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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O Acelerador de Partículas


"Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem." Sal 14;1

Como se poderia saber o quê alguém diz "no seu coração"? Seria necessária a inspeção de quem tivesse acesso ao âmago, ao centro da personalidade psíquica e espiritual, essa íntima fonte que chamamos coração.

A diatribe à negação da existência de Deus começa já com um predicado que requer Sua existência; pois, quem teria acesso aos recônditos dos corações? "Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; isto para dar a cada um segundo seus caminhos e segundo o fruto das suas ações." Jr 17;10

Pois, "O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre." Prov 20;27

Notemos que a recompensa Divina atrela-se a caminhos, ações; são esses que trazem à luz os corações, que, Deus pode sondar.

Como efeito colateral de nossa incipiente pesquisa encontramos duas coisas já; Deus descarta como néscios, tolos os que duvidam; o homem tem em si um espírito, como ponto de contato com Deus, que É Espírito.

O Eterno não tem nenhuma crise de aceitação como nós; não sai por aí mendigando atenções, tipo: Por favor, creiam que Eu Existo, senão minha vida não fará sentido. Deixa o melhor vinho para o final, para que a fé seja Nele, não em estímulos exteriores.

Parte do princípio sólido que Sua Existência É auto-evidente, não gasta latim à toa; descarta como tolos os que negam o que salta aos olhos. Pois, "Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;" Rom 1;20

A negação dos néscios não é filosófica; tendo meditado muito chegaram à conclusão que a Existência Divina é inverossímil, impossível, por ferir à lógica em tais e quais pontos; antes, é uma negação prática de alguém indolente que agiu como se, tal busca sequer valesse à pena, dada essa "certeza" decidiu agir por conta como se Deus não existisse.

Não se trata de um sincero interessado na verdade que não coseguiu crer; antes, um estúpido que adotou automaticamente para si a sugestão de Satã para agir com autonomia, independência em relação ao Santo.

Contudo, alguns mais "esclarecidos" negam "positivamente" a Divina Existência; hipocritamente fingem não fazê-lo. Por exemplo, os "cientistas" do CERN aquele centro de pesquisas em um túnel de 28 kms na fronteira franco-suíça. Eles criaram uma engenhoca que chamam de acelerador de partículas, no uso da qual esperam encontrar à "partícula de Deus". O meio científico para a existência do Big Ban.

Essa teoria da mega-explosão é dos evolucionistas que negam a Existência do Criador. Então, quando aludem à partícula de Deus, na verdade buscam a demontração de um "método" que faria Deus desnecessário, uma vez que a "ciência" poderia explicar tudo.

Partícula é o diminutivo de parte; daí que, nossas coisas e opiniões são particulares, dado sermos meras partículas, num universo com mais de sete bihões de pessoas.

No entanto, como fomos criados à Imagem e Semelhança do Criador, e Ele soprou em nós Seu Espírito, cada um de nós é uma partícula de Deus, não num sentido panteísta, (Deus está fora da Criação) mas, no de testemunho da Sua Obra.

A morte espiritual, consequência do pecado aliena essa partícula, (espírito) da Sua Fonte; por isso O Eterno enviou Seu Filho remir-nos da prisão desse feitor, para que a vida fosse regenerada.

Enquanto a "ciência" trabalha com um acelerador de partículas, Deus desafia às partículas que lhe dão ouvidos a um freio na ensandecida corrida da auntonomia; para que, a comunhão possa ser refeita; "Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me".

Depois da descoberta do DNA impossível a defesa da evolução nos moldes Dawinianos; escavar ossos não "prova" mais nada; a moda agora é a negação da pureza e singularidades Divinas; o neo-panteísmo.

Todas as religiões são boas, todos os caminhos levam a Deus; tudo é Deus, inclusive Terra e Natureza. O Ecumenismo buscado pelo Papa Francisco. Não podendo mais negar a existência, o Capeta e os seus pervertem a essência; uma forma oblíqua de negação.

