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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Ecumenismo; A Arca de não é

“Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas; elas ouvirão minha voz e haverá um rebanho e um Pastor.” Jo 10;16
O aprisco eram as pessoas que, então, ouviam e seguiam ao Senhor, O Bom Pastor. As outras ovelhas que não eram daquele redil, os demais convertidos em todas nações da Terra. Ele não os tinha ainda, estritamente, mas dada Sua Presciência que permite chamar “às coisas que não são como se já fossem” podia falar como falou.

Contudo, não poucos se apropriam indevidamente do texto para fazer dele um proponente do ecumenismo que, agregaria todas as “ovelhas” num só rebanho, sob a batuta de um pastor; o papa. Ele tem viajado o mundo fazendo concessões a todos; aos gays, aos evolucionistas, aos animistas, beijado pés de muçulmanos, dando ao Partido comunista da China ingerência sobre escolha de bispos por lá, etc.

O simples fato de ser necessário colocar a palavra, ovelhas, entre aspas, por si só já desmancha a ideia ecumênica como sendo interpretação válida para aquele texto.

O arranjo ecumênico teria no mesmo “rebanho”, os que creem na ressurreição, nós, e os reencarnacionistas; espíritas e algumas religiões orientais; os que creem num Deus Todo Poderoso, transcendente, fora da criação, e animistas panteístas que O creem imanente, presente nos meandros naturais; os que acreditam no Deus da Bíblia que manda orar pelos inimigos, e servos de Alá, cuja escritura manda matar aos “infiéis”; enfim, na mesma Arca estariam ao que temem a Deus, e os que endeusam vacas, macacos, elefantes; até o pênis, como na religião falicista. Os que chamam a bíblia de machista deveriam conhecer mais.

Portanto, pretender que esse texto e similares sejam apoios ao ecumenismo trata-se de crassa ignorância, ou grande safadeza.

O Olhar Divino não sofre a barreira das aparências, como o nosso, isso O faz divisar um simples lobo entre um milhão de ovelhas; como olharia Ele para essa bicharada diversa e veria um rebanho?

A fator agregador das ovelhas não é uma miscelânea de credos que, em nome do convívio harmônico concordariam em não discordar; antes, a voz do Pastor. “... elas ouvirão minha voz; haverá um rebanho e Um Pastor.”

Todos os que ouvem a Voz do Pastor, Sua Palavra, e obedecem, são ovelhas do único rebanho. Não importa o país onde vivam, nem a denominação onde congreguem.

Embora alguns sem noção idolatrem sua denominação (cheia de outros ídolos, aliás) dizendo que fora dela não há salvação, de outros que anunciavam a Cristo sem seguir com Ele e os discípulos, que alguns quiseram impedir Ele advertiu: “Deixai-os, não os impeçais, pois quem não é contra nós é por nós.”

Fora de Cristo não há salvação; “Eu Sou O Caminho A Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão, por Mim.” Jo 14;6

A Voz do Pastor, por radical que pareça ordenou que se fosse por todo o mundo pregando o Evangelho a toda a criatura, não implantar uma aquiescência multi-religiosa, nem a tolerância para com os errados de espírito, em detrimento dos Seus ensinos.

A “concessão” que O Eterno poderia fazer pela nossa salvação é infinitamente valiosa, imensurável; Seu Filho; mas é única. Ou cremos Nele para obediência ou pereceremos; “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

Desde sempre ouvimos ditos das filosofias de boteco primando pela superioridade do ser, ao ter; da qualidade à quantidade. Se, para muitos de nós isso é apenas para ginástica da língua, para A Sabedoria Eterna a coisa é mesmo assim.

Daí a seriedade solene; “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Heb 12;14

O Eterno Fez a maior demonstração de amor e justiça no mesmo evento; o Calvário; mas, não fica após isso (do que somos indignos) fazendo concessões ao pecado, permitindo adendos à doutrina, nem instalando ar condicionado no inferno.

Desafia cada um que faça sua escolha de modo patente; “Disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. Quem é injusto faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; quem é justo faça justiça ainda; quem é santo seja santificado ainda.” Apoc 22;10 e 11

Por um lado Seu amor é amplamente inclusivo; “Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados...” Mat 11;28 Por outro, Sua Justiça O faz rigoroso, seletivo; “ Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Eleitores Mercenários

“Ora, o mercenário foge, porque é mercenário...” Jo 10;13

O que é um mercenário? Normalmente um soldado que luta apenas pelo soldo, sem compromisso de fidelidade com ideais, com um estado, ou, nação.

