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sábado, 8 de fevereiro de 2020

O Faraó e as virgens loucas


“... Acharíamos um homem como este em quem haja o Espírito de Deus?” Gn 41;38

O Eterno promovera Seu prisioneiro, não apenas a intérprete do sonho do Faraó, como também a conselheiro.

Dissera: “Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra; tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura, e ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e guardem. Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome que haverá na terra do Egito...” Vs 33 a 36

O ousado hebreu não apenas apontou as qualidades que deveria ter o primeiro ministro por vir, como também prescreveu quais atitudes eram relevantes tomar.

Entretanto, Faraó maravilhado com a interpretação não viu um administrador sagaz; antes, um homem ímpar no qual havia “O Espírito de Deus.”

Essa Bendita Pessoa, O Espírito Santo, nem sempre é compreendido; não raro, muitos tentam “ajuda-lo” em Sua Obra como se, as rasteiras técnicas humanas pudessem suplementar ao Todo Poderoso.

Esforço para entrar no Reino é requerido, no sentido das renúncias carnais e perseverança; a salvação, diferente do pão natural não advém do Suor dos nossos rostos.

É Obra exclusiva do Bendito Espírito, a chamada; andar Nele, segundo Ele, a possibilidade de perseverança. “... Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” Zac 4;6

Até um evento histórico, físico, como aquele, da reconstrução do templo; muito mais, agora, a edificação em Cristo, das “Pedras Vivas” é Obra do Espírito Santo, para que, “a glória da segunda casa seja maior que a da primeira.” Que os filhos do Novo Nascimento sejam para a Glória de Deus, dado que os da carne estavam perdidos.

Entretanto, há muitos “Josés” interpretando coisas por aí que já não maravilham mais pela presença do Espírito de Deus”; usam técnicas motivacionais ímpias, comerciais, promotoras de emocionalismos baratos, os da “teologia do Coach” e similares, que conseguem o estrepitoso “milagre” de adesões sem conversão.

Convencem os pecadores de direitos, valores intrínsecos, quando, se fosse a atuação do Espírito Santo, o convencimento seria outro.

“Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, O Consolador não virá a vós; mas, quando Eu for, O enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque Vou para Meu Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Jo 16;7 a 11


Imaginemos um João Batista Coach: viria a ele uma vasta gama de religiosos do Sinédrio com seus vistosos Tefilins, seus mantos de oração e o pregador os motivaria: “Foi Deus que os trouxe aqui; esses aparatos todos que usais mostram que não esquecestes Dele, muito mais Ele lembra de vocês e os ama...”

Mas, invés de produzir encantadores de serpentes O Espírito de Deus foi mais grave; “Dizia João à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. Também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.” Luc 3;7 a 9

Essa balela global do espírito desse mundo, que coloca em realce “Tolerância, inclusão, convivência, diversidade” na busca de “promover um novo humanismo” como disse o Falso Profeta “Papa Francisco” não passa de um amontoado de iscas do Capeta servidas ostensivamente para pescar incautos à eterna perdição.

Homossexualismo é pecado! Aborto é pecado! Hipocrisia é pecado! Condescender com errados de espírito em nome da “tolerância religiosa” é omissão; omissão é pecado! O salário do pecado é a morte!! Acordem sonolentos! “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

A Faraó se disse que armazenasse suprimentos para a escassez; vivemos dias maus; os das dez virgens, onde falta azeite; são poucos que podem ser identificados pela presença do Espírito de Deus. Virgens loucas estão tentando “comprar” onde não há.

O Espírito Santo não precisa de ajuda; nós precisamos Dele, não de imitações fraudulentas; “... aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” Fp 1;6

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O Homem e o Tempo

“Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado.” Prov. Chinês

Não só o tempo gasto será maior, como o esforço, segundo Salomão; “Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve redobrar a força; mas a sabedoria é excelente para dirigir.” Ecl 10;10

Mais força e tempo empreendidos para o mesmo fim, por não estar, a ferramenta, devidamente afiada.

Todavia, o mais grave que se observa nem é o desleixo para com a ferramenta, mas a falta de objetivo, foco; de saber qual árvore convém derrubar.

Muitos tentam ludibriar ao tempo mentindo para si mesmos; demasiado afeitos às paixões da mocidade presumem-se ainda jovens, quando o viço da juventude escoou há muito entre os dedos do tempo.

Ostentam-se com vestes desproporcionais aos dias, usam “desfibriladores” químicos tentando trazer o corpo dos desejos de volta à vida; em cumplicidade coletiva chamam de “melhor idade” seus dias onde, tentam aparentar outra idade, “pior” que já passou.

“Muitos de nós lamentam-se, recordam os prazeres da juventude e, ao lembrar do amor, da bebida, da boa comida e outros prazeres, atormentam-se como pessoas privadas de bens notáveis, que em outra época viviam bem e, agora, nem ao menos vivem. Vários manifestam pesar pelas ofensas oriundas dos parentes e imputam à velhice a causa de tantos sofrimentos. Contudo, em meu modo de ver... se enganam a respeito da verdadeira causa de suas misérias... No que diz respeito aos desgostos, aos aborrecimentos domésticos, estes têm apenas uma causa, Sócrates, que não é a velhice, mas o caráter dos homens. Se eles tiverem bom caráter e espírito equilibrado, a velhice não lhes será um fardo insuportável. Para os que não são assim, tanto a velhice quanto a juventude lhes serão desgostosas.” (A República)
Palavras ditas há dois milênios e meio, que não sofreram a ação do tempo; a sabedoria sempre vive na “melhor idade”.

Se, “tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do solEcl 3;1 Parece que uma visão extática que não se amolde à marcha temporal, a rigor, nem é visão, mas privação dela.