A aceleração das "partículas" interessa ao mentor da rebelião; se pararem para ouvir, meditar poderão reencontrar o caminho de casa. A tecnologia labora velozmente no afã de gerar mais velocidade.

A árvore da Ciência cintila mais que uma de Natal para manter os néscios de costas para a Árvore da Vida. Contudo, "Voltei-me, vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha..." Ecl 9;11

sábado, 5 de outubro de 2019

Metamorfose

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á...” Jo 10;9

De uns tempos para cá algumas palavras foram colocadas em realce, seja para o bem, seja para o mal; entre as palavras “boas” estão diversidade, tolerância, união, inclusão, coexistência, ecumenismo; as malditas, fundamentalismo, radicalismo, fanatismo, intolerância, separatismo...

Elas sempre existiram, mas ultimamente foram evidenciadas, como se, alguém estivesse afiando ferramentas para determinado labor.

São “réguas” que medem comportamento humano; nenhuma traz em si um valor absoluto; dependem sempre de contexto para saber-se o que significam.

Por exemplo: alguém sair nu pela janela em público será tido como ato obsceno; agora, se foi numa emergência, estava banhando-se e uma explosão incendiou a casa e teve que sair apressadamente para salvar-se, o mesmo quadro será pintado com outras cores.

Uma das mais repisadas palavras é tolerância; se, discordo das ações ou ideias baseado na minha fé, logo sou tachado de intolerante, radical.

Discordar abertamente do que discordamos internamente passa longe de ser intolerância; antes, trata-se honestidade moral, intelectual; o que muitos paroleiros chamam de tolerância, na verdade é aquiescência, concordância; em nome disso eu teria que fingir concordar com o que discordo. Os antigos chamavam de hipocrisia.

Pensando em radicalismo intolerância a primeira coisa que nos ocorre é o islamismo; os mais ativos entre eles não restringem o embate ao campo das ideias permitindo o contraditório, ou respeitando o direito a crer diverso. Ou pensamos como eles, ou somos “infiéis” que devem ser mortos.

Todavia, o radicalismo extremo não é privilégio deles; na idade média a Igreja Católica perseguiu e matou milhares na dita “Santa Inquisição” usando a mesma “moral” muçulmana a “serviço de Jesus”, que mandou orar pelos inimigos e abençoar quem nos persegue. Os islâmicos são mais coerentes, pois, o Corão manda mesmo matar aos “infiéis,” diferente da Bíblia.

Perdida a força bélica do papado após a revolução francesa seguiram “matando” agora, espiritualmente ao postular e ensinar que “Fora da Igreja Católica não há salvação.”

O Salvador foi preciso: “Eu Sou a Porta...” não uma porta, como se houvesse possibilidades mais. Não há. “Sem mim nada podeis fazer.” Ensinou. Pois, o “sine qua nom” à salvação é Cristo, não a igreja A ou B. As denominações são necessidades por causa das leis terrenas; mas espiritualmente, “Quem não é contra nós é por nós” ensinou O Senhor.

Rótulos externos não são relevantes, pois, “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

O caráter transformado é, em última análise, o selo de Deus a identificar quem lhe pertence; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19 O Nome de Cristo, não, da Igreja.

Estranhamente, aqueles que se pretendiam depositários únicos dos ensinos da salvação, agora trabalham para reconhecer todas as religiões como válidas, até pajelanças, animismo e o radicalismo islâmico. Seu pêndulo insano oscilou do, “fora daqui ninguém se salva” para, “cada um do seu jeito, todos estão salvos”. Num passe de mágica a “Porta Estreita” se fez avenida de seis pistas.

Erram no conteúdo; O Evangelho não veio promover a paz entre homens; antes, possibilitar aos arrependidos a reconciliação com Deus; erram no método substituindo a Unidade do Espírito pela união de espíritos diversos; erram no entendimento, pois, se todos os credos são válidos o mandamento de pregar O Evangelho a toda criatura perde o sentido; erram no foco; salvação atina prioritariamente às almas, não à ecologia; erram pela profanação mesclando o Sagrado ao profano; por fim erram vergonhosamente na contradição; séculos defendendo algo e agora defendem o oposto...