Qualquer um que empreende algo que envolve outros valores, mas, o faz estritamente por fins monetários. Como, pregar o Evangelho apenas por dinheiro; ou, fazer política rasteira migrando de um partido a outro, sem compromisso com promessas de campanha, ideais, eleitores; nada, exceto, a carreira, por exemplo. Cheia está Brasília de exemplares assim, bem como, os púlpitos das igrejas também.

“O Bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas;” o mercenário, ao vislumbrar um perigo qualquer foge. “O mercenário foge porque é mercenário...”

Quer dizer que, o patife vende-se eventualmente para fazer algo, mas, se, a empresa revelar alguma dificuldade, o tipo foge? É. Lembro certa gaiatice de outrora quando alguém dizia: “Seu escravo para serviços leves.” O mercenário diria: “Seu empregado para trabalhos sem dificuldades”. Quem contrataria um tipo assim?

Notemos que o mercenário não é o que é pelo que faz; antes, faz o que faz pelo que é. “O mercenário foge porque é mercenário...” Seu ser “patrocina” o agir.

De Jacó a Bíblia conta que Labão seu sogro requeria eventuais ovelhas perdidas; ainda que, o ganho derivasse do seu trabalho, era um pastor, que, precisava fazer aquilo como dote para se casar com Raquel, a quem amava. Então, se, num primeiro plano parecia o lucro apenas o motivo, no fundo, era o amor que o movia. Tinha uma recompensa melhor que dinheiro pela diligência em seu labor.

Davi enfrentou um leão e um urso em defesa das ovelhas de seu pai; de certa forma, como seu Descendente mais Ilustre, deu sua vida pelas ovelhas, digo, arriscou-a.

Então, não que o interesse seja em si, um mal; antes, há interesses vis, imediatos, como os do mercenário, outros, que serão atingidos em tempo ulterior, como o de Jacó; aqueles visam moedas; esses, valores eternos.

Quando diz: “Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”, essa meta sublime é nosso interesse futuro; porém, só será atingida se, o amor a Deus nos impulsionar; Pois, ninguém terá purificado, deveras, seu coração, sem a “Lavagem da regeneração pela Palavra”; e, auxílio do Bendito Espírito Santo, tanto, para entender, quanto, praticar à mesma.

A fé saudável, invés de ser um conjunto de velas a empurrar nossos barcos rumo a conquistas, como tantos pilantras ensinam, ocupa-se de sanear nossas atitudes e consciências de modo que, nosso viver, enfim agrade a Deus. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6

É inevitável se envergonhar por terceiros, quando, vislumbro “cristãos” que por migalhas de dinheiro roubado apoiam políticos corruptos, com planos de governo incluindo aborto, descriminação das drogas, leniência com pedófilos, menores infratores, etc. Que droga de fé é essa que se vende por uns trocados e passa a apoiar agendas diabólicas sem medir as desastrosas consequências?

Pensar que no início da era da Igreja com I maiúsculo, os Cristãos, sem aspas, davam suas vidas lançados aos leões no Coliseu Romano, ou, eram queimados vivos sem negar a fé. Os “herdeiros” daqueles, por cem reais vendem a Cristo, Sua Doutrina, Seus Valores, Seus Ensinos... Que gente sem vergonha!!

Uns porcarias desses inda são capazes de falar mal de Judas que vendeu ao Senhor por mais ou menos um mês de salário da época. A diferença é que Judas era um tiquinho mais caro que eles, no demais, os mesmos valores, a mesma falta de caráter, os mesmos vendilhões!

Spurgeon dizia com muita propriedade: “Você não é obrigado a se declarar um cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta.” Comporte-se como um dos tais; acrescento.

Não quero um presidente que dê dinheiro aos pobres; se, fizer isso com a índole vadia majoritária como é o país quebrará de vez. Assistencialismo só para casos extremos; no mais, Estado enxuto, economia aquecida e peito n’água.

O Governo não existe para gerar empregos, mas, deixar fluir, atrapalhar o mínimo àqueles que geram; a livre iniciativa.

Porém, o viés econômico é o último em minha escala de Cristão. Se, apoiar valores anticristãos, o postulante poderá ser um ás na economia e de probidade plena; ainda assim não terá meu voto; pois, as coisas que valem mais que dinheiro, para mim não são só frases bonitas, são princípios de vida.

Existem muitas formas de fugir; no caso de Cristo, basta abrigar-se à sombra de quem o trai. Muitos desses traíras, malgrado digam enfrentar leões, na real, sucumbem a uma reles garoupa.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

A Graça possibilita, não facilita

“Rogo-vos, pois, eu, preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.”

