Mostrando postagens com marcador magos de Faraó. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador magos de Faraó. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Nada mais que a verdade

“Muitos iam ter com ele, e diziam: Na verdade João não fez sinal algum, mas, tudo quanto disse deste, era verdade.” Jo 10;41
Normalmente pensamos que um grande profeta é um operador de grandes sinais, necessariamente, como foram Elias e Eliseu, por exemplo. Entretanto, de João Batista, do qual Jesus disse que não havia maior profeta que ele dentre os nascidos de mulher, dele, digo, se registra que não fez nenhum sinal, “apenas” falou a verdade sobre O Salvador.

Essa distorção de pensarmos que A Palavra de Deus não basta, que carecemos eventos extraordinários “corroborando” o ministério de quem fala-nos, tem feito a festa de muitos falsários. Primeiro, nem tudo o que parece milagroso é genuíno; há muitas fraudes desde sempre, como os magos de Faraó imitando parcialmente a Moisés, ou, Simão, que enganava incautos em Samaria e posava de poderoso, até o advento dos apóstolos, o que rasgou seu cartaz. Segundo, mesmo que o sinal seja autêntico, a fonte pode ser espúria, maligna, como as adivinhações da pitonisa de Filipos, que, liberta de seu “poder” ensejou a prisão de Paulo e Silas.

O inimigo, com permissão do Eterno pode fazer coisas espantosas, como a tempestade que derrubou a casa de Jó, ou, o “fogo de Deus” que consumiu as ovelhas daquele.

Então, impressiona ver pessoas de certa envergadura, posicional, pelo menos, avaliando “profetas” pelos sinais, invés de o fazerem à luz da verdade. O cumprimento cabal da Bíblia glorifica a Deus; a adivinhação precisa de algum evento grandiosos glorifica ao “profeta”.

Nesses tempos de esmero tecnológico, hologramas e afins, coisas inauditas são possíveis a quem tem acesso. Isso, no campo da fraude; no aspecto do consórcio maligno, basta “comunhão” com aquele, para ostentar parte de seus recursos, que, se, limitados, inda são grandes.

Embora, ( mesmo sendo Todo Poderoso ) Deus não se preocupe tanto em ser tido como Poderoso, quanto, em ser conhecido como Santo, achamos que, alguém íntimo Dele, deve ostentar poder, mais que santidade. Contudo, segundo Ele mesmo, espera que os Seus amem à verdade acima de tudo. Pois, aos que preferirem a mentira, fará do próprio “poder” da mentira, o juízo de seus amantes. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12

Ora, todo o dilema da saga Divino-humana começou nos domínios da mentira. Deus dissera que desobediência culminaria em morte; o “profeta” alternativo, pai da mentira, que a coisa não era bem assim; o casal Edênico deu ouvidos a esse, a morte entrou, deitou e rolou, e inda faz. Natural, pois, que O Altíssimo na profilaxia moral do Reino vindouro extirpe tal câncer de Seu Novo Mundo. “...Ficarão de fora, os mentirosos...”

A verdade nunca teve trânsito muito fácil entre nós por duas razões: a) a queda nos fez imperfeitos, com muitos lapsos morais, espirituais, e aquela, sendo a luz que é, fatalmente colocará em relevo nossas imperfeições; b) uma parcela grande de nossa imperfeição é o ego, o orgulho, que nos impulsiona a mascararmos as faltas com a camuflagem da virtude, isso é impossível ser feito sem, antes, imolarmos em sacrifício às trevas, o cordeiro puro da verdade.

Esse apego ao erro, dado que, mau, fazia os ouvintes rejeitarem ao Salvador, para própria condenação. “A condenação é esta: A luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Desse modo, um profeta verdadeiro não labora para nos fazer bem, digo, à nossa natureza caída. Antes, denuncia nossos erros, inquieta-nos com a incômoda luz Divina, pois, como João Batista, fala somente a verdade a respeito do Senhor; Sua Palavra.

Vivemos num cenário de tanta mentira, que, para algumas nuances de saúde social precisamos comprar à verdade. O que são as ditas “delações premiadas”, senão, uma moeda de troca em busca da verdade? Isaías vira esses dias: “Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar.” Is 59;14

A Verdade é bem mais que um rasgo eventual, de honestidade; é um modo de vida. Por isso, O Salvador exortou à permanência em Sua Palavra, para sermos, verdadeiramente livres. “...Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” Jo 8;31 e 32

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Pode o diabo curar um cego?

“... Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Jo 10; 21 Uns, acusavam ao Senhor de possesso, outros, defendiam; alguém colocou a questão: Pode um demônio abrir os olhos de um cego? Uma boa pergunta.

O próprio cego que fora curado, fizera defesa de Jesus sobre o vácuo de testemunhos de cura atribuídas ao inimigo, disse: “Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença. Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.” Cap 9; 32 e 33

A Bíblia registra “milagres” satânicos, como a mediunidade da pitonisa ante Saul; tempestade, e “fogo do céu” destruindo bens de Jó; adivinhação em Filipos... O Mago Simão, nem demandava poder diabólico direto, mas, mero engano, ilusionismo. Os magos de faraó imitaram os três primeiros sinais de Moisés, contudo, assumiram, implicitamente, que foi obra de engano, pois, quando Moisés transformou pó em piolhos, eles disseram, “não brincamos mais”, noutras palavras: Não é magia, é Dedo de Deus.

Se, até os dias de Jesus faltava, tal cura, atribuída a satanás, depois, a ausência continua. Mas, diria alguém, omissão não é suficiente como prova. Assim sendo, olhemos para as ações do inimigo em busca de traços; de que calibre eram?

No caso dos egípcios e Simão, magia, engano; no de Jó, poder para destruição; na pitonisa de Filipos que adivinhava, engano também. Um espírito maligno, por sua natureza, sabe coisas que escapam aos humanos, mas, quando as revela atribuindo o conhecimento à pessoa, mente; diferente de um profeta que revela o oculto, e tributa a revelação a quem de direito, O Senhor.

Certo que a Palavra adverte sobre sinais e prodígios de mentira. Contudo, esses, carecem da permissão Divina. O “poder” associado ao mau caráter, mentira, é aferidor de nossa fé. “Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor com todo o vosso coração, com toda a vossa alma.” Deut 13; 3

Essa advertência é contra um que operou um sinal genuíno, mas, a doutrina afrontava Deus. Assim, canalhas mercenários usando testemunhos de milagre pra ganhar dinheiro, invés de almas, deveriam angariar asco, repulsa, diatribe violenta, invés de seguidores, como tanto ocorre.

Os sinais falsos são juízo Divino aos que recusam a verdade; “segundo a eficácia de Satanás... poder, sinais e prodígios de mentira, ... engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2; 9 e 10

A condição de criatura força satã a depender da permissão Divina pra seus “milagres” como foi no caso de Jó, onde derrubou sua casa com um vendaval, ou, queimou ovelhas com “fogo do céu”.

Aliás, quando do desafio do Carmelo, cujo sinal buscado era esse, não poderia ele, ter feito descer fogo aos sacerdotes de Baal que o representavam na arte de enganar? Poderia, mas, lá, não tinha permissão.

A cura via medicina, os transplantes de córneas, por exemplo, também devemos a Deus que nos dá inteligência. A “Árvore da Ciência” que foi vetada significava independência humana em relação ao Criador; a possibilidade de decidirmos por nós mesmos a questão moral do bem, e do mal.

A vera ciência aproxima de Deus, a falsa afasta. “...guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos, profanos, e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6; 20 e 21

Se, o maligno não pode curar a cegueira física, a espiritual, muito menos. Nesse prisma, até o canhoto carece luz, é cego. Não fosse, deixaria a obstinação de lutar uma batalha perdida d’antemão.

Não podendo nos curar, porém, pode fazer o contrário, e faz. “...o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4; 4 Vemos que a falta de luz espiritual se equaciona à falta de entendimento... essa é cegueira que mata a tantos.

E uma coisa vital que devemos entender é que Deus não lega dons com finalidades carnais, para promover, ou, enriquecer ímpios na Terra. “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12; 7


 Se diz que o pior cego é o que não quer ver; a cegueira espiritual é dessa estripe; tem mais a ver com vontade rebelde, que, com restrição. A capa de ignorância espiritual faculta seguir pedindo esmolas pra carne. Os que são curados têm responsabilidades no Reino; isso assusta alguns, menos que a morte; acabam escolhendo o “mal menor”, infelizmente.