Seu apreço pela verdade nunca foi o ponto forte, infelizmente; “Quer conhecer alguém espiritualmente – ensina o padre Paulo Ricardo – observe contra o quê ele está lutando.”

Lutero pelejou contra heresias; tivesse sido ouvido haveria concerto, arrependimento não, cisma; mas o poder terreno era-lhes mais caro que a Verdade; o protestantismo foi por culpa da resiliência de Roma em seus erros; pior, criaram a “Companhia de Jesus”, para combater quem não se submetia a eles.

Agora, pela primeira vez temos um Papa Jesuíta que busca as mesmas coisas; hegemonia de poder terreno, só que dessa vez pelo engano.

Muitos católicos sinceros também estão contra o ecumenismo; pena que seu zelo seja pela Igreja, não pela Palavra de Deus.

Um servo de Deus não é um conciliador político, antes, um porta-voz dos Céus; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

O Medo da Luz

“Porque seus olhos (de Deus) estão sobre os caminhos de cada um, e Ele vê todos seus passos. Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;21 e 22

Os saberes do entendimento, nem sempre ecoam na vontade. Ou, não necessariamente a luz basta para pautar nosso agir. Podemos conhecer bastante sobre determinado assunto e ainda assim, atuar nas trevas. Cantar loas à Onisciência Divina e ao mesmo tempo, agir como se pudéssemos ocultar algo do Santo.

O Salvador denunciou a atuação nas trevas como uma opção por falta de vontade, de amor pela Luz. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

O salmista foi cabal: “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se, subir ao céu, lá Tu estás; se, fizer no inferno minha cama, eis que tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali Tua mão me guiará e Tua destra me susterá. Se, disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti, a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12

Não que O Altíssimo esteja necessariamente nesses lugares todos; mas, estando no espírito do homem, onde esse for Ele também irá, pois, “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

O resumo da ópera é que: “... a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Até o mais obstinado pecador tem lampejos de Luz Divina na consciência que o incomodam durante seus maus atos; de tanto abafar essa voz, por fim, cauteriza. Denunciando à apostasia, então, por vir, Paulo disse a Timóteo que a mesma viria “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada sua própria consciência;” I Tim 4;2 A consciência cauterizada não é “privilégio” de quem descrê; ministros do engano padecem disso também, malgrado, digam crer.

A Palavra denuncia, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4 Essa cegueira tem a cumplicidade humana. A resiliência duma vontade rebelde que, por comodismo, prazeres, orgulho, ou tudo isso no pacote, prefere fingir não ver o que está patente, cegado pela própria hipocrisia.

O Salvador chamou aos Seus de Luz do Mundo; ser luz nos domínios espirituais não é um dom ministerial, antes, necessidade funcional; para a purificação carecemos andar segundo vemos, em Cristo; “Se, andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

O efeito colateral disso testemunha aos que nos observam; “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

Embora, salvação derive da fé, não, das obras, a fé saudável necessariamente nos instigará a agirmos conforme cremos; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Fé e obras são duas testemunhas necessárias para que seja firme nossa conversão; inúteis, tanto o “ateu que faz o bem” quanto, o “crente” omisso, egoísta que ignora as carências alheias. Ouçamos o rabino Israel de Salant, “As necessidades materiais do teu próximo são tuas necessidades espirituais.”

Em suma, os que dizem que a fé é cega apenas furam os próprios olhos pelo medo do que veem. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

As Três Revelações e a Bíblia Gay

“Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão...” Rom 2;12

Não havendo pecado sem transgressão da Lei, como pecaram os que estavam sem Lei? “Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas, não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés...” Rom 5;13 e 14

Tendemos a ver apenas a Palavra de Deus como fonte de conhecimento Dele, bem como, de compromisso com um viver idôneo. Na nossa concepção o homem fiel é aquele que pratica a Palavra. E não? Bem, ouso dizer que é algo mais.

Jó foi “fiel e reto, temente a Deus desviando-se do mal.” Baseado em quê? Digo, quais Leis cumpria para que fosse assim adjetivado pelo Senhor?