Paulo aludiu à adequação necessária; “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11
Seu escopo era o crescimento espiritual, que, nem sempre é automático ao decurso do tempo; requer diligência para crescimento; “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus...” Heb ;11 e 12

Quando alguém se faz indiferente, ou negligente à Palavra, por certo usa seu tempo para coisas “mais importantes”.

Cada dia vivido é um dia morrido em nosso tempo terreno, como disse o poeta Fernando Pessoa. Ah, ocorre-me Demócrito, um pré-socrático que viveu antes daquelas falas de “A República”. “viver mal, não refletida, justa e piamente, - disse – não é viver mal, mas ir morrendo durante muito tempo.”

Os antigos, não dispondo de um milionésimo dos recursos didáticos nem, da Revelação que temos sabiam mais que nós. Quem não tem sede de saber bebe de outras fontes e, em geral, não temos; eles tinham.

Somos chamados em Cristo a não mais valorarmos o tempo como se, restrito ao prisma natural; “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna...” I Tim 6;12

Então, os espiritualmente cegos que, tentam colocar mil toneladas dentro de um litro, além de insensatos se fazem miseráveis; “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Comamos e bebamos que amanhã morreremos”, a “filosofia” dos céticos Saduceus ainda norteia o viver de muitos “cristãos,” cujo bem é o prazer imediato; o mal, a renúncia dele. Usam seus “machados” contra a Árvore da Vida,” quando, deveriam fazê-lo contra a da ciência que enseja pretensa autonomia ao Criador.

Acontece que, também Ele dispõe de uma ferramenta assim, bem afiada. “... agora está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” Mat 3;10

Os frutos que O Agricultor demanda das Suas Árvoresnão sofrem restrições ante à decrepitude; O Espírito Eterno jamais perde Seu Vigor; “Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é Reto. Ele é minha Rocha; Nele não há injustiça.” Sal 92;13 a 15
“Muitos pretendem aprender viver melhor, quando deveriam aprender a morrer melhor”. Watchman Nee

sábado, 1 de novembro de 2014

O "Purismo" e a pureza



“Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; Boaz gerou de Rute a Obede; Obede gerou a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi; o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.” Mat 1; 5 e 6 

A princípio, esse texto é só mais um daqueles  monótonos,  genealogias que dá preguiça de ler. Entretanto, nele aparecem três mulheres que são “penetras” no purismo racial e religioso que havia entre os israelitas.

Raabe, Rute e Batseba. A primeira, ex prostituta, de Jericó, convertida; Rute, uma estrangeira oriunda das terras de Moabe; por fim, Batseba, viúva de Urias, outro estrangeiro, um heteu, com a qual Davi cometeu adultério. 

Se a Bíblia fosse mera compilação humana, como acusam seus oponentes, jamais traria na genealogia do Salvador, três personagens como essas. Aliás, Ele viria voando num cavalo alado, invés de nascer entre animais.

Eles eram zelosos de sua “pureza”, sobretudo, do pacto da circuncisão, que os fazia separados para Deus. Tanto que, quando Davi resolveu duelar com Golias, uma das coisas que evocou foi essa: “... Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar aos exércitos do Deus vivo?” I Sam 17; 26 

A bem da verdade é preciso que se diga que, foram  escolhidos, de fato, pelo Eterno; “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Ex 19; 5 e 6 O Criador queria uma Embaixada na Terra, e escolheu a descendência de Abraão. 

Acontece que, se uma escolha dessas traz privilégios, encerra também responsabilidades proporcionais. Ouvir com diligência e guardar a Palavra de Deus, por exemplo. Mas, quem ler os livros históricos  facilmente verá que isso nunca se deu plenamente. Geralmente esperavam usufruir favores Divinos sem cumprir os deveres. Ou, simplesmente, voltavam as costas para Deus. “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 1; 13   

Assim como Deus aceitava mulheres estrangeiras que decidissem obedecer Suas Leis e viver entre Seu povo, rejeitavam aos próprios nativos quando desobedeciam. O Salvador pontuou isso uma vez mais: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente, do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” Mat 8; 11 e 12   

Aliás, a enfática mensagem de João Batista arrasou a pretensão de serem favorecidos de Deus a despeito do quê fizessem. “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. Também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.” Luc 3; 8 e 9 

A questão crucial para a Salvação não era ser judeu ou gentio; antes, produzir os devidos frutos; ou, sofrer o machado da rejeição Divina. 

Embora agregue aos Seus, em rebanhos, Deus trata com indivíduos. “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14; 14 Então, esse truque comum na política, de institucionalizar adversários demonizar coletivos, tipo: “A culpa é dos ricos, da Veja, da Globo, etc.” não funciona nas coisas espirituais. 

Entretanto, muitos posicionam-se assim ainda. Se, é católico acerta mesmo quando erra, dirá um católico fanático; o mesmo fará dos seus, um evangélico espiritualmente insano. O fanatismo não vê erros nem faz concessões. Se, é dos nossos está certo; se, dos deles, errado. Jesus não fez assim. Quando recebia a resposta certa, mesmo de oponentes, concedia. “Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus...” Mc 12; 34 

Entretanto, advogar que Deus espera frutos de nós não equivale a defender salvação pelas obras, por mérito humano; ademais, o primeiro fruto mencionado por João foi arrependimento, que demanda fé na Palavra para gerar contrição. Pois, a situação da igreja é semelhante à que foi de Israel; privilégios e responsabilidade em “Terra estranha”; mera embaixada em cenário adverso. 

Claro que o Santo demanda purificação dos Seus; mas, essa é espiritual, não, denominacional, tampouco, racial. 

Sujeira Ele não pode ver; “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal... “ Hc 1; 13 E Sujos, não poderemos Vê-lo. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14