Os que pretendem uniformizar a sorte dos salvos teriam um problema aqui; “... eu, o preso do Senhor, rogo, que andeis...” Dissera Paulo. O preso admoestando sobre os passos dos que eram livres, pois, “a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” V 7

Os utilitaristas atuais teriam dificuldade de entender como um prisioneiro inocente seria alvo da Graça; normalmente as pessoas não associam Graça a um favor imerecido; antes, ao patrocínio de um desejo almejado; alguém preso, por certo, sonharia ser livre; só assim seria agraciado. Todavia, ao apóstolo, a salvação era suficiente, mesmo que perdesse sua vida, como, de fato, perdeu.

Se, não estamos presos como Paulo, tampouco, somos tão “livres” assim, a ponto de, nossas doentias inclinações prevalecerem à Vontade do Senhor. Somos “presos livres”, como se, usássemos tornozeleiras eletrônicas, que facultam liberdade dentro de certos limites.

A “liberdade” absoluta era para antes, quando, mortos; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 “Mas, agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus, tendes vosso fruto para santificação; por fim a vida eterna.” V 22 Notemos que, a progressão da salvação deve culminar em santificação, o que, resulta em menos poder, no quesito liberdade.

Como qualquer pai amoroso cercearia os passos a um filho se, ele rumasse às drogas ou, outros vícios, assim, Deus, nos disciplina dentro de Seus limites, para nos proteger, não, para limitar.

Os avessos à Sua Disciplina não são Seus Filhos; “Porque o Senhor corrige ao que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;6 a 8

João Batista exortara os “salvandos” a produzirem frutos dignos de arrependimento; Paulo escreveu aos salvos demandando frutos de santificação; requerendo maturidade espiritual. Afinal, santificação, separação do mundo e seus valores pervertidos não é um upgrade possível aos salvos; Antes, uma demanda indispensável, para os que desejam ver a Bendita Face do Santo. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12;14

Diferente do que ensina o catolicismo, que santificação seja a operação, em vida, de, pelo menos dois milagres, redundando num processo de reconhecimento e “Canonização” após a morte; a Bíblia ensina que é uma separação paulatina dos valores profanos do mundo, mudando nossos pensamentos pelos Divinos, infinitamente mais elevados, para que sejamos reputados, então, limpos de coração. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

Esse papo moderninho de que os tempos são outros; a onda é ser “politicamente correto” e, a pretexto de “tolerância” devemos aquiescer com toda sorte de vícios amalgamados ao cristianismo é apenas perversão do inimigo infiltrado; pois, aquilo que é eterno jamais demanda um processo de “atualização” como se, biodegradável fosse.

Desgraçadamente “progredimos” de uma geração de heróis que nem mesmo o martírio era coação suficiente para que negassem a fé, como Paulo; para uma igreja pusilânime, covarde, onde críticas, zombarias são “provas” muito duras; francamente!

Esperam que, a Graça Divina, necessariamente lhes trará facilidades, favores, fama, aplausos, grandeza... Essa seria a “Fé inteligente”, que “toma posse” das chaves disso ou, daquilo. Nos últimos dias os homens serão amantes de si mesmos; tendo aparência de Piedade, mas, negando sua eficácia. Disse Paulo a Timóteo.

Tiago denunciou a duplicidade em Sua Epístola; e, diverso da santificação que O Senhor deseja, essa redunda em impureza. “Chegai-vos a Deus; Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Cap 4;8

Em Cristo somos vocacionados ao Reino dos Céus; se, devemos andar de modo digno, é o “aplauso” Celeste, não, terreno que devemos buscar; Pois, disse O Salvador aos Fariseus: “... Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Por aqui podemos estar presos, desempregados, enfermos, humilhados; se, malgrado essas variáveis todas estivermos em paz com Deus, então, inda estaremos sob as asas de Sua Graça. Senão, mesmo que tenhamos ganhado o mundo inteiro, nossa efêmera presunção de donos, de poderosos será apenas o disfarce pontual, camuflagem de nossa prisão eterna.

Muitos que andaram na Fé, segundo a vocação Divina sofreram bem mais que nós; as perseguições lhes impetradas não maculou quem eram; mas, realçou quem o mundo é; “Dos quais o mundo não era digno...” Heb 11;38

Na vereda da fé carecemos de ouvidos para ver melhor.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Os mortos estão surdos

“Aplica teu coração à instrução e teus ouvidos às palavras do conhecimento.” Prov 23;12

Como um espelho nos lança sujeira, desarranjo, na face, o conhecimento também nos desconforta, eventualmente; seu brilho tende a espelhar nossos erros, ignorâncias, maus passos... pois, seu papel é refletir as coisas com são, não camuflá-las para que nos soem agradáveis.