Estudiosos da cronologia Bíblica defendem que o Livro de Jó foi o primeiro a ser escrito, antes mesmo do Pentateuco. Eventos como a criação, a queda, o Dilúvio eram conhecidos superficialmente por tradição oral. Tanto que, Jó menciona em dado momento, o “esconderijo” de Adão.

Assim sendo, ele tinha muito pouca “Bíblia” para ser fiel; pouco conhecimento de Deus pelos nossos padrões. Na verdade, no final do livro falando com O Criador assumiu: “Eu te conhecia só de ouvir falar; agora te veem meus olhos.”

Ouvir falar não pode ser tido como uma revelação, pois, o falar humano é multifacetado conforme inclinações e crendices de cada um.

Entretanto, há duas revelações de Deus além da Palavra que forjam a “Lei” que devem cumprir aqueles que ainda não ouviram os Oráculos Divinos.

Primeira; a Criação. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 a 21

Quantas vezes vimos documentários no Globo Repórter, National Geographic, etc. onde coisas incríveis são mostradas; os repórteres, presto concluem: “A Natureza é Sábia”; jamais dizem: O Criador é Sábio. “Honraram e serviram mais à criatura que ao Criador”, que, entristecido afastou-se levando consigo certas restrições que Sua presença trazia. Como consequência disso a infâmia, a desonra, a perversão sexual.

“Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” VS 26 e 27

Além dessa revelação exterior, imanente, temos outra interior, no espírito, refletida nas consciências. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior; até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Assim, o Eterno pôs Suas maravilhas ao alcance dos olhos em Suas Obras para que O Conheçamos; pôs Sua “Lâmpada” dentro de cada um de nós para que por ela veja nossos corações; porém, além d’Ele ver, faculta que igualmente vejamos na tela da consciência. “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente sua consciência, e seus pensamentos; quer acusando-os, quer defendendo-os;” Rom 2;14 e 15

Por fim, o último Argumento Divino: Sua Palavra. O morto da parábola do rico e lázaro pediu para enviar outro aos seus familiares para convencê-los da dura realidade do inferno, ao que, Abraão respondeu: “Têm Moisés e os Profetas; se não crerem neles, tampouco, crerão inda que um morto ressuscite.” Assim, para quem duvida da Revelação mais patente, nenhuma outra se lhe dará; é sua última chance.

Os que se deram à perversão ignorando às duas primeiras revelações, Criação e consciência, como não podem silenciar também à terceira pervertem. Criaram a “Bíblia comentada, Graça Sobre Graça” também conhecida como Bíblia Gay, pois, omite os trechos que condenam ao homossexualismo.

Uma “Bíblia” ao seu gosto; quanto à consciência, não a podem “engayzar”, daí, a fúria contra a liminar que permitiu psicólogos ajudarem aos que estiverem em maus lençóis com as próprias consciências.

Quanto à Criação vão homossexualizá-la também? Temo que não, pode que pare de produzir alimentos. 

Concedem que Deus criou tudo o que há para nos sustentar graciosamente; apenas, não lhe dão direito de dizer como Suas criaturas devem se comportar. Mas, isso de decidirmos sobre bem e o mal não é a “Bíblia” da oposição?

domingo, 23 de julho de 2017

A herança desprezada

"Grandemente se regozijará o pai do justo; o que gerar um sábio, se alegrará nele.” Pro 23;24

Há um provérbio asiático que diz: “A terra não é um bem que possuímos; mas, que tomamos emprestado dos nossos filhos.”

A ideia é que, o que pensamos possuir, na verdade é só o bastão na “corrida de revezamento” da vida; um dia legaremos aos descendentes. Paulo expressou assim: “...não busco o que é vosso, antes, a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas, pais para os filhos.” II Cor 12;14

Essa é a ordem natural das coisas. Pais entesouram, filhos usufruem. Contudo, no provérbio inicial temos os pais usufruindo as riquezas dos filhos. “Grandemente se regozijará o pai do justo; o que gerar um sábio se alegrará nele.” Acontece que, se, bens materiais se transmitem, simplesmente, sem retorno, os morais e espirituais quando legamos ainda ficam conosco; nossos ensinos e exemplos guardam uma réplica na pasta dos “itens enviados”.

