Barbosa, que nos tome a vergonha de imitarmos essa gentalha sem vergonha que tanto nos desafia diuturnamente com sua desfaçatez.

Chega de escolhermos bandidos para chefes! Eleição deveria ser para guindar uma elite moral e funcional ao poder; nossos parcos valores, nossos votos venais tem transformado a coisa em mera formação de quadrilha. Pior, formamos para que nos roube. Basta de delegarmos a gestão do interesse das galinhas para as raposas; sem ficha limpa, fora!! Mentiu, fora!

“Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta.” John Galbraith

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A volta dos que não foram, obedientes

“Tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possuis, nomeia magistrados, juízes, que julguem o povo que está dalém do rio; todos, que saibam as leis do teu Deus; ao que não as sabe, ensinarás.” Ed 7;25

O fim do cativeiro hebreu. Artaxerxes, rei da Pérsia, enviava ao sacerdote Esdras de volta a Jerusalém, com ouro, os utensílios do Templo restituídos, e o concurso de todos hebreus, que, junto decidiram voltar.

A ordem era para que nomeasse juízes dentre os que sabiam a Lei de Deus, ou, dos que se dispusessem a aprendê-la. Tal consideração pela Lei, vinda de um rei gentio, quando, os próprios judeus amargaram setenta anos de cativeiro por não cumpri-la, dá o que pensar. Chega a ser irônico.

Quantas vezes vivemos, ou, vivenciamos, crentes dando maus passos e sendo corrigidos por ímpios? Mesmo aqueles que não querem a Luz de Deus para si, conhecem parte do seu fulgor.

Assemelha-se a certos presídios onde, os presos podem aprender uma profissão, e, ao saírem, fazer uso do aprendido para a devida ressocialização, para que não sejam presos novamente. Noutras palavras, se foram cativos pelo descaso com a Lei, aprendessem, enfim, que servir a Deus em Seus termos é muito mais brando e agradável que servir aos homens em terra estranha. Lá, sequer cantar louvores apetecia, como testificaram: “Aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha? Sal 137;3 e 4

Assim, além de reconstruir o templo e restaurar o culto, todas as leis nacionais deveriam derivar da Lei do Senhor. A vasta tarefa de Esdras.

Líderes devem viver segundo Divinos preceitos, antes de ensinarem ao povo. Isaías apresentou nuances de catástrofes globais, depois de denunciar que, os governantes eram de “calibre” inferior. “A terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição consome a terra; os que habitam nela são desolados; são queimados os moradores da terra, poucos homens restam.” Is 24;4 a 6

A prescrição de zelo com a Lei, certamente, era inspiração Divina, dado que, oriunda de um rei gentio. Tal providência encaixa perfeitamente com o Preceito legado mediante Malaquias: “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Então, se até gente periférica ao povo de Deus reconhece a excelência da Lei, como pretendem alguns, “teólogos” liberais flexibilizar ao que é Absoluto? Ora, “modernizar” doutrinariamente à igreja para não colidir com o mundo, pode até fomentar certo inchaço eventual, que, incautos confundem com crescimento, mas, no fundo, é apenas guardar créditos para novo cativeiro, agora, eterno.

O “segundo Êxodo” foi cantado num hino, comparado a um duro plantio, cuja ceifa, trouxe alegria, vejamos: “Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então, nossa boca se encheu de riso e nossa língua, de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes do sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo seus molhos.” Sal 126

Os mesmos que recusaram a cantar “Cânticos do Senhor em terra estranha”, agora, sua boca se encheu de riso, a língua de cântico.

A alegria espiritual de quem estava, outra vez, próximo a Deus. No êxodo do Egito receberam a Lei do Senhor na base do Sinai. Nela não perseveraram e foram entregues a nova opressão. Agora, devidamente disciplinados pela dor, retornavam, com a missão de reencontrarem a Lei do Altíssimo, e nela embasarem o seu modo de vida.


Assim, ninguém está apto para ensinar a Lei do Senhor a outrem, antes de aplica-la a si. Esdras foi escolhido por Deus, e reconhecido até por estranhos, porque levava isso a sério em sua vida. “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor, para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” Ed 7;10