Parece que, de modo implícito, a maioria das pessoas recusa a ideia de estar em construção; ser alma carente de saber; agem como se já estivessem prontas; laboram por satisfação, não, por crescimento; prazer invés de luz. Padecendo essa falta de noção tendem a repelir quem ensina e idolatrar quem adula.

Ontem deparei com um vídeo de certo pregador “cristão” de voz agradável, mensagem, estilo pensamento positivo; esquecer as dificuldades, focar nas promessas, pois, Deus as vai cumprir, e “eu profetizo determino, declaro tua vitória em Nome de Jesus”.


Nenhuma exortação a arrependimento, conversão, santificação, adequação da vida aos preceitos Divinos, para serem as pessoas abençoadas, nada. “Causa” na Rede, o enganador, o profeta de facilidades, bajulador de ímpios, encantador de serpentes.

Pois, pasmem! a coisa tinha doze mil compartilhamentos, mais de 200 mil visualizações, milhares de comentários, améns; deu vontade de chorar. Triste retrato de uma geração sem noção, presa fácil do erro; nem precisam camuflar o veneno como o inimigo é hábil em fazer. Qualquer isca grosseira pesca milhares, pois, querem bajulação, não, conhecimento. Aí, adoram, curtem e replicam isso, e desprezam a luz.

Fez lembrar uma frase do Edir Macedo certa vez: “Nós pescamos o povo com bosta”, disse, num estranho surto de sinceridade. E, tantos fazem o mesmo tendo cheios os seus barcos de comedores de bosta.

“Arrependei-vos porque já é chegado o Reino dos Céus;” (João Batista) “Arrependei-vos e crede no Evangelho;” (O Senhor); “Arrependei-vos, sede batizados em nome do Senhor... salvai-vos dessa geração perversa;” (Pedro) “Arrependei-vos e das vaidades convertei-vos ao Deus Vivo;” (Paulo) etc. Todos os pregadores idôneos fazem do arrependimento o cerne de suas mensagens, pois, essa é a situação da humanidade. Morta em pecados carecendo salvação.

Entretanto, há uma horda de salteadores espirituais travestidos de ministros que, a pretexto de exaltar a Bondade de Deus faz vistas grossas à maldade humana. Deus é Bom sim; ama todos os pecadores, mas, acima de tudo, ama a justiça; sem arrependimento, confissão, novo nascimento, mudança de vida, nada feito. O Amor Divino sofre impotente pela indiferença humana.

A cegueira é tal que o inimigo é que parece bom; servos idôneos do Senhor seriam fundamentalistas, radicais, fanáticos, etc. Ora, a “bondade” do diabo é como a do criador de porcos; alimenta, engorda e mata.

O Eterno não trabalha em agência funerária, portanto, barbear, banhar e vestir elegantemente aos mortos não é Sua ocupação. “...Deus não é Deus dos mortos, mas, dos vivos...” Mat 22;32 “...Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5

Enquanto a questão da vida não for tratada, nada mais faz sentido. O Evangelho não é um meio de melhorar de vida; antes, de obter vida em Cristo; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte pra vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Entretanto, os mortos atuais invés da Voz de Cristo, escolhem dignos representantes; mortos ministeriais, que animam suas comichões por satisfação e sonegam o bálsamo amargo que os poderia curar, a cruz. Paulo foi atrevido e categórico: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

O mesmo Paulo disse mais sobre tais ministros: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; a glória é para confusão deles, pois, só pensam nas coisas terrenas. Mas, nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo; Fp 3;18 a 20

Embora muitos postem frases bonitas tipo, valer mais uma verdade triste, dura, que uma alegre mentira, na hora do, “pega pra capar”, na mentira se refugiam traindo a si mesmos.

Em suma, Deus é Bom, nos ama sim; mas, porque é “tão puro de olhos que não pode contemplar o mal”, precisa nos purificar para nos receber nas Moradas Eternas. “Os limpos de coração verão a Deus.”

“Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa parecer.”
Carl Sagan

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Votos em branco

“O mal perseguirá os pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem” Prov13; 21

Dada essa sentença é lícito concluir que, os maus são fugitivos, enquanto os justos, esperançosos. Há uma “mesma moeda” no encalço de cada um. É necessária ao arbítrio a consequência. Noutras palavras: Somos livres para escolher, não para determinar o resultado das escolhas. Essa pasta não nos pertence.Assim, se miramos determinadas coisas, o que podemos, é buscar suas causas, se, o bom siso ocupa espaço em nós.

Grosso modo somos superficiais, inconsequentes nas palavras e ações. Basta-nos um verniz nobre pintando uma estátua vil. Não buscamos a nobreza; a “pintura” é o alvo.

No meio evangélico, dizemos ser, “servos de Deus”; contudo, quantos oram “determinando, decretando, ordenando” algo. Onde um servo tem permissão pra fazer isso? Ou, chamamos a vida eclesiástica e ministerial de “Obra de Deus”; mas, qualquer nuance que, eventualmente, fira meus gostos, visão, anseios, presto me revolto, decido sair da igreja, como se, obra fosse sinônimo de lazer, invés de, trabalho.

As palavras ocas da moda são o surrado “Feliz Natal!” Que mal há nisso? Nenhum. O problema é que acenamos com um “produto acabado”, de plástico, invés de dar sementes vivas.

O Salvador também desejou que fôssemos felizes, contudo, não embalou a felicidade em vistoso papel e nos deu de bandeja; deu sementes, e condições favoráveis ao “cultivo”. Enquanto nosso Feliz desejo é vasto, incondicional, abrangendo todos os caracteres, mesmo, a total falta de caráter, o Dele é preciso, sóbrio, pontual, condicional.

Ouçamos: “Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;” Mat 5; 3 O que é um pobre, senão, carente, que tem necessidades? Quem reconhece sua carência de Deus, há de ser humilde para busca-lo; dado que não será jornada prazerosa, há adversidades, o resultado final será feliz.

“Felizes os que choram, porque eles serão consolados;” v 4 Uma vez que atrairá o consolo de Deus, forçoso é concluir que as razões do choro são motivos justos; “tristeza segundo Deus”, como ensina Paulo. O mero choro por deleites malsãos não conta com a empatia Divina.

Felizes os mansos, porque eles herdarão a terra;” v 5 Não sem razão, os servos de Deus são chamados, ovelhas, símbolo da docilidade, mansidão. Assim, embora possam ser leões em combates espirituais, no âmbito humano não devem fazer uso da violência, jamais.

“Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” v 6 Padecer fome e sede assim se faz necessário dado o que o mundo se tornou após a queda; mas, a fartura é prometida para o além, após vencermos a peregrinação. Aqui nos esperam aflições, combates.

“Felizes os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;” v 7 A misericórdia, diverso do egoísmo, ocupa-se da dor alheia, invés da sua. Quem fizer isso em relação ao próximo, receberá multiplicado da parte do Senhor.

“Felizes os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” v 8 Aqui podemos contemplar a diferença entre “verniz” e essência. É fácil parecer limpo superficialmente, via encenação, mas, para Deus só vale a limpeza interior, os motivos e as ações retas.

“Felizes os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;” v 9 Uma distinção: Pacifistas são meros filósofos da paz; pacíficos, gente que tenta viver em paz; pacificador é um promotor da paz; entra num ambiente onde ela falta, arrisca-se na busca desse valioso bem. O maior feito nessa área é o dos que laboram pela reconciliação dos pecadores com Deus, embora valha muito, a pacificação entre iguais.

"Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;” v 10 Notemos que tais venturosos são perseguidos “por causa” da justiça, não, pela justiça. O fato de serem justos num mundo que cultua a injustiça é que os indispõe com o sistema.

Como vimos, o “Feliz Natal” do Senhor é um pouco mais difícil que o que se apregoa por aí. Contudo, tendemos ao conforto preguiçoso do lugar comum, invés da busca esforçada por uma mecha de saber. Não queremos ser sábios; queremos nos sentir alegres.

Só que essa “alegria” que não se incomoda com o fantoche que faz tudo para ocultar Aquele que sofreu dores inauditas e ignomínia para nos possibilitar a felicidade, ( cultua ao fantoche aliás ) no fundo é maldade, indiferença ao Amor de Deus.

Se, nas circunstâncias, foi nobre, a orquestra afundar tocando, no Titanc, é estúpido rumar ao inferno dançando, desprezando o Salva-vidas no qual se finge embarcar.

Para viver com esperança não carecemos felizes, votos, antes, sábias escolhas. Mas, se eu desejar isso, não agrado; melhor que cada um deseje a si mesmo, e vá em busca...