Essa coisas, não precisamos morrer, para que os sucedâneos herdem, antes, podemos ver e conviver com nossos enriquecidos que, de posse da herança nos fazem sentir ricos também.

Os japoneses dizem: “Se teu filho for bom não carece tua herança; se for mau, não merece.” Não se trata aqui, de desprezar as posses simplesmente, antes, de priorizar a formação do caráter, pois, se, bem feita essa tarefa, as demais perdem a relevância.

Duas correntes filosóficas se opõem desde muito no que tange ao saber: Empirismo e Racionalismo. A primeira advoga que nascemos com nossas almas como um CD virgem, e, mercê do aprendizado, das vivências, experiências, nosso saber e valores são “gravados.” A segunda, que certa dose de saber é inata; trazemos já ao estrearmos no palco da vida; recorrendo à razão, fonte desse saber, podemos chegar a sentenças justas e sábias mesmo não as tendo aprendido.

Não pretendo adotar um rótulo, nem empirista, nem racionalista, pois, acho que ambos os conceitos têm sua porção de verdade, não são excludentes, mas, complementares. Pois, se somos grandemente moldados pelos ensinos, sobretudo, pelos exemplos que miramos em nosso existenciário, muitas vezes tivemos que lidar com situações desconhecidas, e, certa intuição espiritual nos conduziu bem; de modo que parece lícito concluir que alguma centelha de luz espiritual, trazemos, em nosso HD original.

Quantas vezes aconteceu-me de sonhar algo inédito, e tempos depois isso acontecer! Qual o papel da experiência em casos assim? Agora que a coisa é pretérita se fez uma experiência, a qual, ensina que, para algumas coisas basta o espírito, não careço experiência.

Acho que, como os pais humanos legam riquezas abstratas aos filhos e se alegram no usufruto comum, Deus colocou uma centelha espiritual em nós, que devidamente avivada nos enriquece e O alegra juntamente. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Pov 20;27

Por ser espiritual, a riqueza é eterna; sendo atemporal prescinde da experiência que é um incidente pontual na linha do tempo. Dessas coisas que O Mestre falou quando disse que devemos ajuntar Tesouros no Céu. Na verdade devemos alegrar Nosso Pai nos exercitando desde já, nas riquezas que Ele nos legou. “Filho meu, se teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu; sim, o meu próprio. Exultarão meus rins, quando os teus lábios falarem coisas retas.” Prov 23;15 e 16

Não se trata de rejeitar bens materiais, reitero, tampouco, o valor do ensino e dos bons exemplos; antes, de situá-los devidamente na prateleira dos meios, invés de exaltá-los no pódio dos fins, como a imensa maioria tem feito. Seria insano ganharmos determinadas ferramentas para execução de um trabalho e no fim do nosso período de labor constatarmos que multiplicamos nossas ferramentas por cem, contudo, o trabalho que era nosso alvo não foi feito.

Assim fazem os que usam todos os meios para a multiplicação de coisas, e seguem tão desprovidos de valores que nada resta para legarem aos filhos. Constroem até um berço de ouro, muitas vezes, ouro sujo de sangue dentro do qual criarão um suíno, invés de um ser humano.

O que trazemos ao nascer precisa ser fomentado, avivado, senão, definha. E, nosso cenário familiar e social, carece de referenciais de valor, decência, moral. Vivemos dias de inversão tal que o poste mija no cachorro. A pornografia e o mau gosto se travestem de arte. Em nome da liberdade de expressão, os biltres vomitam contra homens dignos; e quem se indispõe contra isso é um “reaça” “moralista radical”.

O Pai amoroso ainda deseja que mais filhos tomem posse de Suas riquezas; e, demonstra Sua alegria fortalecendo espíritos daqueles que O alegram. “A alegria do Senhor é a nossa força.”